sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

ADIADA A VIGÊNCIA DO ACORDO PARA JANEIRO DE 2016

Decreto altera obrigatoriedade do acordo ortográfico para 2016 Sexta-feira, 28/12/2012 Publicado no DOU desta sexta-feira, 28, o decreto 7.875 altera para 2016 a obrigatoriedade do acordo ortográfico. De acordo com o texto, a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida. A norma altera o decreto 6.583, de 2008, que instituía a obrigatoriedade do Acordo a partir de 1º de janeiro de 2013. Veja abaixo. ________ DECRETO Nº 7.875, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012 Altera o Decreto no 6.583, de 29 de setembro de 2008, que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, D E C R E T A : Art. 1º O Decreto no 6.583, de 29 de setembro de 2008, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 2º ................................................................................... Parágrafo único. A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida." (NR) Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 27 de dezembro de 2012; 191º da Independência e 124º da República. DILMA ROUSSEFF Ruy Nunes Pinto Nogueira

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

VIGÊNCIA PLENA DO ACORDO ORTOGRÁFICO SERÁ ADIADA

Governo adia novo acordo ortográfico para 2016 FERNANDA ODILLA/FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA O governo federal vai adiar para 2016 a obrigatoriedade do uso do novo acordo ortográfico. As novas regras, adotadas pelos setores público e privado desde 2008, deveriam ser implementadas de forma integral a partir de 1º de janeiro de 2013. Adiamento do novo acordo ortográfico reacende debate sobre mudanças A reforma ortográfica altera a grafia de cerca de 0,5% das palavras em português. Com o adiamento, continuará sendo opcional usar, por exemplo, o trema e acentos agudos em ditongos abertos como os das palavras "ideia" e "assembleia". Além disso, o adiamento de três anos abre brechas para que novas mudanças sejam propostas. Isso significa que, embora jornais, livros didáticos e documentos oficiais já tenham adotado o novo acordo, novas alterações podem ser implementadas ou até mesmo suspensas. "Há muita insatisfação. Ganhamos tempo para refletir, discutir e reduzir o número de regras irracionais", afirma o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), que defendeu o adiamento e quer promover audiências com professores e embaixadores dos países de língua portuguesa na Casa. A maior pressão é de professores, que reclamam terem sido excluídos das discussões. diplomacia A decisão é encarada como um movimento diplomático, uma vez que o governo, diz o Itamaraty, quer sincronizar as mudanças com Portugal. O país europeu concordou oficialmente com a reforma ortográfica, mas ainda resiste em adotá-la. Assim como o Brasil, Portugal ratificou em 2008 o acordo, mas definiu um período de transição maior. Não há sanções para quem desrespeitar a regra, que é, na prática, apenas uma tentativa de uniformizar a grafia no Brasil, Portugal, nos países da África e no Timor Leste. A intenção era facilitar o intercâmbio de obras escritas no idioma entre esses oito países, além de fortalecer o peso do idioma em organismos internacionais. "É muito difícil querer que o português seja língua oficial nas Nações Unidas se vão perguntar: Qual é o português que vocês querem?", afirma o embaixador Pedro Motta, representante brasileiro na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). A minuta do decreto do adiamento foi feita pelo Itamaraty. O texto precisa passar pela área jurídica da Casa Civil antes da assinatura da presidente Dilma Rousseff.

domingo, 16 de dezembro de 2012

2013 PROMETE MUITO PARA OS CONCURSEIROS

Uma prévia para o próximo ano Aeronáutica: professor e pesquisador (254 vagas) Agência Nacional do Cinema (62 vagas) Correios: nível médio e superior (6.602 vagas) Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem do RS: níveis fundamental, médio e superior (190 vagas) Departamento Penitenciário Nacional: (264 vagas) Fundação Escola Nacional de Administração Pública: nível médio e superior (90 vagas) Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Sul: (186 vagas + Cadastro Reserva) Fundação Nacional de Saúde: nível superior (52 vagas) Fuzileiros Navais: soldado (1.520 vagas) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis: analista administrativo (61 vagas) Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul: nível médio e superior (124 vagas + Cadastro Reserva) Incra: analista e técnico agrário (1.705 vagas) Instituto Nacional de Propriedade Industrial: técnico e planejamento gestão (34 vagas) INSS: analista de seguro social (2,3 mil vagas) Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia: nível superior (404 vagas) Ministério da Agricultura: fiscal agropecuário e área de apoio (2.931 vagas) Ministério da Cultura: técnico de nível superior (83 vagas) Ministério das Cidades: nível técnico e superior (130 vagas) Ministério da Educação: (300 vagas) Ministério da Fazenda (255 vagas) Ministério da Justiça: analista técnico de política social (100 vagas) Ministério Desenvolvimento Agrário: nível médio e superior (341 vagas) Ministério do Planejamento (51 vagas) Polícia Federal (1,2 mil vagas) Polícia Federal do RS (1,5 mil vagas) Ministério da Saúde: atendente de saúde indígena (2,5 mil vagas) Ministério da Defesa: controlador aéreo (100 vagas) Ministério do Trabalho: apoio, agente, técnico e auditor fiscal (2.487 vagas) Ministério da Previdência: técnico previdenciário (1.080 vagas) Ministério das Relações Exteriores: oficial de chancelaria (sem número de vagas definido) Ministério Público da União: técnico e analista (sem número de vagas definido) Procuradoria Geral da Fazenda Nacional: analista e assistente (2.590 vagas) Receita Federal: assistente técnico administrativo, analista técnico, área fiscal (4.850 vagas) Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do RS: (335 vagas) Supremo Tribunal Federal: analista jurídico (Cadastro Reserva) Super-Receita (2 mil vagas) Susepe (112 vagas) Tribunal de Justiça de Santa Catarina ( 408 vagas) Tribunal Superior Eleitoral (formação de Cadastro Reserva) ZERO HORA

domingo, 25 de novembro de 2012

BANCO DO BRASIL: CONCURSO PARA O RS

Banco do Brasil: Confirmado concurso em 2013 23/11/2012 Quem possui o nível médio e deseja ingressar no serviço público bancário tem uma boa oportunidade no próximo concurso do Banco do Brasil (BB), confirmado para ser realizado em 2013. A seleção será destinada à formação de cadastro de reserva para escriturário, cargo de ingresso no banco, para os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O edital deverá sair entre março e junho, já que o banco costuma publicar o documento cerca de três a seis meses antes da validade da seleção anterior terminar (nesse caso, em setembro do ano que vem). Segundo fontes, a organizadora deverá ser a Fundação Carlos Chagas (FCC), a mesma responsável pelo concurso em andamento, destinado a 15 estados. Mas o banco não confirma. A remuneração para a função é de R$2.732,04, sendo R$1.892 de salário, R$472,12 de auxílio-refeição e R$367,92 de cesta-alimentação. A carga de trabalho desses funcionários é de 30 horas semanais. O BB ainda oferece benefícios como ascensão e desenvolvimento profissional, participação nos lucros, plano de saúde extensivo aos dependentes, auxílio-creche e auxílio para portadores de deficiência. Os interessados podem utilizar como base de estudo o edital da seleção recentemente aberta, principalmente por conta das mudanças que ocorreram em relação aos concursos. As novidades são a inclusão de redação e de conteúdos como técnicas de vendas e cultura organizacional do banco, além de um peso maior em Raciocínio Lógico. A prova objetiva, prevista para o dia 13 de janeiro, será composta por 60 questões, sendo 30 de Conhecimentos Básicos (Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico-Matemático e Atualidades do Mercado Financeiro) e 30 de Conhecimentos Específicos (Cultura Organizacional, Técnicas de Venda, Atendimento, Domínio Produtivo da Informática e Conhecimentos Bancários). Fonte: Folha Dirigida

domingo, 4 de novembro de 2012

OS CONCURSOS PÚBLICOS FEDERAIS PARA 2013

FOLGA DE CAIXA PARA CONCURSOS Em nota técnica, os consultores de orçamento da Câmara e do Senado estimam em R$25 bilhões o contingenciamento de 2013, aquele corte que o governo faz todo início de ano, e que acaba contribuindo para reduzir a oferta de vagas via concursos, que nunca foram interrompidos, nem poderiam. Porém, em audiência pública no Congresso, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, considerou que é muito cedo para falar no assunto (o orçamento terá de ser aprovado até 22 de dezembro) e que o governo busca alternativas para que não haja cortes. Segundo ela, a meta de crescimento da economia para 2013, de 4,5%, “não é tão ousada assim”, e a presidente Dilma está “com o pé no acelerador”. Nos dois últimos anos o contingenciamento ficou em torno de R$50 bilhões, mas, pelo visto, teremos um ano mais folgado, inclusive em matéria de concursos. Mas, havendo corte, não se assustem. Não é nada de mais. Abusos nos concursos Mais uma vez se justifica a regulamentação urgente e abrangente dos concursos, em nível nacional: a Guarda Municipal carioca só aceita candidatos com pelo menos 20 dentes (dez em cada arcada) e que não tenham problema de fala. Não adiantou o Ministério Público do Trabalho ser contra a discriminação nas duas seleções anteriores, inclusive obtendo uma liminar para derrubar as exigências descabidas. Já a Polícia Militar fluminense barra na seleção para oficial combatente quem tem acne com processo inflamatório, falta de um dente na arcada superior e menos de oito na inferior, psoríase e dermatose que comprometa o barbear, além de exigir exame de HIV (Aids). E vários órgãos federais só fazem provas em Brasília, como se fossem instituições locais, e não nacionais. Senhores parlamentares: ponham um fim nisso! Jovens sem emprego Diz-se que o Brasil tem pleno emprego, mas há 66,7 milhões de pessoas (quase a população da França) integrando a população não economicamente ativa. São cidadãos que, mesmo sem trabalhar, não estão em busca de emprego. Desses, 26,3 milhões têm entre 18 e 59 anos. Garantia reforçada Projeto da maior importância para os concurseiros, e que, ainda por cima, contribuirá para desafogar a Justiça: a obrigatoriedade de nomeação de todos os classificados nas vagas, no prazo de validade, conforme os juízes vêm decidindo. A Proposta de Emenda à Constituição 37/2009 é da ex-senadora Rosaba Ciarlini (DEM-RN) e está em análise no Senado. Justiça em greve Os juízes federais vão cruzar os braços nos próximos dias 7 e 8, para protestar contra o que consideram “desvalorização salarial”. Anteriormente, as datas programadas eram 21 e 22, mas anteciparam a manifestação, para não afrontar o ministro Joaquim Barbosa, que tomará posse na presidência do STF no dia 22. Faltam magistrados A mais recente edição do Justiça em Números indica que em 2010 o Brasil contava com 16.804 juízes (3% a mais que no ano anterior). São 8,7 magistrados para cada 100 mil habitantes, enquanto em 29 países da Europa a média é de 18 por 100 mil. Os servidores de apoio, também insuficientes, são 366 mil. Curioso é que o líder das demandas é o setor público, portanto, o maior interessado na morosidade. Em seguida estão os bancos e a telefonia. Teoria e prática Furnas sempre alegou que não poderia substituir os terceirizados, a não ser a perder de vista, pois poderia haver apagão elétrico. Pois bem: até hoje não substituiu integralmente e, mesmo assim, já houve 64 apagões este ano, o último deles abrangendo nove estados. E não aparece o responsável! Mérito reforçado O Ministério do Planejamento estava com a corda toda dia desses: além de autorizar 51 vagas de analista em tecnologia da informação, para ele próprio, liberou 325 nomeações em 13 órgãos, entre eles Previc, Fiocruz e ministérios da Saúde, Meio Ambiente e Relações Exteriores. Aumento na PGR A Procuradoria-Geral da República propôs, e a Câmara avalia, o aumento de 50% para 100% da Gratificação de Atividade do Ministério Público da União, incidente sobre o vencimento-base. Será em três parcelas, a partir de janeiro. Reunião ou sessão? Muita gente está protestando contra duas questões discursivas para analista legislativo da Câmara dos Deputados, nas quais consta a expressão “reuniões preparatórias”, inexistente na Constituição e no regimento da Casa. O certo seria “sessões preparatórias”. Bolsa de estágio O valor mínimo da bolsa no estágio não obrigatório será de um salário mínimo, hoje R$622. É o que propõe o PL 4.273/12, do deputado Dr. Grilo (PSL-MG). Segundo ele, há casos em que o valor é insuficiente para cobrir os gastos do estudante com material escolar e transporte. Perda substancial Concurso da Prefeitura de Ubatuba (SP) foi vítima de ‘tsunami’: foi anulado o edital para 373 vagas em vários cargos, substituído por outro para apenas 46 admissões, de professores adjuntos. O edital de anulação não justifica a medida. Agora é para valer Em atendimento ao Judiciário, que não aceitava critérios estabelecidos em meros regulamentos, já estão em vigor as leis 12.704 e 12.705, com as exigências para ingresso no Exército e na Marinha. Porém, os editais publicados antes da mudança continuam válidos. Pelas novas normas, a Marinha exige altura entre 1,54m e 2m (exceto no Colégio Naval, cujo limite é 1,95m), e o Exército, mínimo de 1,55m para mulheres e 1,60m para homens. Candidatas grávidas ou com filhos nascidos há menos de seis meses poderão adiar os testes físicos por até um ano, a partir do término da gestação. Escrito por benito.alemparte 01/11/2012 às 9:33 Publicado em Nacional

sábado, 3 de novembro de 2012

AUTORIZADO CONCURSO PARA DEPEN

Saiu a autorização para o aguardado concurso do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Conforme portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), foram liberadas 138 vagas, sendo 100 para o cargo de agente penitenciário federal, de nível médio (equivocadamente, na autorização consta nível superior), com remuneração inicial de R$4.650,04, já com auxílio-alimentação, de R$304. O prazo para a publicação do edital é de seis meses, indo, portanto, até maio de 2013. As outras 38 vagas autorizadas são para os cargos de técnico de apoio à assistência penitenciária (quatro vagas), de nível médio/técnico, e especialista em assistência penitenciária (34), de nível superior. Para esses, os ganhos mensais no início da carreira são de R$3.159,97 e R$4.521, respectivamente, também com o auxílio. De acordo a portaria de autorização, em atenção a uma decisão judicial, serão destinadas à penitenciária federal de Porto Velho (RO), ao menos, duas vagas de especialista, nas especialidades de Clínica Médica e Psiquiatria. Para todos os cargos, a contratação é pelo regime estatutário, que proporciona estabilidade, e a carga de trabalho é de 40 horas semanais ou de até 192 horas mensais, nos casos em que se aplique o regime de plantões. Além de penitenciária de Porto Velho, os concursados poderão ser lotados nas outras três unidades prisionais existentes, localizadas em Mossoró (RN), Catanduvas (PR) e Campo Grande (MS), na administração central do departamento, em Brasília, e ainda na quinta penitenciária federal, que será construída na capital federal. O último concurso realizado pelo Depen foi aberto em 2008, com vagas para os três cargos. Como a estrutura dos concursos do departamento são definidas por lei, as etapas da seleção autorizada nesta quinta serão as mesmas da anterior: provas objetiva, de aptidão física e de aptidão psicológica, além de investigação para verificação de antecedentes pessoais e curso de formação. No concurso de 2008, a prova objetiva para agente versou sobre Língua Portuguesa, Conhecimentos de Informática, Raciocínio Lógico e direitos Constitucional, Administrativo, Penal e Processual Penal, além de Direitos Humanos. Já para técnico e especialista, as questões foram divididas entre Língua Portuguesa, Conhecimentos de Informática, Raciocínio Lógico, direitos Constitucional, Administrativo e Penal, Direitos Humanos e Conhecimentos Específicos. Quantitativo menor que o esperado Embora a autorização do concurso tenha surpreendido, sendo liberada antes dos concursos programados para 2013 para Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), órgãos que segundo informou em entrevista exclusiva à FOLHA DIRIGIDA no último dia 19 o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estão sendo tratados como prioridades pelo governo, o quantitativo de vagas ficou bem abaixo das 714 solicitados pelo Ministério da Justiça em junho deste ano. O pedido foi para 640 vagas de agente penitenciário, 17 de técnico e 57 de especialista. De acordo com a presidente do do Sindicato Nacional dos Agentes Penitenciários Federais em Mato Grosso do Sul (SinAPF-MS), Cíntia Rangel Assumpção, há informação de que as vagas liberadas seriam apenas para suprir o déficit decorrente da saída de servidores, enquanto que o pedido encaminhado ao Planejamento considerava inclusive a necessidade de contratar servidores para atuar na penitenciária federal de Brasília, cujo projeto para a construção ainda está sendo elaborado segundo o Depen, não havendo previsão para a divulgação do edital de licitação. Inicialmente, o Ministério da Justiça havia informado que as obras deveriam ser licitadas ainda este ano. Fonte: Folha Dirigida

terça-feira, 9 de outubro de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 912

O PESO DA PALAVRA E DO RELACIONAMENTO Quem diz que vai para o escritório para trabalhar e não para fazer amigos está enganado. Ou melhor, estabelecer uma rede de relacionamentos, ser flexível, se adaptar rapidamente a uma nova situação, saber se comunicar com a equipe ou colegas de trabalho, ter capacidade de negociação são características extras no atual mercado, que exige mais do que diploma. Não se trata de fazer amigos, mas de aprender o que se chama de linguagem corporativa. E este bê-á-bá é feito de uma mistura de palavras claras, ditas no momento e para a pessoa certa, somado a uma dose de carisma. Não estou falando da política “mantenha um sorriso no rosto porque o cliente tem sempre razão”, mas, sim, tentando mostrar que a facilidade em se expressar ou fazer relacionamentos tem peso tão importante quanto uma boa formação acadêmica. O que a intuição de muitos profissionais de recursos humanos já indicava foi comprovado num estudo finalizado no primeiro semestre deste ano pela ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), associação internacional que estuda o estresse e suas formas de prevenção. De acordo com a pesquisa, feita entre 230 profissionais — gerentes de três grandes empresas nacionais —, a eficiência na comunicação interpessoal funciona como um colete salva-vidas, atenuando os efeitos negativos das pressões e demandas nos níveis físico, emocional e comportamental. Para chegar a esta conclusão foram analisados três fatores: as pressões e as demandas no trabalho, o nível de ansiedade (somática, comportamental e cognitiva) e o nível de tensão muscular e a satisfação profissional. Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal, além de programas efetivos de qualidade de vida no trabalho. Isso porque os custos do estresse não afetam apenas a saúde do trabalhador, mas, também, o bolso do empregador. Sabe-se que nos Estados Unidos o estresse profissional tem custo estimado em 300 bilhões de dólares ao ano e nos países membros da União Europeia este valor gira em torno de 265 bilhões de euros – números relativos ao absenteísmo, rotatividade, lesões no trabalho e seguro saúde. Por aqui, ainda não foi feito o cálculo desta conta, mas acredita-se que temos valores similares ao americano. Então, que tal começar a exercitar a linguagem? Faz bem para você e para aqueles com quem se relaciona. ROSSI, Ana Maria. Disponível em: http://www.catho.com.br Acesso em: out. 2009. (com adaptações) 01. (CESGRANRIO) Considere as afirmativas abaixo, referentes às ideias apresentadas no texto. I - Na empresa, a administração do estresse vai além da preocupação com a saúde física do indivíduo. II - O custo gerado pelo estresse profissional nos Estados Unidos é menor do que o gerado nos países integrantes da União Europeia. III - No Brasil, o custo para as empresas, no que se refere ao estresse, é igual ao evidenciado nos Estados Unidos. Está correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B) III. (C) I e II. (D) I e III. (E) II e III. Comentários. Na assertiva I, há uma afirmação correta, pois, segundo o texto, o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal (linhas 22 e 23). Na II, o custo gerado pelo estresse nos Estados Unidos é de 300 bilhões de dólares anuais, enquanto nos países da União Europeia é de 265 bilhões por ano. Portanto é maior esse custo nos Estados unidos relativamente a países da União Europeia. Errada a afirmação. Na III, pode-se afirmar que o custo gerado pelo estresse no Brasil é igual ao gerado nos Estados Unidos, embora o texto afirme que “Por aqui, ainda não foi feito o cálculo desta conta, mas acredita-se que temos valores similares ao americano”. Correta. Resposta: D.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

FCC SERÁ A BANCA DA DEFENSORIA PÚBLICA DO RS

Foi divulgada a organizadora do concurso para servidores da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul (DPE-RS). A banca escolhida foi a Fundação Carlos Chagas (FCC). Nos próximos dias haverá mais novidades, segundo Laurence Caetano Sabin, secretário da comissão do concurso. A seleção para o quadro de servidores oferecerá oportunidades para técnico, que exige nível médio ou médio/técnico e analista, que exige o nível superior. Os vencimentos iniciais serão de R$3 mil e R$5.500, respectivamente. O número de vagas oferecidas nesta seleção, de acordo com a Assessoria de Comunicação do órgão, será em torno de 350 (metade do número que consta na Lei Nº 13.821/2011) devido a contigência orçamentária da defensoria. Todos os candidatos serão avaliados por meio de prova objetiva e escrita. Os concorrentes ao cargo de analista terão também avaliação de títulos, e haverá ainda prova prática para determinadas especialidades do cargo de técnico. A prova objetiva constará de Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Legislação e Conhecimentos Específicos. Os servidores ainda passarão por estágio probatório para avaliação de aptidão, que servirá como referência para a efetivação no cargo. O concurso será válido por um ano, podendo ser prorrogado por igual período

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

RECURSO CONTRA QUESTÃO DA RECEITA FEDERAL - PROVA DE ANALISTA TRIBUTÁRIO

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL – PROVA 1 – 2012 – RAZÕES PARA RECURSO CONTRA GABARITO DA QUESTÃO 32 A questão 32 da prova de Língua Portuguesa para Analista Tributário da Receita Federal do Brasil, em concurso realizado em 23 de setembro de 2012 – Prova 1 – Gabarito 1, apresenta defeito quanto à resposta oferecida pela banca. No enunciado, a banca solicita do candidato que assinale a opção que dá justificativa correta para o uso das estruturas linguísticas do texto. A opção (E) determina que “A ausência do sinal indicativo de crase antes de “fatores” (l. 18) e “garantias” (l. 19) indica que esses substantivos estão empregados de modo genérico, sem o uso de artigo que os defina.” Observando-se o trecho “O spread elevado também se deve a fatores como alta carga tributária e inadimplência – os empréstimos atrelados a garantias são incipientes, o que aumenta o risco de um calote” (l.19-20), pode-se afirmar que a) tanto o substantivo “fatores” quanto “garantias” estão, sem dúvida, empregados de modo genérico, isto é, não específicos. No caso do “a” antes de “garantias”, deve-se entendê-lo como preposição, não havendo ali artigo definido feminino plural, razão por que não foi registrado o sinal de crase; b) no caso, porém, do “a” antes de “fatores”, deve-se observar que se trata de simples preposição “a”, e, se houvesse especificação quanto a esse substantivo, haveria a presença da combinação da preposição “a”, regida pelo verbo “dever-se” (em “também se deve”) com o artigo definido masculino plural “os”, que resultaria em “aos”, jamais em sinal indicativo de crase, haja vista ser “fatores” um substantivo masculino. Por isso, está errada a justificativa presente na assertiva “e)” da referida prova, o que enseja anulação da questão por medida de justiça. Prof. Alberto Menegotto®

terça-feira, 18 de setembro de 2012

COMENTÁRIOS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ANALISTA DO TJRS - REALIZADA EM 15 DE SETEMBRO DE 2012


Questão 01

Questão regência verbal com emprego de pronomes relativos.

Quanto à primeira lacuna, no trecho “As bibliotecas virtuais têm, de certo modo, os predicados _________ o escritor Jorge Luis Borges define a sua fantástica Biblioteca de Babel: são ilimitadas e periódicas” (l. 08-11), deve ser preenchida com “com que” ou “com os quais”, exigidos por “definir”: o escritor Jorge Luis Borges define a sua fantástica biblioteca “com” algo, portanto “com que” ou “com os quais”, por se referir a “predicados”. A banca optou por “com que”.

Na segunda lacuna, no trecho “Desse modo, atualizam, no que oferecem e na forma ______ o oferecem, uma espécie de otimismo...” (l. 12-13), deve aparecer o pronome relativo “como”, pois está expressa ideia de relativização entre a “forma” e o verbo “oferecer”.

Na terceira e última lacuna, no trecho “... nem a resposta periódica _______ os livros e revistas postos ao alcance de nosso cotidiano podem nos ajudar a formular...” (l. 32-34), deve aparecer apenas o pronome relativo “que”, pois o verbo “formular”, na locução verbal “podem ajudar a formular”, é o principal e é transitivo direto, pois quem formula formula algo, não exigindo preposição.

RESPOSTA: C.
____________________________________________________

Questão 02

Questão sobre semântica e interpretação de texto.

Errada a assertiva I, porque “uma espécie de otimismo cético” (l. 13-14) não tem relação com a descrença no alcance da plenitude do conhecimento pela humanidade, mas com o racionalismo, que apresenta tal tipo de característica.

Correta a assertiva II, pois “trincos burocráticos” e “trancas comerciais” (l. 24-25) indicam contraposição ao acesso livre a fontes de dados virtuais.

Errada a assertiva III, porque a expressão “uma Babel feita do paradoxo do conhecimento” (l. 29) não enfatiza obscurantismo, nem confusão gerada pelo mundo da informação virtual. A expressão está relacionada ao fato de que, quanto mais se sabe, mais se tem a saber.

Resposta: B.
________________________________________________

Questão 03

Questão sobre equivalência de estruturas.

No trecho “Entre as transformações acarretadas e tornadas possíveis pelas tecnologias...” (l. 01-02), a substituição de “tornadas possíveis” por “ensejadas” não acarretaria mudança de sentido contextual, pois “tornadas possíveis” traduz ideia de que as transformações foram obtidas, conseguidas, equivalente a “ensejadas” indica que as transformações foram oferecidas, já que “ensejar” significa “dar ensejo”, oferecer oportunidade, o que não difere da mensagem original do texto. A sugestão da assertiva I, portanto, mantém a ideia do texto.

Quanto à assertiva II, na sequência “... grandes acervos de obras e de periódicos que, considerados, não fosse por outros motivos, só do ponto de vista acadêmico, representam uma revolução...” (l. 04-06), a substituição de “não fosse por” por “afora”, mantém o sentido original do texto e preserva a correção gramatical. Observe-se o trecho com a substituição sugerida: ““... grandes acervos de obras e de periódicos que, considerados, afora outros motivos, só do ponto de vista acadêmico, representam uma revolução...”.

Com relação à assertiva III, a substituição de “só”, no trecho “... grandes acervos de obras e de periódicos que, considerados, não fosse por outros motivos, só do ponto de vista acadêmico, representam uma revolução...” (l. 04-06), determinaria a redação ““... grandes acervos de obras e de periódicos que, considerados, não fosse por outros motivos, exclusivamente do ponto de vista acadêmico, representam uma revolução...”, mantendo-se o sentido original da mensagem e a correção gramatical.

Na sequência “... grandes acervos de obras e de periódicos que, considerados, não fosse por outros motivos, só do ponto de vista acadêmico, representam uma revolução...” (l. 04-06), objeto da IV afirmação, a inserção de “já” antes de “representam” geraria a cosntrução ““... grandes acervos de obras e de periódicos que, considerados, não fosse por outros motivos, só do ponto de vista acadêmico, já representam uma revolução...”, porque a ideia está relacionada ao segmento “não fosse por outros motivos”, mantendo a ideia original do texto e a correção gramatical.

Resposta: E.
____________________________________________

Questão 04

Questão sobre concordância verbal (identificação do sujeito e outras funções).

No trecho “... grandes acervos de obras e de periódicos que, considerados, não fosse por outros motivos, só do ponto de vista acadêmico, representam uma revolução...” (l. 04-06), as formas verbais “considerados”, “representam” e “constituem” têm como sujeito “... grandes acervos de obras e de periódicos”. Portanto estão erradas as alternativas (B), (C) e (D).

Quanto à opção (E), a palavra “bibliotecas”, no trecho “... grandes acervos de obras e de periódicos que, considerados, não fosse por outros motivos, só do ponto de vista acadêmico, representam uma revolução na forma de acesso às bibliotecas que constituem...” (l. 04-07), é núcleo do complemento nominal “às bibliotecas”, que integra o sentido do substantivo “acesso”. Errada, portanto, a alternativa (E).

Resposta: A.
_________________________________________________

Questão 05

Questão sobre pontuação e conjunções.

No trecho “As bibliotecas virtuais têm, de certo modo, os predicados com que o escritor Jorge Luis Borges define a sua fantástica Biblioteca de Babel: são ilimitadas e periódicas” (l. 08-11), os dois-pontos introduzem explicação, revelando quais os “predicados”. No caso, podem ser substituídos, mantendo-se o sentido original da mensagem, por “já que”.
O nexo “por isso”, na opção (A), indica ideia de conclusão; na (C), “além do que” traduziria ideia de existência de outras grandezas, ali não tratadas, nem entendidas; nas opções (D) e (E), os nexos “se bem que” e “no entanto” revelam, respectivamente, ideias de concessão e oposição, incabíveis no trecho.

Resposta: B.
_______________________________________________

Questão 06

Questão sobre equivalência de estruturas (oração reduzida).

No trecho “... quanto mais se sabe, mas há para saber, de modo que, o máximo sendo também o mínimo, nunca nos falte nem a pergunta...” (l. 30-32), a oração reduzida de gerúndio “o máximo sendo também o mínimo” traduz ideia de causa, podendo ser substituída, mantendo-se equivalência de sentido, por “visto ser o máximo também o mínimo”, “haja vista ser o máximo também o mínimo”, ou ainda outras formas.

Na opção (A), a locução conjuntiva “a despeito de” traduz ideia de oposição; nas opções (B) e (C), respectivamente, as locuções conjuntivas “contanto que” e “a não ser que” indicam ideia de condição; na alternativa (D), “a fim de que” revela finalidade;

Resposta: E.
____________________________________________

Questão 07

Questão sobre conjunções.

No trecho “quando não há trincos burocráticos e trancas comerciais” (l. 24-25) estabelece ideia de condição no período em que ocorre.

Observe-se que a conjunção “quando” está empregada no sentido de “se”, ou “desde que”: “se não houver trincos burocráticos e trancas comerciais” ou “desde que não haja trincos burocráticos e trancas comerciais”.
Resposta: A.
__________________________________________________

Questão 08

Questão sobre classes gramaticais e funções sintáticas.

Errada a assertiva I, porque o vocábulo “uma”, no trecho “uma, outra, outra mais” (l. 22-23), funciona como artigo indefinido.

Correta a opção II, porque, no trecho “... e do conhecimento às sociedades que o originaram...” (l. 26-27), o pronome “o” funciona como objeto direto de “originaram”.

Errada a assertiva III, pois o verbo “entrever”, no trecho ”nem a pergunta ilimitada, nem a resposta periódica que os livros e revistas postos ao alcance de nosso cotidiano podem nos ajudar a formular, ou, ao menos, entrever” (l. 32-35), o verbo “entrever” tem como objeto “a pergunta ilimitada” e “a resposta periódica”. Os livros e revistas... é que podem nos ajudar ... a entrever a pergunta ilimitada e a resposta periódica.

Resposta: B.
________________________________________________

Questão 09

Questão sobre semântica e interpretação de texto.

A lacuna da linha 05 deve ser preenchida pelo advérbio “irremediavelmente”, porque, considerando-se a ideia veiculada, o morto passava ao pretérito de forma definitiva, sem poder retornar, portanto “irremediavelmente”. Não contêm coerência com a ideia do texto os advérbios “transitoriamente” (ou seja, por um tempo) e “paradoxalmente” (gerando ideia de contradição, ausente no trecho).

Com relação à lacuna da linha 31, poderia ser preenchida tanto por “tagarelice” quanto por “garrulice”, que, significando hábito de falar muito, de tagarelar, de loquacidade exagerada, são sinônimos.

Por sua vez, a lacuna da linha 34 poderia ser preenchida por “instiga” ou “insta” (do verbo “instar”), já que, no contexto, significaram “pedir com insistência”, “convencer”.

Na “combinação das respostas, preenchem as lacunas das linhas 05, 31 e 34 as palavras “irremediavelmente”, garrulice” e “insta”.

Resposta: E.
_______________________________________________

Questão 10

Questão sobre crase.

No trecho “... no encadear de palavras que leva ____ uma revelação...” (l. 21), a lacuna deve ser preenchida apenas com a preposição “a”, porque não há crase antes “uma” seja artigo ou pronome indefinido.

No caso da lacuna da linha 23, apenas o artigo “a” deve ser registrado, porque o trecho “muito menos a morte” é complemento de “explicar”, e quem explica explica alguma coisa. Observe-se: “... mesmo que esta não explique nada, muito menos (explique) a morte”.

No trecho “... tenha recorrido ______ literatura...” (l. 40-41), a lacuna deve ser preenchida com crase, pois “recorrer” exige preposição “a” e a palavra “literatura” é feminina”. Portanto “... tenha recorrido à literatura...”.

Com relação à lacuna da linha 42, no trecho “... negar ______ morte o seu triunfo”, deve haver crase, pois quem nega nega algo a alguém ou a alguma coisa. Logo ““... negar à morte o seu triunfo”.

Resposta: D.
_________________________________________________

Questão 11

Questão sobre interpretação de texto.

O texto trata essencialmente da possibilidade de relativização da morte na perspectiva do texto literário, pois, em Becket, quem morre mudo de tempo verbal, e em Thomas, também se morre, mas ele estimula a ninguém se entregar à morte sem lutar, tirando da morte o seu domínio. Essa é a essência do texto.

Não pode ser considerada a afirmação contida na opção (A), porque não se trata essencialmente do significado de alguns tempos verbais. De igual forma, não se pode significar como essencial, no texto, a loquacidade dos personagens de Becket, porque isso é uma passagem secundária. Não há verdade na opção (D), pois o texto não tem como essência as funções da literatura. E a afirmação contida na alternativa (E) está errada, porque o texto trata essencialmente da possibilidade de relativização da morte a partir da análise que o autor faz de algumas visões das obras de Becket e Thomas, e não a respeito da incompreensão humana em geral a respeito da morte.

Resposta: B.
________________________________________________

Questão 12

Questão sobre compreensão de texto.

O texto não trata, em nenhum trecho, de que a literatura nos permita compreender a morte, portanto está errada a assertiva I.

Errada a afirmação II, porque, além de trazer elementos estranhos ao texto, ainda faz uma afirmação inexistente, que é o fato de a literatura produzir ruído que pode nos afastar da morte. O que se diz no texto é que os personagens de Becket falam muito, o que na visão humorística do autor serve para fazer barulho e afastar a morte.

Correta a afirmação III, porque o texto veicula que trata a morte como uma mudança de tempo verbal, como Becket trata a morte, é um modo de suavizar seus efeitos, ou seja, um eufemismo.

Respostas: C.
________________________________________________

Questão 13

Questão sobre pontuação.

No trecho “O próprio Becket só escreveu sobre isto: a busca de uma trama, qualquer trama, por trás do aparente absurdo da experiência humana” (l. 17-19), os dois-pontos podem ser substituídos por vírgula ou por travessão, pois se trata de aposto, ou seja, a revelação do que Becket escreveu. O aposto, quando colocado no final, poderá ser introduzido por dois-pontos, por vírgula ou por travessão, causar alteração no sentido original da frase, nem incorrer em erro gramatical, mas nunca por ponto-e-vírgula, pois não se trata de coordenadas de sentidos opostos, mas complementares. Portanto está errada a afirmação I.

Com relação à afirmação II, no trecho “A literatura tem essa função, a de uma fogueira no meio da escuridão da qual a morte nos espreita. Ou de uma matraca contra o silêncio final” (l. 28-30), o ponto após “espreita” poderá ser substituído por travessão sem causar alteração no sentido original da frase, nem incorrer em erro gramatical, desde que se ajuste a conjunção “Ou” com inicial minúscula. O resultado será “A literatura tem essa função, a de uma fogueira no meio da escuridão da qual a morte nos espreita – ou de uma matraca contra o silêncio final”. No caso, o travessão ou vírgula seriam sinais corretos de pontuação. Correta a afirmação II.

A afirmação III sugere a substituição do ponto que antecede a conjunção “Mas” (l. 48) por vírgula, o que é perfeitamente natural, já que com o “Mas” se inicia oração coordenada sindética adversativa. Observe-se o trecho original: “Diz-se que quem morreu ‘já era’, o que é o mesmo que dizia Becket com mais sensibilidade. Mas Becket queria dizer mais”. Observe-se, agora, o trecho com vírgula no lugar de ponto: “Diz-se que quem morreu ‘já era’, o que é o mesmo que dizia Becket com mais sensibilidade, mas Becket queria dizer mais”. Considere-se o ajuste de “Mas” para “mas”. Correta a afirmação III. A banca indicou como gabarito a alternativa (B), considerando incorreta a afirmação III, o que enseja recurso.

Resposta: passível de recurso.
___________________________________________

Questão 14

Questão sobre equivalência de estruturas (reconstrução de frases).

O trecho “A migração do morto, em vez de ser da vida para o nada, era só entre categorias verbais” (l. 09-11) mantém o sentido original do texto e respeita a norma gramatical na reescritura da assertiva I: “A migração do morto, em vez de ser da vida para o nada, era tão-somente entre categorias verbais”. Observe-se que a expressão adverbial “tão-somente” é escrita com hífen.

Está errada a reconstrução da assertiva II, porque ali se lê “imigração”, quando o texto original registra “migração”. Portanto não conserva o sentido original.

Está errada também a reconstrução III, porque “em vez de” equivale a “em lugar de”, não havendo ideia de oposição traduzida por “ao contrário”, já que não se trata de elementos opostos. Não há, dessa forma, conservação do sentido original.

Resposta: A.
___________________________________________________

Questão 15

Questão sobre concordância.

No trecho “Os personagens de narrativas literárias mudam do tempo presente para o tempo passado, mas continuam no mundo, mesmo que no mundo restrito dos livros e das estantes” (l. 49-52), a substituição de “Os personagens” por “O personagem” implicará ajuste de flexão em mais três palavras, a saber: “O personagem de narrativas literárias muda do tempo presente para o tempo passado, mas continua no mundo, mesmo que no mundo restrito dos livros e das estantes. Salvo, talvez, os cupins e as traças, nada ameaça a sua perenidade. ‘É’ eternamente”. Alteram-se, portanto, as formas verbais “mudam” para “muda”, “continuam” para “continua” e “São” para “É”.

Resposta: B.
____________________________________________________

Questão 16

Questão sobre funções do “que”.

No trecho “dizia que quem morria passava para outro tempo”, o vocábulo “que” exerce função de objeto (na verdade introduz o objeto) na oração, não de sujeito. Errada a assertiva I.

A função da palavra “que”, no trecho “Podemos nos imaginar como protagonistas de uma trama, que mesmo quando não é clara indica alguma coerência em algum lugar” (l.13-16), é de introduzir oração subordinada explicativa, o que pode ser observado pelo registro de vírgula. Correta a afirmação II.

Quanto à palavra “que”, no trecho “...ou um sentido que faça sentido...” (l. 19-20), há a função de introduzir oração adjetiva restritiva, o que pode ser observado pela ausência de vírgula. Não funciona, portanto, como introdutor de aposto. Errada a assertiva III.

No segmento “Diz-se que quem morreu ‘já era’, o que é o mesmo que dizia Becket com mais sensibilidade” (l. 47-48), o “que” destacado funciona como objeto direto de “dizer”. Correta a afirmação IV.

Resposta: D.
__________________________________________________

Questão 17

Questão sobre crase.

No trecho “... mostra um breve plano geral do campo ______ que pertence o experimento científico...” (l. 04-05), a lacuna deve receber apenas preposição “a”, porque não há artigo antes de “que” no caso.

Na lacuna da linha 07, deve aparecer “à”, em razão de ali estar uma locução adverbial feminina: “... à maneira de tantos filmes...” (= ao jeito).

Quanto ao trecho “... que servem de base _____ crônicas ...” (l. 32-33), a lacuna deve receber “a” (somente preposição), ou “às” (preposição e artigo contraídos e indicados pelo sinal de crase), porque o segmento “servem de base” exige preposição “a” e o substantivo “crônicas” pode exigir artigo “as”. Portanto as duas formas válidas são “... servem de base a crônicas...”, ou “servem de base às crônicas...”.

Com relação ao trecho “... mas recorrendo ______ comparações...”, a lacuna pode ser preenchida com “a” (apenas preposição), porque o verbo “recorrer” assim exige”, ou com “às” (preposição contraída com artigo, com sinal indicativo de crase), em razão de o substantivo “metáforas” ser feminino.

Combinadas as possibilidades oferecidas na chave de respostas, a sequência é “a – à – às – a.

Resposta: A.
_________________________________________________

Questão 18

Questão sobre concordância verbal.

A lacuna da linha 57 deve ser preenchida com “ia”, porque se trata de verbo que deve ficar no singular, por se tratar de terceira pessoa do singular: “Poder-se-ia dizer...”.

Na lacuna da linha 59, deve ser registrado “evitam”, no plural, porque se refere a “seus textos” (l. 57), segmento que funciona como sujeito de “evitar”.

Com relação à lacuna da linha 89, deve ser registrada a forma verbal “abrange”, no singular, porque tem como sujeito “a imensa diversidade de interesses”, cujo núcleo é “diversidade”.

Resposta: B.
___________________________________________

Questão 19

Questão sobre interpretação de texto.

Errada a opção (A), porque não há no texto informação de que os termos técnicos utilizados em publicações científicas em geral encobrem a essência das descobertas relatadas, a exemplo da citações das revistas “Nature” e “Science” (l. 32).
Errada a opção (B), pois não há, no texto, informação de que a organização textual dos trabalhos científicos procura tomar como exemplo ou modelo a estrutura de movimento de câmera em determinados filmes. Isso, segundo o texto, ocorre de forma exemplificativa com as crônicas de Reinach, não com os textos científicos.

Errada a assertiva (C), pois quem recorre a metáforas e comparações é Reinach, não o jornalismo científico em geral.

Errada a assertiva (D), porque, no trecho compreendido entre as linhas 57-61, fica claro que Reinach evita citar nomes de instituições e cientistas responsáveis pelos experimentos que são objeto de suas crônicas.

Correta a opção (E), pois Reinach contou com a ajuda de um jornalista para aprimorar um estilo particular de escrever sobre ciência que se afasta do padrão jornalístico, o que pode ser comprovado pelo segmento compreendido na linha 61. Observe-se que, se a autora afirma que não citar nomes de cientistas ou instituições é estranho ao jornal de notícias, o que sustenta que o estilo do autor se afasta do padrão jornalístico.

Resposta: E.
__________________________________________________

Questão 20

Questão sobre emprego de pronomes e seus referentes.

No trecho “... paisagem vista do alto para um objeto no solo, no qual quer que fixemos nossa atenção” (l. 08-10), o segmento “(n)o qual” retoma “um objeto”, não “solo”. Errada, por isso, a alternativa (A).

Quanto à assertiva (B), o pronome “o”, no trecho “Dito de outra forma, Reinach, seguindo as pegadas de outros cientistas divulgadores de ciência, recria os modelos de escritura que o inspiram...”(l. 48-50), retoma “Reinach”, não “os modelos de escritura”. Errada a opção (B).

O pronome “a”, em “la”, no trecho “O mais curioso é que, para extrair a essência aventurosa do emaranhado da terminologia científica dos artigos (da Nature e da Science principalmente) que servem de base às crônicas e entregá-la límpida a seus leitores ...” (l. 30-34), retoma “essência aventurosa do emaranhado da terminologia científica dos artigos”, cujo núcleo é “essência”, não “terminologia científica”. Errada a alternativa (C).

O pronome “ele”, no trecho “Na época ocupando o cargo de editor-chefe, era ele quem comentava os primeiros textos que o biólogo ia produzindo...” (l. 67-69), retoma “Flávio Pinheiro (l. 64). Correta, portanto, a alternativa (D).

Errada a assertiva 9E), porque o pronome possessivo “seus”, no trecho “Esses agrupamentos, aliás, servem mais para orientar o leitor quanto a seus próprios blocos de interesse” (l. 78-80), retoma “leitor”, não “Esses agrupamentos”.

Resposta: D.
________________________________________________

Questão 21

Questão sobre semântica, interpretação de texto e emprego de locuções conjuntivas.

No trecho “Toma o modelo por guia, mas recorrendo a comparações, metáforas e outras figuras de linguagem bem escolhidas, que, a par de tornarem inteligíveis para não especialistas conceitos e procedimentos complexos, adicionam sabor ao texto e deixam visível...” (l. 42-47), a expressão “a par de” foi empregada, no texto, com o sentido de “a fim de”, como conjunção subordinativa final (expressando finalidade). Observe-se o trecho com a substituição: “Toma o modelo por guia, mas recorrendo a comparações, metáforas e outras figuras de linguagem bem escolhidas, que, a fim de tornarem inteligíveis para não especialistas conceitos e procedimentos complexos, adicionam sabor ao texto e deixam visível...”.

Não traduz ideia de conformidade, que seria expressa por “consoante”, na opção (A), nem de oposição ou concessão, pela presença de “apesar de”, na alternativa (B). Também não há ideia do que é posterior, como está nas locuções “além de“ e “depois de”, respectivamente nas assertivas (C) e (D). Aliás porque “além de” e “depois de” são sinônimos.

A banca indica como gabarito a assertiva (C), equivocadamente. Por isso cabe recurso contra a resposta à questão 21.

Resposta: passível de recurso.
__________________________________________

Questão 22

Questão sobre pontuação.

A substituição dos travessões, no trecho “... pesquisadores responsáveis pelos estudos de que trata – quase todos originários das ciências biológicas –, a seu ver, também se atiraram...” (l. 17-19), por parênteses é correta, mas não permitiria a supressão da vírgula antes do segmento “a seu ver”, pois tal expressão está isolada por duas vírgulas (antes e depois), por se tratar de adjunto adverbial deslocado. Ou se suprimem ambas, ou nenhuma.
Observe-se como ficaria com a substituição dos travessões por parênteses: “... pesquisadores responsáveis pelos estudos de que trata (quase todos originários das ciências biológicas ), a seu ver, também se atiraram...”, ou “... pesquisadores responsáveis pelos estudos de que trata (quase todos originários das ciências biológicas) a seu ver também se atiraram...” Portanto está errada a assertiva I.

Errada a assertiva II, porque o segmento “desde 2004” (l. 57), que é efetivamente adjunto adverbial, não está deslocado, porque se situa no último momento da frase. Errada a assertiva II.

No trecho “... Flávio Pinheiro, um dos mais experientes editores da imprensa nacional, o responsável...” (l. 64-65), as vírgulas isolam aposto, segmento que explica ou apresenta Flávio Pinheiro. Correta a assertiva III.

Resposta: C.
_________________________________________________

Questão 23

Questão sobre semântica (equivalência de sentido).

No trecho “... ponto de partida de expedições que entram em território inexplorado...”(l. 21-22), o segmento “entram em” pode ser substituído por “adentram”, mantendo-se a ideia original. Observe-se: “... ponto de partida de expedições que adentram território inexplorado...”. Observe-e que o verbo “adentrar” é transitivo direto, não exigindo preposição. Correta a assertiva (A).

É correta a substituição de “recorrendo” (l. 43) por “com recurso”, mantendo-se o sentido original do texto. Observe-se o trecho original: “Toma o modelo por guia, mas recorrendo a comparações, metáforas e outras figuras de linguagem bem escolhidas... (l. 42-44); observe-se, agora, o trecho com a substituição: “Toma o modelo por guia, mas com recurso a comparações, metáforas e outras figuras de linguagem bem escolhidas...”. Certa, portanto, a opção (B).

O segmento “filmes sem conta” (l. 38-39) pode ser substituído, sem alterar os entido original do texto, por “inúmeros filmes”. Observem-se os dois trechos (original e alterado):
“... mesmo que nos tragam memória de movimentos da câmera em começo de filmes sem conta...” (l. 37-39) e “... mesmo que nos tragam memória de movimentos da câmera em começo de inúmeros filmes...”. Correta a alternativa (C).

Errada a assertiva (D), porquanto “adicionam”, no trecho “Toma o modelo por guia, mas recorrendo a comparações, metáforas e outras figuras de linguagem bem escolhidas, que, a par de tornarem inteligíveis para não especialistas conceitos e procedimentos complexos, adicionam sabor ao texto e deixam visível...” (l. 42-47), que significa “somam”, “acrescentam”, não pode ser substituído por “aderem”, que traduz ideia de “colar”, “seguir”, “unir-se a”. Observe-se que as metáforas e outras figuras são adicionadas ao sabor do texto, não aderem.

No trecho “... até que ambos consideraram que o novo cronista estava pronto” (l. 71-72), o segmento sublinhado pode ser substituído, sem alterar o sentido original do texto, por “pronto o novo cronista”. Observe-se: “... até que ambos consideraram pronto o novo cronista”. Correta a assertiva (E).

Resposta: D.
_____________________________________________

Questão 24

Questão sobre emprego de artigos.

Errada a afirmação I, pois, no trecho “... servem de base às crônicas e entregá-la límpida a seus leitores, o que Reinach faz em seus textos é, como ele mesmo afirma, uma mimese do formato dos trabalhos científicos” (l. 33-36), o artigo “o”, antes de “que”, não pode ser suprimido. Ao se retirar o “o” do segmento “o que Reinach faz em seus textos é...”, o “que” passaria a ter como referente “seus leitores”, alterando o significado e causando prejuízo à correção do trecho.

No trecho “... o responsável por seu ‘aprendizado’ de escrever para jornal dentro do modelo que vislumbrava” (l. 65-67), a inserção do artigo “o” antes de jornal alteraria o sentido do texto, porque indicaria de forma específica um determinado jornal. Observe-se o trecho com a inserção do artigo: “... o responsável por seu ‘aprendizado’ de escrever para o jornal dentro do modelo que vislumbrava”. Correta, portanto, a assertiva II.

Correta a assertiva III, porque, no trecho “... porque não há prejuízo nenhum em começar pela última crônica...” (l. 81-82), se a autora quisesse evitar a dupla negação (“não” e “nenhum”), poderia suprimir “nenhum”, sem prejuízo à correção do período. Observe-se o trecho com a supressão de “nenhum”: “... porque não há prejuízo em começar pela última crônica...”.

Resposta: D.
__________________________________________


COMENTÁRIOS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DE TÉCNICO DO TJRS - PROVA REALIZADA DIA 16 DE SETEMBRO DE 2012


Questão 01

Questão sobre emprego de preposições.

No trecho “Os chineses, cuja renda per capita não chega à metade _________ brasileiros...” (l. 01-02), a lacuna deve ser preenchida com o segmento “da dos”. A presença de contração da preposição “de” com o artigo “a”, na primeira ocorrência, deve-se à supressão do termo “renda”, e a segunda ocorrência, em “dos”, refere-se aos brasileiros. Portanto “Os chineses, cuja renda per capita não chega à metade da (renda) dos brasileiros...”.
Resposta: D.
_____________________________________________________

Questão 02

Questão sobre crase e emprego de verbo haver.

No trecho “Isso representa uma queda de 18% em relação ______ duas décadas atrás” (l. 09-10), a lacuna deve receber apenas preposição “a” ou preposição “a” contraída com artigo “as”, resultando “às”. Entre as respostas, a banca não oferece a possibilidade da indicação de sinal em “às”.

Já na lacuna da linha 17, no trecho “Já o fato de a poluição per capita do país asiático ser quase igual _____ europeia é preocupante...” (l. 16-17), deve ser registrado “à”, porque o adjetivo “igual” exige preposição “a” e o adjetivo “europeia” é feminino.

Resposta: E.
________________________________________________________

Questão 03

Questão sobre interpretação de texto.

Errada a opção (A), porque a China, antes do aumento de 227% na emissão per capita de gás carbônico, era o maior emissor de gás carbônico em números absolutos, não per capita, conforme se pode observar no trecho das linhas 11-13.

Errada a alternativa (B), porque o texto informa que a China concentra em seu território um quarto da população mundial, não que apenas um quarto da população chinesa seja responsável pela emissão de gás carbônico.

Somente um estudo constatou que cada chinês emite, em média, 7,2 toneladas de gás carbônico por ano. O estudo foi feito em conjunto por duas entidades, conforme se observa nas linhas 03-97. Errada, portanto, a opção (C).

Correta a alternativa (D), porque o texto, entre as linhas 08-10, afirma que há duas décadas a Europa emitia maior quantidade de gás carbônico por pessoa, tendo se verificado uma redução de 18%. Logo a Europa produzia mais poluição que a China.

Errada a assertiva (E), pois o texto, entre as linhas 11-13, afirma que a China era o maior emissor de gás carbônico. Se “era”, já não é atualmente.

Resposta: D.
_____________________________________________________

Questão 04

Questão sobre interpretação de texto.

Erradas as assertivas (A) e (B), porquanto não há, no texto, relação de proporção entre o crescimento do impacto ambiental e o padrão de consumo dos chineses. O que se afirma é que a poluição produzida pela China é preocupante porque, mesmo poluindo mais que a Europa, os chineses têm um padrão de consumo muito mais baixo, mas não existe a ideia de proporcionalidade entre as grandezas.

Errada a assertiva (C), porque no texto não há referência a estímulo a baixo padrão de consumo. Apenas se informa que os chineses têm baixo padrão de consumo.

Errada a assertiva (D), porque o que é maior na China é a produção de poluição, não de impacto ambiental de crescimento.

Correta a assertiva (E), pois o texto se refere à similaridade do impacto ambiental produzido pela China em comparação com a Europa.

Resposta: E.
_______________________________________________________

Questão 05

Questão sobre equivalência de estruturas (reescritura de frases) e outros aspectos gramaticais.

Na assertiva I, há erro de pontuação pela ausência das vírgulas de um isolamento. Observe-se o texto original: “As autoridades provinciais pressionadas pelo comando central do Partido comunista para conseguir desempenhos econômicos estratosféricos não têm muito escrúpulo ao aprovar indústrias e usinas”. Na cosntrução, a oração reduzida iniciada por “pressionadas” e terminada por “estratosféricos” deve ficar isolada por vírgulas. Observe-se o trecho já corrigido: “As autoridades provinciais, pressionadas pelo comando central do Partido comunista para conseguir desempenhos econômicos estratosféricos, não têm muito escrúpulo ao aprovar indústrias e usinas”.

Correta a reconstrução da assertiva II.

Errada a construção da assertiva III, porque as indústrias e usinas não estão pressionadas pelo comando central do Partido Comunista. As autoridades é que são pressionadas pelo Partido Comunista.

Resposta: B.
_______________________________________________

Questão 06

Questão sobre semântica (valor referencial de expressões) e interpretação de texto.
No trecho
[...]“Segundo um estudo realizado pela Comissão Europeia em conjunto com a Agência Holandesa de Avaliação Ambiental, cada chinês emite, em média, 7,2 toneladas de gás carbônico por ano como resultado da queima de combustíveis fósseis.
Os europeus produzem 7,5 toneladas do gás do efeito estufa por pessoa” (l. 03-09).

Observe-se que “gás carbônico”, no primeiro período, está referido no segundo como “gás de efeito estufa”. Portanto está correta a afirmação I.

Observe-se o seguinte trecho: “Isso representa uma queda de 18% em relação a duas décadas atrás. Na China, houve um aumento de 227% no mesmo período” (l. 09-10). Obviamente, a expressão “no mesmo período” refere-se a todo o período, portanto não apenas ao início da década de 90. Errada a afirmação II.

No trecho “Quando a população local se opõe a um projeto por temer danos ao ambiente, é reprimida de maneira violenta, como ocorreu no início deste mês em Shifang, durante um protesto contra a construção de uma refinaria”.
Como resultado dessa postura, além do ar das grandes cidades, dois terços dos rios e lagos do país estão poluídos” (l.35-42).

Pode-se verificar que a poluição do ar das grandes cidades e a poluição de dois terços dos rios e lagos da China se devem à repressão violenta aos protestos da população às construções que poluem. Portanto a referência expressa em “dessa postura” está associada à não existência de escrúpulos das autoridades chinesas em aprovar indústrias e usinas e à repressão a movimentos contrários a essas construções. Portanto a referência “dessa postura” não retoma os protestos da população chinesa contra a criação de indústrias poluentes. Errada a afirmação III.

Resposta: A.
_________________________________________________

Questão 07

Questão sobre fonética.

Com relação à alternativa (A), nas palavras “fósseis” e “muito” há ditongos, respectivamente “ei” e “ui”. Na forma verbal “poluindo”, há dígrafo nasal no “i”. Incorreta a opção em relação ao enunciado.

Na opção (B), há hiatos nas palavras “país” (“aí”) e “poluídos” (“ui”). No substantivo “território”, há ditongo crescente em “io”. Errada a opção em relação ao enunciado.

Quanto à assertiva (C), há ditongo em “ei” na palavra “maneira”, hiato em “ui” em “poluídos” e “dígrafo “ch” em “chegou”. Correta a alternativa em relação ao enunciado.

Na alternativa (D), há ditongo em “importância” (“ia”) e “início” (“io”). E na palavra “padrão” há ditongo nasal em “ão”. ”. Incorreta a opção em relação ao enunciado.

Com referência à assertiva (E), na forma verbal “poluindo”, há dígrafo nasal no “i”; em “asiático” há hiato em “ia” e na forma verbal “significa” há dífono em “gn”, gerando maior número de fonemas: /siguinifica/. Errada a opção em relação ao enunciado.

Resposta: C.
_______________________________________________

Questão 08

Questão sobre pontuação.

No trecho “Os chineses, cuja renda per capita não chega à metade da dos brasileiros, estão poluindo como se já fossem ricos” (l. 01-03), a supressão da primeira vírgula produziria erro de pontuação, pois a oração “cuja renda per capita não chega à metade da dos brasileiros” é subordinada adjetiva explicativa e deve ficar obrigatoriamente entre vírgulas. Errada a assertiva I.

No trecho “... considerando-se que a China concentra em seu vasto território um quarto da população...” (l. 14-15), o segmento “em seu vasto território” é adjunto adverbial de lugar e está deslocado, podendo ficar entre vírgulas sem alteração de sentido e sem representar erro gramatical. Observe-se o trecho com as vírgulas: ““... considerando-se que a China concentra, em seu vasto território, um quarto da população...”. Correta a assertiva II.

Quanto ao trecho “O primeiro é a importância da indústria pesada, que demanda muita energia, na economia nacional” (l. 24-25), a vírgula depois de “energia” não pode ser suprimida porque é parte integrante do entre-vírgulas que isola a oração subordinada adjetiva explicativa “que demanda muita energia”. Errada a assertiva III.

Resposta: B.
____________________________________________________

Questão 09

Questão sobre valor semântico de preposições e conjunções.

No trecho “Segundo um estudo realizado pela Comissão Europeia em conjunto com a Agência Holandesa de Avaliação Ambiental...” (l. 03-05), a preposição “com” está empregada indicando valor de companhia (= em companhia da Agência Holandesa).

Já no trecho “Os chineses, cuja renda per capita não chega à metade da dos brasileiros, estão poluindo como se já fossem ricos” (l. 01-03), o nexo “como” está traduzindo ideia de comparação, em que se aproximam, comparativamente, os chineses de países ricos.

A preposição “com”, na ocorrência da linha 21, expressa ideia de razão; já na linha 44, a preposição “com” atende à regência de “indignados”, completando-lhe o sentido.

O nexo “como, nas linhas 07 e 40, indica ideia de consequência, decorrência; na linha 37, indica comparação, indicando ideia de “a exemplo de”.

Resposta: A.
__________________________________________________

Questão 10

Questão sobre classes gramaticais e formação de palavras.

O único substantivo derivado de verbo presente nas alternativas é “construção” (derivado de “construir”).

As palavras “surpreendente”, “administrativa”, poluídos” e “indignados” são adjetivos.

Resposta: C.
_______________________________________________

Questão 11

Questão sobre crase.

A lacuna da linha 07 deve ser preenchida pela preposição “a”, porque “todos” é pronome indefinido, e não há crase antes de pronome indefinido. E, ainda assim, é masculino.

A lacuna da linha 11 também deve receber apenas preposição “a”, porque “ela” é pronome pessoal, e não há crase antes de pronome pessoal.

Já na lacuna da linha 37, deve haver crase, pois o verbo “chamar”, no significado em que está empregado, exige preposição “a”, e a palavra “razão” é feminina, logo “chamar à razão”, como “chamar ao compromisso”.

Resposta: D.
_______________________________________________________

Questão 12


Questão sobre interpretação de texto.

Errada a assertiva (A), porque o texto trata de uma só mídia, que é a Internet, e não das mídias.

Não é objetivo principal do texto ressaltar a importância da Internet, mas a mudança de comportamento humano imposto por ela. Errada, portanto, a alternativa (B).

Correta a opção (C), porque a autora ressalta, como objetivo principal do texto, que “estamos menores como seres humanos”, porque “estamos ficando sós” (observe-se o parágrafo compreendido entre as linhas 35 a 40, especialmente.

Errada a opção (D), pois não há, no texto, indicação dos riscos de onipotência que ameaçam o homem moderno em razão da utilização das mídias. Observe-se que somente a Internet é tratada no texto, não mídias (no plural).

Não está presente, no texto, como objetivo principal, a afirmação de que a era dos computadores alavanca as relações de negócios e intercâmbio cultural. Errada a alternativa (E).

Resposta: C.
________________________________________________________

Questão 13

Questão sobre interpretação de texto.

Não há, no texto, condições de se concluir que se possa atribuir ao desenvolvimento tecnológico das últimas décadas as dificuldades de relacionamento do homem contemporâneo. Isso ocorre há menos tempo. Portanto está errada a assertiva (A).

No texto, observa-se que a rede promete uma revolução na educação para os próximos anos (l. 20-21), portanto ainda não ocorreu. Na assertiva (B), lê-se a que revolução na educação foi uma consequência positiva do advento da Internet, como se já tivesse ocorrido. Dessa forma, está errada a assertiva (B).

A autora não afirma, no texto, que a Internet tenha se tornado instrumento insubstituível de pesquisa acadêmica, trabalho e comunicação humana, muito menos que haja uma postura saudosista da autora em relação às antigas formas de comunicação. Erradas, portanto, as assertivas (C) e (D).

Correta a assertiva (E), porque há, no texto, especialmente no trecho compreendido entre as linhas 29-34, uma equivalência entre as antigas cartas e os e-mails atuais.

Resposta: E.
___________________________________________________

Questão 14

Questão sobre pontuação.

Errada a assertiva I, porque, no trecho “... massa de informações que circula por milhões e milhões de computadores pelo mundo...”, a oração iniciada pelo “que” é subordinada adjetiva restritiva; se for registrada vírgula antes de “que”, a oração passaria a ser subordinada adjetiva explicativa, alterando o significado e prejudicando a correção do texto.

Não é correto suprimir as vírgulas que isolam “no entanto” no trecho “Há, no entanto, uma grande...” (l. 23), porque a expressão é uma conjunção coordenativa adversativa e está deslocada, devendo, portanto, ficar entre vírgulas. Errada, por isso, a assertiva II.

A expressão “pelo menos”, no trecho “Ou pelo menos para ouvir a voz do outro...” (l. 26-27), funciona como adjunto adverbial deslocado e, por isso, poderá ser isolado por vírgulas. Correta a assertiva III.

Resposta: C.
_____________________________________________________

Questão 15

Questão sobre vozes verbais.

A passagem da frase “A internet transformou o mundo” (l. 10) para a voz passiva resultará em “O mundo foi transformado pela Internet”.

A passagem da frase “ela está substituindo os encontros entre pessoas” (l. 24) para a voz passiva resultará em “os encontros entre pessoas estão sendo substituídos por ela”.

Resposta: B.
_________________________________________________

Questão 16

Questão sobre concordância.

Passando-se a expressão “A rede” para o plural, no trecho “A rede possibilitou que as pessoas se conheçam. Estudantes escrevem para suas bibliografias. E, estranhamente, para surpresa dos jovens, as bibliografias respondem. Aproximou colegas distantes, promovendo o intercâmbio científico e cultural, acelerou o mundo dos negócios, as bolsas de valores, e promete uma revolução da educação para os próximos anos. Fez surgir impensadas amizades e até grandes paixões” (l. 15-22), serão alteradas cinco palavras, a saber: “As redes possibilitaram que as pessoas se conheçam. Estudantes escrevem para suas bibliografias. E, estranhamente, para surpresa dos jovens, as bibliografias respondem. Aproximaram colegas distantes, promovendo o intercâmbio científico e cultural, aceleraram o mundo dos negócios, as bolsas de valores, e prometem uma revolução da educação para os próximos anos. Fizeram surgir impensadas amizades e até grandes paixões”.

Resposta: B.
___________________________________________________

Questão 17

Questão sobre conjunções coordenativas e subordinativas.

A expressão “no entanto” (l. 23), no trecho “Há, no entanto, uma grande...”, é conjunção coordenativa adversativa, indicando ideia de oposição, podendo ser substituída por “todavia” ou por “não obstante”, que lhe são sinônimos.

As conjunções “por conseguinte” e “isso posto” traduzem ideia de consequência ou conclusão.

Já a expressão “mesmo assim” não tem completude, não podendo ser empregada no lugar de “no entanto”.

A banca indicou como resposta a alternativa (D), mas, a rigor, a conjunção “não obstante”, que é conjunção coordenativa adversativa e sinônimo de “no entanto”, também poderia substituir “no entanto” na linha 23. Cabe, portanto, recurso contra tal resposta, pleiteando-se a anulação da questão.

Resposta: sujeita a recurso.
______________________________________________

Questão 18

A expressão “olho no olho” revela modo no trecho “... impedimento objetivo para se falarem olho no olho” (l. 25-26), ou seja, maneira de se falarem.

Já a expressão “por um telefone” revela instrumento no trecho “Ou pelo menos para ouvir a voz do outro por um telefone” (l. 26-27), isto é, instrumento pelo qual se possa ouvir a voz do outro.

Na expressão “para o bem ou para o mal” (l. 27-28) há ideia de finalidade, expressa pela palavra “para” (=com o fim ou finalidade do bem ou do mal).

Resposta: A.
_______________________________________________

Questão 19

Questão sobre equivalência de estruturas (orações reduzidas e desenvolvidas).

Na frase “Por perceber-se despreparado, abandonou a reunião”, o segmento “Por perceber-se” tem valor de causa em relação ao restante da mensagem, sendo equivalente à oração desenvolvida “Porque se percebeu”.

Na frase “Ao perceber-se despreparado, abandonou a reunião”, o segmento “ao perceber-se” tem valor de tempo em relação ao restante da mensagem, sendo equivalente à oração desenvolvida “Quando se percebeu”.

Resposta: E.
_________________________________________________

Questão 20

Questão sobre concordância verbal e nominal.

Está correta a frase “Agora é meio-dia e meia e faz três horas que ela saiu”. Primeiro, porque o verbo “ser” , em “é”, estando antes de sujeito composto, poderá concordar com o mais próximo, que é “meio-dia” ou com o conjunto” (meio-dia e meia). Dessa forma, estão corretas as formas “é” ou “são”. Segundo, porque se trata de “meio-dia” mais “meia hora”, portanto “meio-dia e meia”. Terceiro, porque o verbo “fazer”, em “faz”, está sendo empregado como impessoal, na indicação de tempo passado. Correta a assertiva I.

Está correta a frase “Devem ir neste envelope, anexos ao processo, uns dois formulários”. Primeiro, porque o verbo “dever”, em “Devem”, está concordando com “uns dois formulários”. Segundo, porque “anexos” está no masculino plural para concordar com “uns dois formulários”. Correta a assertiva II.

Está correta a frase “Ela era meio desatenta, por isso tinha menos condições do que as irmãs”. Primeiro, porque “meio” funciona como advérbio, já que modifica o sentido do adjetivo “desatenta”. Segundo, porque “por isso” é sempre separado, pois são duas palavras. Terceiro, porque “menos” é invariável. Correta a assertiva III.

Resposta: E.
___________________________________________________

Questão 21

Questão sobre pontuação.

Está correta a frase contida na alternativa (A).

A frase da opção (B) está errada, porque apresenta vírgula que separa o sujeito (“Os últimos exemplares do livro mais recente de Rubem Fonseca” ) do seu predicado (“ainda estão guardados na gaveta da escrivaninha”).

Errada a frase da opção (C), pois a presença de verbo no imperativo (“Imagine”) desfaz a ideia de interrogação, portanto no lugar de interrogação deve haver apenas ponto-final.
Errada a frase da opção (D), porque o adjunto adverbial “muitas vezes” pode ficar isolado por duas vírgulas ou sem as duas, mas não com uma só.

Errada a frase da opção (E), porque o nome próprio “Margarida” funciona como vocativo na oração, devendo ficar isolado por duas vírgulas, não apenas por uma.

Resposta: A.
__________________________________________________

Questão 22

Questão sobre regência e emprego de pronomes relativos.
A primeira lacuna da frase “A cidade _________ eu vivia na infância é a mesma _______ eles estavam se referindo ontem de manhã”, deve ser preenchida por “em que” ou “na qual”, servindo de parte do adjunto adverbial referente ao verbo “viver” (quem vive vive em algum lugar).
Já na segunda lacuna, deve aparecer “a que” ou “à qual”, com preposição regida pelo verbo “referir-se”.
Resposta: D.
______________________________________________

Questão 23

Questão sobre conjugação verbal.
As lacunas da frase “Na reunião, _________ a calma e, felizmente, _________ todas as acusações e ainda _________ a plateia” devem ser preenchidas pelas formas verbais “mantive”, “rebati” e “entretive”. No primeiro e no terceiro casos, os verbos são derivados de “ter”, devendo ser conjugados como o primitivo, apenas acrescentando-se os prefixos: “tive” – “mantive”, “tive” – “entretive”. No caso do verbo “rebater”, conjuga-se igualmente como o seu primitivo: “bati” – “rebati”.
Resposta: C.
______________________________________________________

Questão 24

Questão sobre conjugação verbal.

Correta a frase da assertiva I, porque “vimos” é forma do presente do indicativo na primeira pessoa do plural: eu venho, tu vens, ele(a) vem, nós vimos, vós vindes, eles(as) vêm.

Correta a frase da assertiva II, porque o verbo “requerer”, no presente do indicativo, deve ser conjugado da seguinte forma: eu requeiro, tu requeres...

Correta a frase da assertiva III, porque o verbo “ver”, no futuro do subjuntivo, na primeira pessoa do singular, apresenta a forma “vir”: se eu vir, se tu vires, se ele(a) vir...

Resposta: E.
__________________________________________________

Questão 25

Questão sobre discurso direto e indireto.

No trecho “Dona Benta, indiscreta, perguntou ao forasteiro: - É o senhor o hóspede que se fantasiou de fantasma durante a festa?”, o segmento inicial até o dois-pontos já está no discurso indireto, devendo permanecer sem alteração. A segunda parte, do dois-pontos em diante, se for passada para o discurso indireto, resultará na seguinte construção: “Dona Benta, indiscreta, perguntou ao forasteiro se era ele o hóspede que se fantasiara de fantasma durante a festa.

Observe-se que os verbos “ser”, em “É”, e “fantasiar”, em “fantasiou”, estão, respectivamente, no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo, devendo ser transportados para o pretérito imperfeito do indicativo (“era”) e para o mais-que-perfeito do indicativo (“fantasiara” ou “tinha fantasiado”).

Observe-se, também, que, na passagem do discurso direto para o indireto, desaparecem a inicial maiúscula, o dois-pontos e a interrogação.

Resposta: B.
_____________________________________________

Questão 26

Questão sobre emprego de pronomes demonstrativos.

Na frase “Machado de Assis e Antônio Carlos Jobim são eminentes cariocas. _________ compôs melodias conhecidas internacionalmente, e _________ escreveu romances inesquecíveis”, a primeira lacuna faz nítida referência a Antônio Carlos Jobim, relacionando, portanto, ao nome mais próximo e, por isso, deve ser preenchida com “Este”, pronome que indica proximidade. A segunda lacuna faz referência a Machado de Assis, nome que está mais distante, portanto deve ser preenchida com “aquele”.

Resposta: A.
____________________________________________________________


domingo, 16 de setembro de 2012

COMENTÁRIOS ÀS PROVAS DO TJRS


Os comentários às provas de Língua Portuguesa do TJRS, realizadas nos dias 15 de setembro (analistas) e 16 de setembro (técnicos), estarão publicados neste blog na 4ª feira, dia 19 de de setembro. No mesmo dia 19, os comentários estarão disponíveis no saite do CPC (www.cpcrs.com.br) e expostos no saguão do CPC.
Aguarde.
Prof. Menegotto.

sábado, 15 de setembro de 2012

ÚLTIMA RECOMENDAÇÃO PARA A PROVA DE TÉCNICO JUDICIÁRIO DO TJRS


Leia os textos da prova de Língua Portuguesa tentando entender a informação mais importante e as secundárias de cada parágrafo, interpretando a leitura por partes. Depois disso, leia o texto novamente, desta feita de modo contínuo. Isso o deixará mais íntimo e consciente do tema tratado e das informações ali contidas e, por consequência, você não precisará retornar ao texto a cada alternativa das questões de interpretação.

Quanto aos enunciados de cada questão, atenha-se exclusivamente ao que se solicita. Não pretenda "adivinhar" o que a banca quer, mas entender as propostas.

Nunca se esqueça de que as respostas estão todas nos textos da prova. Para encontrá-las, é preciso muita atenção sobre o que se lê, pois só assim você terá a percepção necessária para responder às questões. Tanto as de compreensão de leitura quanto as de gramática.

Calma e boa prova!

Prof. Menegotto

CHEGOU A HORA DO CONCURSO DO TJRS. BOA PROVA A TODOS!


SORTE?

Nunca se esqueça de uma grande lição em forma de pensamento: NÃO EXISTE SORTE; SORTE OCORRE QUANDO A PREPARAÇÃO ENCONTRA A OPORTUNIDADE.

O que significa tal frase? Observe bem: quando vamos viajar, sempre há alguém a nos desejar “boa viagem”; quando vamos lecionar ou assistir à aula, sempre alguém nos diz “boa aula”; quando vamos enfrentar um obstáculo, seja em forma de entrevista para emprego, seja numa audiência, seja numa disputa ou jogo, ouvimos alguém nos desejando “boa sorte”. Nessas oportunidades, não se ouve “bom emprego”, nem “boa audiência” tampouco “boa disputa”. Parece mesmo que “boa sorte” é antídoto genérico para um conjunto de enfrentamentos.

Mas o que é, de verdade, sorte? Pode-se dizer que seja uma força invencível a que se atribuem o rumo e os diversos acontecimentos da vida. Será destino ou fado? Ou o modo como algo ou alguém termina, ou seja, tem um fim, um destino? Pode ser também característica daquele que frequentemente obtém o que deseja. Às vezes se ouve alguém falar em boa estrela, fortuna, felicidade. Outras vezes, acaso, coincidência ou série de coincidências felizes com que alguém ou algo é ocasionalmente contemplado. Um bilhete de loteria sistematicamente é associado à sorte. Enfim, resultado de “sorteio” e tantas outras circunstâncias em que podemos dizer “sorte”.

O certo, porém, é que a sorte, em verdade, é esse estado de espírito que nos invade diante da oportunidade. Sem a oportunidade, a sorte jamais existiria, ou nela nem se poderia pensar. O que se deve ter em mente, sempre, é a oportunidade que o momento ou a situação se nos apresenta. Ela – a oportunidade – é a responsável por nos colocar no caminho da possibilidade de aproveitarmos a chance, moldando-a à nossa vontade, ou nos moldando a ela, de tal maneira e com tamanho esforço e perseverança, que alcançar o objetivo nos parecerá “sorte”. O esforço, a força de vontade nada mais são que preparação para a oportunidade.

O mais importante, portanto, não é a crença na sorte – aqui entendida como “puro acaso” –, mas a crença em nós próprios e nas oportunidades que, ao longo da vida, as circunstâncias nos apresentam. E crer nas oportunidades é acreditar em nossa capacidade de aproveitá-las, ajustá-las e convertê-las aos nossos desejos. Para tanto, é absolutamente necessário que estejamos preparados para as oportunidades. Só assim, a sorte virá.

Nunca nos esqueçamos: NÃO EXISTE SORTE; SORTE OCORRE QUANDO A PREPARAÇÃO ENCONTRA A OPORTUNIDADE. Prof. Menegotto®





QUINTA RECOMENDAÇÃO DE ÚLTIMA HORA


No dia da prova...

• tome café da manhã reforçado, mas sem exageros...
• pegue o material e os documentos (que já devem estar separados)
• preveja tudo: engarrafamento, pneu furado...

• e, mais uma vez, hoje não é dia de discutir com ninguém...
• ao chegar ao local da prova...

(A) você olhará para todos os outros que ali estão esperando o horário de entrar no prédio e achará que só você será reprovado, mas cada um à sua volta está pensando a mesma coisa...
(B) antes de entrar no prédio, evite companhias desagradáveis e assuntos relacionados à prova...
(C) leve uma garrafa de água mineral para a sala; se o edital permitir, leve pelo menos uma barra de chocolate ou de cereal, pois o cérebro funciona com oxigênio e açúcar...
(D) ao entrar no prédio, preste muita atenção ao número de sua sala...
(E) observe a posição solar no seu lugar... veja se há cortinas na sala que poderão ser fechadas em caso de sol forte...
(F) ao se posicionar na sala, tome atitude de vencedor, sem ser arrogante... não assuma ares de “coitadinho” ou de “vítima”, muito menos o de “falso humilde” ou “reprovado compulsório...”
(G) iniciada a prova, observe o horário do final e faça o cálculo de quantos minutos terá por questão (o normal é de 3min por questão), para não perder tempo, nem se apressar...
(H) leia atentamente às instruções gerais da prova...
(I) inicie a prova pela parte que menos domina, mas gaste nela apenas o tempo que caiba a cada parte...
(J) reserve 20min para passar as respostas na grade...
(K) Leia atentamente cada enunciado, pois, muitas vezes, a questão se resolve na solicitação inicial elaborada pela banca...
(L) Nem pense em colar! Muito menos em dar cola, pois isso pode valer a sua desclassificação...
(M) Pare um minuto a cada 50 minutos ou 1 hora, pois assim o cérebro pode descansar...
(N) Fique calmo, confie em Deus e faça a sua parte...


Estou torcendo por você!
Prof. Menegotto.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

QUARTA RECOMENDAÇÃO DE ÚLTIMA HORA


• O cartão de identificação do candidato já foi impresso? Você tem seu número de inscrição corretamente anotado? E seus documentos estão em dia? Lembre-se de que andar sempre com a carteira de identidade (vulgo RG) no bolso ou na bolsa é obrigação civil... não capricho.

• Evite discutir com familiares ou com colegas de trabalho: você já está estressado, portanto qualquer “rusga” o deixará fora de combate. Por isso

(A) tenha paciência com os familiares; por mais que não deixem transparecer, eles torcem por você...
(B) tenha paciência com o seu amor, pois o relacionamento continua depois do concurso...
(C) desestresse-se o mais que puder.
(D) separe material para a prova (canetas, lápis, borracha...), mas verifique no edital o que poderá ou não usar.
(E) separe remédios (para diarréia, dor de cabeça...), pois todo candidato sofre uma alteração psicossomática no dia da prova... e isso é normal. Se não o fosse, o problema estaria no candidato...

TERCEIRA RECOMENDAÇÃO DE ÚLTIMA HORA


• Verifique se o local e o transporte para a prova estão certos: você já viu o local onde fará a prova? Você sabe quais linhas de ônibus ou lotação poderão levá-lo até o local? Se for de carro, você sabe o caminho ou caminhos por que deve passar? Você sabe quanto tempo de percurso gastará para chegar ao local da prova? Conferiu tudo isso? Se você deixar isso para a véspera, ou, pior, para o dia da prova, você passará por maus momentos...

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 911


Instruções: a questão 911 têm como base o texto seguinte.

Transição


Vivemos uma incomparável mudança do perfil etário da população, no qual temos cada vez menos crianças e jovens e cada vez mais idosos.

Em decorrência, inúmeras outras modificações estão ocorrendo, como novas demandas aos sistemas de saúde, turismo e educação. Esse conjunto de transformações é denominado “transição demográfica” e reflete a importância deste momento para a sociedade atual e para as futuras, as quais terão como desafio a necessidade de uma adaptação de todos a essa nova realidade.

Obviamente, esse processo acontecerá progressivamente, mas nem por isso deverá ocorrer sem a nossa vigilância e a nossa participação ativa. Haveremos de estar atentos todas as vezes em que se cometerem disparates nesse setor. Vou citar dois exemplos, ocorridos em uma mesma manhã de domingo, para demonstrar quão freqüentes ainda são.

Diante de uma platéia em _______, o locutor, entusiasmado, pergunta aos participantes: “Tem criança aqui?” Milhares de mãos se erguem e, independentemente da idade, as vozes proclamam um sonoro “sim”.

Em voz ainda mais alta, vem a segunda pergunta: “Tem velho aqui?” As mãos oscilam com o indicador em riste e ouve-se um enfático “não”. Repete-se a pergunta final e aumenta ainda mais o som da resposta. Termina o espetáculo.

Indignado, fiquei a meditar sobre o episódio. Não há ________ duvidar dos bons interesses do animador. Certamente, ele quis mostrar como é revigorante participar ativamente de uma cerimônia como aquela. O que lastimo é a necessidade de condenar a velhice a uma condição indigna, que deve ser banida de um ambiente saudável.

Foi divagando sobre o ocorrido que resolvi ler a correspondência acumulada na semana. Chamou-me a atenção um convite, sofisticado e colorido, divulgando que, nos próximos dias, ocorrerá o encontro dos adeptos da “medicina antienvelhecimento”. No programa, temas e pesquisadores de grande relevância em meio a um grupo de interesseiros _______ principal objetivo é confundir os incautos, propondo-lhes a fonte da eterna juventude.

Curiosamente, conheço muitos deles e constato que nem neles mesmos essas mentiras conseguem ser aplicadas. Sua aparência denota que o tempo não os poupa das suas naturais conseqüências.

Observei que os fatos se conectam. Se, por um lado, continuarmos a permitir que o processo natural de envelhecimento seja negado e, por outro, aceitarmos as argumentações dos falsos profetas, que apregoam erroneamente que os conceitos da geriatria e da gerontologia sejam usados como medidas “antienvelhecimento”, perpetuaremos o paradigma de que a velhice é uma doença que deve ser combatida com tratamentos caríssimos sem respaldo científico.

Mas, se nos respaldarmos nas evidências responsáveis, teremos as bases para constituir um grande movimento que marcará uma posição vanguardista na luta “pró-envelhecimento saudável”.

Dessa forma, espero que, em breve, possamos ouvir a multidão respondendo à pergunta ‘tem velho aqui?’ com um vigoroso ‘SIM’, de quem, a despeito da idade, goza da plenitude da sua capacidade funcional, ciente das suas características físicas e intelectuais de quem soube envelhecer. (Adaptado de JACOB FILHO, Wilson. Transição. Folha de São Paulo, Folha Equilíbrio, 27 de março de 2008.)

911. (FDRH) Considere as seguintes possíveis modificações em segmentos do texto.

I – Substituição de “sistemas de saúde, turismo e educação” (1.º período do 2.º parágrafo) por “organizações de saúde, turismo e educação”.
II – Supressão de “essa” (2.º período do 2.º parágrafo) antes de “nova realidade”.
III – Substituição de “ocorrer” (1.º período do 3.º parágrafo) por “prescindir”.

Quais delas criariam as condições para o emprego do sinal indicativo de crase em seu respectivo contexto?

a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a I e a II.
d) Apenas a II e a III.
e) A I, a II e a III.

Comentários.

Questão sobre crase.

I – Se substituíssemos “sistemas de saúde, turismo e educação” por “organizações de saúde, turismo e educação”, no trecho “Em decorrência, inúmeras outras modificações estão ocorrendo, como novas demandas aos sistemas de saúde, turismo e educação”, haveria ocorrência de crase, em vista da palavra “organizações”. Observe-se: “Em decorrência, inúmeras outras modificações estão ocorrendo, como novas demandas às organizações de saúde, turismo e educação”. A preposição continuaria a ser exigida por “demandas”.

II – A supressão do pronome demonstrativo “essa”, na construção “... as quais terão como desafio a necessidade de uma adaptação de todos a essa nova realidade”, produziria as condições para a ocorrência de crase. Observe-se: “... as quais terão como desafio a necessidade de uma adaptação de todos à nova realidade”. No caso, o substantivo “adaptação” está a exigir preposição “a”.

III – A substituição de “ocorrer” por “prescindir” exigiria a presença da preposição “de”, em razão da regência de “prescindir”, pois quem prescinde prescinde de algo ou de alguém. Bom é lembrar que “prescindir” significa “abrir mão”, “dispensar”, sendo antônimo de “precisar”. A construção ficaria assim: ” Obviamente, esse processo acontecerá progressivamente, mas nem por isso deverá prescindir da nossa vigilância e a nossa participação ativa”.

As condições para a ocorrência de crase se verificariam nas substituições sugeridas nas afirmações I e II.

Resposta: C.