sexta-feira, 6 de julho de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 841


DESDE DE 26 DE JUNHO, ESTÁ SENDO POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DA FAURGS, COMENTADA E RESPONDIDA.

841.(FAURGS-2004-Oficial Escrevente do TJRS) Observe a seguinte passagem do texto:

“(...) Recorremos ao improviso de nossa memória para registrar que o único agente, quase que exclusivamente dedicado ao meio jurídico, dignificado com uma herma em área pública é o eminente Dr. Oswaldo Vergara, fundador da OAB, Seção Rio Grande do sul, entidade, aliás, responsável pela instalação de um busto seu defronte ao Palácio da Justiça, na Praça da Matriz – Matriz graças à ação matreira da memória coletiva, vez que o nome oficial do logradouro, conhecido de poucos, é Praça Marechal Deodoro – em Porto Alegre.”

O termo que pode substituir no trecho acima a expressão “vez que”, sem prejuízo do significado ou da correção gramatical da frase, é

(A) apesar de que.
(B) conforme.
(C) pois.
(D) que cujo.
(E) se bem que.

Comentários.

Inicialmente cabe dizer que a expressão “vez que”, apesar de ter sido empregada com assustadora frequência por operadores do Direito (advogados, juízes, promotores...), não existe como conjunção, porque não consta em nenhuma gramática. A conjunção “uma vez que” é a que existe: significa “porque” e faz parte das conjunções subordinativas adverbiais causais. “Vez que” se trata, portanto, de um neologismo.

Considerando-se como neologismo, “vez que” funciona, no contexto, como conjunção subordinativa adverbial causal, podendo ser substituída por “pois”. Observe-se que a intenção do autor é oferecer a causa em razão da qual a Praça da Matriz é assim chamada, lembrando que seu nome oficial é Praça Marechal Deodoro.

As conjunções “apesar de que” e “se bem que” são subordinativas adverbiais concessivas, e sua ideia é de oposição.

“Conforme” é conjunção subordinativa adverbial conformativa. A construção “que cujo” é absurda.

Resposta: C.

Nenhum comentário:

Postar um comentário