domingo, 29 de maio de 2011

ORIENTAÇÃO DA SEMANA 8


O BELO E O BOM

“É fundamental que o estudante adquira uma compreensão e uma percepção nítida dos valores. Tem de aprender a ter um sentido bem definido do belo e do moralmente bom.”(Albert Einstein)

A maior parte de nossas vidas é gasta na busca do belo e do bom. Não há quem não persiga tais grandezas. Nós as perseguimos trabalhando, estudando, preparando-nos para a colocação no mercado de trabalho, ou requalificando-nos na própria profissão, sempre visando à melhoria de nossas condições de vida em todos os âmbitos: em casa, na profissão, com nossos pais, com nossos filhos, com nossos amigos, com nossos colegas de aula ou de trabalho.

A busca do belo e do bom é, pois, inerente ao ser humano e o acompanha desde seu surgimento. Em boa quantidade das atividades constantes da busca, porém, o homem se vê enganado pelo aspecto do belo aparente, ou do que lhe parece estruturalmente belo, e nele penetra. Em pouco tempo, entretanto, cria consciência da necessidade de aperfeiçoar o caminho e consertar o que pensava ser belo.

O processo de reparar defeitos e corrigir rumos é tão natural à vida humana quanto a vontade de obter o belo para continuar vivendo. Vem daí a virtude do que enxerga, muitas vezes, o belo como algo fugidio, efêmero, e então cabe a correção de rumo. Reacertar nossa vida e reassentá-la sobre novas tentativas não são – e nunca foram – erros: pelo contrário: o acerto é resultado de um processo longo, às vezes penoso e cansativo, que a muitos faz desistir e a outros fortalece.

A persecução do bom, por sua vez, no paralelismo do BELO & BOM de nossas lutas, precisa passar inexoravelmente pela lente do moralmente aceitável e eticamente permitido. Nossa busca não pode se limitar ao bom: é fundamental que seja moralmente bom.

Busquemos, portanto, sempre o belo e o bom em nossas vidas, mas, vigilantes, devemos apurá-los, depurá-los, filtrá-los e, assim, deles nos utilizarmos. O deleite da satisfação, da alegria, da vida que vale e valeu ser vivida passa pelo verdadeiro belo e pelo moralmente bom.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O PROFESSOR ... Momento para descontração. (texto de Jô Soares)


O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!

Se é jovem, não tem experiência.
Se é velho, está superado.
Se não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Se fala em voz alta, vive gritando.
Se fala em tom normal, ninguém escuta.
Se não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Se precisa faltar, é um 'turista'.
Se conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Se não conversa, é um desligado.
Se dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se não brinca com a turma, é um chato.
Se chama a atenção, é um grosso.
Se não chama a atenção, não sabe se impor.
Se a prova é longa, não dá tempo.
Se a prova é curta, tira as chances do aluno.
Se escreve muito, não explica.
Se explica muito, o caderno não tem nada.
Se fala corretamente, ninguém entende.
Se fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se exige, é rude.
Se elogia, é debochado.
Se o aluno é reprovado, é perseguição.
Se o aluno é aprovado, deu 'mole'.



É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

sábado, 21 de maio de 2011

ORIENTAÇÃO DA SEMANA 7


AMBIGUIDADE

A ambiguidade é a característica da mensagem que apresenta, muitas vezes de forma indesejável, dois ou mais sentidos na mesma informação.

Assim, é possível exemplificar ocorrências de ambiguidade a partir do emprego inadequado de algumas palavras na frase. Observe:

a) ambiguidade provocada pelo pronome relativo:

“Não conhecemos o pai do menino que se acidentou” – o pronome relativo “que” tanto pode ser elemento de coesão relativizador de “pai” quanto de “menino”, o que não assegura certeza à mensagem.

b) ambiguidade provocada pelo inadequado emprego do pronome possessivo:

“A gerente mandou avisar que sua bolsa fora encontrada” – “bolsa” de quem?

c) ambiguidade provocada pelo inadequado emprego do pronome oblíquo átono:

“Orlando tinha o carro bem preparado; ninguém poderia vencê-lo naquela competição” – o pronome oblíquo “o”, em “lo”, pode se referir a “Orlando” ou a “carro”.

d) ambiguidade provocada pela inadequada colocação do adjunto adnominal:

“Vende-se cama para casal de ferro” – quem é de ferro? A cama ou o casal?

“Recebemos carne para fregueses sem pelanca.” – quem não tem pelanca? A carne, ou os fregueses?

Há outros casos de ambiguidade. Os candidatos devem tomar cuidado com questões dessa espécie, especialmente nas bancas da FAURGS, FDRH, Fundação Carlos Chagas – FCC, CESPE, entre outras.


Um exemplo de alternativa de frase ambígua, que ocorreu na prova de Português da FCC para Técnico do TRT4 (RS), em 2011:

"Participou do grupo que fez o relatório, que estava sempre próximo devido aos horários de reunião coincidirem com suas folgas, que, aliás, não estão nada esparças."

Além da confusão produzida pelo "que" (após "relatório"), pois gera dúvida em relação a quem estava próximo (se "ele", o "grupo" ou o "relatório"), a construção ainda apresenta imperfeições no final.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

LEVANTE UM DOS BRAÇOS QUEM ERROU!


Ainda sobre o livro de Português cujo título é “Por uma vida melhor”, recentemente aprovado pelo Ministério de Educação e Cultura – MEC e distribuído a meio milhão de alunos do Ensino Fundamental de escolas públicas, é preciso tecer mais alguns comentários (ver publicação “Por uma vida melhor”, de 15 de maio de 2011, neste blog).

A Academia Brasileira de Letras – ABL, vários políticos (entre os quais o senador Cristóvão Buarque), inúmeros educadores e jornalistas se pronunciaram publicamente, desde a semana passada, condenando o ato do MEC e execrando o livro didático “Por uma vida melhor, em cujos ensinamentos se vê como correta a frase exemplificativa "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado". Outras vozes se elevaram, defendendo a visão da professora Heloísa Ramos, uma das autoras do livro, que prega literalmente o seguinte: “...“não se aprende o português culto decorando regras ou procurando o significado de palavras no dicionário”. “O ensino que a gente (sic) defende e quer da língua é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas, diferentes situações de comunicação para que essa desenvoltura linguística aconteça”. Enfim a polêmica foi criada, fornecendo farta munição para programas de rádio e televisão, numa inegável discussão pública a respeito do fato.

O simples teor da diretriz didática da professora Heloísa Ramos já nos incita a observar que o ensino da Língua Portuguesa no Brasil fica indiscutivelmente distorcido do primado básico e inafastável, que é a capacitação do educando em desenvolver linguagem correta, clara, objetiva e estruturada em bases lógicas de concordância dos artigos com os substantivos, dos adjetivos com os substantivos, dos pronomes variáveis com os substantivos, dos numerais variáveis com os substantivos, dos verbos com os seus sujeitos. Fora disso, a linguagem se marginaliza, a lógica se desestrutura, a frase se desconfigura, e a mensagem – objetivo maior da comunicação – dá lugar e visibilidade ao ridículo, ao erro crasso, à penúria sintática, à miséria gramatical e, inevitavelmente, ao preconceito com quem escreve ou fala errado.

Tem-se notado, ao longo das três últimas décadas, que o MEC, alinhado à maneira de pensar de novos e experimentais “educadores”, como é o caso de Heloísa Ramos, vem apresentando teses de renovação do ensino da Língua Portuguesa, mas em sentido contrário ao do rigor da regra gramatical, num indisfarçável afrouxamento da firmeza da correção do erro ortográfico ou sintático. Com um breve esforço de lembrança, é possível argumentar por meio do advento do Construtivismo (surgido nos anos 1970), cujas técnicas, sob o prisma de uma ligeira análise, aceleram a aprendizagem da leitura e da escrita na primeira série do Ensino Fundamental, ou até no chamado “ano zero” (o período anterior à primeira série do EF), obtendo resultados práticos em menor tempo e com maior número de alfabetizandos, mas, em contrapartida, baixando acintosamente a qualidade da leitura e, principalmente, da escrita. Isso, ao longo dos anos, gera um sem número de adultos com graves deficiências no emprego de letras e lendo, em muitos casos, soletradamente. Não tenho experiência como alfabetizador, mas, como professor de Língua Portuguesa para adultos há mais 35 anos, asseguro que ano a ano as dificuldades vêm-se acentuando e atingindo contingente de pessoas cada vez maior, incluindo-se nisso portadores de diploma de Ensino Superior em várias áreas de formação.

Nos últimos anos, porém, a situação chegou ao mais calamitoso dos patamares de aceitação, registrando-se, em especial, a confusão que adultos (médicos, dentistas, psicólogos, advogados, engenheiros, arquitetos e, por que não, professores, entre outros) conseguem estabelecer no emprego de letras (o X pelo CH, O Z pelo S, o S pelo SS, o G pelo J...), e não apenas na ortografia, mas também na concordância, numa demonstração inegável de que as naturais combinações entre sujeito e verbo são esquecidas, contaminadas, talvez, pelo falar dos analfabetos (“se nóis não é atendido, nóis reclama”).

Tudo isso se deve à queda vertiginosa na qualidade do ensino – em especial o das séries iniciais –, cujas raízes remontam à História do Brasil, desde a Colônia até os dias republicanos, traduzindo-se pelo descaso na formação dos professores, na remuneração injusta e insuficiente aos agentes da educação, nas instalações destinadas às escolas públicas (comparemos os prédios das escolas da rede pública aos dos tribunais estaduais, aos dos ministérios públicos estaduais, aos dos fóruns...), enfim a toda sorte de agruras enfrentadas pela educação. Não se necessita, dessa forma, de um livro como o “Por uma vida melhor”, que é mais um instrumento dilapidador do pouco que resta da escolarização, em especial do ensino da Língua Portuguesa.

Ao MEC caberia, em lugar de aprovar e distribuir obra como o livro “Por uma vida melhor”, esforçar-se por melhorar a educação como um todo, levando para a sala de aula atrativos a todos os integrantes: ao professor, remuneração justa e condizente com vida digna e confortável, bem como possibilidade de aperfeiçoamento de sua formação e valorização gradativa da carreira do magistério; ao educando, implantando estratégias de aprendizado com criatividade e qualidade, como, por exemplo, a verdadeira inclusão digital (não apenas oferecendo a possibilidade de o aluno manusear mouse e teclado por algumas horas por ano) e, por fim, transformar a escola na verdadeira e eficaz extensão do lar e no braço do poder público empenhado em verdadeira e legitimamente educar. Assim agindo – e não propiciando às crianças o caminho errado da fala e da escrita –, talvez se estejam construindo caminhos na busca “por uma vida melhor”.

domingo, 15 de maio de 2011

"POR UMA VIDA MELHOR"


A notícia de um livro de português aprovado e distribuído pelo Ministério da Educação (MEC) para quase meio milhão de alunos defende que a maneira como as pessoas usam a língua deixe de ser classificada como certa ou errada e passe a ser considerada adequada ou inadequada, dependendo da situação. Foi o que li no portal G1. Segundo a informação, a defesa de que o aluno não precisa seguir algumas regras da gramática para falar de forma correta está na página 14 do livro “Por uma vida melhor”. O exemplo apresentado pelo livro – de forma "didática" – está na frase "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado". A explicação defende a posição do ensinamento: "Na variedade popular, basta que a palavra ‘os’ esteja no plural". "A língua portuguesa admite esta construção", são palavras de uma das autoras do livro, Heloísa Ramos. Essa autora diz ainda que a intenção é mostrar que o conceito de correto e incorreto deve ser substituído pela ideia de uso adequado e inadequado da língua. Uso que varia conforme a situação. Ela afirma que “não se aprende o português culto decorando regras ou procurando o significado de palavras no dicionário”. “O ensino que a gente (sic) defende e quer da língua é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas, diferentes situações de comunicação para que essa desenvoltura linguística aconteça”, declarou ela.

Ainda conforme a notícia, o Ministério da Educação informou em nota que o livro “Por uma vida melhor” foi aprovado porque estimula a formação de cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade. Segundo o MEC, é preciso se livrar do mito de que existe apenas uma forma certa de falar e que a escrita deve ser o espelho da fala. E completa afirmando que a escola deve propiciar aos alunos jovens e adultos um ambiente acolhedor no qual suas variedades linguísticas sejam valorizadas e respeitadas, para que os alunos tenham segurança para expressar a "sua voz".

O Governo Federal, já não bastasse ter aprovado um Acordo Ortográfico que não interessava ao Brasil (o projeto de lei estava aprovado desde 1990, mas, por ironia do destino, foi cair nas mãos do menos instruído Presidente da República de toda a História do Brasil – o senhor Luís Inácio da Silva), ainda deu mostras de que suas pretensões vão muito além do poder político, atingindo até a gramática da Língua Portuguesa quando Dilma Rousseff optou pela forma variante (e equivocada) do termo “presidente” (que é comum de dois), preferindo o malsoante “presidenta” (ver postagem do dia 2 de novembro de 2010, neste blog). Agora, então, ultrapassa todas as barreiras do aceitável com a aprovação do livro “Por uma vida melhor”, ensinando, inclusive, que se pode colocar o substantivo no singular quando o artigo vier no plural. Observe-se que era assim que Luís da Silva se pronunciava em seus discursos de improviso (porque não sabe falar) e nos lidos (porque lê com muita dificuldade): “os problema”, “as necessidade”, “as elite”... entre tantas outras “pérolas”. Ninguém me convence de que o Governo Federal (leia-se PT, porque é o partido mais importante deste governo e do anterior) pretende eliminar as regras mínimas da gramática (que, a rigor, são fruto da lógica) e estimular o falar errado para aproximar-se de seu eleitorado, instituindo o mais baixo nível possível de qualidade do ensino da Língua Portuguesa nas escolas públicas, que, antes do livro “Por uma vida melhor”, já era catastrófico. Parece mesmo que o Governo Federal (leia-se novamente PT), por intermédio do MEC, está empenhadíssimo em aumentar o índice de analfabetismo funcional no país, que orbita na casa dos 21,6%, segundo o PNAD de 2009.

Por esse ato do MEC, temos certeza de que “os aluno das escola pública vai aprendê as regra da gramática com menas dificuldade” e ficaremos mais seguros de que “os colégio vai ser uns lugar nos qual os aluno vai com prazer”. Sem dúvida, porque, segundo a explicação de uma das autoras do livro “Por uma vida melhor”, o ensino tem de levar em consideração “os diferente gênero textual, com diferentes prática, diferentes situação de comunicação para que essa desenvoltura linguística aconteça”.

Mas nem tudo está perdido. A doutora em sociolinguística Raquel Dettoni concorda que é preciso respeitar o falar popular, que não pode ser discriminado. Mas ela enfatiza que a escola tem um objetivo maior, que é ensinar a língua portuguesa que está nas gramáticas. “Se a escola negligencia em relação a este conhecimento, o aluno terá eternamente uma lacuna quando ele precisar fazer uso disso no seu desempenho social. Nós não podemos desconsiderar que a função social da escola, com relação ao ensino de da língua portuguesa, é, em princípio, prioritariamente ensinar os usos de uma norma mais culta”, destacou.

Diante de vozes como a da doutora Raquel Dettoni, que fazem coro com minha visão do ensino da língua, ainda creio que, realmente, possamos lutar “por uma vida melhor”, defendendo e ensinando a gramática do falar e do escrever corretamente e, se possível, ainda atingir a elegância. Todo o resto é modismo, pretensão de atitudes celeradas, verdadeiramente abomináveis, típicas da tirania demagógica do partido que sustenta o Governo Federal em suas aventuras insanas e insólitas.

domingo, 8 de maio de 2011

ORIENTAÇÃO DA SEMANA 6



PARA ATINGIR A META

O primeiro passo para atingirmos uma meta é convencer-nos de que somos capazes disso.

Para atingirmos uma meta, é fundamental que sempre tenhamos presentes princípios básicos para a concretização do que desejamos. Alguns deles devem ser constantemente revistos:

PRIMEIRO PRINCÍPIO BÁSICO

A meta deve estar sempre dentro das possibilidades de realização; sonhar com metas inatingíveis leva ao sentimento de fracasso e derrota, desestimulando quem as pretende atingir. Todas as coisas desejáveis devem apresentar características de prováveis e patamares de realização possível.


SEGUNDO PRINCÍPIO BÁSICO

Todos sonhamos com muitas realizações, mas também sabemos que não as conseguiremos realizar simultaneamente. Grandes fortunas nunca surgiram do nada e de repente; grandes culturas só ocorrem com o tempo, na aquisição pacienciosa e gradativa de conhecimentos. Portanto é necessário estabelecer prioridades entre as metas que queremos atingir. Para tanto, é necessário organização.


TERCEIRO PRINCÍPIO BÁSICO

Chamado também de princípio do tempo, impõe-nos organização temporal para distribuir cronologicamente nossas metas no decorrer da vida. Obviamente, nossas metas de hoje não serão iguais às que teremos daqui a cinco ou dez anos, mas as metas que pretendemos agora devem ser escalonadas de acordo com suas prioridades: as mais urgentes, as de média urgência e as que pretendemos realizar a longo prazo. Tudo a seu tempo. Nunca nos esqueçamos de que podemos ter duas ou mais metas presentes, mas sempre uma delas terá ou apresentará maior necessidade de realização. Para tanto, é fundamental que nos organizemos.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

5 DE MAIO - DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA


O Dia da Língua Portuguesa e da Cultura é comemorado em 5 de Maio, sendo promovido pela CPLP e celebrado em todo o espaço lusófono.

A língua portuguesa é uma língua românica flexiva que se originou no que é hoje a Galiza e o norte de Portugal, derivada do latim vulgar que foi introduzido no oeste da península Ibérica há cerca de dois mil anos. Tem um substrato céltico/lusitano, resultante da língua nativa dos povos pré-romanos que habitavam a parte ocidental da península (Galaicos, Lusitanos, Célticos e Cónios). O idioma se espalhou pelo mundo nos séculos XV e XVI quando Portugal estabeleceu um império colonial e comercial (1415-1999) que se estendeu do Brasil, na América, a Goa, na Ásia (Índia, Macau na China e Timor-Leste). Foi utilizada como língua franca exclusiva na ilha do Sri Lanka por quase 350 anos. Durante esse tempo, muitas línguas crioulas baseadas no português também apareceram em todo o mundo, especialmente na África, na Ásia e no Caribe.

Com mais de 240 milhões de falantes, é a quinta língua mais falada no mundo e usada na Internet, a mais falada no hemisfério sul, a terceira mais falada no mundo ocidental e das que usam o alfabeto latino. É oficial em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e, desde 13 de julho de 2007, na Guiné Equatorial, sendo também falado nos antigos territórios da Índia Portuguesa (Goa, Damão, Ilha de Angediva, Simbor, Gogolá, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli) e em pequenas comunidades que faziam parte do Império Português na Ásia como Malaca, na Malásia e na África Oriental como Zanzibar, na Tanzânia. Possui estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul, na União Africana, na Organização dos Estados Americanos, na União Latina, na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e na Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP).

Assim como os outros idiomas, o português sofreu uma evolução histórica, sendo influenciado por vários idiomas e dialetos, até chegar ao estágio conhecido atualmente. Deve-se considerar, porém, que o português de hoje compreende vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, muitas vezes bastante distintos, além de dois padrões reconhecidos internacionalmente (o português brasileiro e o português europeu). No momento atual, o português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cem milhões de pessoas com duas ortografias oficiais (nota-se que inglês têm diferenças de ortografia pontuais, mas não ortografias oficiais divergentes).Esta situação deve ser resolvida pelo Acordo Ortográfico de 1990.

Segundo um levantamento feito pela Academia Brasileira de Letras, a língua portuguesa tem, atualmente, cerca de 356 mil unidades lexicais. Essas unidades estão dicionarizadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

O português é conhecido como "A língua de Camões" (em homenagem a Luís Vaz de Camões, escritor português, autor de Os Lusíadas, figura que aparece no alto deste artigo) e "A última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".

Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde as costas africanas até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas. Como resultado dessa expansão, o português é agora língua oficial de oito países independentes além de Portugal, e é largamente falado ou estudado como segunda língua noutros. Há, ainda, cerca de vinte línguas crioulas de base portuguesa. É uma importante língua minoritária em Andorra, Luxemburgo, Paraguai, Uruguai, Namíbia, Maurícia, Suíça e África do Sul. Além disso, encontram-se em várias localidades no mundo numerosas comunidades de emigrantes onde se fala o português, como em Paris, na França, Hamilton, nas Ilhas Bermudas, Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá, Boston, Nova Jérsei e Miami nos EUA e nas províncias de Aichi, Shizuoka, Gunma e Mie, no Japão.