Questões de concursos comentadas e respondidas. Um blog a serviço da Língua Portuguesa e dos candidatos a concursos públicos em todo o Brasil. "Nulla dies sine linea".
terça-feira, 9 de outubro de 2012
SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 912
O PESO DA PALAVRA E DO RELACIONAMENTO
Quem diz que vai para o escritório para trabalhar e não para fazer amigos está enganado. Ou melhor, estabelecer uma rede de relacionamentos, ser flexível, se adaptar rapidamente a uma nova situação, saber se comunicar com a equipe ou colegas de trabalho, ter capacidade de negociação são características extras no atual mercado, que exige mais do que diploma. Não se trata de fazer amigos, mas de aprender o que se chama de linguagem corporativa. E este bê-á-bá é feito de uma mistura de palavras claras, ditas no momento e para a pessoa certa, somado a uma dose de carisma.
Não estou falando da política “mantenha um sorriso no rosto porque o cliente tem sempre razão”, mas, sim, tentando mostrar que a facilidade em se expressar ou fazer relacionamentos tem peso tão importante quanto uma boa formação acadêmica. O que a intuição de muitos profissionais de recursos humanos já indicava foi comprovado num estudo finalizado no primeiro semestre deste ano pela ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), associação internacional que estuda o estresse e suas formas de prevenção. De acordo com a pesquisa, feita entre 230 profissionais — gerentes de três grandes empresas nacionais —, a eficiência na comunicação interpessoal funciona como um colete salva-vidas, atenuando os efeitos negativos das pressões e demandas nos níveis físico, emocional e comportamental. Para chegar a esta conclusão foram analisados três fatores: as pressões e as demandas no trabalho, o nível de ansiedade (somática, comportamental e cognitiva) e o nível de tensão muscular e a satisfação profissional. Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal, além de programas efetivos de qualidade de vida no trabalho. Isso porque os custos do estresse não afetam apenas a saúde do trabalhador, mas, também, o bolso do empregador. Sabe-se que nos Estados Unidos o estresse profissional tem custo estimado em 300 bilhões de dólares ao ano e nos países membros da União Europeia este valor gira em torno de 265 bilhões de euros – números relativos ao absenteísmo, rotatividade, lesões no trabalho e seguro saúde. Por aqui, ainda não foi feito o cálculo desta conta, mas acredita-se que temos valores similares ao americano. Então, que tal começar a exercitar a linguagem? Faz bem para você e para aqueles com quem se relaciona. ROSSI, Ana Maria. Disponível em: http://www.catho.com.br Acesso em: out. 2009. (com adaptações)
01. (CESGRANRIO) Considere as afirmativas abaixo, referentes às ideias apresentadas no texto.
I - Na empresa, a administração do estresse vai além da preocupação com a saúde física do indivíduo.
II - O custo gerado pelo estresse profissional nos Estados Unidos é menor do que o gerado nos países integrantes da União Europeia.
III - No Brasil, o custo para as empresas, no que se refere ao estresse, é igual ao evidenciado nos Estados Unidos.
Está correto APENAS o que se afirma em
(A) I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
Comentários.
Na assertiva I, há uma afirmação correta, pois, segundo o texto, o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal (linhas 22 e 23).
Na II, o custo gerado pelo estresse nos Estados Unidos é de 300 bilhões de dólares anuais, enquanto nos países da União Europeia é de 265 bilhões por ano. Portanto é maior esse custo nos Estados unidos relativamente a países da União Europeia. Errada a afirmação.
Na III, pode-se afirmar que o custo gerado pelo estresse no Brasil é igual ao gerado nos Estados Unidos, embora o texto afirme que “Por aqui, ainda não foi feito o cálculo desta conta, mas acredita-se que temos valores similares ao americano”. Correta.
Resposta: D.
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