segunda-feira, 31 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 721



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 711 A 735 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - MPU, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.


As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois níveis polares: classe privilegiada e classe não privilegiada. Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que classificar por extremos não reflete a complexidade de classes da sociedade brasileira, apesar de indicar os picos. Em cada um dos polos, outras diferenças se fazem presentes, mas preferimos alçar a dicotomia maior que tanto habita o mundo das estatísticas quanto, e principalmente, o mundo do imaginário social. Estudos a respeito de riqueza e pobreza ora dão quitação a classes pela forma quantitativa da ordem do ganho econômico, ora pelo grau de consumo na sociedade capitalista, ora pela forma de apresentação em vestuário, ora pela violência de quem não tem mais nada a perder e assim por diante. O imaginário, em sua organização dinâmica e com sua capacidade de produzir imagens simbólicas e estereótipos, maneja representações que possibilitam pôr ordem no caos. O imaginário, acionado pela imaginação individual, é pluriespacial e, na interação social, constrói a memória, a história museológica. Mesmo que possamos pensar que estereótipos são resultado de matrizes, a cultura é dinâmica, porquanto símbolos e estereótipos são olhados e ressignificados em determinado instante social. Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São Paulo: Fapesp&Annablume, p. 62 (com adaptações).

Com base na organização das ideias e nos aspectos gramaticais do texto acima, julgue o item que se segue.

721. (CESPE – MPU – Analista Administrativo-2010) No trecho “Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que classificar por extremos não reflete a complexidade de classes...” (2º período), para se evitar a repetição de “que”, seria adequado substituir o trecho “que classificar” por "ao classificar", preservando-se tanto a coerência textual quanto a correção gramatical do texto.

Comentários.

Questão sobre reestruturação de períodos.

No trecho “Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que classificar por extremos não reflete a complexidade de classes...” (2º período), a substituição de “que classificar” por “ao classificar”, mesmo que seja para evitar a repetição de “que”, não preserva a coerência do texto, porque modifica a mensagem, nem a correção gramatical, porque desestrutura o paralelismo frasal.

Observe-se o trecho com a alteração: “Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio ao classificar por extremos não reflete a complexidade de classes...”.

Errada a afirmação.

domingo, 30 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 720



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 711 A 735 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - MPU, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.


As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois níveis polares: classe privilegiada e classe não privilegiada. Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que classificar por extremos não reflete a complexidade de classes da sociedade brasileira, apesar de indicar os picos. Em cada um dos polos, outras diferenças se fazem presentes, mas preferimos alçar a dicotomia maior que tanto habita o mundo das estatísticas quanto, e principalmente, o mundo do imaginário social. Estudos a respeito de riqueza e pobreza ora dão quitação a classes pela forma quantitativa da ordem do ganho econômico, ora pelo grau de consumo na sociedade capitalista, ora pela forma de apresentação em vestuário, ora pela violência de quem não tem mais nada a perder e assim por diante. O imaginário, em sua organização dinâmica e com sua capacidade de produzir imagens simbólicas e estereótipos, maneja representações que possibilitam pôr ordem no caos. O imaginário, acionado pela imaginação individual, é pluriespacial e, na interação social, constrói a memória, a história museológica. Mesmo que possamos pensar que estereótipos são resultado de matrizes, a cultura é dinâmica, porquanto símbolos e estereótipos são olhados e ressignificados em determinado instante social. Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São Paulo: Fapesp&Annablume, p. 62 (com adaptações).

Com base na organização das ideias e nos aspectos gramaticais do texto acima, julgue o item que se segue.

720. (CESPE – MPU – Analista Administrativo-2010) O uso da forma verbal “se trata” (2º período), no singular, atende às regras de concordância com o termo “um corte epistemológico” (2º período) e seriam mantidas a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no plural, cortes epistemológicos, desde que o verbo fosse flexionado no plural: “se tratam”.

Comentários.

Questão sobre concordância e regência verbal.

A construção verbal “se trata”, no trecho “Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de um corte epistemológico...”, apresenta verbo transitivo indireto acompanhado de “se”. Se o verbo é transitivo indireto e vem acompanhado de “se”, o sujeito é indeterminado, sendo o “se” índice de indeterminação do sujeito. Nesse caso, o verbo não pode ir para o plural.

Portanto a forma verbal “se trata” não tem como termo referente “um corte epistemológico”. Logo, se tal termo vier a ser colocado no plural, o verbo continuará no singular: “Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de cortes epistemológicos...”.

Errada a afirmação.

sábado, 29 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 719



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 711 A 735 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - MPU, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.


Nós, seres humanos, somos seres sociais: vivemos nosso cotidiano em contínua imbricação com o ser de outros. Isso, em geral, admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis. Isso admitimos como algo indubitável. Ser social e ser individual parecem condições contraditórias da existência. De fato, boa parte da história política, econômica e cultural da humanidade, particularmente durante os últimos duzentos anos no ocidente, tem a ver com esse dilema. Assim, distintas teorias políticas e econômicas, fundadas em diferentes ideologias do humano, enfatizam um aspecto ou outro dessa dualidade, seja reclamando uma subordinação dos interesses individuais aos interesses sociais, ou, ao contrário, afastando o ser humano da unidade de sua experiência cotidiana. Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual do humano. Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).

A respeito da organização das estruturas linguísticas e das ideias do texto, julgue o item a seguir.

719. (CESPE – MPU – Analista Administrativo-2010) No trecho “Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis”, o sinal de dois-pontos tem a função de introduzir uma explicação para as orações anteriores; por isso, em seu lugar, poderia ser escrito “porque”, sem prejuízo para a correção gramatical do texto ou para sua coerência.

Comentários.

Questão sobre pontuação.

No trecho “Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis”, o sinal de dois-pontos introduz oração explicativa em relação à oração anterior.

Pode-se perceber a explicação ao se substituir o dois-pontos por “porque”, precedido de vírgula. Observe-se:

“Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos, porque vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis...”.

Correta a afirmação.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 718



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 711 A 735 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - MPU, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.


Nós, seres humanos, somos seres sociais: vivemos nosso cotidiano em contínua imbricação com o ser de outros. Isso, em geral, admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis. Isso admitimos como algo indubitável. Ser social e ser individual parecem condições contraditórias da existência. De fato, boa parte da história política, econômica e cultural da humanidade, particularmente durante os últimos duzentos anos no ocidente, tem a ver com esse dilema. Assim, distintas teorias políticas e econômicas, fundadas em diferentes ideologias do humano, enfatizam um aspecto ou outro dessa dualidade, seja reclamando uma subordinação dos interesses individuais aos interesses sociais, ou, ao contrário, afastando o ser humano da unidade de sua experiência cotidiana. Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual do humano. Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).

A respeito da organização das estruturas linguísticas e das ideias do texto, julgue o item a seguir.

718. (CESPE – MPU – Analista Administrativo-2010) A inserção de termo “como” antes de “seres humanos”, no trecho “Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano...”, preservaria a coerência entre os argumentos bem como a correção gramatical do texto.

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto a partir de inserção de termo.

Se for inserido o termo “como” antes de “seres humanos”, no trecho “Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano...”, não haverá alteração de sentido, nem incorreção gramatical.

Observe-se o trecho já com a alteração:

“Ao mesmo tempo, como seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano...”.

Correta a afirmação.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 717



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 711 A 735 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - MPU, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.



Nós, seres humanos, somos seres sociais: vivemos nosso cotidiano em contínua imbricação com o ser de outros. Isso, em geral, admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis. Isso admitimos como algo indubitável. Ser social e ser individual parecem condições contraditórias da existência. De fato, boa parte da história política, econômica e cultural da humanidade, particularmente durante os últimos duzentos anos no ocidente, tem a ver com esse dilema. Assim, distintas teorias políticas e econômicas, fundadas em diferentes ideologias do humano, enfatizam um aspecto ou outro dessa dualidade, seja reclamando uma subordinação dos interesses individuais aos interesses sociais, ou, ao contrário, afastando o ser humano da unidade de sua experiência cotidiana. Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual do humano. Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).

A respeito da organização das estruturas linguísticas e das ideias do texto, julgue o item a seguir.

717. (CESPE – MPU – Analista Administrativo-2010) No trecho “Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam...”, na concordância com “cada uma das ideologias”, a flexão de plural em “fundamentam” reforça a ideia de pluralidade de “ideologias”; mas estaria gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar “cada uma”, empregando-se o referido verbo no singular.

Comentários.

Questão sobre concordância verbal.

No trecho “Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam...”, o verbo “fundamentar” está no plural, na forma do presente do indicativo, porque é parte integrante da oração “em que se fundamentam”, tendo como referente sujeito “ideologias”. O verbo “fundamentar” não pode ir para singular, concordando com “cada uma”, porque “cada uma” é a parte nuclear do sujeito de “constitui”, na continuidade do período. Observe-se: “... cada uma das ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos fenômenos sociais e individuais...”.

Errada a afirmação.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 716



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 711 A 735 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - MPU, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.



Nós, seres humanos, somos seres sociais: vivemos nosso cotidiano em contínua imbricação com o ser de outros. Isso, em geral, admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis. Isso admitimos como algo indubitável. Ser social e ser individual parecem condições contraditórias da existência. De fato, boa parte da história política, econômica e cultural da humanidade, particularmente durante os últimos duzentos anos no ocidente, tem a ver com esse dilema. Assim, distintas teorias políticas e econômicas, fundadas em diferentes ideologias do humano, enfatizam um aspecto ou outro dessa dualidade, seja reclamando uma subordinação dos interesses individuais aos interesses sociais, ou, ao contrário, afastando o ser humano da unidade de sua experiência cotidiana. Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual do humano. Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).

A respeito da organização das estruturas linguísticas e das ideias do texto, julgue o item a seguir.

716. (CESPE – MPU – Analista Administrativo-2010) Nas relações de coesão do texto, as expressões “esse dilema” e “dessa dualidade” remetem à condição do ser humano: unitário em “sua experiência cotidiana” , mas imbricado “com o ser de outros”.

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto.

Os segmentos “esse dilema” e “dessa dualidade”, no trecho “De fato, boa parte da história política, econômica e cultural da humanidade, particularmente durante os últimos duzentos anos no ocidente, tem a ver com esse dilema. Assim, distintas teorias políticas e econômicas, fundadas em diferentes ideologias do humano, enfatizam um aspecto ou outro dessa dualidade...”, remetem à condição do ser humano que é único em sua “experiência cotidiana”, mas está relacionado “com o ser de outros”, como é o caso dos trechos “Nós, seres humanos, somos seres sociais: vivemos nosso cotidiano em contínua imbricação com o ser de outros. Isso, em geral, admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis. Isso admitimos como algo indubitável. Ser social e ser individual parecem condições contraditórias da existência”.

Correta a afirmação.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 715



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 711 A 735 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - MPU, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.



Nós, seres humanos, somos seres sociais: vivemos nosso cotidiano em contínua imbricação com o ser de outros. Isso, em geral, admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis. Isso admitimos como algo indubitável. Ser social e ser individual parecem condições contraditórias da existência. De fato, boa parte da história política, econômica e cultural da humanidade, particularmente durante os últimos duzentos anos no ocidente, tem a ver com esse dilema. Assim, distintas teorias políticas e econômicas, fundadas em diferentes ideologias do humano, enfatizam um aspecto ou outro dessa dualidade, seja reclamando uma subordinação dos interesses individuais aos interesses sociais, ou, ao contrário, afastando o ser humano da unidade de sua experiência cotidiana. Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual do humano. Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).

A respeito da organização das estruturas linguísticas e das ideias do texto, julgue o item a seguir.

715. (CESPE – MPU – Analista Administrativo-2010) Depreende-se do texto que as “condições contraditórias” mencionadas no 5º período decorrem da dificuldade que o ser humano tem em admitir que suas experiências são intransferíveis porque surgem de “um contínuo devir” (3º período).

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto.

As “condições contraditórias”, mencionadas no 5º período, decorrem, segundo o texto, da dualidade de ser social e ser individual. Observe-se o trecho:

“Ser social e ser individual parecem condições contraditórias da existência”.

Portanto as “condições contraditórias” não decorrem da dificuldade que o ser humano tem em admitir que suas experiências são intransferíveis porque surgem de “um contínuo devir” (3º período).

Errada a afirmação.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 714



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 711 A 735 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - MPU, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.



Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de um país. Para isso, é preciso criatividade, capacidade de inventar e coragem para sair dos esquemas tradicionais. Inovador é o indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em situações com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude de abertura para as coisas novas, pois a novidade é catastrófica para os mais céticos. Pode-se dizer que o caminho da inovação é um percurso de difícil travessia para a maioria das instituições. Inovar significa transformar os pontos frágeis de um empreendimento em uma realidade duradoura e lucrativa. A inovação estimula a comercialização de produtos ou serviços e também permite avanços importantes para toda a sociedade. Porém, a inovação é verdadeira somente quando está fundamentada no conhecimento. A capacidade de inovação depende da pesquisa, da geração de conhecimento. É necessário investir em pesquisa para devolver resultados satisfatórios à sociedade. No entanto, os resultados desse tipo de investimento não são necessariamente recursos financeiros ou valores econômicos, podem ser também a qualidade de vida com justiça social. Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy. Revista de jornalismo científico e cultural da Universidade de Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com adaptações).

Considerando a organização das ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o seguinte item.

714. (CESPE – MPU – Analista Administrativo-2010) A forma verbal “é” (2º período do texto) está flexionada no singular porque, na oração em que ocorre, subentende-se “Inovar” (1º período do texto) como sujeito.

Comentários.

Questão sobre concordância verbal.

No trecho “Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de um país” (1º e 2º períodos do texto), o verbo “ser”, em “é o fermento...”, está no singular porque seu sujeito é “Inovar” (no início do texto).

Correta a afirmação.

domingo, 23 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 713



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 711 A 735 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - MPU, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.


Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de um país. Para isso, é preciso criatividade, capacidade de inventar e coragem para sair dos esquemas tradicionais. Inovador é o indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em situações com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude de abertura para as coisas novas, pois a novidade é catastrófica para os mais céticos. Pode-se dizer que o caminho da inovação é um percurso de difícil travessia para a maioria das instituições. Inovar significa transformar os pontos frágeis de um empreendimento em uma realidade duradoura e lucrativa. A inovação estimula a comercialização de produtos ou serviços e também permite avanços importantes para toda a sociedade. Porém, a inovação é verdadeira somente quando está fundamentada no conhecimento. A capacidade de inovação depende da pesquisa, da geração de conhecimento. É necessário investir em pesquisa para devolver resultados satisfatórios à sociedade. No entanto, os resultados desse tipo de investimento não são necessariamente recursos financeiros ou valores econômicos, podem ser também a qualidade de vida com justiça social. Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy. Revista de jornalismo científico e cultural da Universidade de Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com adaptações).

Considerando a organização das ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o seguinte item.

713. (CESPE – MPU – Analista Administrativo-2010) Subentende-se da argumentação do texto que o pronome demonstrativo, no trecho “desse tipo de investimento” (último período), refere-se à ideia de “fermento do crescimento econômico e social de um país” (2º período do texto).

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto e emprego de pronomes demonstrativos.

Trata-se de questão que mede a capacidade do candidato em reconhecer termos referentes e referidos, em especial pronome demonstrativo.

No trecho “A capacidade de inovação depende da pesquisa, da geração de conhecimento. É necessário investir em pesquisa para devolver resultados satisfatórios à sociedade. No entanto, os resultados desse tipo de investimento não são necessariamente recursos financeiros ou valores econômicos, podem ser também a qualidade de vida com justiça social”, no segmento “desse tipo de investimento” o pronome demonstrativo “(d)esse” faz referência ao “investimento em pesquisa”, e não à ideia de “fermento do crescimento econômico e social de um país” (2º período do texto).

Errada a afirmativa.

sábado, 22 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 712



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 711 A 735 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - MPU, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.



Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de um país. Para isso, é preciso criatividade, capacidade de inventar e coragem para sair dos esquemas tradicionais. Inovador é o indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em situações com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude de abertura para as coisas novas, pois a novidade é catastrófica para os mais céticos. Pode-se dizer que o caminho da inovação é um percurso de difícil travessia para a maioria das instituições. Inovar significa transformar os pontos frágeis de um empreendimento em uma realidade duradoura e lucrativa. A inovação estimula a comercialização de produtos ou serviços e também permite avanços importantes para toda a sociedade. Porém, a inovação é verdadeira somente quando está fundamentada no conhecimento. A capacidade de inovação depende da pesquisa, da geração de conhecimento. É necessário investir em pesquisa para devolver resultados satisfatórios à sociedade. No entanto, os resultados desse tipo de investimento não são necessariamente recursos financeiros ou valores econômicos, podem ser também a qualidade de vida com justiça social. Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy. Revista de jornalismo científico e cultural da Universidade de Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com adaptações).

Considerando a organização das ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o seguinte item.

712. (CESPE – MPU – Analista Administrativo-2010) O período sintático iniciado por “Inovar significa” estabelece, com o período anterior, relação semântica que admite ser explicitada pela expressão Por conseguinte, escrevendo-se: Por conseguinte, inovar significa (...).

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto e emprego de conjunções.

O período “Inovar significa transformar os pontos frágeis de um empreendimento em uma realidade duradoura e lucrativa” acrescenta elementos às ideias apresentadas nos períodos anteriores, mas não de forma conclusiva. Observe-se que o período anterior indica dificuldades no ato de inovar.

A expressão “por conseguinte” funciona como conjunção coordenativa conclusiva. Como o período em foco não traduz ideia de conclusão em relação ao período anterior, não poderá ser reescrito iniciando-se por “Por conseguinte”.

Errada a afirmação.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 711



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 711 A 735 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - MPU, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.



Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de um país. Para isso, é preciso criatividade, capacidade de inventar e coragem para sair dos esquemas tradicionais. Inovador é o indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em situações com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude de abertura para as coisas novas, pois a novidade é catastrófica para os mais céticos. Pode-se dizer que o caminho da inovação é um percurso de difícil travessia para a maioria das instituições. Inovar significa transformar os pontos frágeis de um empreendimento em uma realidade duradoura e lucrativa. A inovação estimula a comercialização de produtos ou serviços e também permite avanços importantes para toda a sociedade. Porém, a inovação é verdadeira somente quando está fundamentada no conhecimento. A capacidade de inovação depende da pesquisa, da geração de conhecimento. É necessário investir em pesquisa para devolver resultados satisfatórios à sociedade. No entanto, os resultados desse tipo de investimento não são necessariamente recursos financeiros ou valores econômicos, podem ser também a qualidade de vida com justiça social. Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy. Revista de jornalismo científico e cultural da Universidade de Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com adaptações).

Considerando a organização das ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o seguinte item.

711. (CESPE – MPU – Analista Administrativo-2010) No segmento “Inovador é o indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em situações com as quais ele se defronta”, a construção “as quais” remete a “situações” e, por isso, admite a substituição pelo pronome “que”; no entanto, nesse contexto, tal substituição provocaria ambiguidade.

Comentários.

Questão sobre emprego de pronomes relativos (referentes e referidos).

A substituição de “as quais”, no trecho “Inovador é o indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em situações com as quais ele se defronta”, por “que” é admissível e não provocaria ambiguidade no contexto, pois o pronome “que” continuaria referindo-se, sem confusão, à expressão “situações”.

Observe-se o trecho já com a alteração sugerida:

“Inovador é o indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em situações com que ele se defronta”.

Errada a afirmação.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 710



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 689 A 710 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2011 PARA PROVIMENTO DE CARGOS DIVERSOS DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS – SEEDUC-AM, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.


Considerando que, em determinada escola, a diretora deva escrever um documento ao ocupante do cargo de secretário de educação, solicitando-lhe prioridade na reforma da escola, julgue os itens seguintes com base nos princípios da correspondência oficial.

710. (CESPE – SEEDUC-AM – Bibliotecário-2011) Ao final do documento, após apresentar seu pedido, a diretora deverá utilizar, como fecho, qualquer uma das seguintes expressões: Atenciosamente, Respeitosamente, Gentilmente, Com respeito e admiração.

Comentários.

Questão sobre redação oficial.

A diretora deve utilizar o fecho “Respeitosamente”, formalidade que deve ser empregada pelo menor hierarquicamente, no caso a professora, a uma autoridade maior hierarquicamente, no caso o secretário de educação.

A expressão “Atenciosamente” deve ser empregada pelo maior hierarquicamente ao menor hierarquicamente, portanto não poderá ser empregada no caso em foco.

Expressões como “Gentilmente” e “Com respeito e admiração” não devem ser empregadas em correspondências oficiais.

Errada a afirmação.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 709



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 689 A 710 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2011 PARA PROVIMENTO DE CARGOS DIVERSOS DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS – SEEDUC-AM, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.


Considerando que, em determinada escola, a diretora deva escrever um documento ao ocupante do cargo de secretário de educação, solicitando-lhe prioridade na reforma da escola, julgue os itens seguintes com base nos princípios da correspondência oficial.

709. (CESPE – SEEDUC-AM – Bibliotecário-2011) No documento, deve ser empregado o pronome de tratamento Vossa Excelência, forma correta para correspondência dirigida a secretários de estado.

Comentários.

No caso do documento escrito pela diretora de uma determinada escola e enviado a um secretário de educação, a forma é de ofício e o tratamento destinado ao secretário é “Vossa Excelência”.

Os governadores dos estados e os secretários de estado devem ser tratados, na correspondência oficial, por “Vossa Excelência”.

Correta a afirmação.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 708



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 689 A 710 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2011 PARA PROVIMENTO DE CARGOS DIVERSOS DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS – SEEDUC-AM, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.


Considerando que, em determinada escola, a diretora deva escrever um documento ao ocupante do cargo de secretário de educação, solicitando-lhe prioridade na reforma da escola, julgue os itens seguintes com base nos princípios da correspondência oficial.

708. (CESPE – SEEDUC-AM – Bibliotecário-2011) Devem constar do documento a data de sua emissão, a referência ao assunto tratado e a identificação do emitente, no caso, a diretora.

Comentários.

Questão sobre correspondência oficial.

No caso de a diretora de uma determinada escola ter de escrever ao secretário de educação, solicitando-lhe prioridade na reforma do colégio, o documento oficial correto é ofício, nele devendo constar obrigatoriamente a data da emissão, bem como a referência ao assinto tratado e a identificação da emitente, que é a diretora.

Correta a afirmação.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 707



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 689 A 710 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2011 PARA PROVIMENTO DE CARGOS DIVERSOS DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS – SEEDUC-AM, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.

A tirinha ilustrada abaixo é base para a questão 707.



Bill Watterson. Felino selvagem psicopata homicida: um livro de Calvin e
Haroldo por Bill Watterson. Vol. 2. Best News: Cambuci/SP, 1996, p. 9.

Julgue o item seguinte com referência à tirinha ilustrada acima, que mostra diálogo entre o personagem Calvin e a sua professora, Srta. Wormwood.

707. (CESPE – SEEDUC-AM – Bibliotecário-2011) Nas duas falas da professora, o emprego da vírgula é obrigatório devido à presença do vocativo: “Calvin”, no primeiro quadrinho, e “classe”, no segundo.

Comentários.

Questão sobre pontuação.

Nas falas “Sim, Calvin?” (1º quadrinho) e “Virem para a página 21, classe” (2º quadrinho), ambas da professora, as expressões “Calvin” e “classe” são vocativos. O vocativo é palavra ou expressão utilizada para se dirigir a alguém ou a algo e deve sempre vir isolado por vírgula.

Correta a afirmação.

domingo, 16 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 706



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 689 A 710 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2011 PARA PROVIMENTO DE CARGOS DIVERSOS DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS – SEEDUC-AM, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.

A tirinha ilustrada abaixo é base para a questão 706.



Bill Watterson. Felino selvagem psicopata homicida: um livro de Calvin e
Haroldo por Bill Watterson. Vol. 2. Best News: Cambuci/SP, 1996, p. 9.

Julgue o item seguinte com referência à tirinha ilustrada acima, que mostra diálogo entre o personagem Calvin e a sua professora, Srta. Wormwood.

706. (CESPE – SEEDUC-AM – Bibliotecário-2011) O texto da fala de Calvin no segundo quadrinho poderia ser corretamente reescrito em registro formal, para uso em outra situação comunicativa em que o aluno se dirigisse, por exemplo, por escrito à professora, da seguinte forma: “Tendo em vista o fato de que a geração mais nova tem mais facilidade para absorver informações veiculadas pelos meios de comunicação visual, solicito à professora, Srta. Wormwood, que apresente o conteúdo em forma de videoclipe”.

Comentários.

Questão sobre reestruturação de períodos e tipologia textual.

A fala “A minha geração não absorve informação desse jeito. Você poderia reduzir tudo a clipes?”, presente no 2º quadrinho, poderia ser reescrita, em registro formal, da seguinte forma:

“Tendo em vista o fato de que a geração mais nova tem mais facilidade para absorver informações veiculadas pelos meios de comunicação visual, solicito à professora, Srta. Wormwood, que apresente o conteúdo em forma de videoclipe”.

A reescritura acima poderia ser empregada em outra situação de comunicação, preservando-se o sentido original e observando a forma culta para um texto escrito, por exemplo.

Correta a afirmação.

sábado, 15 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 705



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 689 A 710 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2011 PARA PROVIMENTO DE CARGOS DIVERSOS DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS – SEEDUC-AM, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.

A tirinha ilustrada abaixo é base para a questão 705.




Bill Watterson. Felino selvagem psicopata homicida: um livro de Calvin e
Haroldo por Bill Watterson. Vol. 2. Best News: Cambuci/SP, 1996, p. 9.

Julgue o item seguinte com referência à tirinha ilustrada acima, que mostra diálogo entre o personagem Calvin e a sua professora, Srta. Wormwood.

705. (CESPE – SEEDUC-AM – Bibliotecário-2011) É correto concluir da leitura da tirinha que a professora tem a tendência de acolher as críticas feitas por Calvin e de adotar práticas novas com base nessas críticas.

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto.

Pela atitude da professora, que determinou que os alunos passassem à página nova do livro, não atendendo às solicitações de Calvin, pode-se afirmar que a tendência do comportamento da professora é de não acolher as críticas feitas por Calvin, nem adotar práticas novas com base nas críticas.

Errada a afirmativa.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 704



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 689 A 710 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2011 PARA PROVIMENTO DE CARGOS DIVERSOS DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS – SEEDUC-AM, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.

A tirinha ilustrada abaixo é base para a questão 704.




Bill Watterson. Felino selvagem psicopata homicida: um livro de Calvin e
Haroldo por Bill Watterson. Vol. 2. Best News: Cambuci/SP, 1996, p. 9.

Julgue o item seguinte com referência à tirinha ilustrada acima, que mostra diálogo entre o personagem Calvin e a sua professora, Srta. Wormwood.

704. (CESPE – SEEDUC-AM – Bibliotecário-2011) O texto aborda, de forma cômica, a distância entre a linguagem mais atraente ao aluno e a linguagem e os meios empregados na prática de sala de aula pela professora de Calvin.

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto.

Sem dúvida, o texto, nos quadrinhos acima, aborda de forma cômica a distância entre a linguagem formal da professora e os meios empregados por ela (determinando que os alunos localizassem a página seguinte) e a que é mais atraente para o aluno (a exemplo da linguagem de “clipes” sugerida por Calvin à sua professora.

Correta a afirmação.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 703



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 689 A 710 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2011 PARA PROVIMENTO DE CARGOS DIVERSOS DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS – SEEDUC-AM, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.

O texto abaixo é base para a questão 703.


Uma aula é como comida. O professor é o cozinheiro. O aluno é quem vai comer. Se a criança se recusa a comer, pode haver duas explicações. Primeira: a criança está doente. A doença lhe tira a fome. Quando se obriga a criança a comer quando ela está sem fome, há sempre o perigo de que ela vomite o que comeu e acabe por odiar o ato de comer. É assim que muitas crianças acabam por odiar as escolas. O vômito está para o ato de comer como o esquecimento está para o ato de aprender. Esquecimento é uma recusa inteligente da inteligência. Segunda: a comida não é a comida que a criança deseja comer: nabo ralado, jiló cozido, salada de espinafre... O corpo é um sábio: não come tudo o que jogam para ele, mas opera com um delicado senso de discriminação. Algumas coisas ele deseja. Prova. Se são gostosas, ele come com prazer e quer repetir. Outras não lhe agradam, e ele recusa. Aí eu pergunto: “O que se deve fazer para que as crianças tenham vontade de tomar sorvete?”. Pergunta boba. Nunca vi criança que não estivesse com vontade de tomar sorvete. Mas eu não conheço nenhuma mágica que seja capaz de fazer que uma criança seja motivada a comer salada de jiló com nabo. Nabo e jiló não provocam sua fome.
(...)
As crianças têm, naturalmente, um interesse enorme pelo mundo. Os olhinhos delas ficam deslumbrados com tudo o que veem. Devoram tudo. Lembro-me da minha neta de um ano, agachada no gramado encharcado, encantada com uma minhoca que se mexia. Que coisa fascinante é uma minhoca aos olhos de uma criança que a vê pela primeira vez! Tudo é motivo de espanto. Nunca esteve no mundo. Tudo é novidade, surpresa, provocação à curiosidade. Quando visitei uma reserva florestal no Espírito Santo, a bióloga encarregada de educação ambiental me contou que era um prazer trabalhar com as crianças. Não era necessário nenhum artifício de motivação. As crianças queriam comer tudo o que viam. Tudo provocava a fome dos seus olhos: insetos, pássaros, ninhos, cogumelos, cascas de árvores, folhas, bichos, pedras. (...) Os olhos das crianças têm fome de coisas que estão perto. (...) São brinquedos para elas. Estão naturalmente motivadas por eles. Querem comê-los. Querem conhecê-los. Rubem Alves. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 82-4 (com adaptações).

A respeito das ideias veiculadas no texto acima e de suas estruturas linguísticas, julgue o item seguinte.

703. (CESPE – SEEDUC-AM – Bibliotecário-2011) O emprego das vírgulas logo após “sem fome” (7º período do 1º parágrafo) e “gostosas” (2º parágrafo) é facultativo; essas vírgulas poderiam, portanto, ser omitidas sem prejuízo para a correção gramatical do texto.

Comentários.

Questão sobre pontuação.

As vírgulas nos trechos “Quando se obriga a criança a comer quando ela está sem fome, há sempre o perigo de que ela vomite o que comeu e acabe por odiar o ato de comer” e “Se são gostosas, ele come com prazer e quer repetir”, isolam orações subordinadas deslocadas.

No primeiro caso, a oração “Quando se obriga a criança a comer quando ela está sem fome” é subordinada adverbial temporal e está deslocada, porque aparece antes da oração principal, que é “há sempre o perigo de que ela vomite o que comeu e acabe por odiar o ato de comer”.

No segundo caso, a oração “Se são gostosas” é subordinada adverbial condicional e está deslocada, porque aparece antes da oração principal, que é “ele come com prazer e quer repetir”.

As orações subordinadas deslocadas devem ser isoladas por vírgulas, não podendo, portanto, ser omitidas.

Resposta: E.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 702



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 689 A 710 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2011 PARA PROVIMENTO DE CARGOS DIVERSOS DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS – SEEDUC-AM, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.

O texto abaixo é base para a questão 702.


Uma aula é como comida. O professor é o cozinheiro. O aluno é quem vai comer. Se a criança se recusa a comer, pode haver duas explicações. Primeira: a criança está doente. A doença lhe tira a fome. Quando se obriga a criança a comer quando ela está sem fome, há sempre o perigo de que ela vomite o que comeu e acabe por odiar o ato de comer. É assim que muitas crianças acabam por odiar as escolas. O vômito está para o ato de comer como o esquecimento está para o ato de aprender. Esquecimento é uma recusa inteligente da inteligência. Segunda: a comida não é a comida que a criança deseja comer: nabo ralado, jiló cozido, salada de espinafre... O corpo é um sábio: não come tudo o que jogam para ele, mas opera com um delicado senso de discriminação. Algumas coisas ele deseja. Prova. Se são gostosas, ele come com prazer e quer repetir. Outras não lhe agradam, e ele recusa. Aí eu pergunto: “O que se deve fazer para que as crianças tenham vontade de tomar sorvete?”. Pergunta boba. Nunca vi criança que não estivesse com vontade de tomar sorvete. Mas eu não conheço nenhuma mágica que seja capaz de fazer que uma criança seja motivada a comer salada de jiló com nabo. Nabo e jiló não provocam sua fome.
(...)
As crianças têm, naturalmente, um interesse enorme pelo mundo. Os olhinhos delas ficam deslumbrados com tudo o que veem. Devoram tudo. Lembro-me da minha neta de um ano, agachada no gramado encharcado, encantada com uma minhoca que se mexia. Que coisa fascinante é uma minhoca aos olhos de uma criança que a vê pela primeira vez! Tudo é motivo de espanto. Nunca esteve no mundo. Tudo é novidade, surpresa, provocação à curiosidade. Quando visitei uma reserva florestal no Espírito Santo, a bióloga encarregada de educação ambiental me contou que era um prazer trabalhar com as crianças. Não era necessário nenhum artifício de motivação. As crianças queriam comer tudo o que viam. Tudo provocava a fome dos seus olhos: insetos, pássaros, ninhos, cogumelos, cascas de árvores, folhas, bichos, pedras. (...) Os olhos das crianças têm fome de coisas que estão perto. (...) São brinquedos para elas. Estão naturalmente motivadas por eles. Querem comê-los. Querem conhecê-los. Rubem Alves. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 82-4 (com adaptações).

A respeito das ideias veiculadas no texto acima e de suas estruturas linguísticas, julgue o item seguinte.

702. (CESPE – SEEDUC-AM – Bibliotecário-2011) Ao utilizar formas típicas da linguagem oral e coloquial, produzindo um texto com tom predominantemente informal, o autor aproxima-se do leitor.

Comentários.

Questão sobre interpretação e tipologia textual.
As formas típicas da linguagem oral e coloquial, isto é, da fala cotidiana, com inúmeras expressões informais, especialmente pelas comparações, são elementos utilizados pelo autor para aproximar-se do leitor.

Resposta: C.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 701



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 689 A 710 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2011 PARA PROVIMENTO DE CARGOS DIVERSOS DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS – SEEDUC-AM, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.

O texto abaixo é base para a questão 701.


Uma aula é como comida. O professor é o cozinheiro. O aluno é quem vai comer. Se a criança se recusa a comer, pode haver duas explicações. Primeira: a criança está doente. A doença lhe tira a fome. Quando se obriga a criança a comer quando ela está sem fome, há sempre o perigo de que ela vomite o que comeu e acabe por odiar o ato de comer. É assim que muitas crianças acabam por odiar as escolas. O vômito está para o ato de comer como o esquecimento está para o ato de aprender. Esquecimento é uma recusa inteligente da inteligência. Segunda: a comida não é a comida que a criança deseja comer: nabo ralado, jiló cozido, salada de espinafre... O corpo é um sábio: não come tudo o que jogam para ele, mas opera com um delicado senso de discriminação. Algumas coisas ele deseja. Prova. Se são gostosas, ele come com prazer e quer repetir. Outras não lhe agradam, e ele recusa. Aí eu pergunto: “O que se deve fazer para que as crianças tenham vontade de tomar sorvete?”. Pergunta boba. Nunca vi criança que não estivesse com vontade de tomar sorvete. Mas eu não conheço nenhuma mágica que seja capaz de fazer que uma criança seja motivada a comer salada de jiló com nabo. Nabo e jiló não provocam sua fome.
(...)
As crianças têm, naturalmente, um interesse enorme pelo mundo. Os olhinhos delas ficam deslumbrados com tudo o que veem. Devoram tudo. Lembro-me da minha neta de um ano, agachada no gramado encharcado, encantada com uma minhoca que se mexia. Que coisa fascinante é uma minhoca aos olhos de uma criança que a vê pela primeira vez! Tudo é motivo de espanto. Nunca esteve no mundo. Tudo é novidade, surpresa, provocação à curiosidade. Quando visitei uma reserva florestal no Espírito Santo, a bióloga encarregada de educação ambiental me contou que era um prazer trabalhar com as crianças. Não era necessário nenhum artifício de motivação. As crianças queriam comer tudo o que viam. Tudo provocava a fome dos seus olhos: insetos, pássaros, ninhos, cogumelos, cascas de árvores, folhas, bichos, pedras. (...) Os olhos das crianças têm fome de coisas que estão perto. (...) São brinquedos para elas. Estão naturalmente motivadas por eles. Querem comê-los. Querem conhecê-los. Rubem Alves. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 82-4 (com adaptações).

A respeito das ideias veiculadas no texto acima e de suas estruturas linguísticas, julgue o item seguinte.

701. (CESPE – SEEDUC-AM – Bibliotecário-2011) No período “Nunca esteve no mundo” (7º período do 2º parágrafo), o sujeito oculto da forma verbal “esteve” refere-se a “uma minhoca” (4º período do 2º parágrafo), e “Nunca” e “no mundo” exercem a função de adjunto adverbial.

Comentários.

Questão sobre concordância verbal e sobre funções sintáticas.

No trecho “Lembro-me da minha neta de um ano, agachada no gramado encharcado, encantada com uma minhoca que se mexia. Que coisa fascinante é uma minhoca aos olhos de uma criança que a vê pela primeira vez! Tudo é motivo de espanto. Nunca esteve no mundo”, o sujeito de “Nunca esteve neste mundo” é “uma criança”, e não minhoca. Quem nunca esteve naquele mundo é a criança, que se deslumbra com a imagem da minhoca no jardim.

As expressões “Nunca” e “no mundo” exercem a função de adjunto adverbial.

Apesar de a segunda parte da afirmação estar correta, a primeira parte não corresponde à verdade.

Resposta: E.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 700



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.

AS POSTAGENS 689 A 710 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2011 PARA PROVIMENTO DE CARGOS DIVERSOS DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS – SEEDUC-AM, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.

O texto abaixo é base para a questão 700.


Uma aula é como comida. O professor é o cozinheiro. O aluno é quem vai comer. Se a criança se recusa a comer, pode haver duas explicações. Primeira: a criança está doente. A doença lhe tira a fome. Quando se obriga a criança a comer quando ela está sem fome, há sempre o perigo de que ela vomite o que comeu e acabe por odiar o ato de comer. É assim que muitas crianças acabam por odiar as escolas. O vômito está para o ato de comer como o esquecimento está para o ato de aprender. Esquecimento é uma recusa inteligente da inteligência. Segunda: a comida não é a comida que a criança deseja comer: nabo ralado, jiló cozido, salada de espinafre... O corpo é um sábio: não come tudo o que jogam para ele, mas opera com um delicado senso de discriminação. Algumas coisas ele deseja. Prova. Se são gostosas, ele come com prazer e quer repetir. Outras não lhe agradam, e ele recusa. Aí eu pergunto: “O que se deve fazer para que as crianças tenham vontade de tomar sorvete?”. Pergunta boba. Nunca vi criança que não estivesse com vontade de tomar sorvete. Mas eu não conheço nenhuma mágica que seja capaz de fazer que uma criança seja motivada a comer salada de jiló com nabo. Nabo e jiló não provocam sua fome.
(...)
As crianças têm, naturalmente, um interesse enorme pelo mundo. Os olhinhos delas ficam deslumbrados com tudo o que veem. Devoram tudo. Lembro-me da minha neta de um ano, agachada no gramado encharcado, encantada com uma minhoca que se mexia. Que coisa fascinante é uma minhoca aos olhos de uma criança que a vê pela primeira vez! Tudo é motivo de espanto. Nunca esteve no mundo. Tudo é novidade, surpresa, provocação à curiosidade. Quando visitei uma reserva florestal no Espírito Santo, a bióloga encarregada de educação ambiental me contou que era um prazer trabalhar com as crianças. Não era necessário nenhum artifício de motivação. As crianças queriam comer tudo o que viam. Tudo provocava a fome dos seus olhos: insetos, pássaros, ninhos, cogumelos, cascas de árvores, folhas, bichos, pedras. (...) Os olhos das crianças têm fome de coisas que estão perto. (...) São brinquedos para elas. Estão naturalmente motivadas por eles. Querem comê-los. Querem conhecê-los. Rubem Alves. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 82-4 (com adaptações).

A respeito das ideias veiculadas no texto acima e de suas estruturas linguísticas, julgue o item seguinte.

700. (CESPE – SEEDUC-AM – Bibliotecário-2011) No 3º período do 2º parágrafo, a forma verbal “Devoram” está no plural para concordar com seu sujeito: “As crianças” (1º período do 2º parágrafo).

Comentários.

Questão sobre concordância verbal.

No trecho “As crianças têm, naturalmente, um interesse enorme pelo mundo. Os olhinhos delas ficam deslumbrados com tudo o que veem. Devoram tudo”, o verbo “devorar”, em “Devoram”, tem seu sujeito em “Os olhinhos delas”, porque é a expressão mais próxima.

O sujeito, portanto, não é “As crianças”.

Resposta: E.