domingo, 29 de dezembro de 2013

COMENTÁRIOS À PROVA DE PORTUGUÊS DO OFICIAL ESCREVENTE - TJRS - DEZ-2013

COMENTÁRIOS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL – TJRS – PARA PROVIMENTO DE VAGAS DE OFICIAL ESCREVENTE – Prova ocorrida dia 22 de dezembro de 2013 QUESTÃO 1 – Ortografia As lacunas das linhas 10 e 11 do texto devem ser preenchidas pelas palavras “trás”, com acento agudo e “s” final, pois se trata de advérbio (antônimo de “frente”) e “visões”, obviamente com “s”. RESPOSTA: B. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 2 – Regência e emprego de pronomes relativos. A lacuna da linha 19 deve ser preenchida pela expressão “em quem”; a preposição “em” é exigida pela regência do verbo “confiar” (quem confia confia “em”); o pronome relativo deve ser “quem” em razão de “pessoas” (usa-se “quem” para seres humanos). Quanto à lacuna da linha 38, o vocábulo “oposto” exige a preposição “a” (o que é oposto é oposto a), devendo ser construído com o artigo “o”, em “ao que”. Com relação à lacuna da linha 41, deve aparecer ali apenas o pronome “que”, sem preposição, porque o verbo “surpreender” é transitivo direto. RESPOSTA: D. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 3 – Interpretação de texto. No trecho “... pode-se concordar ou não com eles, mas ganham em crédito adicional de confiança por pensarem com a cabeça e não com o bolso ou o coração. Quero que o formador de opinião seja coerente, mas, se for dizer algo desatinadamente oposto ao que disse antes, que reconheça isso, com humildade, porque mudar de opinião, às vezes, é um sinal de inteligência e integridade” (l. 33-41), é possível observar que a afirmação I está correta. No trecho “Pois, levado ao limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna impossível publicar qualquer coisa que contrarie o interesse de qualquer pessoa – o que, vamos combinar, é muito parecido com censura” (l. 62-66), encontram-se bases para que a afirmação II esteja correta. Observando-se o trecho “O que é triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a interesses restritos ao se cercadinho”(l. 59-62), pode-se considerar correta a airmação III. RESPOSTA: E. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 4 – Interpretação de texto. As alternativas A, B, C e D contêm aspectos que se podem depreender da leitura do texto, por estarem implícitas. Quanto à afirmação contida na opção E, não se pode depreender da leitura do texto que haja relação direta entre o aumento do número de formadores de opinião e o aumento da dificuldade de seleção das opiniões que merecem ser consideradas. RESPOSTA: E. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 5 – Interpretação de texto. No trecho “O mais irônico é que justamente esse gesto pode vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos dois – quando, ‘apesar de você’, elas forem escritas. E serão.” (l. 67-70), a expressão “apesar de você” foi utilizada pela autora para estabelecer analogia entre os censores do regime militar e os próprios artistas Caetano Veloso e Chico Buarque de Hollanda. RESPOSTA: B. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 6 – Semântica e interpretação de texto. A utilização do segmento “capilaridade das redes sociais” (l. 07), no trecho “A arena de debates públicos foi ampliada virtualmente ao infinito pela capilaridade das redes sociais” (l. 06-07), é referência à capacidade de as redes sociais propagarem ideias entre grande quantidade de pessoas, o que confere correção à alternativa C. Observe-se que não poderia ser a opção A porque as redes sociais não servem de fórum de discussão profunda de debates. Também não pode ser a opção B, haja vista que, no texto, não se encontra referência à presença de segmentos específicos de debates nas redes sociais. Está errada a alternativa D, uma vez que, além de as redes sociais não serem clandestinas, mas abertas e conhecidas, não há referência sobre clandestinidade desses meios de comunicação. De igual forma, não está em discussão – nem há referência a isso no texto – o papel das redes sociais de exercer crítica radical a iniciativas do poder público. RESPOSTA: C. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 7 – Emprego de conjunções subordinativas e seus significados. No trecho “Como nem sempre são evidentes todos os aspectos envolvidos em um debate – e como poucas pessoas entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo -...” (l. 14-17), o conetivo “Como” (destacado) é claramente utilizado para expressar causa, tanto que pode ser substituído, sem alteração de sentido, por “Porque”. Já no segmento “Quero ler opiniões que me surpreendam de vez em quando, porque o pensador independente não se torna refém de inclinações políticas ou ideológicas – e nada é mais triste do que ver pessoas...” (l. 41-44), o nexo “porque” (destacado) tem nítida intenção explicativa em relação à oração anterior. RESPOSTA: B. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 8 – Semântica e interpretação de texto. A expressão “choque tectônico de ideias” contém o adjetivo “tectônico”, que significa relativo a tectonismo, termo geral relativo a todos os movimentos (ou acomodações) da crosta terrestre com origem em processos tectônicos. Portanto remete ao campo da geologia. RESPOSTA: E. _____________________________________________________________________________ QUESTÃO 9 – Reescritura de trecho, com aspectos de flexão verbal. O trecho “Hoje há formadores de opinião por todos os lados, para onde você olhar, e por isso mesmo é cada vez mais difícil escolher quem vale a pena ouvir” (l. 22-24) é base para a questão, cuja proposta é de reescritura com transformação para o passado de acordo com a norma gramatical. A técnica é simples: os verbos que estão no modo indicativo (“há”, “é” e “vale”) devem permanecer no mesmo modo, sofrendo alteração do tempo para pretérito imperfeito do indicativo. O verbo “olhar”, que está no subjuntivo, deve permanecer neste modo, apenas sofrendo passagem para o pretérito imperfeito do subjuntivo. Observe-se: o verbo “haver” (em “há”, no presente do indicativo) deve passar para o pretérito imperfeito do indicativo, devendo ficar no singular, porque se trata de verbo impessoal: “havia”. Quanto à forma “olhar”, que está no futuro do subjuntivo, deve passar para o pretérito imperfeito do subjuntivo: “olhasse”. O verbo “ser”, em “é” (presente do indicativo), deve passar para o pretérito imperfeito do indicativo”: “era”. Já o verbo “valer”, em “vale” (presente do indicativo), deve ir para o pretérito imperfeito do indicativo: “valia”. O trecho, portanto, deve ter a seguinte redação: “Antigamente havia formadores de opinião por todos os lados, para onde você olhasse, e por isso mesmo era cada vez mais difícil escolher quem valia a pena ouvir”. RESPOSTA: C. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 10 – Vozes verbais. Na assertiva I, a forma verbal “Devem ser reabertos” apresenta verbo “ser” auxiliar (“ser”) e particípio (“reabertos”), condições mínimas para a estrutura de voz passiva analítica. Em II, a construção “foi ampliada” também apresenta verbo “ser” (“foi”) e particípio (“ampliada”), o que lhe confere estrutura de voz passiva analítica. Na frase III, não há verbo “ser” auxiliar, nem particípio, o que não lhe confere situação de voz passiva analítica. Não se observa, também, estrutura de voz passiva sintética, pela ausência de partícula apassivadora “se”. A voz, nessa construção, é ativa. Na IV, mesmo que haja “pode-se concordar”, com “se”, entre outras expressões verbais no contexto, não há voz passiva. RESPOSTA: A. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 11 – Emprego de pronomes (referentes). A expressão “sua categoria”, destacada no trecho “Na busca da iluminação cotidiana, gosto de prestar atenção em quem entende do riscado: arquitetos para falar de arquitetura, médicos para falar de medicina, juristas para falar de leis. Mas não basta entender do assunto. Para conquistar o meu respeito, é preciso conseguir construir argumentos que voem além dos interesses de sua categoria” (l.25-31), faz referência às categorias profissionais em geral, tanto as citadas no trecho quanto as demais. Portanto está errada a assertiva I. No trecho “Médicos a favor do Mais Médicos, jornalistas contra o diploma de jornalismo, empresários dispostos a perder algum dinheiro: pode-se concordar ou não com eles, mas ganham um crédito adicional de confiança por pensarem com a cabeça e não com o bolso ou o coração” (l. 31-36), o pronome “eles” (destacado) faz nítida referência a médicos, jornalistas, empresários, entre outros profissionais. Está errada, portanto, a assertiva II. Quanto à afirmação III, o termo “esse gesto” (l. 67), destacado no trecho “O mais irônico é que justamente esse gesto pode vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias dos dois – quando, ‘apesar de você’, elas forem escritas. E serão.” (l. 67-70) retoma a posição assumida por Caetano Veloso e Chico Buarque de Hollanda. Correta a afirmação III. RESPOSTA: C. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 12 – Pontuação. No trecho “Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre um aumento de 20 centavos nas passagens, mas por trás de toda polêmica que exalta ânimos e inflama espíritos há um conflito de visões de mundo...” (l. 08-11), o segmento “por trás de toda polêmica que exalta ânimos e inflama espíritos” é adjunto adverbial deslocado associado à oração subordinada adjetiva (esta iniciada por “que”) e poderia ficar corretamente isolada por vírgulas. O trecho, com vírgulas, ficaria com a seguinte redação: “Pode parecer apenas mais uma discussão banal sobre um aumento de 20 centavos nas passagens, mas, por trás de toda polêmica que exalta ânimos e inflama espíritos, há um conflito de visões de mundo...” Certa a afirmação I. Quanto ao segmento “Como nem sempre são evidentes todos os aspectos envolvidos em um debate – e como poucas pessoas entendem de todos os assuntos, tirando Leonardo Da Vinci e aquele seu amigo que dá palpite sobre tudo – é comum que fiquemos atentos à maneira como diferentes pessoas...” (l. 14-19), a inserção de vírgula logo após o segundo travessão é correta e indicada, porque o período inicia por oração subordinada causal (começa com “Como...”) deslocada. Correta a afirmação II. No trecho “O conceito formador de opinião, porém, mudou muito nos últimos anos” (l. 20-22), a conjunção coordenativa adversativa “porém” (destacada) está deslocada, devendo permanecer isolada por vírgulas, o que não permite que a vírgula após a conjunção seja suprimida. Errada a afirmação III. RESPOSTA: D. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 13 – Crase. No trecho “A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas que defende restrições às biografias não autorizadas talvez seja...” (l. 52-54) o sinal indicativo de crase é decorrente da regência de “restrições”, que exige preposição “a” e do artigo “as” antes de “biografias”. A supressão do artigo “as” é possível, permanecendo apenas a preposição “a”, exigida pela regência do substantivo “restrições”. Observe-se: “A polêmica recente envolvendo o grupo de artistas que defende restrições a biografias não autorizadas talvez seja...”. A correção gramatical e o sentido original do texto serão mantidos. Correta a assertiva I. Já no segmento “o que é triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a interesses restritos ao seu cercadinho” (l. 59-62), o “a” antes de “interesses” é apenas preposição, haja vista que “interesses” é palavra masculina. Portanto não é possível indicar-se sinal de crase. Errada a assertiva II. No trecho “O mais irônico é que justamente esse gesto pode vir a ser a nota mais embaraçosa das biografias...” (l.67-68), o “a”, no segmento “pode vir a ser” é apenas preposição, já que a palavra imediatamente seguinte é verbo, e antes de verbo não existe crase. Portanto não se pode indicar crase. Errada a assertiva III. RESPOSTA: A. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 14 – Colocação dos termos na frase. No trecho “Não me importa que Caetano Veloso e Chico Buarque de Hollanda tenham opiniões diferentes das minhas – muitas vezes tiveram, inclusive politicamente” (l. 57-59), o segmento “muitas vezes tiveram” poderá ser alterado em sua ordem para “tiveram muitas vezes”, mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do texto. Correta a afirmação I. No segmento “o que é triste é ver que emprestaram seu prestígio não a um princípio ou a uma causa maior do que eles, mas a interesses restritos ao seu cercadinho” (l. 59-62), a substituição de “emprestaram seu prestígio não a um princípio” por “emprestaram não seu prestígio a um princípio” alteraria o sentido original da ideia, porque o advérbio “não”, no texto original, está modificando o sentido de “um princípio”, enquanto na sugestão o advérbio “não” está a serviço de “seu prestígio”. Embora preserve a correção gramatical, não mantém o sentido original do texto. Errada a assertiva II. Quanto à assertiva III, no trecho “Pois, levado ao limite, o raciocínio da proteção à privacidade torna impossível publicar qualquer coisa que contrarie o interesse de qualquer pessoa...” (l. 62-65), a conjunção “Pois” está sendo empregada com sentido explicativo. Se a redação for substituída por “Levado ao limite, pois, o raciocínio...”, a conjunção “pois”, deslocada na sugestão, assume a ideia de conclusão, podendo, inclusive, ser substituída por “portanto” e, por consequência, alterando o sentido original do texto. Errada a afirmação III. RESPOSTA: A. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 15 – Colocação dos termos na frase. No trecho “Como nem sempre são evidentes todos os aspectos envolvidos em um debate...” (l. 14-15), as substituições de “nem sempre” por “nunca” e “todos os” por “alguns dos” causariam alteração de sentido no texto. “Nem sempre” poderia ser trocado por “às vezes”, mas não por “nunca”. E “todos os” representa totalidade, não podendo ser substituído por “alguns dos”, cujo universo de abrangência não corresponde a “todos os”. Portanto as sugestões de substituição propostas pela afirmação I causariam alteração de sentido. As substituições de “poucas” (l. 15) por “todas as” e “todos os” (l. 16) por “poucos” causariam alterações no contexto. Observe-se que o adjetivo “poucas”, no trecho “e como poucas pessoas entendem de todos os assuntos”, levaria de um pequeno universo para a totalidade. Situação inversa ocorreria na substituição de “todos os” por “poucos”. Portanto as sugestões presentes na afirmativa II causariam alteração no sentido original do texto. No trecho “... o raciocínio da proteção à privacidade torna impossível publicar qualquer coisa que contrarie o interesse...” (l. 63-65), a substituição de “torna impossível publicar” por “impede a publicação de” não alteraria o sentido original do texto. Observe-se o trecho com a nova redação: “... o raciocínio da proteção à privacidade impede a publicação de qualquer coisa que contrarie o interesse...”. A sugestão da afirmação III não causa alteração de sentido. RESPOSTA: D. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 16 – Crase. A lacuna do trecho “Chegando ___ portaria, meu pai interfonou, perguntando...” (l. 02-03) deve ser preenchida com “à”, uma vez que o verbo “chegar” rege a preposição “a”, e o substantivo “portaria” é feminino, exigindo artigo “a”. Quanto à lacuna da linha 44, no trecho “... para sempre amarrado ___ algo...”, deve receber apenas a preposição “a”, haja vista que o adjetivo “amarrado” exige a preposição “a”, mas a palavra seguinte é pronome indefinido, e antes de pronome indefinido não há crase. No trecho “Assim é que, criando filhos brasileiros morando no Brasil, estou ___ voltas com um deprimente dilema...” (l. 85-86), a lacuna deve ser preenchida com “às”, já que se trata de locução adverbial feminina. A lacuna do trecho “O fato de pensar ___ respeito do assunto e de viver em um país...” (l. 103-104) deve ser preenchida apenas com a preposição “a”, já que se trata de locução adverbial masculina, porque o substantivo “respeito” é masculino. RESPOSTA: A. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 17 – Grafia dos “porquês”. A lacuna do trecho “Não estava lá, nem em nenhum lugar da casa, e eu imaginava _______.” (l. 09-10) deve ser preenchida com a grafia “por quê”, separado e com acento, porque está no final da frase, antes do ponto final. Com relação ao trecho “Todo corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica para os seus atos, algo que justifique o ______ de uma determinada lei dever se...” (l. 58-61), a lacuna deve ser preenchida com a grafia “porquê”, junto e com acento, uma vez que funciona como substantivo, equivalente a “motivo”. No trecho “Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud chamou de superego: seguimos um comportamento moral ______ ele nos foi inculcado por nossos pais...” (l. 70-72), a lacuna deve receber “porque”, junto e sem acento, já que se trata de explicação. Por fim, com relação à lacuna do trecho “Mas _____, em primeiro lugar, não conseguiria conviver comigo mesmo – e com a memória...” (l. 110-111), deve ser completada com “porque”, junto e sem acento, pois se trata de explicação. RESPOSTA: C. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 18 – Fonética. QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO. Inicialmente, deve-se observar que a banca, no enunciado, solicita que o candidato indique a opção que “contém apenas palavras com dígrafos”, não especificando a natureza de dígrafos orais ou nasais. Observem-se as alternativas: (A) em “acossado” e “escroques”, há dígrafos orais: “ss” e “qu”, respectivamente; em “consciência”, há dígrafo nasal em “on” = [õ] e oral em “sc”. Em “oxalá” não há dígrafo. (B) em “iídiche” e “acossado”, há dígrafos orais: “ch” e “ss”, respectivamente; já em “compromissos” há dígrafo nasal em “om” = [õ] e oral em “ss”; na palavra “quando”, há dígrafo nasal em “an” = [ã]. Portanto nesta alternativa todas as palavras apresentam dígrafos. (C) em “pessoa” e “claríssimo”, há dígrafos orais em “ss”; já em “onisciente”, há dígrafo oral em “sc” e nasal em “em”, com [e] nasalizado; e na palavra “frequência” há dígrafo nasal em “em” com [e] nasalizado. Portanto nesta alternativa todas as palavras apresentam dígrafos. (D) em “pessoa”, “iídiche”, “queria” e “claríssimo”, há dígrafos: “ss”, “ch”, “qu” e “ss”, respectivamente. Todas as palavras desta alternativa apresentam dígrafos. Tal opção foi dada como correta. (E) em “consciência”, há dígrafo nasal em “on” = [õ] e oral em “sc”; em “onisciente”, há dígrafo oral em “sc” e nasal em “em”, com [e] nasalizado; nas palavras “quase” e “oxalá” não há dígrafos. A banca indicou como gabarito a opção (D), mas há três alternativas (B, C e D) que apresentam todas as palavras com dígrafos. QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 19 – Formação de palavras. Na opção A, o advérbio “exaustivamente” e o substantivo “honestidade” são formados por derivação sufixal: o adjetivo “exaustivo” recebe o sufixo formador de advérbios “-mente”, resultando em “exaustivamente”; no caso do substantivo “honestidade”, sua formação ocorre a partir do adjetivo “honesto”, que recebe o sufixo formador de substantivos abstratos “-dade”, resultando em “honestidade”. Já o adjetivo “infeliz” apresenta prefixo (-in), mas não sufixo. Quanto à opção B, os advérbios “perenemente” e “objetivamente” apresentam sufixo formador de advérbios “-mente” e são decorrentes dos adjetivos “perene” e “objetivo”. O substantivo “desprezo” não apresenta sufixo. A alternativa C apresenta duas palavras com sufixo: “perversidade” e “coletividade”, ambas formadas pelo acréscimo do sufixo formador de substantivos abstratos “-dade” aos adjetivos “perverso” e “coletivo”. Em “desarmonia” não há sufixo. A opção D relaciona “superego”, “pressupõe” e “desconforto”, todas formadas pelo processo de prefixação: “super”, “pré” e “des”, respectivamente. Nenhuma delas apresenta sufixo. Quanto à alternativa E, as palavras “fundamental”, “excessivamente” e “pontualidade” são formadas por sufixação: “-al”, sufixo formador de adjetivo a partir de substantivo (fundamento+al=fundamental); “-mente”, sufixo formador de advérbios a partir de adjetivos (excessivo+mente=excessivamente) e “-dade”, sufixo formador de substantivos abstratos derivados de adjetivo (pontual+dade=pontualidade, com o auxílio da vogal de ligação “i”). RESPOSTA: E. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 20 – Funções sintáticas. Quanto à alternativa A, na frase “Meu pai era um obcecado por retidão” (l. 16-17), o segmento “por retidão” é complemento nominal do adjetivo “obcecado”, não agente da passiva. Errada a afirmação. Na opção B, o pronome “o”, destacado no trecho “Para aqueles que cometem o mal em uma escala menor e o confrontam...” (l. 53-54), é objeto direto do verbo “confrontar”, na forma “confrontam”, representando o “mal”. Correta a afirmação. Na alternativa C, o verbo “cair”, na forma “Cai”, tem como sujeito “um dos poucos consolos das pessoas honestas”. Observe-se o trecho: “Cai por terra, assim, um dos poucos consolos das pessoas honestas” (l. 64-65). Correta a assertiva. Com relação à opção D, o sujeito do verbo “seguir”, na forma do presente do indicativo “seguimos”, destacado no trecho “Esse diálogo consigo mesmo é fruto do que Freud chamou de superego: seguimos um comportamento moral...” (l. 71-72), tem como sujeito desinencial a primeira pessoa do plural (nós). Correta a afirmativa. No trecho indicado pela opção E, “a retidão que espero inculcar em meus filhos” é sujeito do verbo “haver”. Observe-se o trecho: “a retidão que espero inculcar em meus filhos há de ser uma vantagem...”. Quem há de ser uma vantagem? “A retidão que espero inculcar em meus filhos”. Correta a assertiva. RESPOSTA: A. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 21 – Concordância. Se no trecho “Sócrates, via Platão, defende que o homem que pratica o mal é o mais feliz e escravizado de todos, pois está em conflito interno, em desarmonia consigo mesmo, perenemente acossado e paralisado por medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma existência desprezível, para sempre amarrado a algo (sua própria consciência) onisciente que o condena” (l. 39-46) a palavra “homem” (destacada) fosse passada para o plural, teríamos a seguinte redação: trecho “Sócrates, via Platão, defende que os(1) homens que praticam(2) o mal são(3) os(4) mais felizes(5) e escravizados(6) de todos, pois estão(7) em conflito interno, em desarmonia consigo mesmos(8), perenemente acossados(9) e paralisados(10) por medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma existência desprezível, para sempre amarrados(11) a algo (sua própria consciência) onisciente que os(12) condena”. As palavras destacadas são as que, por força da sugestão, devem sofrer alteração, no total de 12 (doze). RESPOSTA: C. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 22 – Funções sintáticas. No trecho “... perguntando se eu estava levando um agasalho...” (l. 03-04), o segmento “se eu estava levando um agasalho” funciona como objeto direto de “perguntar”. Quem pergunta pergunta alguma coisa a alguém. No caso, “alguma coisa”, que é o objeto direto, está em forma de oração: “se eu estava levando um agasalho”. Verdadeira a primeira afirmação. Com relação ao trecho “Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao ler o noticiário e saber que, entre os governantes, viceja um grupo de imorais que roubam com criatividade e desfaçatez” (l. 35-38), o segmento “que, entre os governantes, viceja um grupo de imorais que roubam com criatividade e desfaçatez” funciona como objeto direto de “saber”. Quem sabe sabe alguma coisa. Verdadeira a segunda afirmação. Quanto ao trecho “Tenho certeza de que nunca chegaria a ponto de incentivá-los a serem escroques...” (l. 96-97), o segmento “que nunca chegaria a ponto de incentivá-los a serem escroques...” funciona como complemento nominal do substantivo “certeza”. Falsa a terceira afirmação. No trecho “O fato de pensar a respeito do assunto e de viver em um país em que existe um dilema entre o ensino da ética e o bom exercício da paternidade já é causa para tristeza” (l. 103-106), o segmento “que existe um dilema entre o ensino da ética e o bom exercício da paternidade” é uma oração subordinada adjetiva restritiva, não funcionando como complemento nominal de “país”, cujo sentido não exige complemento. Falsa a quarta afirmação. Quanto ao trecho “Além disso, porque acredito que sociedades e culturas mudam” (l. 113-114), o segmento “que sociedades e culturas mudam” é objeto direto de “acreditar”. Verdadeira a quinta afirmação. RESPOSTA: A. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 23 – Pronomes. O segmento “que fazem corpo mole”, no trecho “Detesto os colegas que fazem corpo mole” (l. 33), é oração subordinada adjetiva restritiva. Observe-se que diz respeito apenas aos “colegas que fazem corpo mole” e não está isolada por vírgulas, característica essencial das orações adjetivas explicativas. Errada a afirmação I. No trecho “Isso sem falar nas quase úlceras que me surgem ao ler o noticiário e saber...” (l. 35-36), a oração introduzida pelo “que”, em “que me surgem”, é subordinada adjetiva restritiva, pois se relaciona às “úlceras” de que fala o autor e não está isolada por vírgulas, característica essencial das orações adjetivas explicativas. Correta a afirmação II. Com relação ao trecho “Esta é a nossa responsabilidade: dar a nossos filhos os instrumentos para que naveguem, com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo real” (l. 88-91), o pronome demonstrativo “Esta” está sendo empregado para introduzir e identificar a “responsabilidade”, que é “dar a nossos filhos os instrumentos para que naveguem, com segurança e destreza, pelas dificuldades do mundo real”. Correta a afirmação III. RESPOSTA: D. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 24 – Pontuação. No trecho “No Brasil atual, eu me sinto deslocado” (última frase do segundo parágrafo – l. 22-23), a vírgula separa adjunto adverbial deslocado, não orações em sequência. Falsa a primeira afirmação. O segmento “na maioria das vezes”, no trecho “Até hoje chego pontualmente aos meus compromissos e, na maioria das vezes, fico esperando por interlocutores” (l. 24-26), é adjunto adverbial e está deslocado, intercalado na oração. Verdadeira a segunda afirmação. No trecho “Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole, que arranjam um jeitinho de fazer menos que o devido” (l. 33-34), a vírgula separa orações em sequência e não pode ser suprimida, pois é obrigatória. Falsa a terceira afirmação. Na frase “Tolerar algumas mentiras, não me importar com atrasos, não insistir para que não colem na escola, não instruir para que devolvam o troco recebido a mais...” (. 99-102), as vírgulas estão empregadas para separar elementos de uma série. Verdadeira a quarta afirmação. RESPOSTA: B. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 25 – Semântica. O substantivo “desfaçatez” (l. 38) significa “descaramento”, “atrevimento”. O substantivo “escroques” (l. 66) significa aquele que se apodera de bens alheios por meios ardilosos e fraudulentos, podendo ser substituído por vocábulos como “defraudador”, “espoliador”, “embusteiro”, “trapaceiro”. Já o adjetivo “axiomáticos” (l. 92) significa relativo ao ato ou efeito de axiomatizar, de reduzir a axiomas (= valores) doutrinas, ideias ou argumentos e tê-los como inquestionáveis. RESPOSTA: B. _____________________________________________________________________ QUESTÃO 26 – Reescritura de trecho. O trecho original (l. 28-30) foi reescrito de forma a manter seu significado na opção D. Nas demais alternativas, há alteração de sentido. Observem-se: nas opções A e E, a inversão de “Até hoje acredito”, que significa sempre ter-se mantido acreditando, por “Hoje acredito até” e “Hoje até acredito”, que expressa que “até acredita”, altera significativamente o texto original; na alternativa B, o deslocamento de “até” estendeu seu significado diferentemente do sentido da mensagem; na assertiva C, houve inversão de “apenas para ficar exasperado...”, propondo nítida alteração do sentido original. RESPOSTA: D. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 27 – Coesão e coerência (uso de pronomes). No trecho “Detesto os colegas de trabalho que fazem corpo mole...” (l. 33), o pronome relativo “que” (destacado) retoma “os colegas de trabalho”. Correta a afirmação A. No trecho “Sócrates, via Platão, defende que o homem que pratica o mal é o mais feliz e escravizado de todos, pois está em conflito interno, em desarmonia consigo mesmo, perenemente acossado e paralisado por medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma existência desprezível, para sempre amarrado a algo (sua própria consciência) onisciente que o condena” (l. 39-46), o pronome oblíquo átono “o” (destacado) retoma “homem” (destacado), não “algo”. Errada a assertiva B. O segmento “esse desconforto interior do “pecador” (l 50) retoma o mal praticado pelo homem. Errada a afirmação C. No trecho “... pelo menos não naquele momento em que está cometendo o seu delito” (l. 62-63), a expressão “em que” (destacada) está sendo empregada para referência a tempo. O pronome relativo “onde” só pode ser empregado em relação a lugar físico, portanto é impossível a substituição. Errada a assertiva D. No trecho “Não se sabe se De Gaulle disse ou não a frase” (l. 82-83), o primeiro “se” é partícula apassivadora (= é sabido, na voz passiva analítica), e o segundo “se” é conjunção subordinativa integrante. Errada a afirmação E. RESPOSTA: A. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 28 – Classes gramaticais. No trecho “Com o devido respeito...” (l. 46), a palavra destacada funciona como adjetivo do substantivo “respeito”, não como advérbio. Errada a assertiva I e correta a assertiva II. O segmento “Ah, mas pelo menos eu durmo tranquilo” (l. 65-66) apresenta a palavra “tranquilo” (destacada), que pode estar sendo empregada como adjetivo, qualificando o pronome pessoal “eu” (que representa um substantivo), ou funcionando como advérbio, caso em que pode ser entendido como modificador do verbo “dormir” (= tranquilamente). Correta a afirmação III. No trecho “... não instruir para que devolvam o troco recebido...” (l. 101), “troco” é substantivo, tanto que está até articulado. Errada a assertiva IV. RESPOSTA: C. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 29 – Interpretação de texto. Nas propostas das assertivas A, B, C e D, há ideias que podem ser depreendidas do texto. Já na opção E, com base no trecho “Sócrates, via Platão, defende que o homem que pratica o mal é o mais feliz e escravizado de todos, pois está em conflito interno, em desarmonia consigo mesmo, perenemente acossado e paralisado por medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma existência desprezível, para sempre amarrado a algo (sua própria consciência) onisciente que o condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas, nesse caso acredito que ele foi excessivamente otimista” (l. 39-48), vê-se que o autor não concorda com as ideias de Sócrates, o que se justifica no trecho sublinhado. Errada a assertiva E. RESPOSTA: E. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 30 – Interpretação de texto. Nas propostas das assertivas A, B, D e E, há ideias que não podem ser depreendidas do texto. Na opção C, a expectativa de punição social, penal ou religiosa aos desvios de conduta é um desestímulo aos comportamentos antiéticos, o que pode ser observado em todo o texto, especialmente no parágrafo compreendido entre as linhas 74 e 84. RESPOSTA: C. _______________________________________________________________________ GABARITO OFICIAL DIVULGADO PELA FAURGS EM 23 DE dezembro DE 2013 1-B 6-C 11-C 16-A 21-C 26-D 2-D 7-B 12-D 17-C 22-A 27-A 3-E 8-E 13-A 18-D* 23-D 28-C 4-E 9-C 14-A 19-E 24-B 29-E 5-B 10-A 15-D 20-A 25-B 30-C *QUESTÃO RECORRÍVEL (ver nestes comentários). Este material está disponível no saite do CPC, no blog professormenegotto.blogspot.com e na loja Copystar (Xerox do CPC). Proibida a reprodução parcial ou total sem a anuência do autor.

domingo, 10 de novembro de 2013

COMENTÁRIOS À PROVA DO MPRS - AGENTE ADMINISTRATIVO

Comentários e respostas às questões da prova de Língua Portuguesa do concurso do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul – MPRS – Banca do próprio MPRS – Concurso ocorrido no dia 3 de novembro de 2013 QUESTÃO 1 – Ortografia. As lacunas das linhas 8, 12 e 17 devem ser preenchidas, respectivamente, por “cidadãos” (que é a forma plural de “cidadão”), “ensejar” ( = oportunizar, permitir, e deve ser escrito com “s” porque tem origem em “ensediǣre”, do latim) e “distorção” (cuja raiz é “torção”, com “ç”). RESPOSTA: C. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 2 – Interpretação de texto. Está correta a afirmação contida na afirmação (A), o que se pode observar no trecho “Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos bem como sua inteligibilidade são requisitos do próprio Estado de direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.” O trecho transcrito está entre as linhas 1 a 9, no 1º parágrafo. No texto, não há referência ao princípio da publicidade, portanto está errada a assertiva (B). No caso da opção (C), está errada a afirmação, pois o texto não identifica pessoalidade na linguagem ao uso de expressões pomposas para persuasão. Quanto à afirmação expressa na assertiva (D), o trecho contido no texto entre as linhas 10 e 20 (“Acrescente-se que a identificação das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases”) revela exatamente o contrário. Portanto está errada a afirmação da opção (D). Não há, no texto, referência à imparcialidade, portanto está errada a assertiva (E). RESPOSTA: A. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 3 – Semântica. Os vocábulos “obscura” (l. 3), “arcaicas” (l. 20) e “infensa” (l. 22) têm como sinônimos, respectivamente, “confusa”, “antigas” e “contrária”. O adjetivo “obscura” pode ser substituído, no caso, por “sombria” e “confusa”, mas não tem significado de “rebuscada”, que significa “aprimorada”, “requintada”, “feita com esmero”. Quanto ao adjetivo “arcaicas”, não se pode substituí-lo por “rudimentares”, que significa “elementares”, “básicas”, “fundamentais”, mas poderia ser substituído por “anacrônicas”, que revela o contrário do que é moderno, que está em desacordo com a atualidade; por fim, em relação ao adjetivo “infensa”, não há equivalência com “nociva”, que significa “perniciosa”, “prejudicial”, “danosa”, nem por “hostil”, que revela “inimizade”, “agressividade”. RESPOSTA: D. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 4 – Pontuação. No trecho “A transparência do sentido dos atos normativos bem como sua inteligibilidade são requisitos do próprio Estado de direito...” (l. 4-6), o segmento “bem como sua inteligibilidade” é parte integrante do sujeito da oração, o que se pode observar pela flexão do verbo “ser”, na forma “são”. Se é parte do sujeito, porque contém um dos núcleos do sujeito (“sua inteligibilidade”), não poderá ser isolado por vírgulas. Errada, portanto, a opção (A). Os dois-pontos registrados na linha 6 introduzem uma explicação à oração anterior. Ponto-e-vírgula separa orações coordenadas opostas entre si, por isso não se podem substituir os dois-pontos por ponto-e-vírgula. Errada a assertiva (B). No trecho “... o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem administrativa...” (l. 12-15), os travessões efetivamente estão destacando reflexão complementar à afirmação anterior. Correta a alternativa (C). No segmento “A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução...” (l. 21-22), as vírgulas estão isolando a conjunção coordenativa conclusiva “portanto”. Em razão disso, as vírgulas estão associadas uma à outra, não podendo a primeira vírgula (nem a segunda) ser substituída por ponto-e-vírgula. Errada a sugestão contida na assertiva (D). Os travessões presentes nas linhas 23 e 34 destacam aposto em relação ao segmento anterior, portanto não estão indicando mudança de interlocutor, até porque, no texto, não há diálogo. Errada a opção (E). RESPOSTA: C. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 5 – Diversos aspectos semânticos e sintáticos. No trecho “A transparência do sentido dos atos normativos bem como sua inteligibilidade são requisitos do próprio Estado de direito...” (l. 4-6), a palavra “Estado” aparece com inicial maiúscula em virtude de ser substantivo próprio, que designa segurança jurídica. Não está empregado em referência à divisão territorial e política. Errada a assertiva I. Quanto ao segmento “... o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês...” (l. 15-16), há dois advérbios terminados em “-mente”. Pode-se suprimir o sufixo “-mente” do primeiro, já que o segundo assegurará, por extensão interpretativa, o significado do primeiro. Logo o trecho poderia ser escrito “o que coloquial e pejorativamente se chama burocratês”, sem acarretar erro gramatical ou alteração do significado. Correta a afirmação II. O termo “burocratês”, no trecho “... o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês...” (l. 15-16), é neologismo, mas não foi criado pelos autores do texto. Errada a assertiva III. RESPOSTA: B. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 6 – Estrutura e formação de palavras e acentuação gráfica. Em “inaceitável” (l. 7) e “impessoalidade” (l. 24), o prefixo é igual e revela negação. O primeiro é escrito com “n” porque a palavra inicia por vogal; o segundo é contém “m” porque a palavra a que se soma é iniciada por “p”. Verdadeira a primeira afirmação. O sufixo “-dade” é formador de substantivos abstratos derivados de adjetivos. Portanto “publicidade” (l. 8) é substantivo abstrato derivado de “público”, que é adjetivo. O sufixo “-mente”, por sua vez, é formador do substantivo derivado de verbo. No caso, “entendimento” (l. 12) é substantivo derivado do verbo “entender”. É falsa a segunda afirmação. Com relação à terceira afirmação, tanto “características” (l. 11) quanto “árida” (l. 22) levam acento por serem proparoxítonas. Verdadeira a terceira afirmação. As palavras “burocratês” e “clichês” levam acento por serem oxítonas terminadas em “es”. Verdadeira a quarta afirmação. RESPOSTA: B. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 7 – Diversos aspectos gramaticais e sintáticos. Há erro de paralelismo nas construções de quatro alternativas. Observem-se os erros em cada uma: (A) Através de um memorando, recomendou-se aos servidores evitar problemas de ambiguidade nos textos oficiais e que estudassem com afinco as normas gramaticais. Há, na frase, erro de paralelismo verbal. O verbo “evitar” foi empregado no infinitivo, em complemento à forma verbal “recomendou-se”. Isso exige que a forma verbal “estudassem” também apareça no infinitivo. O trecho, corrigido, terá a seguinte redação: “Através de um memorando, recomendou-se aos servidores evitar problemas de ambiguidade nos textos oficiais e estudar com afinco as normas gramaticais”. (B) No tempo em que vigia seu estágio probatório, o servidor apresentou pontualidade, assiduidade, ser rápido e ter ambição. Nesta construção, o erro de paralelismo é nominal se deve ao uso dos substantivos “pontualidade” e “assiduidade”, como complementos verbais de “apresentou” e o emprego de duas formas verbais (“ser” e “ter”). Ao se preferir o emprego de substantivos como complementos verbais, deve-se manter o paralelismo em todos eles. Corrigida, a construção terá a seguinte redação: “No tempo em que vigia seu estágio probatório, o servidor apresentou pontualidade, assiduidade, rapidez e ambição.” (C) A peça processual tem mais de quinhentas folhas e várias complicações. Nessa construção, o erro de paralelismo consiste no emprego do verbo “ter” para dois complementos distintos: “quinhentas folhas” e “várias complicações”. O verbo “ter” pode ser empregado para “quinhentas folhas”, mas, para o outro complemento, deve ser empregado o verbo “apresentar” (ou “conter”). Observe-se o trecho corrigido: “A peça processual tem mais de quinhentas folhas e apresenta várias complicações”. (D) O chefe da repartição tem obrigação não só de averiguar supostas irregularidades, como também de instaurar inquérito administrativo, se for o caso. Preservou-se o paralelismo nessa cosntrução com o emprego das formas “não só” e “como também”, que dão ideia de adição. Embora esteja correta a construção, duas observações podem ser feitas: 1. aconselha-se o emprego de “mas também” em lugar de “como também”; 2. nesses casos, a construção poderia evitar o emprego das referidas formas e, de forma mais objetiva, construir as orações com o emprego da conjunção coordenativa aditiva “e”. Por exemplo: “O chefe da repartição tem obrigação de averiguar supostas irregularidades e de instaurar inquérito administrativo, se for o caso.” (E) O novo Promotor de Justiça é profissional de muita experiência, e que tem reputação ilibada. O erro de paralelismo consiste no emprego de “que”, observando-se que não há termo que o exija. A construção, corrigida, terá a seguinte redação: “O novo Promotor de Justiça é profissional de muita experiência e reputação ilibada.” RESPOSTA: D. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 8 – Diversos aspectos gramaticais, sintáticos e semânticos. Há dois erros na construção da alternativa (A): 1. pleonasmo na presença de “Há”, que já indica tempo passado, e “atrás”; 2. ambiguidade com o emprego de “ele” e de “suas”, porque tanto pode dizer respeito ao “Promotor de Justiça” quanto a “seu subordinado”, ou seja, “quem seria destituído?”. Na construção da opção (B), há erro de ambiguidade, pois, no emprego de “ele”, não se especifica se se trata do “servidor público” ou do “colega”. Registra-se ambiguidade na referência de “Sendo inassídua”, pois não se especifica se tal qualidade se atribui à “Senhora Diretora” ou à “funcionária”. Errada a assertiva (C). O emprego de “sua”, na opção (D), produz erro de ambiguidade, pois o pronome possessivo pode ser referente ao “exame das provas fornecidas” ou ao “servidor público”. Correta a cosntrução da alternativa (E). RESPOSTA: E. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 9 – Parônimos. Na lacuna da frase 1, deve aparecer “aparte”, que é substantivo e significa comentário, intervenção em discurso alheio. Na frase 2, a lacuna deve ser preenchida pela forma “taxou”, que significa avaliar, estimar. A lacuna da frase 3 deve receber “ratificaram”, que significa confirmar. Na última lacuna, deve aparecer “sessão”, que significa tempo ou período de reunião, assembleia, espetáculo... RESPOSTA: B. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 10 – Regência verbal e emprego de pronomes. Na frase 1, quem traz traz alguma coisa a alguém, exigindo objeto direto e indireto. Na lacuna, deve aparecer o objeto indireto, portanto deve ser o pronome “lhe”. O pronome “consigo” gera ideia de reflexão em relação à pessoa verbal. Na lacuna da frase 2, deve aparecer, portanto, “consigo”. Na lacuna da frase 3, deve aparecer “Sua”, porque se está fazendo referência a “Sua Excelência” e não se dirigindo a palavra diretamente a ele. RESPOSTA: A. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 11 – Concordância verbal. O verbo “fazer”, empregado no sentido de tempo decorrido, passado, é impessoal, devendo ficar no singular. Na lacuna da frase 1, deve aparecer “Faz”. Na lacuna da frase 2, o verbo “dever”, que aparece no caso como auxiliar numa locução verbal, fica impessoal em relação ao verbo principal, que é “haver”. O verbo “haver”, portanto, impessoaliza o verbo “dever”, flexionando-se em “Deve”, no singular. No caso da frase 3, o sujeito de “alugar” é “estes escritórios”, que está no plural. Logo deve aparecer na lacuna “Alugam-se”. A presença do pronome “tu” seguido de “que” leva o verbo “ir” a concordar com a segunda pessoa do singular (tu). A forma é “vais”. RESPOSTA: A. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 12 – Regência verbal e emprego de “porquês”. Na lacuna da linha 8, deve ser registrado “porque”, pois se trata de justificativa. Na construção “Esse processo orgânico, indissociável das consequências emocionais, ________ preparou para duas reações possíveis: lutar ou fugir” (l. 13-16), a lacuna deve receber pronome “os”, porque está representando o objeto direto (“nossos antepassados”), já que o verbo “preparar” já apresenta objeto indireto em “para duas reações possíveis”. Nas linhas 44 e 51, deve aparecer “por que”, uma vez que se trata de perguntas, nos dois casos. RESPOSTA: E. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 13 – Interpretação de texto. Segundo o texto, o estresse existiu entre nossos antepassados e continua existindo frente a situações de pressão e risco. Mas não há, no texto, informação de que o estresse tenha surgido de uma reação emocional exagerada de nossos antepassados. Errada a opção (A). Correta a afirmação contida na alternativa (B), porque o autor relaciona a nossa existência hoje, portanto a sobrevivência da espécie humana à reação frente a situações de risco de nossos antepassados. Não há registro, no texto, de que os agentes que produzem estresse estejam sob controle, até porque eles estão presentes (linhas 24-27). Errada a opção (C). No último parágrafo do texto, fica clara a ideia de que, mesmo que se esforce em mudar seu estilo de vida, o indivíduo continua sob os sintomas do estresse. Errada a alternativa (D). Segundo o texto, o estresse está vinculado ao enfrentamento de desafios conhecidos, como o trânsito, divergências entre pessoas, pressões profissionais e contas a pagar, e não novos desafios. Errada a assertiva (E). RESPOSTA: B. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 14 – Regência verbal. No trecho “O estresse já se incorporou ao cotidiano da maioria das pessoas, em especial nas grandes cidades” (linha 1-3), a substituição de “se incorporou” por “se integrou” não acarretaria alteração na frase, porque ambos os verbos estão empregados como transitivos indiretos, exigindo igualmente a preposição “a”, em “ao”. Observe-se o trecho com a alteração sugerida: “O estresse já se integrou ao cotidiano da maioria das pessoas, em especial nas grandes cidades”. Correta a afirmação I. A substituição de “deu ordem” por “exigiu”, no trecho “... o cérebro de nossos antepassados deu ordem para que fosse descarregada na corrente sanguínea uma considerável carga de hormônios” (l. 10-13), exigirá a supressão de “para”, portanto acarretaria outra alteração na frase. Observe-se o trecho com as alterações (a sugerida e a decorrente): “o cérebro de nossos antepassados exigiu que fosse descarregada na corrente sanguínea uma considerável carga de hormônios”. Correta a afirmação II. A substituição sugerida na afirmação III não causa alteração na frase. Observe-se: “... tendemos a reagir aos agentes estressores” (l. 24) por “... temos tendência a reagir aos agentes estressores”. Ambas as expressões regem preposição “a”. Correta a afirmação III. RESPOSTA: E. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 15 – Equivalência de estruturas. (QUESTÃO RECORRÍVEL) Errada a reconstrução 1, porque o advérbio “necessariamente”, que no trecho original está empregado em relação ao adjetivo “ruim”, foi utilizado para modificar a forma verbal “tivesse se transformado”, alterando a mensagem do texto. Além disso, no trecho original o segmento “a serem resolvidos” está relacionado a “problemas”, enquanto, na reconstrução, está relacionado à “irritação”, frustração” e “problemas”. O trecho, entretanto, não apresenta erro gramatical. Com relação à sugestão 2, o advérbio “necessariamente” está modificando o sentido de “serem resolvidos”, quando no trecho original está modificando o adjetivo “ruim”. Não há manutenção do sentido. Não há, porém, erro gramatical. A sugestão 3 mantém o sentido original e não apresenta erro gramatical. O enunciado indaga do candidato “Quais propostas são reescritas gramaticalmente corretas do trecho acima?”. Acredita-se que a banca tenha pretendido propor ao candidato qual (ou quais) propostas de reescrita mantém (ou mantêm) o sentido original. Como não há erro gramatical nas propostas 1 e 2, a questão merece ser anulada, por erro de solicitação. QUESTÃO SUJEITA A RECURSO E À ANULAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 16 – Pontuação. No trecho “Pelo contrário: se hoje estamos aqui é porque, em momentos de risco à preservação da própria vida (como encontrar um predador pela frente), o cérebro de nossos antepassados deu ordem para que fosse descarregada na corrente sanguínea uma considerável carga de hormônios” (l. 7-13), os dois-pontos introduzem uma explicação à afirmação anterior, não uma síntese. Falsa a primeira afirmação. Quanto ao segmento “Esse processo orgânico, indissociável das consequências emocionais, os preparou para duas reações possíveis: lutar ou fugir” (l. 13-16), os dois-pontos estão sendo empregados para introduzir uma revelação em relação ao que se afirmou antes. Verdadeira a segunda afirmação. Os dois-pontos da linha 23, no trecho “O problema dessa história são os resquícios que carregamos desse funcionamento: tendemos a reagir aos agentes estressores – principalmente os do dia a dia, como trânsito, divergências com parceiros ou colegas, pressões profissionais e contas a pagar – como se fossem predadores que ameaçassem nossa vida” (l. 22-29), têm como função introduzir esclarecimento ou revelação dos resquícios que carregamos. Verdadeira a terceira afirmação. No trecho “Um exemplo banal: o trânsito provoca cansaço, mau humor” (l.42-43), os dois-pontos introduzem enumeração ou aposto enumerativo, não discurso direto, porque não há diálogo no texto. Falsa a última afirmação. RESPOSTA: C. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 17 – Crase. No trecho “em momentos de risco à preservação da própria vida” (l. 8-9), a substituição de “risco” por “ameaça” manteria o sinal indicativo de crase, porque esse substantivo, no contexto, exige preposição “a” e a palavra “preservação” é feminina. Errada a assertiva I. O segmento “... e nos levam à exaustão mental e emocional” (l. 34) apresenta crase porque o verbo “levar”, na construção, exige preposição “a” e a palavra “exaustão” é feminina. A substituição de “exaustão” por “esgotamento” exigiria a substituição de “à” por “a” ou por “ao”. Observe-se: “... e nos levam a esgotamento (ou ao esgotamento) mental e emocional”. Correta a afirmação II. A substituição de “ao que oprime”, no trecho “A luta ganha conotação mais ampla quando nos antepomos ao que oprime e buscamos saídas por meio de uma reflexão crítica” (l. 38-40), por “opressão” exigiria a indicação de crase, haja vista que a forma verbal “antepomos” exige preposição “a” e a palavra “opressão” é feminina. A construção resultaria em “A luta ganha conotação mais ampla quando nos antepomos à opressão e buscamos saídas por meio de uma reflexão crítica”. Correta a afirmação III. RESPOSTA: D. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 18 – Semântica e interpretação de texto. No segmento “... na corrente sanguínea uma considerável carga de hormônios” (l. 12-13), a expressão “de hormônios” pode ser substituída por “hormonal”, sem acarretar erro gramatical ou alteração de sentido. Observe-se o trecho com a alteração: “... na corrente sanguínea uma considerável carga hormonal”. É verdadeira a primeira afirmação. A expressão “dia a dia”, no trecho “... principalmente os do dia a dia” (l. 25), equivale ao adjetivo “cotidiano”, podendo substituir “dia a dia”, sem acarretar erro gramatical ou alteração de sentido. Observe-se o trecho com a alteração: “... principalmente os do cotidiano”. É verdadeira a segunda afirmação. No trecho “Não raro, nos sentimos tão tomados pelos problemas e pela sobrecarga a ponto de adoecer” (l. 29-31), o segmento “a ponto de” pode ser substituído por “chegando até a”, sem acarretar erro gramatical ou alteração de sentido. Observe-se o trecho com a alteração: “Não raro, nos sentimos tão tomados pelos problemas e pela sobrecarga chegando até a adoecer”. É verdadeira a terceira afirmação. Na construção “É possível alterar o horário de sair de casa, o trajeto que optamos por percorrer, até mesmo a cidade que escolhemos para viver” (l. 46-49), a expressão “até mesmo”, que tem valor semântico de inclusão, não tem igual sentido que “ademais”, cujo significado é “além disso”. Falsa a quarta afirmação. RESPOSTA: D. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 19 – Semântica e interpretação de texto. O advérbio “inexoravelmente”, no trecho “... ficar e ser inexoravelmente devorado pela fera” (l. 17-18) equivale semanticamente a “de maneira implacável”, porque este é o significado daquele termo. A substituição sugerida em 1 manteria o sentido original do texto. Quanto à sugestão 2, a expressão “Não raro”, no trecho “Não raro, nos sentimos tão tomados pelos problemas e pela sobrecarga a ponto de adoecer” (l. 29-31), significa “frequentemente”, portanto se fosse substituída por “De vez em quando” não manteria o sentido original da mensagem. Na sugestão 3, a substituição de “nem sempre”, no trecho “e nos esquecemos de que nem sempre é preciso suportar passivamente o peso das sobrecargas” (l. 31-33) por “ocasionalmente” alteraria o sentido original da mensagem. RESPOSTA: A. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 19 – Regência e crase. No trecho “e nos esquecemos de que nem sempre é preciso suportar passivamente o peso das sobrecargas” (l. 31-33), o segmento “nos esquecemos” pode ser substituído por “não nos lembramos”, sem causar alteração na construção frasal. A presença de o pronome “nos” no original e na sugestão exigem a preposição “de”. Observe-se: “e não nos lembramos de que nem sempre é preciso suportar passivamente o peso das sobrecargas. Errada a assertiva I. Quanto à afirmação II, se o verbo “levar” na construção “... e nos levam à exaustão mental e emocional” (l. 34), for substituído pelo verbo “conduzir”, na forma “conduzem”, a frase não sofrerá qualquer alteração. Observe-se a frase já com a alteração sugerida: “... e nos conduzem à exaustão mental e emocional”. Errada. Na construção “Nesse caso, recorro a um pouco de liberdade” (l. 35), se a forma verbal “recorro” fosse substituída por “sirvo-me”, haveria necessidade de trocar a preposição “a” por “de”, porque quem se serve se serve “de”. Observe-se a construção já alterada: “Nesse caso, sirvo-me de um pouco de liberdade”. Correta a assertiva III. RESPOSTA: C. _______________________________________________________________________ Este material está disponível no saite do CPC, no blog professormenegotto.blogspot.com e na loja Copystar (Xerox do CPC). Proibida a reprodução parcial ou total sem a anuência do autor.

sábado, 28 de setembro de 2013

DÚVIDAS

Renovo minha orientação quanto a dúvidas e perguntas: todas devem ser enviadas para o endereço menegotto@cpcrs.com.br. No blog, fica difícil responder e sanar as dúvidas das pessoas, pois as perguntas ficam nos "comentários", e consequentemente as respostas ficariam nos "comentários". Escrevendo para o e-mail indicado, tem-se a certeza da resposta. Prof. Menegotto.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

DÚVIDAS DEVEM SER ENVIADAS PARA menegotto@cpcrs.com.br. Não respondo a indagações no blog. Prof. Menegotto.
Comentários e respostas às questões da prova de Língua Portuguesa do concurso do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – TCE-RS – no cargo de Oficial de Controle Externo – Nível II, na Função de Oficial Instrutivo. Concurso ocorrido no dia 15 de setembro de 2013 e elaborado pela banca do CESPE-UnB. QUESTÃO 1 – Pontuação. No trecho “Em breve, o Tribunal promoverá treinamentos para os usuários do novo sistema” (linhas 16-18), a vírgula isola o adjunto adverbial deslocado “Em breve”. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 2 – Equivalência de estruturas (vozes verbais). No segmento “Foi aprovada, em sessão do Pleno, a Resolução nº 982, que institui a tramitação eletrônica dos documentos no Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do sul (TCE/RS)” (linhas 1-4), a cosntrução verbal “Foi aprovada” está na voz passiva analítica. Observe-se que possui verbo “ser” auxiliar (“Foi”) e particípio (“aprovada”). Tal construção é equivalente à forma da voz passiva sintética “Aprovou-se”. Veja-se a construção com a substituição: “Aprovou-se, em sessão do Pleno, a Resolução nº 982, que institui a tramitação eletrônica dos documentos no Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do sul (TCE/RS)”. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 3 – Crase. Com relação ao segmento “O Tribunal enviou ofício aos gestores municipais, alertando que o envio de dados e documentos relacionados às inativações na esfera municipal...” (linhas 4-7) o sinal indicativo de crase no trecho “relacionados às inativações” ocorre em razão da regência nominal do adjetivo “relacionados”, que exige preposição “a”, e o substantivo feminino plural “inativações”, que exige artigo “as”. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 4 – Verbos (conjugação e concordância). No trecho “... o que exigirá que as administrações adquiram certificados digitais específicos...” (linhas 7-9), o verbo “exigir”, na forma do futuro do presente do indicativo “exigirá”, está no singular porque tem como sujeito “o que”. Essa é uma das razões pelas quais “exigirá” não pode ser substituído por “exigiriam”. Além disso, apenas para argumentar, se fosse “exigiria”, no singular e, portanto, na mesma pessoa verbal de “exigirá”, ainda assim não manteria a correção gramatical, pois a forma verbal “adquiram” deveria passar a “adquirissem”, para manter a consistência entre os tempos verbais. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 5 – Equivalência de estruturas (preposições). Quanto ao segmento “Os certificados pessoais são obrigatórios para os administradores públicos e seus substitutos formais, para os responsáveis pelos controles internos, para os agentes com delegação para a concessão de inativações e para os responsáveis operacionais pelo Sistema de Certificação Digital do TCE/RS (TCENet)” (linhas 10-16), a substituição de “para os” nas quatro sequências em que ocorrem (“...para os administradores públicos e seus substitutos formais, para os responsáveis pelos controles internos, para os agentes com delegação para a concessão de inativações e para os responsáveis operacionais...”) por “aos” mantém a correção gramatical do texto. Observe-se o trecho já com as substituições sugeridas: “Os certificados pessoais são obrigatórios aos administradores públicos e seus substitutos formais, aos responsáveis pelos controles internos, aos agentes com delegação para a concessão de inativações e aos responsáveis operacionais pelo Sistema de Certificação Digital do TCE/RS (TCENet)”. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 6 – Equivalência de estruturas (semântica). No trecho “Considerando que as despesas com a emissão de passagens oficiais são custeadas pelo tesouro, entendemos que devem ser adotadas todas as medidas possíveis para que esses créditos sejam utilizados na aquisição de novos bilhetes, em benefício dos entes da própria administração pública, assinalou” (linhas 6-11), a forma verbal “assinalou” pode ser substituída, sem prejuízo para a informação do texto, por “observou”, ou “admitiu”, ou “informou”, ou “esclareceu” ou “declarou”. As formas verbais sugeridas pela proposta da banca são equivalentes semanticamente à forma verbal “assinalou”. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 7 – Equivalência de estruturas (conjunções). No trecho “Prêmios ou créditos de milhagens oferecidos pelas companhias de transporte aéreo, quando resultantes de passagens adquiridas com recursos da administração direta ou indireta de qualquer dos poderes do Rio Grande do Sul, serão incorporados ao erário e utilizados apenas em missões oficiais” (linhas 12-16), a substituição da conjunção “quando” por “se” ou por “desde que” não prejudicaria a coerência textual. Com relação à substituição de “quando” por “se”, é preciso observar que a ideia do texto alterará de temporal, com “quando”, para condicional, com “se”, mas manterá a coerência. Observe-se: “Prêmios ou créditos de milhagens oferecidos pelas companhias de transporte aéreo, se resultantes de passagens adquiridas com recursos da administração direta ou indireta de qualquer dos poderes do Rio Grande do Sul, serão incorporados ao erário e utilizados apenas em missões oficiais”. No caso da substituição de “quando” por “desde que”, a ideia temporal permanece, pois “desde que” pode ser considerado “desde quando”, mantendo-se também a coerência. Observe-se: “Prêmios ou créditos de milhagens oferecidos pelas companhias de transporte aéreo, desde que resultantes de passagens adquiridas com recursos da administração direta ou indireta de qualquer dos poderes do Rio Grande do Sul, serão incorporados ao erário e utilizados apenas em missões oficiais”. A proposta da banca é de que as alterações causem prejuízo à coerência. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 8 – Equivalência de estruturas (semântica). A substituição de “erário” por “tesouro público”, no trecho “... serão incorporados ao erário e utilizados apenas em missões oficiais” (linha 15-16), não prejudica a informação do período, porque “erário” e “tesouro público” são expressões de equivalência semântica. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 9 – Interpretação de texto. Da leitura do trecho “Prêmios ou créditos de milhagens oferecidos pelas companhias de transporte aéreo, quando resultantes de passagens adquiridas com recursos da administração direta ou indireta de qualquer dos poderes do Rio Grande do Sul, serão incorporados ao erário e utilizados apenas em missões oficiais” (linhas 12-16), depreende-se que os prêmios ou créditos de milhagens concedidos pelas companhias aéreas devem ser incorporados ao erário, não podendo ser utilizados pelos servidores em viagens particulares. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 10 – Interpretação de texto. O texto está organizado de forma dissertativo-argumentativa. Em primeiro lugar, em relação à linguagem e à distribuição de parágrafos, constata-se forma dissertativa. Em segundo lugar, observam-se argumentos que embasam uma tese a partir de uma constatação, buscando o convencimento do leitor. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 11 – Emprego de referentes. No trecho “A impunidade de políticos não decorre de foro privilegiado, mas de justiça ineficiente. Abolir o referido mecanismo produzirá efeitos desfavoráveis” (linhas 1-2), a sequência “o referido mecanismo” retoma “A impunidade de políticos”, não “justiça ineficiente”. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 12 – Emprego de referentes. Quanto ao segmento “Não é estranho, portanto, que o Congresso tenha incluído em sua agenda positiva um esforço para eliminar essa prerrogativa constitucional. Os parlamentares estariam, com isso, oferecendo o seu quinhão para o combate à impunidade que tradicionalmente beneficia políticos de todos os matizes” (linhas 5-10), o referente “com isso” retoma o fato de o Congresso ter “incluído em sua agenda positiva um esforço para eliminar essa prerrogativa constitucional”. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 13 – Equivalência de estruturas (conjunções). No trecho “Entretanto, há dois equívocos nesse raciocínio” (linha 11), a conjunção “Entretanto” é coordenativa adversativa, e são seus sinônimos “Porém”, “Contudo”, “Todavia” e “No entanto”, que a poderiam substituir mantendo-se as relações sintáticas do período. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 14 – Identificação de orações. No segmento “Os parlamentares estariam, com isso, oferecendo o seu quinhão para o combate à impunidade que tradicionalmente beneficia políticos de todos os matizes” (linhas 5-10), a oração “que tradicionalmente beneficia políticos de todos os matizes” classifica-se como subordinada adjetiva restritiva, porque aparece sem vírgulas e está destinada exclusivamente à impunidade. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 15 – Pontuação. Quanto ao trecho “O primeiro é imaginar que o foro especial – assegurado a autoridades como o presidente da República, governadores, prefeitos, congressistas e ministros de Estado – seja responsável pela ausência de punições na esfera jurídica” (linhas 11-15), os travessões estão destacando trecho isolado, com valor de explicação, podendo ser substituídos por vírgulas sem acarretar prejuízo gramatical. Observe-se a construção com vírgulas no lugar dos travessões: “O primeiro é imaginar que o foro especial, assegurado a autoridades como o presidente da República, governadores, prefeitos, congressistas e ministros de Estado, seja responsável pela ausência de punições na esfera jurídica” ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 16 – Correspondência oficial. A redação e a forma do trecho contido nesta questão têm características de ofício e não apresentam incorreção gramatical ou imperfeição quanto à finalidade e a espécie. CERTA A AFIRMAÇÃO. QUESTÃO 17 – Correspondência oficial. O trecho apresentado nesta proposta poderia ser utilizado como segmento de convite, mas está errado porque apresenta dois deslizes gramaticais, a saber: a) o verbo “convidar” está empregado com dois objetos indiretos, que são o pronome “lhe” e a oração “para participar do Encontro...”. A sequência, corrigida, deve ter a seguinte redação: “... vem convidá-lo para participar...”; b) no segmento “... temas relevantes a administração pública...”, há erro na ausência de indicação do sinal de crase, porque “relevantes” exige preposição “a” e “administração” é termo feminino, logo deve ser “... temas relevantes à administração pública”. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 18 – Correspondência oficial. O trecho contido nesta proposta está correto gramatical e formalmente. Analisando-se sua redação, vê-se que se trata de relatório. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 19 – Correspondência oficial. Está correto, quanto à forma e a finalidade, o trecho apresentado como parte de ata, nessa proposta. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 20 – Correspondência oficial. O trecho da proposta até poderia ser parte de memorando, mas apresenta vários erros de construção, de coerência e de gramática, a saber: a) a construção “Estamos neste momento vindo informar...” está mal-estruturado, porque não há necessidade de se empregar “Estamos”, haja vista que basta utilizar “Informamos”; b) o adjunto adverbial “neste momento” não tem qualquer sentido, porque é óbvio que, se o documento está sendo destinado a informar, só pode ser no momento em que se escreve, pois não será ontem, nem amanhã; c) não há sinal de crase antes de expressão de tratamento iniciada por “Vossa” ou “Sua”, porque se trata de tratamentos neutros (não são femininos); a vírgula entre “aprovou” e “três resoluções” está errada porque separa o verbo (“aprovou”) de seu objeto (“três resoluções”). ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________

PROVA DO MAGISTÉRIO MUNICIPAL - COMENTÁRIOS

Comentários e respostas às questões da prova de Língua Portuguesa do concurso do MAGISTÉRIO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE - PMPA – Para Professor de EDUCAÇÃO INFANTIL e Professor de ANOS INICIAIS. Concurso ocorrido no dia 15 de setembro de 2013 e elaborado pela banca do Município de Porto Alegre – Secretaria de Administração – Coordenação de Seleção e Ingresso. QUESTÃO 1 – Interpretação de texto. Errada a assertiva I, porque, segundo o texto, além o autor, outros especialistas também afirmam que o pensamento positivo pode influenciar na conquista da felicidade. Observe-se o segmento contido nas linha 05 e 06: “Apesar de ser um tema um tanto controverso, os especialistas não têm dúvida de que o pensamento tem, sim, muito poder”. Está correta a assertiva II, com base no seguinte segmento: “Outro poder associado ao pensamento positivo é que tendemos a buscar formas de comprovar essa positividade. Ou seja, tentamos transformar os nossos pensamentos em ações para que os desejos e objetivos mentalizados se tornem realidade” (linhas 12-14). Correta a afirmação III, com base no seguinte fragmento: “Devemos pensar que o dia de hoje poderá ser melhor do que o de ontem. Atender ao telefone com bom humor, sorrir, ter uma postura corporal ereta. Tudo isso é percebido pelas pessoas, que tendem a retribuir — analisa a psicóloga” (linhas 09-11). RESPOSTA: E. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 2 – Interpretação de texto. Errada a afirmação da alternativa C, porque, segundo o texto, em seu trecho “Por exemplo: você dificilmente vai ouvir alguém gritar “eu sou um perdedor!”de forma vibrante, alegre, com os braços para o alto. A fala, o comportamento e o corpo não estariam sendo coerentes. O que pensamos vai influenciar no que sentimos, em como nos comportamos, em nossas emoções – assim como todos esses níveis podem influenciar nosso pensamento” (linhas 24-27), não é possível observar pessoas tristes agindo positivamente. As demais opções estão de acordo com o texto. RESPOSTA: C. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 3 – Acentuação gráfica e classes gramaticais. Na opção “a”, o verbo “Têm” (linha 05) está acentuado porque concorda com “especialistas” (linha 05), portanto no plural. Se perder o acento diferencial, permanecerá sendo verbo: “tem”, na terceira pessoa do singular, portanto a classe gramatical se mantém. Na alternativa “b”, a retirada do acento do substantivo “Dúvida” (linha 05) resultará nverbo “Duvida”, portanto alterará a classe gramatical. Na alternativa “c”, a retirada do acento do verbo “ser”, em “E” (linha 10) resultará na conjunção coordenativa aditiva “E”, portanto alterará a classe gramatical. Na alternativa “d”, a retirada do acento da forma verbal “Irá”(linha 17) transformará a palavra no substantivo “Ira” (=raiva), portanto alterará a classe gramatical. Na alternativa “e”, a retirada do acento do substantivo “Clínica” (linha 19) resultará no verbo “Clinica” (de CLINICAR, em ele clinica...), portanto alterará a classe gramatical. RESPOSTA: A. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 4 – Ortografia. Na primeira proposição, “ascensorista” grafa-se com SC (em que asceNDder gera asceNSão), portanto é FALSA. Na segunda proposição, “exílio” também se grafa com “x”. VERDADEIRA a afirmação. Quanto à terceira proposição, “piscina” deve ser escrita com “sc”. FALSA a afirmação. Com relação à quarta proposição, “pisciano” deve ser grafado com “sc”. VERDADEIRA a afirmação. RESPOSTA: C. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 5 – Concordância. No trecho “O poder do pensamento é tema de discussões entre pesquisadores e não faltam livros de autoajuda nas livrarias que prometem revelar o “segredo” que pode fazer você ter e ser o que quiser só com a força da mente” (linhas 01-03), a substituição de “livros” (linha 02) pela sua forma singular (“livro”) acarretaria as seguintes modificações: “O poder do pensamento é tema de discussões entre pesquisadores e não falta livros de autoajuda nas livrarias que promete revelar o “segredo” que pode fazer você ter e ser o que quiser só com a força da mente”. Portanto são duas as alterações. RESPOSTA: B. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 6 – Pontuação. No trecho “Apesar de ser um tema um tanto controverso, os especialistas não têm dúvida de que...” (linha 05), a ocorrência de vírgula se justifica por isolar oração subordinada adverbial concessiva deslocada (destacada), não separar orações coordenadas. Errada a assertiva I. No segmento “Tudo isso é percebido pelas pessoas, que tendem a retribuir — analisa a psicóloga” (linha 10-11), a vírgula isola oração subordinada adjetiva explicativa. Correta a afirmação II. A ocorrência da vírgula no trecho “Se você não pensar e mentalizar um objetivo, nunca irá atrás...” (linha 17) isola oração subordinada adverbial condicional (destacada). Se não estivesse destacada, a vírgula não seria obrigatória. RESPOSTA: B. A BANCA INDICOU COMO GABARITO A ALTERNATIVA “D”. QUESTÃO RECORRÍVEL, PORQUE A AFIRMAÇÃO I ESTÁ ERRADA, HAJA VISTA SE TRATAR DE VÍRGULA QUE ISOLA ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA, NÃO ORAÇÃO COORDENADA. OBSERVE-SE: “Apesar de ser um tema um tanto controverso, os especialistas não têm dúvida de que...” = EMBORA SEJA UM TEMA UM TANTO CONTROVERSO... A BANCA CONSIDEROU COMO CORRETA A AFIRMAÇÃO I. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 7 – Classificação de orações. A oração destacada em “... não têm dúvida de que o pensamento tem, sim, muito poder...” (linhas 05-06) é completiva nominal, pois integra o sentido do substantivo “dúvida”. Errada, portanto, a classificação indicada na opção “c”. As demais classificações estão corretas. RESPOSTA: C. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 8 – Pontuação. No trecho “O poder do pensamento é tema de discussões entre pesquisadores e não faltam livros de autoajuda nas livrarias que prometem revelar o “segredo” que pode fazer você ter e ser o que quiser só com a força da mente” (linhas 01-03), o uso de aspas em “segredo” revela a utilização do termo em sentido conotativo (figurado). Já no trecho “Por exemplo: você dificilmente vai ouvir alguém gritar “eu sou um perdedor!” de forma vibrante” (linha 24), as aspas foram usadas na sequência “eu sou um perdedor” por se tratar de citação (reprodução da fala de alguém). Portanto o emprego de aspas não se deve à mesma situação. Errada a assertiva I. O emprego do travessão no trecho “— Devemos pensar que o dia de hoje poderá ser melhor do que o de ontem” (linha 09) decorre da escritura de citação (reprodução da fala de alguém). Quanto ao trecho “Tudo isso é percebido pelas pessoas, que tendem a retribuir — analisa a psicóloga” (linhas 10-11), o travessão está empregado para isolar ou separar trecho ou oração com valor explicativo. Portanto o emprego de aspas não se deve à mesma situação. Errada a assertiva II. No segmento “Pensar positivamente é, portanto, o primeiro passo – ressalta outra psicóloga e mestre em psicologia clínica” (linhas 18-19), o travessão pode ser substituído, sem alteração de sentido e sem prejuízo à correção gramatical por vírgula. Observe-se o trecho já com a substituição: “Pensar positivamente é, portanto, o primeiro passo, ressalta outra psicóloga e mestre em psicologia clínica”. Correta a afirmação III. RESPOSTA: C. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 9 – Pronomes. No trecho “— É um nível importante, que processa informações, mas é apenas um” (linha 22), a primeira ocorrência de “um” pode ser identificada como pronome indefinido, e a segunda ocorrência, como numeral. Como a banca não determinou qual deles, a questão não pode ser validada, porque há duas ocorrências da palavra “um”. Portanto a questão 8 deve ser anulada por medida de justiça. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 10 – Regência. O verbo “atender”, no trecho “Atender ao telefone com bom humor...” (linhas 09-10), está empregado como transitivo indireto, exigindo a preposição “a” (destacada). Nas opções “a”, “b”, “d” e “e”, há exigência de preposição “a”, como se verá: a) Ele associou-se A um novo grupo de corrida, porque quem se associa se associa “a”; b) Meu pai me autorizou A ir ao cinema, porque quem autoriza autoriza alguém A algo; d) Doutrinou o povo A não se deixar oprimir, porque quem doutrina doutrina alguém A algo; e) O homem infundiu confiança AO público, porque quem infunde infunde algo A alguém. Já com relação à opção “c”, na construção O pato boiava EM águas tranquilas, a lacuna deve ser preenchida com a preposição EM. RESPOSTA C. _____________________________________________________________________________________ Este material está disponível no saite do CPC, no blog professormenegotto.blogspot.com e na loja Copystar (Xerox do CPC). Proibida a reprodução parcial ou total sem a anuência do autor. TEXTO RECURSAL CONTRA GABARITO DA QUESTÃO 6 DA PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO DO MAGISTÉRIO MUNICIPAL – SÉRIES INICIAIS E EDUCAÇÃO INFANTIL – Prefeitura Municipal de Porto Alegre, certame ocorrido em 15 de setembro de 2013. A afirmação I da questão 6 da referida prova determina que, no trecho “Apesar de ser um tema um tanto controverso, os especialistas não têm dúvida de que...” (linha 05), a ocorrência de vírgula se justifica por separar orações coordenadas, mas o trecho destacado acima é oração subordinada adverbial concessiva deslocada. Portanto, está errada a assertiva I. A BANCA INDICOU COMO GABARITO A ALTERNATIVA “D”, CONSIDERANDO-SE QUE AS AFIRMAÇÕES I E II ESTÃO CORRETAS. A QUESTÃO, PORTANTO, É RECORRÍVEL, PORQUE A AFIRMAÇÃO I ESTÁ ERRADA, HAJA VISTA SE TRATAR DE VÍRGULA QUE ISOLA ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA, NÃO ORAÇÃO COORDENADA. IMPÕE-SE, POR QUESTÃO DE JUSTIÇA, A TROCA DO GABARITO DE “D” PARA “B”, QUE INDICA APENAS A AFIRMAÇÃO III COMO CORRETA. _____________________________________________________________________________________ TEXTO RECURSAL CONTRA GABARITO DA QUESTÃO 9 DA PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO DO MAGISTÉRIO MUNICIPAL – SÉRIES INICIAIS E EDUCAÇÃO INFANTIL – Prefeitura Municipal de Porto Alegre, certame ocorrido em 15 de setembro de 2013. A banca indicou como gabarito a opção “e”, relativamente à solicitação de identidade da classe gramatical da palavra “um” no trecho “— É um nível importante, que processa informações, mas é apenas um” (linha 22). Com efeito, a primeira ocorrência de “um” pode ser identificada como pronome indefinido, e a segunda ocorrência, como numeral. Como a banca não determinou qual das ocorrências, porque ambos se encontram na mesma linha, a questão não pode ser validada, porque há duas ocorrências da palavra “um”. A BANCA INDICOU COMO GABARITO A ALTERNATIVA “E”, CONSIDERANDO A EXISTÊNCIA DA PALAVRA “UM” NA LINHA 22. COMO HÁ DUAS OCORRÊNCIAS DA MESMA PALAVRA, A QUESTÃO É INVÁLIDA, DEVENDO SER ANULADA COMO MEDIDA DE JUSTIÇA. Prof. Menegotto® _____________________________________________________________________________________

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

COMENTÁRIOS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO MTE/AFT

Comentários e respostas às questões da prova de Língua Portuguesa do concurso do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, para o cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho (Nível Superior) – pelo CESPE-UnB – Concurso ocorrido no dia 08 de setembro de 2013 QUESTÃO 1 – Interpretação de texto. No trecho “As empresas, por sua vez, devem primar pelo respeito ao princípio constitucional do valor social do trabalho e da livre iniciativa, para que se implementem a cidadania plena e a dignidade do trabalhador com ou sem deficiência (previstas nos artigos 1º e 170 da Constituição Federal). Nesse diapasão, a contratação de pessoas com deficiência deve ser vista como qualquer outra” (linhas 36-44), fica clara a ideia de que a contratação de pessoas com deficiência por empresas privadas vai ao encontro do princípio constitucional do valor do trabalho e da livre iniciativa, portanto “favoravelmente”, e não “de encontro a”, que significa “contra”. ERRADA A AFIRMAÇÃO. ____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 2 – Interpretação de texto. Nos dois primeiros parágrafos, entre as linha 1 e 22, pode-se observar que houve ganhos com relação à concepção de cidadania tanto na Revolução Francesa quanto no pós-Segunda Guerra Mundial, mas, segundo o texto, somente no período após a Segunda Guerra a afirmação de cidadania se completou, pois se percebeu a necessidade de se valorizar a vontade da maioria, respeitando-se as minorias em suas peculiaridades e necessidades. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 3 – Interpretação de texto. Não há, no texto, informação de que a Segunda Guerra Mundial tivesse como razão a necessidade de busca de direitos sociais que compensassem as desigualdades econômicas. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 4 – Interpretação de texto. Segundo o texto, entre as linhas 24 e 29, não são as ações governamentais de assistencialismo às pessoas com deficiência que constituem salvaguarda eficaz no processo de inclusão desses indivíduos, mas, sim, a substituição de tais ações assistencialistas por programas de efetiva inclusão, que têm como objetivo formar cidadãos sujeitos do próprio destino, e não meros beneficiários de políticas de assistência social (linhas 24-29). ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 5 – Interpretação de texto. Na passagem “O direito de ir e vir, de trabalhar e de estudar é a mola mestra da inclusão de qualquer cidadão e, para que se concretize em face das pessoas com deficiência, há que se exigir do Estado a construção de uma sociedade livre, justa e solidária (como prevê o artigo 3º da Constituição Federal), por meio da implantação de políticas públicas compensatórias e eficazes” (linhas 29-35), vê-se que não se trata da posição do autor, mas dos preceitos constitucionais. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 6 – Pontuação. No trecho “No que toca às pessoas com deficiência, é possível afirmar que o viés assistencialista e caridosamente excludente que orientava as ações governamentais tem sido substituído por programas de efetiva inclusão social...” (linhas 24-27), o isolamento por vírgulas da oração “que orientava as ações governamentais” manteria a correção gramatical, mas alteraria o sentido do período, porque a oração em exame é subordinada adjetiva restritiva e, entre vírgulas, se transformaria em subordinada adjetiva explicativa. Observe-se o trecho com o isolamento por vírgulas: “No que toca às pessoas com deficiência, é possível afirmar que o viés assistencialista e caridosamente excludente, que orientava as ações governamentais, tem sido substituído por programas de efetiva inclusão social...”. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 7 – Conjunções subordinativas. Quanto ao trecho “Embora as conquistas obtidas a partir da Revolução Francesa tenham possibilitado a consolidação da concepção de cidadania, elas não foram suficientes para que essa condição se verificasse na prática” (linhas 1-4), trata-se de um período composto por subordinação, sendo a primeira oração (“Embora as conquistas obtidas a partir da Revolução Francesa tenham possibilitado a consolidação da concepção de cidadania”) subordinada adverbial concessiva, iniciada pelo nexo “Embora”, e a segunda (“elas não foram suficientes para que essa condição se verificasse na prática”), a principal. O nexo “Embora” é sinônimo de “Ainda que”, “Mesmo que”, “Em que Pese”, “Posto que” e “Conquanto”. Portanto o nexo “Embora” poderia ser substituído por “Conquanto”, sem prejuízo do sentido da mensagem e da correção gramatical do texto. Observe-se o trecho já com a substituição: “Conquanto as conquistas obtidas a partir da Revolução Francesa tenham possibilitado a consolidação da concepção de cidadania, elas não foram suficientes para que essa condição se verificasse na prática”. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 8 – Referenciação (emprego de pronomes). Na sequência “Em vista disso, já no século XIX, buscaram-se os direitos sociais com ações estatais que compensassem tais desigualdades...” (linhas 6-8), o segmento “tais desigualdades” não possui referente explícito (que deveria aparecer no plural), mas retoma a sequência “... da inexorável exclusão econômica da maioria da população”, presente no trecho “A mera declaração formal das liberdades nos documentos e nas legislações esboroava diante da inexorável exclusão econômica da maioria da população” (linhas 4-6). Trata-se, portanto, de referência interpretativa. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 9 – Conjunções e interpretação de texto. No trecho “Em outras palavras, verificou-se claramente que a maioria pode ser opressiva, a ponto de conduzir legitimamente ao poder o nazismo ou o fascismo” (linhas 16-19), o emprego da conjunção “ou” não evidencia relação de sinônimos entre “nazismo” e “fascismo”. Do contrário, a conjunção “ou” não está sendo utilizada como indicativo de proximidade semântica entre “nazismo” e “fascismo”, mas com valor de adição, salvaguardando, obviamente, as diferenças entre os regimes políticos referidos. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 10 – Equivalência de estruturas (concordância verbal e alteração de ordem). No trecho “Desses trabalhadores, espera-se profissionalismo, dedicação, assiduidade, enfim, atributos ínsitos a qualquer empregado” (linhas 45-46), a construção verbal “espera-se”, que aparece na voz passiva sintética, está no singular porque concordou com o primeiro núcleo do sujeito, que é “profissionalismo”. No caso de verbo anteposto a sujeito composto, poderá o redator optar pela concordância com o núcleo mais próximo ou com todos. Nesse caso, poderia ser reescrita da seguinte forma: “Desses trabalhadores, esperam-se profissionalismo, dedicação, assiduidade, enfim, atributos ínsitos a qualquer empregado”, em que o verbo concordou com os três núcleos do sujeito composto. Com relação ao deslocamento da sequência “Desses trabalhadores” para logo depois do verbo, também está correta gramaticalmente e não oferece alteração de sentido. Assim, a redação “Esperam-se desses trabalhadores profissionalismo, dedicação, assiduidade, enfim, atributos ínsitos a qualquer empregado” está correta. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 11 – Equivalência de estruturas (concordância verbal e alteração de ordem). No trecho “A mera declaração formal das liberdades nos documentos e nas legislações esboroava diante da inexorável exclusão econômica da maioria da população” (linhas 4-6), o sujeito de “esboroava” é “A mera declaração formal das liberdades nos documentos e nas legislações”, cujo núcleo é “declaração”, razão por que o verbo está no singular. A sugestão de reescritura do trecho em exame para “A simples declaração formal das liberdades nos documentos e nas legislações ruíam frente à fatal exclusão econômica da maior parte da população” apresenta erro de concordância verbal, porque o verbo “ruir”, na forma “ruíam”, aparece na 3ª pessoa do plural, enquanto o núcleo do sujeito continua sendo “declaração”, no singular, portanto deve ser “ruía”, na 3ª pessoa do singular. No restante, a reescritura do trecho mantém correção gramatical e fidelidade ao sentido original. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 12 – Equivalência de estruturas (conjunções, pontuação e colocação pronominal). O trecho “No entanto, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial que a afirmação da cidadania se completou...” (linhas 12-13) não pode ser reescrito para “Mas, apenas depois da Segunda Guerra Mundial é que a cidadania solidificou-se”, porque tal reconstrução apresenta dois erros, a saber: 1. Não pode ser registrada vírgula sozinha depois da conjunção “Mas”, a menos que houvesse vírgula depois de “Mundial”, fechando o adjunto adverbial deslocado “apenas depois da Segunda Guerra Mundial”; 2. a sequência “é que” atrai para si o pronome oblíquo átono “se”, exigindo próclise, não ênclise como a sugestão da questão. Corrigida, a reconstrução poderia ser reescrita de duas formas: (a) “Mas apenas depois da Segunda Guerra Mundial é que a cidadania se solidificou” ou (b) “Mas, apenas depois da Segunda Guerra Mundial, é que a cidadania se solidificou”. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 13 – Equivalência de estruturas (concordância verbal e alteração de ordem). O trecho “O direito de ir e vir, de trabalhar e de estudar é a mola mestra da inclusão de qualquer cidadão” (linhas 29-31) pode ser reescrito da forma “O direito de ir e vir, o de trabalhar e o de estudar são a mola mestra da inclusão de qualquer cidadão”, mantendo-se a correção gramatical e o sentido original da mensagem. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 14 – Interpretação de texto. O texto aponta várias causas da redução de salários das mulheres, como a amplitude do processo de reestruturação produtiva (linha 11), a expansão da economia de serviços (linha 17), a maior flexibilização do mercado de trabalho, a precarização das relações de trabalho, que gera formas de contrato sem carteira assinada, a diminuição dos níveis salariais, além do aumento das formas de trabalho em domicílio e por conta própria (linhas 25-31), mas não aborda o fato de as mulheres serem menos ambiciosas do que os homens. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 15 – Interpretação de texto. No 1º parágrafo do texto, observa-se que, desde meados dos anos 80 do século XX, a taxa anual de emprego das mulheres mostra-se mais elevada que a masculina (linhas 1-7). No 2º parágrafo, vê-se que houve amplitude do processo de reestruturação produtiva iniciada na década de noventa do século passado (linhas 8-15). Está, portanto, errada a afirmação de que o setor de serviços e a presença de mulheres nesse segmento têm-se expandido desde a década de noventa do século passado. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 16 – Interpretação de texto. De acordo com o texto, a reestruturação produtiva iniciada na década se noventa do século passado, a expansão da economia de serviços, a maior flexibilização do mercado de trabalho e a precarização das relações de trabalho são alguns dos fatores que explicam o aumento do contingente feminino no mercado de trabalho. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 17 – Interpretação de texto. O trecho “Uma delas decorre da amplitude do processo de reestruturação produtiva iniciada na década de noventa do século passado, que afeta principalmente o emprego industrial, cuja redução massiva tem rebatimentos negativos e incide mais sobre os homens do que sobre as mulheres, pouco representadas no setor” (linhas 10-15) deixa claro que houve forte redução de empregos no setor industrial, atingindo principalmente os homens, em grande número, porque é pequeno o número de mulheres nesse setor. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 18 – Equivalência de estruturas (regência e crase). O trecho “Muitas razões podem explicar esse comportamento mais favorável às mulheres do que aos homens, no que se refere à expansão do nível de ocupação” (linhas8-10) não pode ser reescrito da forma “Muitos são os motivos que podem explicar esse comportamento mais favorável a mulher do que os homens, quanto à expansão do nível de ocupação”, por duas razões: 1. o adjetivo “favorável” exige preposição “a”, e o substantivo “mulher” é feminino, logo haverá sinal indicativo de crase; 2. De igual forma, deve haver preposição contraída com artigo antes de “homens”. Corrigida, a sugestão ficará com a seguinte redação: “Muitos são os motivos que podem explicar esse comportamento mais favorável à mulher do que aos homens, quanto à expansão do nível de ocupação”. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 19 – Concordância verbal. Na sequência “Uma delas decorre da amplitude do processo de reestruturação produtiva iniciada na década de noventa do século passado, que afeta principalmente o emprego industrial, cuja redução massiva tem rebatimentos negativos e incide mais sobre os homens do que sobre as mulheres, pouco representadas no setor” (linhas 10-15), os verbos “ter”, na forma “tem”, e “incidir”, na forma “incide”, (destacados no trecho reproduzido acima) têm como sujeito “redução massiva”, por isso estão conjugados no singular. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 20 – Equivalência de estruturas (concordância verbal). No 5º parágrafo, na sequência “... o emprego em atividades de tempo parcial atrairia prioritariamente as mulheres, pois permitiria compatibilizar trabalho doméstico e trabalho remunerado; como mão de obra secundária, as mulheres aceitariam trabalhos inferiores, o que atenderia mais imediatamente à demanda dos setores público e privado...” (linhas 35-40), o segmento “... o que atenderia...” retoma o conjunto das informações anteriores. Se o segmento “... o que atenderia...” fosse substituído por “que atendem”, a correção gramatical seria mantida, mas a coerência da mensagem não, porque passaria a retomar apenas “trabalhos inferiores” e não o conjunto das ideias anteriores. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 21 – Redação de correspondências oficiais. A afirmação de que a linguagem clara e inteligível deve pautar a comunicação oficial está correta, mas a de que o uso de jargão técnico colabora para a clareza da comunicação está errada. Jargão técnico só pode ser empregado em correspondências de técnico para técnico, sendo vedado seu emprego em geral na redação oficial. ERRADA A AFIRMAÇÃO. ____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 22 – Redação de correspondências oficiais. O ofício é espécie de redação oficial voltada tanto a órgãos da Administração Pública quanto ao público externo, tendo como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos públicos entre si e, também, expedido às entidades privadas. Já aviso é muitas vezes confundido com o ofício, porque são idênticos em sua forma. Na verdade, a única diferença é que o primeiro é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, entre servidores de igual hierarquia. O memorando, por sua vez, é de uso interno, embora seja elaborado em padrão ofício. De qualquer forma, o ofício e o aviso se diferenciam do memorando quanto à sua finalidade, mas não quanto à forma, pois todos seguem o padrão ofício. ERRADA AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 23 – Redação de correspondências oficiais. Como se pôde observar no comentário à questão 22, o ofício é espécie de redação oficial voltada tanto a órgãos da Administração Pública quanto ao público externo, tendo como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos públicos entre si e, também, enviado às entidades privadas. Já o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, entre servidores de igual hierarquia. Embora possuam igual padrão de formato (padrão ofício), diferenciam-se na finalidade. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 24 – Redação de correspondências oficiais. Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 25 – Redação de correspondências oficiais. Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, a característica principal do memorando é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando. Portanto os despachos ao memorando não serão expedidos em outro memorando, mas no próprio. ERRADA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 26 – Redação de correspondências oficiais. Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, a redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. CERTA A AFIRMAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ Não há questão recorrível em Língua Portuguesa. Prof. Menegotto® Este material está disponível no saite do CPC, no blog professormenegotto.blogspot.com e na loja Copystar (Xerox do CPC). Proibida a reprodução parcial ou total sem a anuência do autor.