segunda-feira, 30 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 826


A PARTIR DE 25 DE ABRIL DE 2012 E ATÉ 4 DE MAIO DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA FUNDAÇÃO LA SALLE, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DO INSTITUTO MUNICIPAL DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – IMESF (Porto Alegre – RS)

O texto abaixo é base para a questão 826

Vacina antidengue

Um imunizante capaz de proteger contra todos os tipos do vírus está a um passo de virar realidade. Entenda como ele ajudará a apagar a doença que ameaça todo verão brasileiro.

A temperatura sobe, as chuvas começam ______ cair no final das tardes e, aí, soa o alarme: cuidado, lá vem a dengue. A história se repete a cada fim e início de ano e, ______ despeito das medidas sanitárias tomadas pelos governos e pela população, o mosquito “Aedis aegypti” consegue se reproduzir e ganhar os ares propagando o vírus entre milhares de brasileiros por meio de suas picadas.

“Hoje há um consenso entre as autoridades de saúde de que é impossível eliminar de uma vez por todas o inseto que transmite a doença”, afirma o infectologista Stefan Cunha Ujvari, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, um estudioso da evolução das epidemias. Ninguém nega que as campanhas de conscientização e combate ao vetor do bicho se refletem em uma queda no número de vítimas, mas também é fato que, sozinhas, elas não têm capacidade de purgar a doença – e essa invencibilidade, aliás, nos remete ao crescimento desordenado de algumas cidades, que continua fomentando a aparição e a permanência dos criadouros do mosquito.

Daqui a poucos anos, porém, esse panorama negro tem tudo para mudar. Se não dá para exterminar o inseto, ______ não ensinar o sistema imune humano ______ se defender do vírus? Esse é o objeto de uma vacina contra os quatro tipos do micro-organismo, que já está na etapa final de testes. O produto, do laboratório francês Sanofi-Pasteur, é o candidato mais avançado entre os imunizantes do gênero e passa por estudos de eficácia, cujos primeiros resultados sairão no próximo ano. “A vacina foi aplicada em mais de 15 mil pessoas ao redor do mundo e, ao final do programa, teremos 45 mil”, informa Pedro Garbes, diretor regional da pesquisa e desenvolvimento para a América Latina da farmacêutica.

Os testes também já começaram no Brasil e abrangem 4 mil voluntários. Dois trabalhos seguem em curso para analisar a segurança e a eficiência da fórmula francesa. “Imunizamos jovens de 9 a 16 anos, justamente a faixa etária com perfil de maior gravidade para a dengue”, conta o infectologista Reynaldo Dietze, que comanda os estudos na Universidade Federal do Espírito Santo, uma das participantes. “A vacina tem mostrado que é bastante segura e tem poucos efeitos colaterais”, adianta.

A nova leva de investigações, conduzidas em 15 países, incluindo o nosso – também estão presentes Austrália, Estados Unidos e nações do sudeste asiático e da América Latina –, quer saber agora até que ponto o imunizante protege. “Por ora, os dados sugerem que ele funciona, mas só estudo desenhados especialmente para isso irão determinar e mensurar sua eficácia”, pondera Garbes.

Obter uma vacina antidengue é uma tarefa tão hercúlea por causa de alguns obstáculos impostos pela natureza. Para começo de conversa, não há modelos animais 100% convincentes para avaliar a fórmula. “Isso ______ mesmo macacos não desenvolvem o quadro mais grave da infecção”, diz Pedro Garbes. Além disso, de nada adianta aprontar um imunizante que bloqueie apenas uma das espécies, por assim dizer, do vírus. Por exemplo, se a gente pega dengue 1, só cria anticorpos contra esse vírus e eles não funcionam para barrar os outros tipos. (Disponível em HTTP://saude.abril.com.br/edicoes/0345/medicina/vacina-antidengue-655389.shtml>.Texto adaptado)

826. (FUNDAÇÃO LA SALLE – Guarda Municipal – Município de Novo Hamburgo – RS – 2011) A respeito de vírgulas empregadas no texto, analise as afirmações abaixo:

I – As vírgulas antes e depois de “do Hospital Alemão Oswaldo Cruz” (1º período do 2º parágrafo) estão sendo empregadas para marcar a intercalação da oração subordinada adverbial.

II – A vírgula empregada logo após o segundo travessão (1º período do 5º parágrafo) deveria ser eliminada.

III – A vírgula após “se a gente pega dengue 1” (último período do último parágrafo) marca a antecipação da oração subordinada condicional.

Das afirmações acima, qual(is) está(ão) correta(s)?

A) Apenas a I.
B) Apenas I e III.
C) Apenas a II.
D) Apenas II e III.
E) Apenas a III.

Comentários.

Questão sobre pontuação.

No trecho “... afirma o infectologista Stefan Cunha Ujvari, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, um estudioso da evolução das epidemias” (1º período do 2º parágrafo), o segmento “do Hospital Alemão Oswaldo Cruz” é um aposto, que explica a origem do infectologista Stefan Cunha Ujvari. Não pode ser oração porque não há verbo. Errada, portanto, a assertiva I.

A vírgula depois do travessão, no trecho “A nova leva de investigações, conduzidas em 15 países, incluindo o nosso – também estão presentes Austrália, Estados Unidos e nações do sudeste asiático e da América Latina –, quer saber agora até que ponto...” (1º período do 5º parágrafo), não pode ser suprimida, porque é parte integrante de um isolamento que inicia por “conduzidas...”. Errada, portanto, a assertiva II.

No trecho “... se a gente pega dengue 1, só cria anticorpos contra esse vírus e eles não funcionam...” a vírgula marca o deslocamento (antecipação) da oração “se a gente pega dengue 1”, que é subordinada adverbial condicional. Correta a assertiva III.

Resposta: E.

domingo, 29 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 825


A PARTIR DE 25 DE ABRIL DE 2012 E ATÉ 4 DE MAIO DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA FUNDAÇÃO LA SALLE, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DO INSTITUTO MUNICIPAL DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – IMESF (Porto Alegre – RS)

O texto abaixo é base para a questão 825

Vacina antidengue

Um imunizante capaz de proteger contra todos os tipos do vírus está a um passo de virar realidade. Entenda como ele ajudará a apagar a doença que ameaça todo verão brasileiro.

A temperatura sobe, as chuvas começam ______ cair no final das tardes e, aí, soa o alarme: cuidado, lá vem a dengue. A história se repete a cada fim e início de ano e, ______ despeito das medidas sanitárias tomadas pelos governos e pela população, o mosquito “Aedis aegypti” consegue se reproduzir e ganhar os ares propagando o vírus entre milhares de brasileiros por meio de suas picadas.

“Hoje há um consenso entre as autoridades de saúde de que é impossível eliminar de uma vez por todas o inseto que transmite a doença”, afirma o infectologista Stefan Cunha Ujvari, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, um estudioso da evolução das epidemias. Ninguém nega que as campanhas de conscientização e combate ao vetor do bicho se refletem em uma queda no número de vítimas, mas também é fato que, sozinhas, elas não têm capacidade de purgar a doença – e essa invencibilidade, aliás, nos remete ao crescimento desordenado de algumas cidades, que continua fomentando a aparição e a permanência dos criadouros do mosquito.

Daqui a poucos anos, porém, esse panorama negro tem tudo para mudar. Se não dá para exterminar o inseto, ______ não ensinar o sistema imune humano ______ se defender do vírus? Esse é o objeto de uma vacina contra os quatro tipos do micro-organismo, que já está na etapa final de testes. O produto, do laboratório francês Sanofi-Pasteur, é o candidato mais avançado entre os imunizantes do gênero e passa por estudos de eficácia, cujos primeiros resultados sairão no próximo ano. “A vacina foi aplicada em mais de 15 mil pessoas ao redor do mundo e, ao final do programa, teremos 45 mil”, informa Pedro Garbes, diretor regional da pesquisa e desenvolvimento para a América Latina da farmacêutica.

Os testes também já começaram no Brasil e abrangem 4 mil voluntários. Dois trabalhos seguem em curso para analisar a segurança e a eficiência da fórmula francesa. “Imunizamos jovens de 9 a 16 anos, justamente a faixa etária com perfil de maior gravidade para a dengue”, conta o infectologista Reynaldo Dietze, que comanda os estudos na Universidade Federal do Espírito Santo, uma das participantes. “A vacina tem mostrado que é bastante segura e tem poucos efeitos colaterais”, adianta.

A nova leva de investigações, conduzidas em 15 países, incluindo o nosso – também estão presentes Austrália, Estados Unidos e nações do sudeste asiático e da América Latina –, quer saber agora até que ponto o imunizante protege. “Por ora, os dados sugerem que ele funciona, mas só estudo desenhados especialmente para isso irão determinar e mensurar sua eficácia”, pondera Garbes.

Obter uma vacina antidengue é uma tarefa tão hercúlea por causa de alguns obstáculos impostos pela natureza. Para começo de conversa, não há modelos animais 100% convincentes para avaliar a fórmula. “Isso ______ mesmo macacos não desenvolvem o quadro mais grave da infecção”, diz Pedro Garbes. Além disso, de nada adianta aprontar um imunizante que bloqueie apenas uma das espécies, por assim dizer, do vírus. Por exemplo, se a gente pega dengue 1, só cria anticorpos contra esse vírus e eles não funcionam para barrar os outros tipos. (Disponível em HTTP://saude.abril.com.br/edicoes/0345/medicina/vacina-antidengue-655389.shtml>.Texto adaptado)

825. (FUNDAÇÃO LA SALLE – Guarda Municipal – Município de Novo Hamburgo – RS – 2011) Os termos “fomentando” (final do 2º parágrafo), “mensurar” (final do 5º parágrafo) e “hercúlea” (início do último parágrafo) poderiam ser substituídos, sem alteração substancial do sentido do texto, respectivamente por:

A) estimulando – medir – excepcional
B) aprimorando – generalizar – capciosa
C) mascarando – diagnosticar – salomônica
D) incentivando – qualificar – bizarra
E) emancipando – mimetizar – exacerbada

Comentários.

Questão sobre semântica.

No trecho “... e essa invencibilidade, aliás, nos remete ao crescimento desordenado de algumas cidades, que continua fomentando a aparição e a permanência dos criadouros do mosquito”, no final do 2º parágrafo, o termo “fomentando” significa “estimulando”, “incentivando”. Não são compatíveis semanticamente os termos “aprimorando”, que significa “melhorando”, “qualificando”, nem “mascarando”, que traduz ideia de “escondendo”, “omitindo”, nem mesmo “emancipando”, cuja tradução seria a de “promovendo”, “graduando”.

O termo “mensurar” significa “medir”, “determinar dimensões” ou “ter por medida”. No trecho “... mas só estudo desenhados especialmente para isso irão determinar e mensurar sua eficácia...”, no final do 5º parágrafo, “mensurar” pode ser substituído, portanto, por “medir”. Não são compatíveis semanticamente os termos “generalizar”, que indica “espalhamento”, “propagação”, nem “diagnosticar”, cuja ideia pode ser traduzida por “revelar o resultado de exame”, tampouco “qualificar”, que seria “melhorar a qualidade”. Também não se pode considerar “mimetizar”, que significa “disfarçar”.

O adjetivo “hercúlea”, no trecho “Obter uma vacina antidengue é uma tarefa tão hercúlea por causa de alguns obstáculos impostos pela natureza” (início do último parágrafo), significa “potente”, “valente”, “de força desproporcional”. Portanto pode ser substituído por “excepcional”. Não são compatíveis os termos “capciosa”, que significa “enganoso”, “caviloso”, “manhoso”, “astucioso”, nem mesmo “salomônica”, que traduz ideia de justiça. Não são compatíveis, também, os termos “bizarra”, vocábulo pejorativo que indica anormal, raivoso, colérico, e “exacerbada”, que significa “exagerada”.

Resposta: A.

sábado, 28 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 824


A PARTIR DE 25 DE ABRIL DE 2012 E ATÉ 4 DE MAIO DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA FUNDAÇÃO LA SALLE, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DO INSTITUTO MUNICIPAL DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – IMESF (Porto Alegre – RS)

O texto abaixo é base para a questão 824

Vacina antidengue

Um imunizante capaz de proteger contra todos os tipos do vírus está a um passo de virar realidade. Entenda como ele ajudará a apagar a doença que ameaça todo verão brasileiro.

A temperatura sobe, as chuvas começam ______ cair no final das tardes e, aí, soa o alarme: cuidado, lá vem a dengue. A história se repete a cada fim e início de ano e, ______ despeito das medidas sanitárias tomadas pelos governos e pela população, o mosquito “Aedis aegypti” consegue se reproduzir e ganhar os ares propagando o vírus entre milhares de brasileiros por meio de suas picadas.

“Hoje há um consenso entre as autoridades de saúde de que é impossível eliminar de uma vez por todas o inseto que transmite a doença”, afirma o infectologista Stefan Cunha Ujvari, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, um estudioso da evolução das epidemias. Ninguém nega que as campanhas de conscientização e combate ao vetor do bicho se refletem em uma queda no número de vítimas, mas também é fato que, sozinhas, elas não têm capacidade de purgar a doença – e essa invencibilidade, aliás, nos remete ao crescimento desordenado de algumas cidades, que continua fomentando a aparição e a permanência dos criadouros do mosquito.

Daqui a poucos anos, porém, esse panorama negro tem tudo para mudar. Se não dá para exterminar o inseto, ______ não ensinar o sistema imune humano ______ se defender do vírus? Esse é o objeto de uma vacina contra os quatro tipos do micro-organismo, que já está na etapa final de testes. O produto, do laboratório francês Sanofi-Pasteur, é o candidato mais avançado entre os imunizantes do gênero e passa por estudos de eficácia, cujos primeiros resultados sairão no próximo ano. “A vacina foi aplicada em mais de 15 mil pessoas ao redor do mundo e, ao final do programa, teremos 45 mil”, informa Pedro Garbes, diretor regional da pesquisa e desenvolvimento para a América Latina da farmacêutica.

Os testes também já começaram no Brasil e abrangem 4 mil voluntários. Dois trabalhos seguem em curso para analisar a segurança e a eficiência da fórmula francesa. “Imunizamos jovens de 9 a 16 anos, justamente a faixa etária com perfil de maior gravidade para a dengue”, conta o infectologista Reynaldo Dietze, que comanda os estudos na Universidade Federal do Espírito Santo, uma das participantes. “A vacina tem mostrado que é bastante segura e tem poucos efeitos colaterais”, adianta.

A nova leva de investigações, conduzidas em 15 países, incluindo o nosso – também estão presentes Austrália, Estados Unidos e nações do sudeste asiático e da América Latina –, quer saber agora até que ponto o imunizante protege. “Por ora, os dados sugerem que ele funciona, mas só estudos desenhados especialmente para isso irão determinar e mensurar sua eficácia”, pondera Garbes.

Obter uma vacina antidengue é uma tarefa tão hercúlea por causa de alguns obstáculos impostos pela natureza. Para começo de conversa, não há modelos animais 100% convincentes para avaliar a fórmula. “Isso ______ mesmo macacos não desenvolvem o quadro mais grave da infecção”, diz Pedro Garbes. Além disso, de nada adianta aprontar um imunizante que bloqueie apenas uma das espécies, por assim dizer, do vírus. Por exemplo, se a gente pega dengue 1, só cria anticorpos contra esse vírus e eles não funcionam para barrar os outros tipos. (Disponível em HTTP://saude.abril.com.br/edicoes/0345/medicina/vacina-antidengue-655389.shtml>.Texto adaptado)

824. (FUNDAÇÃO LA SALLE – Guarda Municipal – Município de Novo Hamburgo – RS – 2011) As duas lacunas do 1º parágrafo e a segunda lacuna do 3º parágrafo devem ser preenchidas correta e respectivamente por:

A) a – a – a
B) a – à – à
C) à – à – a
D) à – à – à
E) a – a – à

Comentários.

Questão sobre crase.

No trecho “A temperatura sobe, as chuvas começam ______ cair no final das tardes” (1º parágrafo), a lacuna deve receber apenas a preposição “a”, porque não há crase antes de verbo. Portanto “A temperatura sobe, as chuvas começam a cair no final das tardes”.

Com relação ao trecho “A história se repete a cada fim e início de ano e, ______ despeito das medidas sanitárias tomadas pelos governos e pela população...” (1º parágrafo), a lacuna deve receber apenas a preposição “a”, pois “despeito” é palavra masculina, e antes de palavra masculina não há artigo, portanto não há crase. A frase ficará “A história se repete a cada fim e início de ano e, a despeito das medidas sanitárias tomadas pelos governos e pela população...”

Já no trecho “não ensinar o sistema imune humano ______ se defender do vírus?” (3º parágrafo), a lacuna deve ser preenchida com preposição “a”, uma vez que antes de verbo não há crase. O segmento terá redação final “não ensinar o sistema imune humano a se defender do vírus?”.

Resposta: A.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 823


A PARTIR DE 25 DE ABRIL DE 2012 E ATÉ 4 DE MAIO DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA FUNDAÇÃO LA SALLE, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DO INSTITUTO MUNICIPAL DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – IMESF (Porto Alegre – RS)

O texto abaixo é base para a questão 823

Vacina antidengue

Um imunizante capaz de proteger contra todos os tipos do vírus está a um passo de virar realidade. Entenda como ele ajudará a apagar a doença que ameaça todo verão brasileiro.

A temperatura sobe, as chuvas começam ______ cair no final das tardes e, aí, soa o alarme: cuidado, lá vem a dengue. A história se repete a cada fim e início de ano e, ______ despeito das medidas sanitárias tomadas pelos governos e pela população, o mosquito “Aedis aegypti” consegue se reproduzir e ganhar os ares propagando o vírus entre milhares de brasileiros por meio de suas picadas.

“Hoje há um consenso entre as autoridades de saúde de que é impossível eliminar de uma vez por todas o inseto que transmite a doença”, afirma o infectologista Stefan Cunha Ujvari, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, um estudioso da evolução das epidemias. Ninguém nega que as campanhas de conscientização e combate ao vetor do bicho se refletem em uma queda no número de vítimas, mas também é fato que, sozinhas, elas não têm capacidade de purgar a doença – e essa invencibilidade, aliás, nos remete ao crescimento desordenado de algumas cidades, que continua fomentando a aparição e a permanência dos criadouros do mosquito.

Daqui a poucos anos, porém, esse panorama negro tem tudo para mudar. Se não dá para exterminar o inseto, ______ não ensinar o sistema imune humano ______ se defender do vírus? Esse é o objeto de uma vacina contra os quatro tipos do micro-organismo, que já está na etapa final de testes. O produto, do laboratório francês Sanofi-Pasteur, é o candidato mais avançado entre os imunizantes do gênero e passa por estudos de eficácia, cujos primeiros resultados sairão no próximo ano. “A vacina foi aplicada em mais de 15 mil pessoas ao redor do mundo e, ao final do programa, teremos 45 mil”, informa Pedro Garbes, diretor regional da pesquisa e desenvolvimento para a América Latina da farmacêutica.

Os testes também já começaram no Brasil e abrangem 4 mil voluntários. Dois trabalhos seguem em curso para analisar a segurança e a eficiência da fórmula francesa. “Imunizamos jovens de 9 a 16 anos, justamente a faixa etária com perfil de maior gravidade para a dengue”, conta o infectologista Reynaldo Dietze, que comanda os estudos na Universidade Federal do Espírito Santo, uma das participantes. “A vacina tem mostrado que é bastante segura e tem poucos efeitos colaterais”, adianta.

A nova leva de investigações, conduzidas em 15 países, incluindo o nosso – também estão presentes Austrália, Estados Unidos e nações do sudeste asiático e da América Latina –, quer saber agora até que ponto o imunizante protege. “Por ora, os dados sugerem que ele funciona, mas só estudos desenhados especialmente para isso irão determinar e mensurar sua eficácia”, pondera Garbes.

Obter uma vacina antidengue é uma tarefa tão hercúlea por causa de alguns obstáculos impostos pela natureza. Para começo de conversa, não há modelos animais 100% convincentes para avaliar a fórmula. “Isso ______ mesmo macacos não desenvolvem o quadro mais grave da infecção”, diz Pedro Garbes. Além disso, de nada adianta aprontar um imunizante que bloqueie apenas uma das espécies, por assim dizer, do vírus. Por exemplo, se a gente pega dengue 1, só cria anticorpos contra esse vírus e eles não funcionam para barrar os outros tipos. (Disponível em HTTP://saude.abril.com.br/edicoes/0345/medicina/vacina-antidengue-655389.shtml>.Texto adaptado)

823. (FUNDAÇÃO LA SALLE – Guarda Municipal – Município de Novo Hamburgo – RS – 2011) De acordo com o texto, é correto afirmar que:

A) Como o governo não toma medidas eficazes para resolver o problema, todos os verões o mosquito “Aedis aegypti” consegue se reproduzir e propagar o vírus da dengue entre milhares de brasileiros por meio das suas picadas.

B) Segundo o infectologista Stefan Cunha Ujvari, é impossível eliminar de uma vez por todas o inseto que transmite a doença porque não existem campanhas de conscientização e combate ao vetor do mosquito da dengue que realmente se reflitam em uma queda no número de vítimas.

C) A invencibilidade do mosquito da dengue relaciona-se sobretudo a atitudes individuais, tendo em vista que falta à população a conscientização de seu papel no combate a esse mal, que aflige, entre tantos outros países, o Brasil.

D) As campanhas de conscientização e combate ao vetor do mosquito “Aedis “aegypti” se refletem em uma queda no número de vítimas, mas tais campanhas não são capazes, isoladamente, de erradicar a doença.

E) Obter uma vacina contra a dengue não é uma tarefa difícil, ainda que macacos não desenvolvam quadros mais críticos da doença.

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto.

Errada a assertiva “A”, porque o texto informa que há medidas tomadas pelo governo e pela população contra a dengue. Observe-se o trecho seguinte, retirado do 1º parágrafo: “. A história se repete a cada fim e início de ano e, ______ despeito das medidas sanitárias tomadas pelos governos e pela população, o mosquito “Aedis aegypti” consegue se reproduzir e ganhar os ares propagando o vírus entre milhares de brasileiros por meio de suas picadas”.

Errada a opção “B”, porque, segundo o trecho “Ninguém nega que as campanhas de conscientização e combate ao vetor do bicho se refletem em uma queda no número de vítimas, mas também é fato que, sozinhas, elas não têm capacidade de purgar a doença – e essa invencibilidade, aliás, nos remete ao crescimento desordenado de algumas cidades, que continua fomentando a aparição e a permanência dos criadouros do mosquito” (2º parágrafo). Portanto não se pode afirmar que não existem campanhas.

Errada a assertiva “C”, porque, segundo o texto, a invencibilidade da doença provocada pelo mosquito da dengue se deve ao crescimento desordenado de alguma cidades e à permanência do criadouro do mosquito, e não à falta de conscientização da população.

De acordo com o trecho “Ninguém nega que as campanhas de conscientização e combate ao vetor do bicho se refletem em uma queda no número de vítimas, mas também é fato que, sozinhas, elas não têm capacidade de purgar a doença – e essa invencibilidade, aliás, nos remete ao crescimento desordenado de algumas cidades, que continua fomentando a aparição e a permanência dos criadouros do mosquito” (2º parágrafo), está correta a assertiva “D”.

É absurda a associação feita entre a afirmação de que é tarefa difícil obter vacina contra a dengue e o fato de que macacos não desenvolvem quadros mais críticos da doença. Errada a assertiva “E”.

Resposta: D.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 822


A PARTIR DE 25 DE ABRIL DE 2012 E ATÉ 4 DE MAIO DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA FUNDAÇÃO LA SALLE, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DO INSTITUTO MUNICIPAL DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – IMESF (Porto Alegre – RS)

822. (FUNDAÇÃO LA SALLE – Guarda Municipal – Município de Novo Hamburgo – RS – 2011)
Todas as palavras a seguir são acentuadas de acordo com a mesma regra que “sanitárias”, EXCETO:

A) história
B) laboratório
C) eficiência
D) etária
E) países

Comentários.

Questão sobre acentuação gráfica.

A palavra “sanitárias” é acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo crescente. Também são acentuadas pela mesma regra as palavras “história”, “laboratório”, “eficiência” e “etária”.

A palavra “países”, por sua vez, é acentuada porque apresenta “i” tônico, precedido de vogal e formando sílaba sozinho. Portanto a razão por que é acentuada destoa da regra que preceitua acento gráfico nas palavras das assertiva “A”, “B”, “C” e “D”.

Resposta: E.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 821


A PARTIR DE 25 DE ABRIL DE 2012 E ATÉ 4 DE MAIO DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA FUNDAÇÃO LA SALLE, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DO INSTITUTO MUNICIPAL DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – IMESF (Porto Alegre – RS)

O texto abaixo é base para a questão 821

Vacina antidengue

Um imunizante capaz de proteger contra todos os tipos do vírus está a um passo de virar realidade. Entenda como ele ajudará a apagar a doença que ameaça todo verão brasileiro.

A temperatura sobe, as chuvas começam ______ cair no final das tardes e, aí, soa o alarme: cuidado, lá vem a dengue. A história se repete a cada fim e início de ano e, ______ despeito das medidas sanitárias tomadas pelos governos e pela população, o mosquito “Aedis aegypti” consegue se reproduzir e ganhar os ares propagando o vírus entre milhares de brasileiros por meio de suas picadas.

“Hoje há um consenso entre as autoridades de saúde de que é impossível eliminar de uma vez por todas o inseto que transmite a doença”, afirma o infectologista Stefan Cunha Ujvari, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, um estudioso da evolução das epidemias. Ninguém nega que as campanhas de conscientização e combate ao vetor do bicho se refletem em uma queda no número de vítimas, mas também é fato que, sozinhas, elas não têm capacidade de purgar a doença – e essa invencibilidade, aliás, nos remete ao crescimento desordenado de algumas cidades, que continua fomentando a aparição e a permanência dos criadouros do mosquito.

Daqui a poucos anos, porém, esse panorama negro tem tudo para mudar. Se não dá para exterminar o inseto, ______ não ensinar o sistema imune humano ______ se defender do vírus? Esse é o objeto de uma vacina contra os quatro tipos do micro-organismo, que já está na etapa final de testes. O produto, do laboratório francês Sanofi-Pasteur, é o candidato mais avançado entre os imunizantes do gênero e passa por estudos de eficácia, cujos primeiros resultados sairão no próximo ano. “A vacina foi aplicada em mais de 15 mil pessoas ao redor do mundo e, ao final do programa, teremos 45 mil”, informa Pedro Garbes, diretor regional da pesquisa e desenvolvimento para a América Latina da farmacêutica.

Os testes também já começaram no Brasil e abrangem 4 mil voluntários. Dois trabalhos seguem em curso para analisar a segurança e a eficiência da fórmula francesa. “Imunizamos jovens de 9 a 16 anos, justamente a faixa etária com perfil de maior gravidade para a dengue”, conta o infectologista Reynaldo Dietze, que comanda os estudos na Universidade Federal do Espírito Santo, uma das participantes. “A vacina tem mostrado que é bastante segura e tem poucos efeitos colaterais”, adianta.

A nova leva de investigações, conduzidas em 15 países, incluindo o nosso – também estão presentes Austrália, Estados Unidos e nações do sudeste asiático e da América Latina –, quer saber agora até que ponto o imunizante protege. “Por ora, os dados sugerem que ele funciona, mas só estudos desenhados especialmente para isso irão determinar e mensurar sua eficácia”, pondera Garbes.

Obter uma vacina antidengue é uma tarefa tão hercúlea por causa de alguns obstáculos impostos pela natureza. Para começo de conversa, não há modelos animais 100% convincentes para avaliar a fórmula. “Isso ______ mesmo macacos não desenvolvem o quadro mais grave da infecção”, diz Pedro Garbes. Além disso, de nada adianta aprontar um imunizante que bloqueie apenas uma das espécies, por assim dizer, do vírus. Por exemplo, se a gente pega dengue 1, só cria anticorpos contra esse vírus e eles não funcionam para barrar os outros tipos. (Disponível em HTTP://saude.abril.com.br/edicoes/0345/medicina/vacina-antidengue-655389.shtml>.Texto adaptado)

821. (FUNDAÇÃO LA SALLE – Guarda Municipal – Município de Novo Hamburgo – RS – 2011) A primeira lacuna do 3º parágrafo e a lacuna do 6º parágrafo devem ser preenchidas correta e respectivamente por:

A) porque – porque
B) por que – porque
C) porque – por que
D) por quê – por que
E) porquê – porque

Comentários.

Questão sobre grafia dos “porquês”.

No trecho “Se não dá para exterminar o inseto, ______ não ensinar o sistema imune humano ______ se defender do vírus?” (3º parágrafo), a primeira lacuna deve ser preenchida com “por que”, por se tratar de pergunta. Em pergunta diretas e indiretas, a grafia é separada e sem acento.

Já no trecho “Isso ______ mesmo macacos não desenvolvem o quadro mais grave da infecção” (6º parágrafo), a lacuna deve receber “porque”, por se tratar de explicação. Em respostas e explicações, deve-se empregar “porque”, junto e sem acento.

Resposta: B.

terça-feira, 24 de abril de 2012

PROVA DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - COMENTADA E RESPONDIDA


PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO PARA TÉCNICO BANCÁRIO NOVO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – PROCESSO REALIZADO EM 22 DE ABRIL DE 2012 - COMENTADA E RESPONDIDA

Games: bons para a terceira idade

Jogar games de computador pode fazer bem à saúde dos idosos. Foi o que concluiu uma pesquisa do laboratório Gains Through Gaming (Ganhos através de jogos, numa tradução livre), na Universidade da Carolina do Norte, nos EUA.

Os cientistas do laboratório reuniram um grupo de 39 pessoas entre 60 e 77 anos e testaram funções cognitivas de todos os integrantes, como percepção espacial, memória e capacidade de concentração. Uma parte dos idosos, então, levou para casa o RPG on-line “World of Warcraft”, um dos títulos mais populares do gênero no mundo, produzido pela Blizzard, e com 10,3 milhões de usuários na internet. Eles jogaram o game por aproximadamente 14 horas ao longo de duas semanas (em média, uma hora por dia). Outros idosos, escolhidos pelos pesquisadores para integrar o grupo de controle do estudo, foram para casa, mas não jogaram nenhum videogame.

Na volta, os resultados foram surpreendentes. Os idosos que mergulharam no mundo das criaturas de “Warcraft” voltaram mais bem dispostos e apresentaram nítida melhora nas funções cognitivas, enquanto o grupo de controle não progrediu, apresentando as mesmas condições.

— Escolhemos o “World of Warcraft” porque ele é desafiante em termos cognitivos, apresentando sempre situações novas em ambientes em que é preciso interagir socialmente — disse no site da universidade Anne McLauglin, professora de psicologia do laboratório e responsável pelo texto final do estudo.
— Os resultados que observamos foram melhores nos idosos que haviam apresentado índices baixos nos testes antes do jogo. Depois de praticar o RPG, eles voltaram com melhores índices de concentração e percepção sensorial. No quesito memória, entretanto, o efeito do game foi nulo.

Outro pesquisador que participou da pesquisa, o professor de psicologia Jason Allaire, comentou no site que os idosos que se saíram mal no primeiro teste mostraram os melhores resultados após o jogo.

Os dois estudiosos vêm pesquisando os efeitos dos games na terceira idade desde 2009, quando receberam uma verba de US$ 1,2 milhão da universidade para investigar o tema. Entretanto, entre os jovens, estudos há anos procuram relacionar o vício em games ao déficit de atenção, embora ainda
não haja um diagnóstico formal sobre esse tipo de comportamento. MACHADO, André. Games: bons para a terceira idade. O Globo, 28 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Economia, p. 24. Adaptado.

1 A leitura do texto permite concluir, relativamente ao tempo gasto no game com os idosos da pesquisa, que eles

(A) jogaram o game durante 14 horas seguidas.
(B) jogaram a mesma quantidade de horas todos os dias durante 14 dias.
(C) passaram duas semanas jogando 14 horas por dia.
(D) gastaram o mesmo tempo que os outros 10,3 milhões de usuários.
(E) despenderam cerca de 14 horas de atividade no jogo ao longo de 14 dias.

QUESTÃO 1 – Interpretação de texto

Relativamente ao tempo gasto no “game” com os idosos da pesquisa, é possível concluir que, durante 14 dias (duas semanas), os idosos despenderam cerca de 14 horas de atividade no jogo. A resposta encontra amparo no 2º parágrafo do texto.

Resposta: E.

_________________________________

2 O primeiro parágrafo do texto apresenta características de argumentação porque

(A) focaliza de modo estático um objeto, no caso, um game.
(B) traz personagens que atuam no desenvolvimento da história.
(C) mostra objetos em minúcias e situações atemporalmente.
(D) apresenta uma ideia central, que será evidenciada, e uma conclusão.
(E) desenvolve uma situação no tempo, mostrando seus desdobramentos.

QUESTÃO 2 – Interpretação de texto

O primeiro parágrafo do texto, a saber “Jogar games de computador pode fazer bem à saúde dos idosos. Foi o que concluiu uma pesquisa do laboratório Gains Through Gaming (Ganhos através de jogos, numa tradução livre), na Universidade da Carolina do Norte, nos EUA.”, não focaliza um objeto de modo estático, pois informa que “games” de computador podem fazer bem à saúde dos idosos, portanto está errada a assertiva (A). Não traz personagens que atuam no desenvolvimento da história, pois apenas se refere aos idosos. Os que atuam no decorrer do texto, se assim se pode considerar, são os pesquisadores, portanto está errada a alternativa (B). Errada a opção (C), pois não há demonstração de objetos, muito menos em minúcias. Errada a afirmação contida na assertiva (E), porque não há desenvolvimento de uma situação no tempo, muito menos seus desdobramentos. O que há, no primeiro parágrafo, é uma ideia central, da qual o texto parte para desenvolver a argumentação, e uma conclusão, portanto está correta a assertiva (D).

____________________________________

3 O período “Escolhemos o ‘World of Warcraft’ porque ele é desafiante em termos cognitivos, apresentando sempre situações novas.” pode ser reescrito, mantendo--se o mesmo sentido, como:

(A) Escolhemos o “World of Warcraft” uma vez que ele é desafiante em termos cognitivos, apesar de apresentar sempre situações novas.
(B) Escolhemos o “World of Warcraft” caso ele seja desafiante em termos cognitivos, quando apresenta sempre situações novas.
(C) Escolhemos o “World of Warcraft” assim que ele for desafiante em termos cognitivos e apresentar situações novas.
(D) Como o “World of Warcraft” é desafiante em termos cognitivos, por apresentar sempre situações novas, nós o escolhemos.
(E) Mesmo que o “World of Warcraft” seja desafiante em termos cognitivos, no momento em que apresenta situações novas, nós o escolhemos.

QUESTÃO 3 – Emprego de conjunções e reescritura de texto

A construção original é um período composto cuja ideia se embasa numa explicação.

Errada a assertiva (A), porque a expressão “apesar de” traduz oposição, ideia estranha à mensagem original. Errada a opção (B), pois “caso” revela condição e “quando” traduz tempo, ambas ideias estranhas à mensagem original. Errada a assertiva (C), pois “assim que” revela ideia de tempo, a exemplo da sugestão apresentada na opção (B). Na alternativa (E), a presença do nexo “mesmo que” revela ideia de oposição, estranha à mensagem original. Correta a construção da opção (D), por reproduzir o sentido da frase original.

Resposta: D.

________________________________________

4 A língua portuguesa conhece situações de dupla possibilidade de concordância. A modificação possível do termo destacado, mantendo-se a concordância, de acordo com a norma-padrão, encontra-se em:

(A) Jogar games de computador pode fazer bem à saúde — podem
(B) um dos títulos mais populares do gênero no mundo, produzido pela Blizzard — produzidos
(C) escolhidos pelos pesquisadores para integrar o grupo — integrarem
(D) o grupo de controle não progrediu — progrediram
(E) é preciso interagir socialmente — interagirem

QUESTÃO 4 – Concordância verbal

Na alternativa (A), o sujeito da oração é “Jogar ‘games’ de computador”, sendo seu núcleo “jogar”, levando o verbo obrigatoriamente para o singular. Portanto não há opção de pluralizar o verbo. Na opção (B), quem foi produzido foi “um” dos títulos, não “os títulos”, portanto o verbo deve ficar no singular, sem opção de plural. Na alternativa (C), no trecho “Outros idosos, escolhidos pelos pesquisadores para integrar o grupo de controle do estudo...”, o verbo “integrar” poderia ter como referente “Outros idosos”, indo para o plural – “integrarem”. Na opção (D), em “o grupo de controle”, que é o sujeito, a expressão “grupo” é núcleo, obrigando o verbo a ficar no singular, até porque seu complemento (“de controle”) também está no singular. Quanto à opção (E), “interagir” é o próprio sujeito de “é preciso”, logo não pode ir para o plural, porque, apesar de ser um verbo, funciona como substantivo.

Resposta: C.

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5 O sinal indicativo de crase está adequadamente usado em:

(A) Os pesquisadores dedicaram um estudo sobre games à um conjunto de pessoas idosas.
(B) Daqui à alguns anos, os pesquisadores pretendem verificar por que os games são viciantes para os jovens.
(C) Muitos dos idosos pesquisados obtiveram resultados positivos e passaram à se comportar de nova maneira.
(D) A escolha de um determinado game se deveu à preocupação dos pesquisadores com as características que tal jogo apresentava.
(E) Os estudos dos efeitos dos jogos eletrônicos sobre os idosos vêm sendo realizados à vários anos.

QUESTÃO 5 – Crase

Na opção (A), a crase está errada, porque não há artigo diante de palavra masculina (“um”). Errada a alternativa (B), porque não existe crase antes de pronome indefinido (“alguns”), ainda mais se tratando de termo masculino. Errada a assertiva (C), porque não há crase antes de verbo. Errada a assertiva (E), porque deve ser empregado verbo “haver”, haja vista se tratar de indicação de tempo passado: “... há vários anos...”.


Resposta: D.

Não há questões recorríveis.
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terça-feira, 17 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 820


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 820

A AVENTURA DO COTIDIANO

Parábola da falta d’água:
Vivia faltando água naquela fábrica. O dono da fábrica tinha de se valer de um sujeito que lhe trazia uma pipa d’água regularmente, ao preço de três mil cruzeiros.
Um dia o tal sujeito o abordou:
— O patrão vai me desculpar, mas vamos ter de aumentar o preço. De hoje em diante a pipa vai custar cinco mil cruzeiros.
— Cinco mil cruzeiros por uma pipa d’água? Você está ficando doido?
— Não estou não senhor. Doido está é o manobreiro, que recebia dois e agora quer receber três.
— E posso saber que manobreiro é esse?
— Manobreiro desta zona, responsável pelo controle da água. Eu vinha pagando dois mil a ele, mas agora ele quer é três. Não sobra quase nada pra mim, que é que há? E está ameaçando de abrir o registro se eu não pagar.
— Abrir o registro? Que conversa é essa? Me explique isso melhor.
— Se o senhor não me pagar, eu não pago a ele. Ele deixa entrar a água e lá se vai por água abaixo o nosso negocinho. SABINO, Fernando. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 740.

820. (IBGE – Agente Censitário Municipal - 2010) Considerando as classes das palavras dos dois últimos parágrafos do texto, no trecho

“— Abrir o registro? Que conversa é essa? Me explique isso melhor.
— Se o senhor não me pagar, eu não pago a ele. Ele deixa entrar a água e lá se vai por água abaixo o nosso negocinho”, está INCORRETO afirmar-se que ali se encontram

(A) seis pronomes pessoais.
(B) somente três substantivos.
(C) duas preposições.
(D) oito formas verbais.
(E) um pronome interrogativo e dois demonstrativos.

Comentários.

Questão sobre classes gramaticais.

Correta a assertiva (A), porque há seis pronomes pessoais, a saber: “Me” (na fala do dono da fábrica) e “me” (na fala do sujeito da pipa d’água) ambos pronomes oblíquos átonos de 1ª pessoa); “eu” (pronome pessoal do caso reto de 1ª pessoa do m “singular), “ele” e “Ele” (pronomes pessoais do caso reto de 3ª pessoa do singular) e “nosso” (pronome possessivo de 1ª pessoa do plural).
Errada a assertiva (B), porque há, no trecho, cinco substantivos e não apenas três. Observem-se os substantivos: “registro”, “conversa”, “água” em duas ocorrências e “negocinho”.

Correta a alternativa (C), pois as duas preposições são “a”, “eu não pago a ele”, e “por”.

Certa a afirmativa (D), pois as oito formas verbais são “Abrir”, “é”, “explique”, “pagar”, “pago”, “deixa”, entrar” e “vai”.

Correta a afirmação contida na opção (E). O pronome interrogativo é “Que”, e os dois demonstrativos são “essa” e “isso”.

Resposta: B.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 819


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 819

A AVENTURA DO COTIDIANO

Parábola da falta d’água:
Vivia faltando água naquela fábrica. O dono da fábrica tinha de se valer de um sujeito que lhe trazia uma pipa d’água regularmente, ao preço de três mil cruzeiros.
Um dia o tal sujeito o abordou:
— O patrão vai me desculpar, mas vamos ter de aumentar o preço. De hoje em diante a pipa vai custar cinco mil cruzeiros.
— Cinco mil cruzeiros por uma pipa d’água? Você está ficando doido?
— Não estou não senhor. Doido está é o manobreiro, que recebia dois e agora quer receber três.
— E posso saber que manobreiro é esse?
— Manobreiro desta zona, responsável pelo controle da água. Eu vinha pagando dois mil a ele, mas agora ele quer é três. Não sobra quase nada pra mim, que é que há? E está ameaçando de abrir o registro se eu não pagar.
— Abrir o registro? Que conversa é essa? Me explique isso melhor.
— Se o senhor não me pagar, eu não pago a ele. Ele deixa entrar a água e lá se vai por água abaixo o nosso negocinho. SABINO, Fernando. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 740.

819. (IBGE – Agente Censitário Municipal - 2010) Tratando-se das funções sintáticas dos termos destacados do texto, pode-se afirmar que

(A) “O dono da fábrica...” – objeto direto.
(B) “...ter de aumentar o preço.” – sujeito.
(C) “Você está ficando doido?”– adjunto adverbial de modo.
(D) “...e agora quer receber três.”– adjunto adverbial de lugar.
(E) “eu não pago a ele.”– objeto indireto.

Comentários.

Questão sobre funções sintáticas.

Em “O dono da fábrica”, a expressão “da fábrica” é complemento nominal de “dono”. Não é objeto direto por não ter sido decorrente de um verbo transitivo direto. Errada, portanto, a assertiva (A).

No segmento “ter de aumentar o preço”, a expressão “o preço” é objeto direto de “aumentar”. Errada, dessa forma, opção (B).

Na frase interrogativa “Você está ficando doido”, a expressão “doido” é predicativo do sujeito, porque está ligado a um verbo de ligação (“ficar”). Errada, portanto, a alternativa (C).

Em “e agora quer receber três”, o advérbio “agora” funciona, na construção, como adjunto adverbial de tempo, não de lugar. Errada a assertiva (D).

No trecho “eu não pago a ele”, o segmento “a ele” é objeto indireto de “pagar”. Correta a assertiva (E).

Resposta: E.

domingo, 15 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 818


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 818

A AVENTURA DO COTIDIANO

Parábola da falta d’água:
Vivia faltando água naquela fábrica. O dono da fábrica tinha de se valer de um sujeito que lhe trazia uma pipa d’água regularmente, ao preço de três mil cruzeiros.
Um dia o tal sujeito o abordou:
— O patrão vai me desculpar, mas vamos ter de aumentar o preço. De hoje em diante a pipa vai custar cinco mil cruzeiros.
— Cinco mil cruzeiros por uma pipa d’água? Você está ficando doido?
— Não estou não senhor. Doido está é o manobreiro, que recebia dois e agora quer receber três.
— E posso saber que manobreiro é esse?
— Manobreiro desta zona, responsável pelo controle da água. Eu vinha pagando dois mil a ele, mas agora ele quer é três. Não sobra quase nada pra mim, que é que há? E está ameaçando de abrir o registro se eu não pagar.
— Abrir o registro? Que conversa é essa? Me explique isso melhor.
— Se o senhor não me pagar, eu não pago a ele. Ele deixa entrar a água e lá se vai por água abaixo o nosso negocinho. SABINO, Fernando. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 740.

818. (IBGE – Agente Censitário Municipal - 2010) O trecho “... e lá vai por água abaixo o nosso negocinho” (último período do texto) refere-se à(ao)

(A) possibilidade de resolver problemas do entregador.
(B) necessidade de aumentar o preço da pipa d’água.
(C) abertura do registro para resolver o problema do manobreiro.
(D) problema que ocorria com o dono da fábrica por causa da carência de água na região.
(E) dano que seria causado ao sujeito da pipa d’água, pela ganância do manobreiro.

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto.

O trecho “... e lá vai por água abaixo o nosso negocinho” (último período do texto) faz nítida referência ao prejuízo que o sujeito da pipa d’água teria se o “manobreiro” não fosse pago, caso em que este último abriria o registro.

Resposta: E.

sábado, 14 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 817


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 817

A AVENTURA DO COTIDIANO

Parábola da falta d’água:
Vivia faltando água naquela fábrica. O dono da fábrica tinha de se valer de um sujeito que lhe trazia uma pipa d’água regularmente, ao preço de três mil cruzeiros.
Um dia o tal sujeito o abordou:
— O patrão vai me desculpar, mas vamos ter de aumentar o preço. De hoje em diante a pipa vai custar cinco mil cruzeiros.
— Cinco mil cruzeiros por uma pipa d’água? Você está ficando doido?
— Não estou não senhor. Doido está é o manobreiro, que recebia dois e agora quer receber três.
— E posso saber que manobreiro é esse?
— Manobreiro desta zona, responsável pelo controle da água. Eu vinha pagando dois mil a ele, mas agora ele quer é três. Não sobra quase nada pra mim, que é que há? E está ameaçando de abrir o registro se eu não pagar.
— Abrir o registro? Que conversa é essa? Me explique isso melhor.
— Se o senhor não me pagar, eu não pago a ele. Ele deixa entrar a água e lá se vai por água abaixo o nosso negocinho. SABINO, Fernando. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 740.

817. (IBGE – Agente Censitário Municipal - 2010) Conforme o texto, a atitude de abrir o registro, para o sujeito da pipa d’água, representaria algo

(A) contrário e prejudicial.
(B) inesperado e imprevisível.
(C) despretensioso e controlador.
(D) absurdo e sem objetivo.
(E) irritante e oportuno.

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto.

Segundo o texto, o sujeito da pipa d’água trabalhava tendo como cúmplice com o “manobreiro”, que fechava o registro para que pudessem ambos ganhar com a venda de água em pipa. Portanto, para o sujeito da pipa d’água, a abertura do registro representaria algo contrário e prejudicial ao seu negócio.

Resposta: A.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 816

A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 816

A AVENTURA DO COTIDIANO

Parábola da falta d’água:
Vivia faltando água naquela fábrica. O dono da fábrica tinha de se valer de um sujeito que lhe trazia uma pipa d’água regularmente, ao preço de três mil cruzeiros.
Um dia o tal sujeito o abordou:
— O patrão vai me desculpar, mas vamos ter de aumentar o preço. De hoje em diante a pipa vai custar cinco mil cruzeiros.
— Cinco mil cruzeiros por uma pipa d’água? Você está ficando doido?
— Não estou não senhor. Doido está é o manobreiro, que recebia dois e agora quer receber três.
— E posso saber que manobreiro é esse?
— Manobreiro desta zona, responsável pelo controle da água. Eu vinha pagando dois mil a ele, mas agora ele quer é três. Não sobra quase nada pra mim, que é que há? E está ameaçando de abrir o registro se eu não pagar.
— Abrir o registro? Que conversa é essa? Me explique isso melhor.
— Se o senhor não me pagar, eu não pago a ele. Ele deixa entrar a água e lá se vai por água abaixo o nosso negocinho. SABINO, Fernando. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 740.


816. (IBGE – Agente Censitário Municipal - 2010) No final do texto, a palavra “negocinho” (último período do texto) está empregada com sentido depreciativo, irônico.

Esse sentido irônico ocorre também na seguinte oração:

(A) José, o precinho de suas frutas é oportuno para todos.
(B) O bebê sorriu ao beijinho da mãe.
(C) Com a plástica, o narizinho de Maria ficou ótimo.
(D) Rabiscando a parede do quarto, o garoto fez uma gracinha imperdoável.
(E) A parede pintada da sala ficou branquinha.

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto e semântica.

Na assertiva (A), a palavra “precinho”, considerado o contexto, está empregada com sentido elogioso, porque se trata de “preço pequeno”. Logo não há sentido depreciativo.

Nas assertivas (B) e (C), as palavras “beijinho” e “narizinho” estão sendo empregadas em sentido carinho, emotivo. Não há sentido depreciativo no emprego dos diminutivos em nenhuma das duas palavras.

Na assertiva (E), o adjetivo “branquinha” está sendo empregado de forma elogiosa, para retratar a boa pintura realizada na parede da sala, portanto não há sentido depreciativo no emprego do diminutivo.

No emprego de “gracinha”, substantivo acompanhado pelo adjetivo “imperdoável”, na assertiva (D), há notório emprego de sentido depreciativo, pois o texto associa a “gracinha” com rabiscar a parede do quarto. Esta é a assertiva que atende ao enunciado.

Resposta: D.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 815


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 815

A AVENTURA DO COTIDIANO

Parábola da falta d’água:
Vivia faltando água naquela fábrica. O dono da fábrica tinha de se valer de um sujeito que lhe trazia uma pipa d’água regularmente, ao preço de três mil cruzeiros.
Um dia o tal sujeito o abordou:
— O patrão vai me desculpar, mas vamos ter de aumentar o preço. De hoje em diante a pipa vai custar cinco mil cruzeiros.
— Cinco mil cruzeiros por uma pipa d’água? Você está ficando doido?
— Não estou não senhor. Doido está é o manobreiro, que recebia dois e agora quer receber três.
— E posso saber que manobreiro é esse?
— Manobreiro desta zona, responsável pelo controle da água. Eu vinha pagando dois mil a ele, mas agora ele quer é três. Não sobra quase nada pra mim, que é que há? E está ameaçando de abrir o registro se eu não pagar.
— Abrir o registro? Que conversa é essa? Me explique isso melhor.
— Se o senhor não me pagar, eu não pago a ele. Ele deixa entrar a água e lá se vai por água abaixo o nosso negocinho. SABINO, Fernando. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 740.


815. (IBGE – Agente Censitário Municipal - 2010)O trecho “Vivia faltando água naquela fábrica”, (início do texto) a forma verbal em destaque nos sugere uma ação

(A) habitual.
(B) concluída.
(C) duvidosa.
(D) iniciante.
(E) iminente.

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto e tempos e modos verbais.

No trecho “Vivia faltando água naquela fábrica” (início do texto), a forma verbal “Vivia” está conjugada no pretérito imperfeito do indicativo, que traduz ação repetida, realizada várias vezes.

No caso do contexto, pode-se considerar ação habitual, porque ocorria frequentemente.

Resposta: A.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 814


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 814

A AVENTURA DO COTIDIANO

Parábola da falta d’água:
Vivia faltando água naquela fábrica. O dono da fábrica tinha de se valer de um sujeito que lhe trazia uma pipa d’água regularmente, ao preço de três mil cruzeiros.
Um dia o tal sujeito o abordou:
— O patrão vai me desculpar, mas vamos ter de aumentar o preço. De hoje em diante a pipa vai custar cinco mil cruzeiros.
— Cinco mil cruzeiros por uma pipa d’água? Você está ficando doido?
— Não estou não senhor. Doido está é o manobreiro, que recebia dois e agora quer receber três.
— E posso saber que manobreiro é esse?
— Manobreiro desta zona, responsável pelo controle da água. Eu vinha pagando dois mil a ele, mas agora ele quer é três. Não sobra quase nada pra mim, que é que há? E está ameaçando de abrir o registro se eu não pagar.
— Abrir o registro? Que conversa é essa? Me explique isso melhor.
— Se o senhor não me pagar, eu não pago a ele.Ele deixa entrar a água e lá se vai por água abaixo o nosso negocinho. SABINO, Fernando. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 740.


814. (IBGE – Agente Censitário Municipal - 2010) Conforme o sentido do texto pode-se afirmar que o dono da fábrica

(A) era um ambicioso, querendo ganhar sempre mais.
(B) reconhecia a necessidade que levava o manobreiro ao pretendido aumento.
(C) mostrava-se dependente do trabalho de apenas mais um: o manobreiro.
(D) teria um possível prejuízo na fábrica.
(E) seria beneficiado com a abertura do registro, o que resolveria o seu problema.

Comentários.

Questão de interpretação de texto.

A partir da “parábola da falta d’água”, pode-se afirmar que o dono da fábrica seria beneficiado com a abertura do registro, pois não haveria mais falta d’água e, portanto, não precisaria mais pagar para ter água trazida na pipa.

Resposta: E.

terça-feira, 10 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 813


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

813. (SEPLAG – Fiscal de Controle Sanitário) A correspondência oficial é uma espécie formal de comunicação, estabelecida entre os órgãos do poder público para elaborar atos normativos e comunicações. É pautada por uma padronização de linguagem e de estrutura, que se caracteriza por: padrão culto da linguagem, impessoalidade, formalidade, clareza, concisão, uniformidade, uso adequado dos pronomes de tratamento. Para que as comunicações sejam compreendidas por todo e qualquer cidadão, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico. Ofícios, memorandos, atas são exemplos de correspondência oficial.

Com relação ao emprego dos pronomes de tratamento, é INCORRETO afirmar que

(A) esses pronomes exigem forma verbal conjugada na terceira pessoa gramatical.
(B) o pronome Vossa Excelência é utilizado em correspondência dirigida às altas autoridades do governo.
(C) o gênero gramatical do adjetivo relacionado a um pronome de tratamento deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere.
(D) o pronome Vossa Eminência deve ser empregado em correspondência dirigida a reitores de universidades.
(E) os pronomes possessivos referidos aos pronomes de tratamento são flexionados na terceira pessoa.

Comentários.

Questão sobre redação de correspondências oficiais.

A expressão de tratamento “Vossa Eminência” deve ser utilizada para cardeais da Igreja Católica. Para reitores de universidades, o tratamento é “Vossa Magnificência”. Está errada, portanto, a afirmação da alternativa (D).

As demais alternativas contêm afirmações corretas.

Resposta: D.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 812


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

812. (SEPLAG – Fiscal de Controle Sanitário) O ofício é a forma de correspondência oficial em que se estabelece a comunicação entre órgãos oficiais, ou de um órgão oficial para uma pessoa. Deve ser redigido no padrão culto da língua, segue um esquema preestabelecido e não deve apresentar rasura. O texto que segue é um exemplo de ofício.

A respeito desse tipo de correspondência, considere as afirmações abaixo.

I – Um ofício deve conter identificação do destinatário, agradecimento, recibo, mensagem.
II – Um ofício deve conter fundamentação legal, saudação final, experiência profissional.
III – Um ofício deve conter local e data, mensagem, saudação final, assinatura e cargo do remetente.
IV – Um ofício deve conter número do documento, saudação final, identificação do destinatário.

Estão corretas APENAS as afirmações

(A) I e II
(B) I e III
(C) II e III
(D) II e IV
(E) III e IV

Comentários.

Questão sobre redação de correspondências oficiais.

Ofício não deve apresentar agradecimento – a não ser que o tema da correspondência assim o exija –, nem recibo. Errada a assertiva I.

Ofício não “deve” conter fundamentação legal – a menos que o tema assim o exija. Quanto ao ofício apresentar experiência profissional, é absurda a afirmação. Errada a assertiva II.

As afirmações contidas nas assertivas III e IV estão corretas.

Resposta: E.

domingo, 8 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 811


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 811

Texto II

A história de nós mesmos

Somos dependentes da memória — e é justificável que sejamos. É essa faculdade que nos permite desde executar tarefas básicas do dia a dia — como escovar os dentes, ir ao mercado e encontrar o caminho de volta para casa — até aprender (e fixar) conceitos, procedimentos ou teorias complexas. E é fundamental para nossa proteção, pois nos lembrarmos de que fogo queima e que nos envolvermos em certas situações é prejudicial (ou até fatal) muitas vezes garante a sobrevivência física e o bem-estar emocional.

É também a capacidade mnêmica que nos possibilita conectar informações e transmitir nossas histórias — tanto coletivas quanto pessoais. E oferece o contorno de nossa identidade, permitindo até mesmo planejar o futuro. Recentemente, pesquisadores comprovaram que as áreas cerebrais envolvidas na produção de projeções e planejamentos são as mesmas usadas na manutenção de recordações.

Essa constatação vai ao encontro de uma ideia com a qual a psicanálise trabalha há mais de um século: elaborar o que se viveu para escapar da repetição e encontrar possibilidades de futuro. Hoje os cientistas sabem que nossas recordações não são reproduções fiéis do que vivemos. LEAL, Gláucia. Revista Mente e Cérebro, Edição especial n. 27. São Paulo: Ediouro Duetto Editorial Ltda. Adaptado.

811. (SEPLAG – Fiscal de Controle Sanitário) A justificativa do emprego do sinal de pontuação está ERRADA em

(A) “Somos dependentes da memória — e é justificável que sejamos.” (1º período do 1º parágrafo) - Emprego do travessão para introduzir um comentário.
(B) “É essa faculdade que nos permite desde executar tarefas básicas do dia a dia — como escovar os dentes, ir ao mercado e encontrar o caminho de volta para casa [...]” (2º período do 1º parágrafo) - Emprego do travessão para introduzir uma enumeração.
(C) “[...] pois nos lembrarmos de que fogo queima e que nos envolvermos em certas situações é prejudicial (ou até fatal) muitas vezes garante a sobrevivência física e o bem-estar emocional.” (3º período do 1º parágrafo) - Emprego dos parênteses para acrescentar uma informação.
(D) “É também a capacidade mnêmica que nos possibilita conectar informações e transmitir nossas histórias — tanto coletivas quanto pessoais.” (1º período do 2º parágrafo) – Emprego do travessão para inserir um detalhamento da informação.
(E) “E oferece o contorno de nossa identidade, permitindo até mesmo planejar o futuro.” (2º período do 2º parágrafo) - Emprego da vírgula para indicar a supressão de uma palavra.

Comentários.

Questão sobre pontuação.

No trecho “Somos dependentes da memória — e é justificável que sejamos” (1º período do 1º parágrafo), o travessão foi utilizado para introduzir um comentário da autora em relação ao que afirma imediatamente antes. Correta a alternativa (A).

Em “É essa faculdade que nos permite desde executar tarefas básicas do dia a dia — como escovar os dentes, ir ao mercado e encontrar o caminho de volta para casa [...]” (2º período do 1º parágrafo), o travessão foi utilizado para introduzir uma enumeração de tarefas que a memória nos permite, com três segmentos, a saber: 1. “como escovar os dentes”, 2. “ir ao mercado” e 3. encontrar o caminho de volta para casa”. Correta a assertiva (B).

No segmento “[...] pois nos lembrarmos de que fogo queima e que nos envolvermos em certas situações é prejudicial (ou até fatal) muitas vezes garante a sobrevivência física e o bem-estar emocional” (3º período do 1º parágrafo), os parênteses foram empregados para acrescentar uma informação não observada anteriormente, ou seja, a de que se envolver em certas situações não é apenas prejudicial, mas fatal. Correta a afirmação contida na assertiva (C).

Quanto ao segmento “É também a capacidade mnêmica que nos possibilita conectar informações e transmitir nossas histórias — tanto coletivas quanto pessoais.” (1º período do 2º parágrafo), o emprego do travessão destaca a inserção de um detalhamento da informação, a saber: nossas histórias tanto coletivas quanto pessoais. Correta a alternativa (D).

No trecho “E oferece o contorno de nossa identidade, permitindo até mesmo planejar o futuro” (2º período do 2º parágrafo), a vírgula foi empregada para isolar oração subordinada adverbial reduzida de gerúndio, que, no caso, inicia por “permitindo”. Portanto não se trata de vírgula que indica a supressão de uma palavra, pois não há, no trecho, palavra suprimida e representada por vírgula. Errada a assertiva (E).

Resposta: (E).

sábado, 7 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 810


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 810

Texto II

A história de nós mesmos

Somos dependentes da memória — e é justificável que sejamos. É essa faculdade que nos permite desde executar tarefas básicas do dia a dia — como escovar os dentes, ir ao mercado e encontrar o caminho de volta para casa — até aprender (e fixar) conceitos, procedimentos ou teorias complexas. E é fundamental para nossa proteção, pois nos lembrarmos de que fogo queima e que nos envolvermos em certas situações é prejudicial (ou até fatal) muitas vezes garante a sobrevivência física e o bem-estar emocional.

É também a capacidade mnêmica que nos possibilita conectar informações e transmitir nossas histórias — tanto coletivas quanto pessoais. E oferece o contorno de nossa identidade, permitindo até mesmo planejar o futuro. Recentemente, pesquisadores comprovaram que as áreas cerebrais envolvidas na produção de projeções e planejamentos são as mesmas usadas na manutenção de recordações.

Essa constatação vai ao encontro de uma ideia com a qual a psicanálise trabalha há mais de um século: elaborar o que se viveu para escapar da repetição e encontrar possibilidades de futuro. Hoje os cientistas sabem que nossas recordações não são reproduções fiéis do que vivemos. LEAL, Gláucia. Revista Mente e Cérebro, Edição especial n. 27. São Paulo: Ediouro Duetto Editorial Ltda. Adaptado.

810. (SEPLAG – Fiscal de Controle Sanitário) De acordo com o Texto II, a memória é fundamental para nossa proteção porque

(A) assegura a sobrevivência física e também o bem-estar emocional.
(B) impede que seres humanos se beneficiem de experiências passadas.
(C) oferece informações práticas sobre hábitos saudáveis ao organismo.
(D) possibilita a descoberta de como o cérebro produz lembranças.
(E) revive as recordações traumáticas que devemos esquecer.

Comentários.

Questão de interpretação de texto.

A leitura atenciosa do texto II permite chegar à conclusão de que a memória é fundamental para nossa proteção, porque assegura a sobrevivência física e também o bem-estar emocional. Portanto está correta a afirmação contida na assertiva (A).

Está errada a afirmação da opção (B), porque a memória permite que os seres humanos se beneficiem de experiências passadas, não impede.

Não há afirmação no texto de que a memória ofereça informações saudáveis ao organismo, nem que possibilite a descoberta de como o cérebro produz lembranças. Portanto, estão erradas as assertivas (C) e (D).

É absurda a afirmação contida na alternativa (E), porque, mesmo que a memória possibilite reviver recordações traumáticas, não há relação lógica com a afirmação de que devemos esquecê-las, nem mesmo relação com o fato de a memória ser fundamental para a nossa proteção.

Resposta: A.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 809


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 809

Texto I

A FORÇA DO PENSAMENTO

Leia a seguir a entrevista com o neurocientista Miguel Nicolelis sobre seu novo livro, em que discute como a ligação entre cérebro e máquina revolucionará a medicina
e o modo como iremos nos relacionar. No futuro, controlaremos máquinas e resolveremos problemas de saúde pelo comando da mente.

Revista Galileu: O que é uma interface cérebro-máquina?

Miguel Nicolelis: Basicamente, é o envio de informações por pensamento. Transferimos o sinal elétrico do cérebro, codificado de forma digital, sem fio, a equipamentos adaptados para receber esse comando. Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos. A curto prazo, a paralisia é nosso foco. Trabalhamos para fazer quadriplégicos andarem usando uma espécie de esqueleto externo controlado pela mente. A longo prazo, tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais. Mais adiante, o objetivo será chegar à melhora de funções cognitivas.

Revista Galileu: A interação direta com as máquinas mudará o modo como nos comunicamos?

Miguel Nicolelis: Por completo. Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas. Digitação, e até mesmo a linguagem, são imprecisas. Se você pudesse interagir com milhões de pessoas por pensamento ao mesmo tempo, aumentaria a velocidade de comunicação e essas interações seriam muito mais vívidas e reais. Não haveria interface entre você e a máquina, seria uma interação quase que como uma fusão, um inconsciente coletivo, uma rede social feita apenas por pensamentos. A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação. Isso só ocorrerá daqui a centenas e centenas de anos.

Revista Galileu: Que mudanças ocorreriam em uma sociedade que se comunica assim?

Miguel Nicolelis: Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites. Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, robóticos, virtuais, computacionais. Além disso, poderemos também criar novos sentidos. PAVARIN, Guilherme. A força do pensamento: entrevista com Miguel Nicolelis. Revista Galileu, n. 236, São Paulo: Globo. mar. 2011, p. 11-13. Adaptado.

809. (SEPLAG – Fiscal de Controle Sanitário) Considere as afirmativas a seguir acerca das palavras em destaque.

I – Em “Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos.” (resposta à primeira pergunta), a palavra destacada refere-se a sistemas que existem apenas potencialmente, não como realidade.
II – Em “Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas.” (resposta à segunda pergunta), a palavra destacada refere-se aos meios pelos quais o usuário interage com um programa ou sistema operacional.
III – Em “[...] essas interações seriam muito mais vívidas e reais. [...]” (resposta à segunda pergunta), a palavra destacada se refere a interações mais verdadeiras.
IV – Em “Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, [...]” (resposta à terceira pergunta), a palavra destacada se refere a aparelhos ou dispositivos.

São corretas APENAS as afirmativas

(A) I e II
(B) II e III
(C) I, II e III
(D) I, II e IV
(E) I, III e IV

Comentários.

Questão sobre semântica e termos referentes e referidos.

Quanto à primeira assertiva, no trecho “Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos.” (resposta à primeira pergunta), a palavra destacada refere-se a sistemas que existem apenas no plano virtual, mas não na realidade física. Correta a primeira afirmação.

A palavra “interfaces”, no trecho “Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas.” (resposta à segunda pergunta), a palavra destacada refere-se aos meios pelos quais o usuário interage com um programa ou sistema operacional, como todos os tipos sistêmicos existentes na Internet: “facebook”, “twitter”, “Orkut”, “skype”, entre outros. Correta a assertiva II.

O adjetivo “vívidas”, no trecho “[...] essas interações seriam muito mais vívidas e reais. [...]” (resposta à segunda pergunta), a palavra destacada se refere a interações mais verdadeiras e presentes. Observe-se o trecho anterior à afirmação: “Se você pudesse interagir com milhões de pessoas por pensamento ao mesmo tempo...”. Certa a afirmação III.

Errada a afirmativa IV, porque, no trecho “Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, [...]” (resposta à terceira pergunta), a palavra destacada refere-se a todos os artefatos, incluindo os virtuais, não apenas os mecânicos.

Resposta: C.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 808


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

808. (SEPLAG – Fiscal de Controle Sanitário) Os critérios que regulam o emprego do sinal indicativo da crase, na língua escrita padrão, determinam os casos em que seu uso é obrigatório, facultativo ou proibido. Na frase “Transferimos o sinal elétrico do cérebro, codificado de forma digital, sem fio, a equipamentos adaptados para receber esse comando.” o uso desse sinal é PROIBIDO, porque, nesse caso, se aplica a mesma regra que em

(A) “Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos.”
(B) “[...] tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais.” (C) “Não haveria interface entre você e a máquina [...]”
(D) “A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação.”
(E) “Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites.”

Comentários.

Questão sobre crase.

Na construção do enunciado, a crase é proibida porque se trata de palavra masculina. Observe-se: frase “Transferimos o sinal elétrico do cérebro, codificado de forma digital, sem fio, a equipamentos adaptados para receber esse comando”, havendo ali apenas a preposição “a”

Na assertiva (A), a inexistência de crase ocorre pela mesma causa, já que “sistemas” é palavra masculina, havendo, também nesse caso, apenas a preposição “a”.

Quanto às opções (B), (C) e (E), não há crase em nenhuma das construções, porque em todas as três trata-se apenas de artigo antes das palavras femininas “lesões”, “máquina” e “percepção”, respectivamente.

Em relação à construção presente na alternativa (D), no segmento “a se transformar”, há apenas preposição, porque a palavra seguinte é uma forma verbal proclítica (= com pronome antes do verbo).

Resposta: (A).

quarta-feira, 4 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 807


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 807

Texto I

A FORÇA DO PENSAMENTO

Leia a seguir a entrevista com o neurocientista Miguel Nicolelis sobre seu novo livro, em que discute como a ligação entre cérebro e máquina revolucionará a medicina
e o modo como iremos nos relacionar. No futuro, controlaremos máquinas e resolveremos problemas de saúde pelo comando da mente.

Revista Galileu: O que é uma interface cérebro-máquina?

Miguel Nicolelis: Basicamente, é o envio de informações por pensamento. Transferimos o sinal elétrico do cérebro, codificado de forma digital, sem fio, a equipamentos adaptados para receber esse comando. Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos. A curto prazo, a paralisia é nosso foco. Trabalhamos para fazer quadriplégicos andarem usando uma espécie de esqueleto externo controlado pela mente. A longo prazo, tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais. Mais adiante, o objetivo será chegar à melhora de funções cognitivas.

Revista Galileu: A interação direta com as máquinas mudará o modo como nos comunicamos?

Miguel Nicolelis: Por completo. Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas. Digitação, e até mesmo a linguagem, são imprecisas. Se você pudesse interagir com milhões de pessoas por pensamento ao mesmo tempo, aumentaria a velocidade de comunicação e essas interações seriam muito mais vívidas e reais. Não haveria interface entre você e a máquina, seria uma interação quase que como uma fusão, um inconsciente coletivo, uma rede social feita apenas por pensamentos. A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação. Isso só ocorrerá daqui a centenas e centenas de anos.

Revista Galileu: Que mudanças ocorreriam em uma sociedade que se comunica assim?

Miguel Nicolelis: Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites. Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, robóticos, virtuais, computacionais. Além disso, poderemos também criar novos sentidos. PAVARIN, Guilherme. A força do pensamento: entrevista com Miguel Nicolelis. Revista Galileu, n. 236, São Paulo: Globo. mar. 2011, p. 11-13. Adaptado.


807. (SEPLAG – Fiscal de Controle Sanitário) Normalmente, utiliza-se a conjunção “porque” para expressar a relação lógica de causalidade entre duas ideias em um texto. Mas essa relação pode ocorrer, também, entre duas frases que se relacionam sem a presença explícita dessa conjunção, como em

(A) “Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos. A curto prazo, a paralisia é nosso foco.” (resposta à primeira pergunta)
(B) “A longo prazo, tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais. Mais adiante, o objetivo será chegar à melhora de funções cognitivas.” (resposta à primeira pergunta)
(C) “Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas. Digitação e, até mesmo, a linguagem são imprecisas.” (resposta à segunda pergunta)
(D) “A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação. Isso só ocorrerá daqui a centenas e centenas de anos.” (resposta à segunda pergunta)
(E) “Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites. Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, robóticos, virtuais, computacionais.” (resposta à terceira pergunta)

Comentários.

Questão sobre emprego de nexos oracionais e interpretação de texto.

As orações presentes na opção (A) são informativas, e a segunda oração não pode registrar o nexo “porque” entre elas, pois, em verdade, a segunda oração traduz ideia de oposição.

Nas assertivas (B) e (C), as frases adicionam ideias, e entre elas poderia ser registrada a conjunção coordenativa “e”, não “porque”.

As frases contidas na alternativa (D) são opostas entre si, pois geram ideia de adversidade, haja vista que a primeira acena com a linguagem passando a se transformar num meio secundário de comunicação, enquanto a segunda adverte o leitor para o fato de que isso só virá a ocorrer daqui a centenas de anos. Cabe, portanto, a inserção de “mas” entre elas.

A segunda frase da alternativa (E) indica explicação em relação à primeira, podendo ser registrado o nexo “porque” entre as duas.

Resposta: E.

terça-feira, 3 de abril de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 806


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 806

Texto I

A FORÇA DO PENSAMENTO

Leia a seguir a entrevista com o neurocientista Miguel Nicolelis sobre seu novo livro, em que discute como a ligação entre cérebro e máquina revolucionará a medicina
e o modo como iremos nos relacionar. No futuro, controlaremos máquinas e resolveremos problemas de saúde pelo comando da mente.

Revista Galileu: O que é uma interface cérebro-máquina?

Miguel Nicolelis: Basicamente, é o envio de informações por pensamento. Transferimos o sinal elétrico do cérebro, codificado de forma digital, sem fio, a equipamentos adaptados para receber esse comando. Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos. A curto prazo, a paralisia é nosso foco. Trabalhamos para fazer quadriplégicos andarem usando uma espécie de esqueleto externo controlado pela mente. A longo prazo, tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais. Mais adiante, o objetivo será chegar à melhora de funções cognitivas.

Revista Galileu: A interação direta com as máquinas mudará o modo como nos comunicamos?

Miguel Nicolelis: Por completo. Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas. Digitação, e até mesmo a linguagem, são imprecisas. Se você pudesse interagir com milhões de pessoas por pensamento ao mesmo tempo, aumentaria a velocidade de comunicação e essas interações seriam muito mais vívidas e reais. Não haveria interface entre você e a máquina, seria uma interação quase que como uma fusão, um inconsciente coletivo, uma rede social feita apenas por pensamentos. A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação. Isso só ocorrerá daqui a centenas e centenas de anos.

Revista Galileu: Que mudanças ocorreriam em uma sociedade que se comunica assim?

Miguel Nicolelis: Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites. Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, robóticos, virtuais, computacionais. Além disso, poderemos também criar novos sentidos. PAVARIN, Guilherme. A força do pensamento: entrevista com Miguel Nicolelis. Revista Galileu, n. 236, São Paulo: Globo. mar. 2011, p. 11-13. Adaptado.

806. (SEPLAG – Fiscal de Controle Sanitário) Segundo o neurologista entrevistado, a sociedade do futuro transformará a linguagem em meio secundário de
comunicação porque
(A) artefatos robóticos serão responsáveis por emitir mensagens automaticamente.
(B) equipamentos modernos serão responsáveis pela digitação das mensagens.
(C) sistemas virtuais permitirão que o cérebro envie informações por pensamento.
(D) máquinas eficientes terão a capacidade de registrar por escrito as mensagens.
(E) linguagens de caráter visual serão criadas para substituir a linguagem verbal.

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto.

Está errada a impressão contida na alternativa (A), porque as mensagens enviadas automaticamente não serão, segundo o entrevistado, emitidas por artefatos robóticos, mas pelo pensamento das pessoas.

Não há, no texto, informação de que equipamentos modernos serão responsáveis pela digitação das mensagens. O neurologista diz que enviaremos as mensagens de nossas próprias mentes, numa rede social feita apenas por pensamentos (resposta à segunda pergunta). Erradas, portanto, as assertivas (B), (C) e (D).

Segundo o neurologista entrevistado, a sociedade do futuro transformará a linguagem em meio secundário de comunicação porque linguagens de caráter visual serão criadas para substituir a linguagem verbal. Portanto está correta a impressão contida na opção (E).

Resposta: (E)