terça-feira, 3 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 806


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 806

Texto I

A FORÇA DO PENSAMENTO

Leia a seguir a entrevista com o neurocientista Miguel Nicolelis sobre seu novo livro, em que discute como a ligação entre cérebro e máquina revolucionará a medicina
e o modo como iremos nos relacionar. No futuro, controlaremos máquinas e resolveremos problemas de saúde pelo comando da mente.

Revista Galileu: O que é uma interface cérebro-máquina?

Miguel Nicolelis: Basicamente, é o envio de informações por pensamento. Transferimos o sinal elétrico do cérebro, codificado de forma digital, sem fio, a equipamentos adaptados para receber esse comando. Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos. A curto prazo, a paralisia é nosso foco. Trabalhamos para fazer quadriplégicos andarem usando uma espécie de esqueleto externo controlado pela mente. A longo prazo, tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais. Mais adiante, o objetivo será chegar à melhora de funções cognitivas.

Revista Galileu: A interação direta com as máquinas mudará o modo como nos comunicamos?

Miguel Nicolelis: Por completo. Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas. Digitação, e até mesmo a linguagem, são imprecisas. Se você pudesse interagir com milhões de pessoas por pensamento ao mesmo tempo, aumentaria a velocidade de comunicação e essas interações seriam muito mais vívidas e reais. Não haveria interface entre você e a máquina, seria uma interação quase que como uma fusão, um inconsciente coletivo, uma rede social feita apenas por pensamentos. A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação. Isso só ocorrerá daqui a centenas e centenas de anos.

Revista Galileu: Que mudanças ocorreriam em uma sociedade que se comunica assim?

Miguel Nicolelis: Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites. Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, robóticos, virtuais, computacionais. Além disso, poderemos também criar novos sentidos. PAVARIN, Guilherme. A força do pensamento: entrevista com Miguel Nicolelis. Revista Galileu, n. 236, São Paulo: Globo. mar. 2011, p. 11-13. Adaptado.

806. (SEPLAG – Fiscal de Controle Sanitário) Segundo o neurologista entrevistado, a sociedade do futuro transformará a linguagem em meio secundário de
comunicação porque
(A) artefatos robóticos serão responsáveis por emitir mensagens automaticamente.
(B) equipamentos modernos serão responsáveis pela digitação das mensagens.
(C) sistemas virtuais permitirão que o cérebro envie informações por pensamento.
(D) máquinas eficientes terão a capacidade de registrar por escrito as mensagens.
(E) linguagens de caráter visual serão criadas para substituir a linguagem verbal.

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto.

Está errada a impressão contida na alternativa (A), porque as mensagens enviadas automaticamente não serão, segundo o entrevistado, emitidas por artefatos robóticos, mas pelo pensamento das pessoas.

Não há, no texto, informação de que equipamentos modernos serão responsáveis pela digitação das mensagens. O neurologista diz que enviaremos as mensagens de nossas próprias mentes, numa rede social feita apenas por pensamentos (resposta à segunda pergunta). Erradas, portanto, as assertivas (B), (C) e (D).

Segundo o neurologista entrevistado, a sociedade do futuro transformará a linguagem em meio secundário de comunicação porque linguagens de caráter visual serão criadas para substituir a linguagem verbal. Portanto está correta a impressão contida na opção (E).

Resposta: (E)

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