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terça-feira, 23 de dezembro de 2014
COMENTÁRIOS E RESPOSTAS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DE NÍVEL MÉDIO PARA DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL – CARGO DE AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL – PROVA REALIZADA NO DIA 21 DE DEZEMBRO DE 2014 – BANCA DO CESPE-UnB
Questão 01 – Interpretação de texto
O texto deixa claro que economista se identifica com capitalista no que diz respeito à não existência de “produção possível sem que seja assegurada a reprodução das condições materiais de produção: a reprodução dos meios de produção” (l. 2-4). A assertiva 01 afirma que todo economista é capitalista, o que é genérico em relação à limitação indicada pelo texto. Além disso, não há, no texto, informação de que nem todo capitalista é proprietário de empresa. Errada a assertiva.
RESPOSTA: E.
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Questão 02 – Reescritura de trecho (equivalência de estruturas)
O trecho “... todos reconhecem, porque Marx impôs esta demonstração no Livro II d’O Capital, que não há produção possível sem que seja assegurada a reprodução das condições materiais de produção: a reprodução dos meios de produção” (l. 1-4) não pode ser reescrito com a seguinte construção: “... todos reconhecem a razão pela qual Marx impôs esta demonstração no Livro II d’O Capital – que não há produção”. Observe-se que, no trecho original, o verbo “reconhecer”, na forma “reconhecem”, tem como complemento (objeto direto) o segmento “que não há produção possível sem que seja assegurada a reprodução das condições materiais de produção: a reprodução dos meios de produção”. Na sugestão de reescritura do segmento, o complemento de “reconhecer” passa a ser “a razão pela qual Marx impôs esta demonstração no Livro II d’O Capital – que não há produção”, e não “que não há produção”. O sentido, portanto, fica alterado. Errada a assertiva.
RESPOSTA: E.
QUESTÃO RECORRÍVEL
A banca do CESPE-UnB considerou como correta a afirmativa. A argumentação contra o gabarito da banca é o texto acima. Pelas razões expendidas acima, a banca deverá rever a indicação de gabarito.
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Questão 03 – Interpretação de texto
No trecho “... todos reconhecem, porque Marx impôs esta demonstração no Livro II d’O Capital, que não há produção possível sem que seja assegurada a reprodução das condições materiais de produção: a reprodução dos meios de produção” (l. 1-4), a expressão “esta demonstração” (destacada na transcrição) retoma o segmento “... que não há produção possível”. Certa a assertiva.
RESPOSTA: C.
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Questão 04 – Interpretação de texto
O segmento “... matéria-prima, instalações fixas (edifícios), instrumentos de produção (máquinas) etc.” (l. 8-9) são exemplos de “meios de produção”, destacado no trecho “que não há produção possível sem que seja assegurada a reprodução das condições materiais de produção: a reprodução dos meios de produção” (l. 2-4). Certa a afirmação.
RESPOSTA: C.
QUESTÃO RECORRÍVEL
A banca do CESPE-UnB considerou como errada a afirmativa. No texto, fica claro que meios de produção são os citados no texto, como “... matéria-prima, instalações fixas (edifícios), instrumentos de produção (máquinas) etc.” (l. 8-9). Por essa razão, a banca deverá rever a indicação de gabarito.
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Questão 05 – Tipologia textual e interpretação de texto
No texto, predomina a forma narrativa, o que se pode observar pelos relatos feitos pelo autor. No segundo parágrafo, a presença de verbos e pronomes em primeira pessoa do singular (“Pedi” e “me”, na linha 12; “Tive” na linha 15; “paguei”, na linha 17) evidencia o caráter autobiográfico do texto. Correta a afirmação.
RESPOSTA: C.
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Questão 06 – Interpretação de texto
De acordo com o texto, os chineses migram para a Europa, onde chegarão como imigrantes. Portanto não emigram. Errada a afirmativa.
RESPOSTA: E.
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Questão 07 – Tempos e modos verbais
No trecho “Pedi a um dos homens ao lado da parede que me contasse como tinha sido sua viagem.” (l. 12-13), a forma verbal “tinha sido” (destacada na transcrição) pertence ao verbo “ser” e está conjugada na versão composta do pretérito mais-que-perfeito do indicativo, equivalendo à forma verbal “fora”, conjugada no pretérito mais-que-perfeito do indicativo em sua forma simples. Correta a assertiva.
RESPOSTA: C.
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Questão 08 – Acentuação gráfica
As palavras “série” e “história” são acentuadas pela regra das paroxítonas terminadas em ditongo crescente: “sé-rie” e “his-tó-ria”. Correta a assertiva.
RESPOSTA: C.
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Questão 09 – Interpretação de texto
No texto, não é possível inferir-se que empresas e intermediários se beneficiam da exploração de pessoas que desejam migrar. O problema está no modelo de desenvolvimento predatório do meio ambiente e dos trabalhadores. O que se sobressai do texto é a escravidão contemporânea como instrumento utilizado pelo capitalismo. Errada a afirmação.
RESPOSTA: E.
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Questão 10 – Tempos e modos verbais
No trecho “No passado, os escravos eram capturados e vendidos como mercadoria” (l. 8-9), a construção verbal “eram capturados” (destacada na transcrição) apresenta locução verbal com verbo auxiliar (“ser”, em “eram”) conjugado no pretérito imperfeito do indicativo, que expressa ação praticada mais de uma vez (ou várias vezes, como o texto indica). Sua substituição por “foram capturados” mantém o sentido original do texto, porque, mesmo que a forma verbal “foram” esteja conjugada no pretérito perfeito do indicativo, tempo em que se traduz ideia de ação praticada uma só vez, ambas as ações ocorreram no passado, portanto, vistas do presente (agora), pode-se empregar “eram capturados” como “foram capturados”. Certa a assertiva.
RESPOSTA: C.
Questão 11 – Pronomes
Tanto no trecho “Migrar e trabalhar. Quando esses verbos se conjugam da pior forma possível, acontece o chamado tráfico de seres humanos (l. 1-3), quanto no segmento “No passado, os escravos eram capturados e vendidos como mercadoria. Hoje, a pobreza que torna populações vulneráveis garante oferta de mão de obra para o tráfico – ao passo que a demanda por essa força sustenta o comércio de pessoas. Esse ciclo atrai intermediários...” (l. 8-12), os pronomes demonstrativos “esses” e “Esse” (destacados na transcrição) retomam, respectivamente, “Migrar e trabalhar” e “No passado, os escravos eram capturados e vendidos como mercadoria. Hoje, a pobreza que torna populações vulneráveis garante oferta de mão de obra para o tráfico – ao passo que a demanda por essa força sustenta o comércio de pessoas”. Portanto retomam ideias ou expressões citada anteriormente. Certa a afirmação.
RESPOSTA: C.
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Questão 12 – Interpretação de texto
As palavras “febre” (l. 24), “antitérmico” e “paliativo” (ambos na l. 27) foram utilizadas em sentido figurado para expressar analogia do tráfico de pessoas e do trabalho escravo na atualidade, sintetizando, pelas comparações empregadas, um padrão ou modelo doentio, cuja erradicação não passa apenas pela libertação dos trabalhadores (l. 25-30). Certa a afirmação.
RESPOSTA: C.
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Questão 13 – Interpretação de texto
Entre as linhas 27 a 29, pode-se observar que a devastação do meio ambiente e a exploração de mão de obra escrava caracterizam o modelo de desenvolvimento atual. Certa a afirmação.
RESPOSTA: C.
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Questão 14 – Interpretação de texto
No trecho “Os narcotraficantes controlam o governo, as forças armadas, o corpo diplomático e até as unidades de combate ao tráfico. Não há setor da sociedade que não tenha ligação com os traficantes e até mesmo a Igreja recebe contribuições destes” (final do segundo parágrafo) deixa claro que não há discrepância na ligação do narcotráfico com a Igreja e com as unidades de combate ao tráfico. Discrepância significa desigualdade, discordância, divergência. E o texto não atesta isso. Errada a afirmação.
RESPOSTA: E.
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Questão 15 – Interpretação de texto
No texto, a informação é de que o narcotráfico na Bolívia lucra US$1,5 bilhão contra US$2,5 bilhões de exportações legais; na Colômbia, o tráfico gera de US$2 a 4 bilhões contra US$5,25 bilhões em exportações oficiais. Logo o lucro com o narcotráfico, nos dois países, não atinge o valor gerado com exportações legais. O lucro com o tráfico, portanto, não equivale a duas vezes o montante atingido pela Bolívia e pela Colômbia com exportações legais. Errada a assertiva.
RESPOSTA: E.
QUESTÃO RECORRÍVEL
A banca do CESPE-UnB considerou como certa a afirmativa. No texto, fica claro que a soma do lucro com o tráfico, na Bolívia e na Colômbia, atinge de US$3,5 bilhões a US$5,5 bilhões contra US$7,75 bilhões, também somados, de lucros com exportações legais. Questão aritmética. Por essa razão, a banca deverá rever a indicação de gabarito.
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Questão 16 – Tipologia textual e interpretação de texto
O texto apresenta linguagem e estrutura dissertativa e expõe, em seu conteúdo, em especial no primeiro parágrafo, a articulação entre o tráfico internacional de drogas e o sistema financeiro mundial. Certa a afirmativa.
RESPOSTA: C.
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Questão 17 – Interpretação de texto
O trecho “A cocaína gera ‘dependência’ em grupos econômicos e até mesmo nas economias de alguns países...” (2º parágrafo) deixa claro que o emprego do termo “dependência” (entre aspas no texto da prova) sofreu ampliação no contexto e, pelo destaque, pode ser associado à dependência química que causa nos usuários e, em especial como foi utilizado, em grupos ou países cuja economia lucra com o narcotráfico. Certa a afirmação.
RESPOSTA: C.
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Questão 18 – Regência
A preposição “com”, destacada no trecho “Questão de relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos – geralmente de caráter transnacional – com a criminalidade e a violência” (l. 9-13), é regida pelo substantivo “associação” (também destacado na transcrição), não por “conexos”. Errada a afirmação.
RESPOSTA: E.
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Questão 19 – Funções sintáticas (sujeito)
No trecho “... devendo o governo adotar uma postura firme de combate ao tráfico de drogas, articulando-se internamente e com a sociedade...” (l. 15-17), o sujeito de toda a estrutura, incluindo-se o segmento destacado, é “o governo” e não está elíptico, pois está expresso na oração anterior. Errada a assertiva.
RESPOSTA: E.
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Questão 20 – Equivalência de estruturas
No trecho “O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das estruturas e valores políticos...” (l. 1-3), a alteração de ordem do adjunto adverbial “na atualidade” (destacado na transcrição) para imediatamente depois de “drogas” (termo também destacado na transcrição) não alteraria a correção gramatical do texto, nem o sentido original da mensagem. Observe-se: “O uso indevido de drogas, na atualidade, constitui séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das estruturas e valores políticos...”. O adjunto adverbial “na atualidade” continuará alterando o sentido do verbo “constituir”. Errada a afirmação.
RESPOSTA: E.
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Questão 21 – Semântica e interpretação de texto
No segmento “Suas consequências infligem considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da sociedade e por todos os espaços geográficos...” (l. 4-7), o termo “fronteiras” (destacado na transcrição) está sendo empregado com sentido apenas denotativo, ou seja, em sentido real, tratando de fronteiras entre países e sociedades. Não foi, portanto, empregado em sentido conotativo (ou figurado). Errada a afirmação.
RESPOSTA: E.
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Questão 22 – Crase
No trecho “O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das estruturas e valores políticos...” (l. 1-3), as duas ocorrências de crase são formadas pela regência do substantivo “ameaça” e pelo gênero (feminino) das palavras “humanidade” e “estabilidade”. A crase, nas duas circunstâncias, é obrigatória. Errada a afirmação.
RESPOSTA: E.
QUESTÃO RECORRÍVEL
A banca do CESPE-UnB considerou como certa a afirmativa. O termo “ameaça” está sendo empregado como substantivo; por essa razão, rege a preposição “a”; as palavras “humanidade” e “estabilidade” são femininas, exigindo artigo “a”. A crase, portanto, nas duas ocorrências, é obrigatória. A banca considerou como opcionais, afirmando que a supressão do sinal não causa erro. Por essa razão, a banca deverá rever a indicação de gabarito.
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Questão 23 – Pronomes
No trecho “O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, série e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos os Estados e sociedades. Suas consequências infligem considerável prejuízo às nações do mundo inteiro...” (l. 1-5), o pronome possessivo “Suas” (destacado na transcrição) retoma “O uso indevido de drogas”, não “Estados e sociedades”. Errada a afirmativa.
RESPOSTA: E.
QUESTÃO RECORRÍVEL
A banca do CESPE-UnB considerou como certa a afirmativa. No texto, O pronome possessivo “Suas” está claramente empregado em relação às consequências do uso indevido de drogas, não de “Estados e sociedades”. Por essa razão, a banca deverá rever a indicação de gabarito.
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Questão 24 – Semântica (parônimos)
No segmento “Suas consequências infligem considerável prejuízo às nações do mundo inteiro...” (l. 4-5), o verbo “infligir”, na forma “infligem”, está empregado com igual sentido na construção “Os agentes de trânsito infligem multas aos infratores”. No dois casos, “infligir” tem o significado de “aplicar”, “impor”, “cominar”. Certa a afirmação.
RESPOSTA: C.
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Questão 25 – Redação de correspondências oficiais
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, quanto ao memorando, os despachos devem ser feitos no próprio documento, já que se trata de espécie econômica temporalmente. Além disso, também segundo o Manual de Redação da Presidência da República, se o espaço for insuficiente, devem-se utilizar folhas de continuação. Correta a afirmação.
RESPOSTA: C.
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Questão 26 – Redação de correspondências oficiais
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, as comunicações oficiais sempre devem ser remetidas em nome do serviço público, não em nome da pessoa que ocupa o cargo. Isso feriria o princípio da impessoalidade na correspondência oficial. Errada a assertiva.
RESPOSTA: E.
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Questão 27 – Redação de correspondências oficiais
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, o fecho “Respeitosamente” só pode ser empregado por servidor inferior hierarquicamente em correspondência enviada a superior hierarquicamente. Errada a afirmativa.
RESPOSTA: E.
QUESTÃO RECORRÍVEL
A banca do CESPE-UnB considerou como certa a afirmativa. Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, o fecho “Respeitosamente” deve ser empregado por servidor inferior hierarquicamente a servidor superior hierarquicamente, não independentemente e seu subscritor e de seu destinatário. Por essa razão, a banca deverá rever a indicação de gabarito.
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Questão 28 – Redação de correspondências oficiais
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, o aviso, o ofício e o memorando são documentos que seguem o padrão ofício. A mensagem é documento utilizado pelo Presidente da República para se dirigir ao Congresso Nacional e não segue o padrão ofício. Errada a afirmação.
RESPOSTA: E.
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Questão 28 – Redação de correspondências oficiais
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, são documentos que seguem o padrão ofício a mensagem, o memorando, o aviso e o próprio ofício. Certa a assertiva.
RESPOSTA: C.
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Questão 29 – Redação de correspondências oficiais
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, nem todos os documentos não expedidos pelo Presidente da República devem conter nome e cargo da autoridade expedidora. Por exemplo, há casos de memorando em que não há obrigatoriedade de constar nome e cargo da autoridade expedidora, mas apenas o nome do órgão público. Errada a assertiva.
RESPOSTA: E.
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Questão 30 – Redação de correspondências oficiais
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, a forma de tratamento “Vossa Excelência”, no Poder Executivo, é destinada, entre outros cargos, aos governadores de estados e secretários estaduais. Correta a afirmação.
RESPOSTA: C.
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terça-feira, 16 de dezembro de 2014
COMENTÁRIOS E RESPOSTAS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO PARA O MAGISTÉRIO MUNICIPAL DE CANOAS –RS – PROVA ELABORADA PELA FUNDAÇÃO LA SALLE – CERTAME REALIZADO NO DIA 14 DE DEZEMBRO DE 2014
Questão 01 – Ortografia e concordância verbal
A lacuna da linha 05 deve ser preenchida pela palavra “entusiastas” (com “s”). As lacunas das linhas 09 e 21 devem ser, respectivamente, preenchidas pelas formas verbais “têm” e “mantêm”. Nos dois casos, os referentes sujeitos são, respectivamente, “instituições” e “99%”, portanto ambos no plural, o que determina o acento circunflexo nas formas verbais.
RESPOSTA: B.
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Questão 02 – Crase
Na frase da assertiva I, a crase é obrigatória, porque a forma verbal “tem se dedicado” exige preposição “a” e “pesquisa” é palavra feminina, exigindo artigo “a”.
Quanto à construção da assertiva II, a crase também é obrigatória, porque a forma verbal “deve-se” exige preposição “a” e a palavra “capacidade” é feminina, exigindo artigo “a”.
Relativamente à assertiva III, a construção apresenta sinal de crase no “a” antes de pronome possessivo feminino singular “sua”. Antes de pronomes possessivos femininos no singular, a presença de artigo é facultativa. A construção pode ser escrita sem o sinal, apenas com a presença de preposição (exigida pela forma verbal “adaptar”).
RESPOSTA: C.
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Questão 03 – Interpretação de texto
A assertiva I encontra resposta no texto, no trecho das linhas 11 e 12.
A partir da linha 18, pode-se observar a espécie de mudança de comportamento entre os jovens, portanto está correta a assertiva II.
No texto, na linha 22, estão identificados os responsáveis pela pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA/USP). Correta, portanto a assertiva III.
RESPOSTA: E.
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Questão 04 – Interpretação de texto
De acordo com o texto, especialmente no trecho compreendido entre as linhas 13 e 17, o pesquisador Paulo Gileno Cysneiros, da Universidade Federal de Pernambuco, revela que ter uma visão crítica, ao utilizar a tecnologia, torna-se algo positivo. Verdadeira a primeira afirmação.
Verdadeira a segunda afirmação, porque, segundo o texto, especialmente no trecho da linha 19, 200 jovens de São Paulo foram a base da pesquisa da FIA/USP.
Segundo o trecho compreendido entre as linhas 22 e 23, 96% dos entrevistados afirmaram que consideram que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. Significa, obviamente, que 4% dos entrevistados não consideram que o objetivo do trabalho seja a realização pessoal. Verdadeira a afirmação.
RESPOSTA: C.
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Questão 05 – Interpretação de texto
Os trechos compreendidos entre as linhas 7 e 8 e, principalmente, entre as linhas 25 e 27 do texto garantem a interpretação de brincadeiras façam parte da prática docente de novos professores. Correta a assertiva I.
A afirmação contida na assertiva II encontra respaldo no texto, especialmente entre as linhas 28 a 31. Correta a assertiva II.
A assertiva III não encontra identidade no texto. Errada a assertiva III.
RESPOSTA: D.
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Questão 06 – Concordância
Ao pluralizar “visão”, destacado na transcrição “Para Paulo Gileno Cysneiros, a visão crítica do uso desses recursos na educação é positiva”, deverão ocorrer outras alterações: “Para Paulo Gileno Cysneiros, as(1) visões críticas(2) do uso desses recursos na educação são(3) positivas(4)”
Serão necessária, portanto, quatro outras alterações.
RESPOSTA: B.
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Questão 07 – Funções sintáticas
No trecho “... eles promovem uma revolução silenciosa” (l. 07), o trecho destacado complementa o sentido do verbo “promover”, na forma “promovem”. Portanto tem a função sintática de objeto direto.
RESPOSTA: D.
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Questão 08 – Pontuação
No período “Em outras vezes, elas provocam medo” (l. 29-30), a vírgula foi empregada para isolar o adjunto adverbial deslocado “Em outras vezes”.
RESPOSTA: B.
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Questão 09 – Acentuação gráfica
A forma verbal “usá-la” é acentuada por ser palavra oxítona terminada em “a”. A preposição “até” é acentuada por ser palavra oxítona terminada em “e”.
RESPOSTA: C.
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Questão 10 – Pontuação
Correta a alternativa “A”, porque o segmento “os nascidos na década de 1980 até meados dos anos 1990” é aposto de “A ‘chamada geração Y’”, devendo vir, como realmente veio, isolado por vírgulas.
Errada a assertiva “B”, porque a primeira vírgula separa o sujeito (“a atitude”) do seu verbo; a segunda vírgula também está errada porque isola o adjunto adverbial em ordem direta.
Errada a alternativa “C”, porque a vírgula está separando o sujeito (“Boas doses de idealismo e paixão”) de seu verbo (“envolvem”), ou do seu predicado inteiro (“envolvem o magistério”).
Errada a alternativa “D”, porque o isolamento do segmento “para Paulo” deve ser feito com duas vírgulas, ou com dois travessões (ou até por parênteses). Mas não pode ser feito com vírgula e travessão.
Errada a construção da alternativa “E”, porque a oração subordinada “ao chegar ao mercado de trabalho” deve ser isolada por duas vírgulas, não separada por uma vírgula só.
RESPOSTA: A.
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
COMENTÁRIOS E RESPOSTAS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DE NÍVEL MÉDIO PARA AGENTE ADMINISTRATIVO AUXILIAR – PORTO ALEGRE – DO CONCURSO DA FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO E PESQUISA EM SAÚDE – FEPS – PROVA REALIZADA NO DIA 7 DE DEZEMBRO DE 2014 – BANCA DA FUNDATEC
Questão 01 – Interpretação de texto
Não há, no texto, informações de que “participar dos cursos on-line – oferecidos pela Universidade de Stanford – é tão proveitoso para o aluno quanto frequentar as aulas presenciais, uma vez que o conteúdo ministrado e os professores são os mesmos”. O fim do texto, entre as linhas 32 e 34, revela que “O real valor da universidade não está só no conteúdo. As pessoas vão a Stanford por causa das aulas, dos professores e das interações com as pessoas”. Errada a assertiva I.
Entre as linhas 27 e 29, lê-se que “Com a tecnologia a nosso dispor, sinto que é uma obrigação ética disponibilizar a educação para todos”. Portanto, para o autor, é relevante às universidades a oferta de cursos on-line. Errada a assertiva II.
Correta a assertiva III, pois, de toda a leitura do texto, especialmente da posição do autor, a tecnologia pode contribuir para a melhoria dos cursos universitários.
RESPOSTA: C.
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Questão 02 – Acentuação gráfica
A forma verbal “está” (l. 01) leva acento por ser oxítona terminada em “a” com mais de uma sílaba. Se perder o acento, deverá ser pronunciada “esta” (sílaba tônica sublinhada), que é forma de pronome demonstrativo. Correta a assertiva I.
Quanto à assertiva II, a preposição “até” (l. 03) leva acento por ser oxítona terminada em “a” com mais de uma sílaba. Se fosse suprimido o seu acento gráfico, resultaria na forma verbal “ate” (sílaba tônica sublinhada), do verbo “atar”, conjugada no presente do indicativo, na primeira ou terceira pessoa do singular: que eu ate, que tu ates, que ele(a) ate... A banca indicou como errada essa assertiva, o que enseja recurso contra gabarito.
A supressão do acento gráfico no vocábulo “democrática” (l. 02) não acarretaria na formação de nova palavra, pois não existe, em Língua Portuguesa, a forma verbal “democratica” (sílaba tônica sublinhada).
QUESTÃO RECORRÍVEL
A Banca da Fundatec não reconheceu que a supressão do acento gráfico no vocábulo “até” (l. 03) resulte em palavra existente em Língua Portuguesa. Como se viu na argumentação, a supressão do acento gráfico em “até” resultaria na forma verbal “ate” (sílaba tônica sublinhada), do verbo “atar”, conjugada no presente do indicativo, na primeira ou terceira pessoa do singular: que eu ate, que tu ates, que ele(a) ate... A banca indicou como errada essa assertiva, o que enseja recurso contra gabarito, devendo-se alterar a resposta “A” para “C”.
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Questão 03 – Regência verbal e concordância verbal
No trecho “... assistir a uma série de palestras...” (l. 10), o verbo “assistir” (destacado na transcrição) é transitivo indireto, porque está sendo empregado no sentido de “ver”. Sua substituição por “ver”, porém, acarretaria a supressão da preposição “a”, porque “ver” é transitivo direto. Observe-se o segmento já com a transcrição: “... ver uma série de palestras...”. Errada a assertiva I.
Quanto à assertiva II, o verbo “ter”, na forma “tivesse”, destacado na transcrição do segmento “... desenvolver uma tecnologia que não tivesse só vídeo...” (l. 18-19), está conjugado na terceira pessoa do pretérito imperfeito do subjuntivo e sua forma é idêntica à conjugada em primeira pessoa: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele(a) tivesse... Correta a assertiva II.
No segmento “... apesar de não haver aulas em português...” (l. 23-24), o verbo “haver” (destacado na transcrição) está empregado como impessoal. Sua substituição por “existir” acarretaria a flexão desse verbo para a terceira pessoa do plural, já que o sujeito passaria a ser “aulas”: “... apesar de não existirem aulas em português...”. Errada a assertiva III.
RESPOSTA: B.
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Questão 04 – Conjunções
A conjunção “porém” (l. 10) é coordenativa adversativa, revelando ideia de oposição. É sinônima de “mas”, “contudo”, “todavia”, “entretanto”, “no entanto” e “não obstante”. Verdadeira a primeira afirmação.
A locução conjuntiva “mas também”, destacada na transcrição do trecho “não tivesse só vídeo, mas também lição de casa...” (. 19), revela ideia de adição. Observe-se: “... tivesse vídeo e lição de casa...”. Verdadeira a segunda afirmação.
A expressão “apesar de” (l. 23) indica efetivamente concessão, equivalendo a “embora”, “ainda que” e “mesmo que”. A locução conjuntiva “uma vez que” é subordinativa adverbial causal, portanto não se equivale a “apesar de”. Falsa a terceira afirmação.
RESPOSTA: C.
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Questão 05 – Crase
No trecho “... conteúdo dado aos alunos...” (l. 09), se “alunos” (destacado na transcrição) fosse substituído por “alunas” (forma feminina plural), deveria ser indicado sinal de crase: “... conteúdo dado às alunas...”. Correta a assertiva I.
Se o vocábulo “professor”, destacado na transcrição do trecho “A ideia nasceu quando o professor de ciência da computação de Stanford...” (l. 16-17), fosse substituído por “professora”, sua forma no feminino singular, não seriam criadas as condições para a crase, pois antes de “professor” só há artigo. Incorreta a assertiva II.
Na linha 10, no trecho “... frequentam o campus...”, se o vocábulo “campus” (destacado na transcrição) fosse substituído por “universidade”, não seriam criadas as condições para a crase, porque o verbo “frequentar” é transitivo direto: “frequentam a universidade”. O “a”, antes de “universidade”, é somente artigo. Incorreta a assertiva III.
RESPOSTA: D.
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Questão 06 – Pontuação
No trecho “... é preciso passar por um rigoroso processo de admissão – e ter bastante dinheiro” (l. 05-06), o travessão não pode ser substituído por dois-pontos, porque não se trata de citação, nem conclusão, muito menos enumeração ou aposto. O travessão, no caso, tem o objetivo de destacar um elemento informativo. Errada a assertiva I.
Na construção “Mas isso não impede que ela disponibilize também alguns de seus cursos on-line. E de graça.” (l. 07-08), o conetivo “E” (destacado na transcrição) poderia ser minúsculo, caso se suprimisse o ponto final antes dele, mas sem vírgula, porque o “E” não está ligando orações (observe-se que o “E” introduz uma complementação, sem verbo). Deveria ficar, segundo a sugestão da proposta, com a seguinte redação: “Mas isso não impede que ela disponibilize também alguns de seus cursos on-line e de graça.” Errada a assertiva II.
No segmento “Em apenas um ano, o Coursera conquistou...” (l. 21), a vírgula separa adjunto adverbial deslocado. Correta a assertiva III.
RESPOSTA: C.
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Questão 07 – Classes gramaticais
O vocábulo “Quem”, destacado no trecho “Quem se inscreveu em...” (l. 11), é pronome relativo. Errada a assertiva I.
No trecho “... o Brasil ocupa a quinta posição nesse ranking...” (l. 23), o vocábulo “quinta” (destacado na transcrição) é numeral ordinal. Errada a assertiva II.
Em “Nada, aliás, substitui a vida na universidade...” (l. 32), o vocábulo “aliás” (destacado na transcrição) pertence à família dos advérbios. Correta a assertiva III.
O “a”, destacado na construção “... me dediquei a desenvolver...” (l. 18), pertence à família das preposições, porque está empregado antes de verbo e atende à regência de “dedicar”. Correta a assertiva IV.
RESPOSTA D.
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Questão 08 – Pronomes
Os dois períodos do trecho “Para ter acesso a esse ambiente privilegiado, é preciso passar por um rigoroso processo de admissão – e ter bastante dinheiro. Custa cerca de R$80 mil por ano.” (l.05-06) são retomados, na linha seguinte, pelo pronome “isso”, destacado na transcrição do segmento “Mas isso não impede que ela disponibilize também alguns de seus cursos on-line”. Correta a assertiva I.
O pronome “ela”, destacado no segmento “Mas isso não impede que ela disponibilize também alguns de seus cursos on-line”, retoma Universidade de Stanford. Errada a assertiva II.
No trecho “Esse é apenas um exemplo dos 336 cursos oferecidos por 62 universidades...” (l. 14), o pronome “Esse” (destacado na transcrição) retoma o segmento “Quem se inscreveu em ‘Desenvolvimento Democrático’, por exemplo, tem de entregar trabalhos semanais...”. Portanto o pronome “Esse” retoma apenas o período anterior, não o segundo parágrafo no todo. Errada a Assertiva III.
RESPOSTA: A.
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Questão 09 – Concordância
No trecho “Quem se inscreveu em ‘Desenvolvimento Democrático’, por exemplo, tem de entregar trabalhos semanais e fazer uma prova final para passar”, a substituição de “Quem” (destacado na transcrição) por “as pessoas que” geraria as seguintes alterações: “As pessoas que se inscreveram(1) em ‘Desenvolvimento Democrático’, por exemplo, têm(2) de entregar trabalhos semanais e fazer uma prova final para passar”. Portanto são duas alterações.
RESPOSTA: B.
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Questão 10 – Fonética
Em relação à forma verbal “acontecendo”, observem-se as seguintes afirmações:
- é palavra paroxítona (“a-con-te-CEN-do”) – Verdadeira a primeira afirmação.
- possui 11 letras e dois dígrafos (/õ/ e /ẽ/) o que perfaz apenas 9 fonemas, portanto não possui o mesmo número de letras e fonemas: observe-se a transcrição fonética: /acõtecẽdo/ – Falsa a segunda afirmação.
- os dois dígrafos são nasais, não consonantais – Falsa a terceira afirmação.
- considerando-se que ON (=/õ/) e EN (=/ẽ/) sejam dígrafos, não há encontros consonantais na forma verbal “acontecendo”; se são dígrafos nasais, não se pode identificar que N antes de T (acoNTecendo) e N antes de D (aconteceNDo) sejam encontros consonantais. Observe-se, novamente, a transcrição fonética: /acõtecẽdo/, o que evidencia inexistência de encontro consonantal – Falsa a quarta afirmação.
- considerando-se que a forma verbal acontecendo apresente 5 sílabas, pode-se designá-la como polissílaba – Verdadeira a quinta afirmação.
QUESTÃO RECORRÍVEL
A Banca da Fundatec indicou como gabarito a alternativa “E”, em que considera como verdadeira a afirmação de que existem dois encontros consonantais. A própria transcrição fonética da forma verbal “acontecendo”, que é /acõtecẽdo/, demonstra a inexistência de encontros consonantais, porque, sendo ON e EN dígrafos nasais, desaparece a letra N nas duas ocorrências - ON (=/õ/) e EN (=/ẽ/). Portanto não há encontros consonantais. O gabarito deve ser trocado da opção “E” paa a opção “B”.
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Questão 11 – Interpretação de texto
Errada a assertiva I, porque o texto inicia com a notícia de que “Um novo estudo da Universidade de Darthmouth College, nos Estados unidos, publicado na última semana no jornal Inglês Daily Mail, sugere que jogos violentos no computador podem aumentar a chance de um jovem ter comportamentos de risco, como beber, fumar e fazer sexo sem proteção” (l. 01-04).
O trecho entre as linhas 17 e 21 faz referência a “jogar menos de uma hora por dia”, o que não condiz com a afirmativa contida em II. Errada a assertiva II.
Pela argumentação expendida em relação à assertiva II, está correta a afirmação III.
RESPOSTA: D.
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Questão 12 – Crase
A lacuna da linha 03 deve receber apenas o artigo “a”, porque o verbo “aumentar” está sendo empregado como transitivo direto (quem aumenta aumenta alguma coisa). Portanto “... aumentar a chance...”.
No caso da primeira lacuna da linha 08, só há artigo: “Quanto maior foi a frequência...”.
De igual forma, na lacuna da linha 12 deve aparecer apenas o artigo “a”, porque a palavra anterior, que é conjunção subordinativa adverbial conformativa, não exige preposição. A redação será “... segundo a pesquisa...”.
Também na lacuna da linha 30, deve aparecer apenas o artigo “a”, em razão de não haver termo regendo preposição: “... mostrou que a primeira palavra...”.
RESPOSTA: D.
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Questão 13 – Concordância
A substituição de “pesquisa” (l. 18) por “pesquisas”, no trecho “A pesquisa inglesa, diferentemente da americana, afirma que o eventual impacto que o uso excessivo desses jogos pode ter para os jovens é pequeno quando comparado...” (l. 18-20) gerará as seguintes alterações: “As(1) pesquisas inglesas(2), diferentemente da americana, afirmam(3) que o eventual impacto que o uso excessivo desses jogos pode ter para os jovens é pequeno quando comparado...”. Portanto serão três as alterações.
RESPOSTA: C.
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Questão 14 – Ortografia
A palavra “frequência” é grafada com “c”, como “ausência”, “silêncio”, “comércio”. Errada a assertiva I.
O substantivo “excesso”, que se origina de “exceder” é grafado com “x” e “ss”. No final, o “ss” se deve à forma “ced”, que se transforma em “cess”: proCEDer, proCESSo; “conCEDer, conCESSão... Correta a assertiva II.
O substantivo “expressão” é escrito com “x” e “ss”. Errada a assertiva III.
RESPOSTA: B.
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Questão 15 – Semântica
Os advérbios “propositalmente” (l. 12) e “deliberadamente” são sinônimos. Correta a assertiva I.
No contexto em que se encontra a forma verbal “contradizem” (l. 15), pode ser substituída, sem causar alteração de sentido, por “desmentem. Correta a assertiva II.
“Excessivo” (l. 19) está sendo empregado como fora das medidas, “desmesurado”. Correta a assertiva III.
RESPOSTA: E.
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Questão 16 – Acentuação gráfica
Os vocábulos “ÚL-ti-ma”, “ca-rac-te-RÍS-ti-cas” e “e-co-NÔ-mi-cos” são todos proparoxítonos e, consequentemente, acentuados pela mesma regra. Correta a assertiva I.
No segmento “... muitos jovens incorporam características dos personagens desses jogos. Por isso, têm mais dificuldade ...” (l. 10-11), a forma verbal “têm” (destacada na transcrição) aparece com acento porque seu referente sujeito é “muitos jovens” (destacado na transcrição), na terceira pessoa do plural. Certa a assertiva II.
Se as palavras “até”, “médico” e “bebês” perderem o acento gráfico, surgirão as formas “ate” (do verbo “atar”: que eu ate, que tu ates, que ele(a) ate...), “medico” (do verbo “medicar”: eu medico...) e “bebes” (do verbo “beber”: eu bebo, tu bebes...). Certa a assertiva III.
RESPOSTA: E.
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Questão 17 – Pronomes
No trecho “Segundo o estudo, muitos jovens incorporam características dos personagens desses jogos. Por isso, têm mais dificuldade em lidar com os limites da vida real” (l. 10-11), o pronome “isso” (destacado na transcrição) retoma o período anterior. Correta a assertiva I.
O pronome “Ela” (l. 17) retoma “pesquisa” (l. 16), não Universidade de Oxford. Errada a assertiva II.
O segmento “Todos esses estudos” (l. 26) faz referência a todas as pesquisas de que o texto trata, não somente as elencadas no quarto parágrafo do texto. Errada a assertiva III.
RESPOSTA: D.
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Questão 18 – Classes gramaticais
Na construção “Os jovens tinham entre 13 e 14 anos quando começaram a ser acompanhados”, os termos sublinhados são, respectivamente, “preposição – conjunção – preposição – verbo”.
O gabarito – opção “A” – indica preposição – advérbio – preposição – verbo.
Obviamente, as palavras “entre” e “a”, destacadas no contexto, pertencem à classe das preposições; a palavra “acompanhados” é forma verbal, servindo como predicativo de “ser”. Mas o vocábulo “quando” não é advérbio: é conjunção subordinativa adverbial temporal, iniciando a oração subordinada adverbial temporal “quando começaram a ser acompanhados”.
QUESTÃO RECORRÍVEL
A Banca da Fundatec indicou como gabarito a alternativa “A”, em que considera como verdadeira a afirmação de que as classes gramaticais das palavras destacadas são “preposição – advérbio – preposição – verbo”. Sabe-se que o vocábulo “quando”, na construção “quando começaram a ser acompanhados”, funciona como conjunção subordinativa adverbial temporal, não como advérbio. A palavra “quando” funcionaria como advérbio se não integrasse uma oração subordinada. Portanto a questão deve ser anulada, pois não há alternativa que contenha, na ordem, a resposta “preposição – conjunção – preposição – verbo”.
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Questão 19 – Reestrutura de frases (Semântica)
Está correta a assertiva I, porque, no contexto em que se encontra, a forma verbal “comprovam” pode ser substituída, mantendo o sentido original da mensagem, por “certificam”.
O segmento “Todos esses estudos” faz referência, no trecho em que se encontra, às pesquisas elencadas no texto. Sua substituição por “Pesquisas anteriores” alterará o sentido, porque se referirá a pesquisas realizadas anteriormente aos estudos de que trata do texto, não mantendo o significado original da mensagem. Errada a assertiva II.
A forma verbal “influenciar” é equivalente, semanticamente, à forma “influir”, mantendo-se, no caso de substituição da primeira pela segunda, o sentido original da ideia. Correta a assertiva III.
RESPOSTA: D.
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Questão 20 – Fonética
A palavra “satisfação” possui 10 letras e 10 fonemas: /satisfação/.
Em “Computador”, há 10 letras e 1 dígrafo (on = /õ/), portanto são 9 os seus fonemas: /cõputador/.
A contração da prepsoção “de” com o pronome demonstrativo “esses”, resultando em “Desses”, possui 6 letras e 1 dígrafo (SS), portanto apresenta 5 fonemas.
Em “Comportamentos”, há 14 letras e 2 dígrafos (om = /õ/ e en = /ẽ/), portanto apresenta 12 fonemas: /cõportamẽtos/.
Na forma verbal “Tinham”, há 6 letras e 1 fonema (nh), logo são 5 fonemas: /tiñão/.
RESPOSTA: A.
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terça-feira, 9 de dezembro de 2014
COMENTÁRIOS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DE NÍVEL SUPERIOR DA FEPS - FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO E PESQUISA EM SAÚDE - CONCURSO REALIZADO NO DIA 7 DE DEZEMBRO DE 2014.
Questão 01 – Ortografia
As lacunas das linhas 06, 08, 13 e 16 devem ser preenchidas, respectivamente, pelas palavras “sob” (significa abaixo), “desperdiçam” (forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do plural, do verbo “desperdiçar”), “bobice” (de “bobo” + o sufixo “ice”, como “burro” + “ice” = burrice, “mesmo” + “ice” = mesmice) e “estereótipo”.
RESPOSTA: D.
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Questão 02 – Crase
Na linha 02, a lacuna tracejada deve ser preenchida apenas com a preposição “a”, porque é exigida pelo verbo “assistir”, e a palavra seguinte está no plural. Não havendo artigo, não há sinal de crase.
Na linha 08, a lacuna tracejada apresenta locução adverbial feminina “à toa”, que deve ser craseada, como de resto todas as locuções adverbiais femininas.
Na lacuna tracejada da linha 13, o adjetivo “associada” exige preposição “a” e a palavra “superficialidade” é feminina, exigindo artigo. Portanto deve ser “à”, com sinal indicativo de crase.
Quanto à lacuna tracejada da linha 16, deve ser preenchida apenas com o artigo “a”, porque o verbo “buscar” é transitivo direto.
RESPOSTA: B.
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Questão 03 – Estrutura textual
A autora tece, entre as ideias centrais do texto e o Budismo, relações de coerência, que se manifesta nas ideias desenvolvidas pelos interlocutores, num óbvio convite ao pensamento e ao consentimento das vivências de interação entre as pessoas. Está correta, portanto, a explicação contida na assertiva “A”.
A autora não tece relações entre o budismo e a vida pela coesão das ideias do texto, porque elenca argumentos e fatos bem diferenciados do dia a dia, nem pelos níveis de linguagem, tampouco pela tipologia textual (crônica) ou pela estrutura do texto.
RESPOSTA: A.
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Questão 04 – Semântica
A palavra “refratária”, no trecho “... desrespeitam o coletivo e são refratárias a tudo que seja simples e fácil...” (l. 08-09), é adjetivo que a autora utiliza para se referir a pessoas que não se molestam ou ressentem de ataques ou ações exteriores.
Não pode ser a letra “A”, porque a autora está se referindo a pessoas, logo não há o componente da resistência à ação física ou química, o que poderia ser atribuído a uma lajota refratária, que resiste ao calor.
Não pode ser considerada a opção “B”, porque quem é resistente às leis ou a princípios de autoridade é revolucionário, não refratário. E, mesmo que se considerasse, no contexto não há discussão sobre desobediência a leis ou autoridade.
De igual forma, não se pode considerar a opção “D” porque não se trata, no texto, de medir a capacidade ou resistência de ninguém a doenças.
Quanto à opção “E”, valem os argumentos expendidos para explicar a alternativa “A”.
RESPOSTA: C.
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Questão 05 – Interpretação de texto
No segmento “O que você ainda está fazendo lendo essa página” (l. 31-32), a informação implícita que marca um pressuposto está contida no advérbio “ainda”. A presença de “ainda”, no contexto, revela pressuposto de que o texto esteja sendo lido pelo leitor.
As outras informações são explícitas.
RESPOSTA: B.
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Questão 06 – Vozes verbais
O trecho “Estou dizendo alguma coisa que você já não está careca de saber?” (l. 30) terá, na voz passiva analítica, a forma “Alguma coisa está sendo dita [por mim] que você não esteja careca de saber?”.
Observe-se que somente a primeira oração (“Estou dizendo alguma coisa”) pode ser apassivada. O sujeito da ativa é “eu” (designado pela forma verbal “Estou”); a locução verbal “Estou dizendo” se transformará em “está sendo dita”; o objeto (“alguma coisa”) se transforma em sujeito da passiva.
A segunda oração (“que você já não está careca de saber”) não pode ir para a passiva, pois apresenta verbo de ligação (“está”).
Portanto o trecho “Estou dizendo alguma coisa que você já não está careca de saber?” (l. 30) terá, na voz passiva analítica, a forma “Alguma coisa está sendo dita [por mim] que você não esteja careca de saber?”.
RESPOSTA: D.
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Questão 07 – Concordância
No segmento “... já que a dor, a culpa e o ódio fazem parecer que elas têm uma vida mais profunda” (l. 09-10), o sujeito é composto, e seus núcleos são “dor”, “culpa” e “ódio”. Se suprimirmos “culpa” e ódio”, ficando apenas com “dor” como sujeito, a cosntrução resultará em “... já que a dor faz parecer que elas têm uma vida mais profunda”, produzindo uma só alteração no verbo “fazer” (destacado).
O verbo “ter”, na forma da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo “têm” permanecerá no plural porque seu sujeito é “elas”.
RESPOSTA: E.
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Questão 08 – Emprego de conjunções
A conjunção “visto que”, no trecho da linha 11, está sendo empregada como subordinativa causal. A conjunção “já que” é sinônima de “visto que”. Portanto, no trecho “... visto que não saberiam lidar com algo que lhes deixaria tão soltos e leves...” (l. 11-12), o nexo “visto que” (destacado na transcrição) poderia ser substituído por “já que”. Observe-se a construção já com a alteração sugerida: “... já que não saberiam lidar com algo que lhes deixaria tão soltos e leves...”. Correta a assertiva I.
Com relação ao trecho “Só que alguns escolhem vias cheias de obstáculos e acabam não aproveitando a viagem” (l. 21-22), o operador “Só que” (destacado na transcrição), se for substituído pro “Embora”, acarretará alteração nas formas verbais do contexto. Observe-se: “Embora alguns escolham vias cheias de obstáculos e acabem não aproveitando a viagem”. Portanto está errada a assertiva II.
Quanto à assertiva III, a expressão “a fim de”, no trecho “... a fim de enriquecer sua própria existência...” (l. 26) funciona como conjunção subordinativa adverbial final, sendo sinônimo da expressão “com o objetivo de”, empregado no treco “... com o objetivo de voltarem para casa...” (l. 34). Correta a assertiva III.
RESPOSTA: C.
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Questão 09 – Tipologia textual
O nível de linguagem do texto da autora é simples e formal, com respeito às regras da Língua Portuguesa, da coerência e da lógica, características presentes no gênero da crônica jornalística. Observe-se que a autora parte de experiências pessoais para entender o mundo e criticar comportamentos.
Na alternativa “A”, o trecho pertence a um nível de linguagem preocupado em registrar os vocábulos como são pronunciados na fala regionalista. Próprio da música regionalista e cabocla.
Quanto ao trecho da opção “B”, trata-se de informação científica, decorrente de pesquisa, embora esteja escrito com construções simples, próprias da fala cotidiana urbana. Próprio da linguagem de revista de informação.
Referentemente ao trecho trazido na opção “C”, tem características nitidamente dissertativas, com ideias e argumentação em linguagem culta formal. Próprio da dissertação acadêmica.
Na alternativa “D”, por sua vez, está presente um fragmento de texto religioso-filosófico, próprio de ensinamentos religiosos, ou de lições filosóficas genéricas e abrangentes. Trata-se de sermão do Pe. Antônio Vieira.
O trecho contido na opção “E” tem características semelhantes às do texto da prova, porque associa pensamentos introspectivos da autora numa linguagem aproximada, em sua estrutura, do texto de Martha Medeiros.
RESPOSTA: E.
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Questão 10 – Semântica e formação de palavras
Quanto à assertiva I, o prefixo “sim-“, constante em “simpatia” (l. 01), revela simultaneidade. Simpatia significa afinidade moral, similitude no sentir e no pensar que aproxima duas ou mais pessoas. Certa a afirmação I.
Em “desrespeitam” (l. 08), o prefixo “des-“ sinaliza negação (= que não respeitam). Correta a assertiva II.
Em “renegam” (l. 11), o prefixo “re-” revela negação; já em “recíproco”, o prefixo “re-” indica simultaneidade. Errada a assertiva III.
RESPOSTA: B.
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Não há questões recorríveis.
menegotto@cpcrs.com.br
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
COMENTÁRIOS E RESPOSTAS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO PARA ASSESSOR ADMINISTRATIVO – ESPECIALIDADE DIREITO – DA SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS – SARH – PROCESSO DE SELEÇÃO OCORRIDO NO DIA 29 DE SETEMBRO DE 2014 – BANCA DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS – FDRH
COMENTÁRIOS E RESPOSTAS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO PARA ASSESSOR ADMINISTRATIVO – ESPECIALIDADE DIREITO – DA SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS – SARH – PROCESSO DE SELEÇÃO OCORRIDO NO DIA 29 DE SETEMBRO DE 2014 – BANCA DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS – FDRH
Questão 01 – Ortografia e semântica
A lacuna da linha 07 deve ser preenchida pela palavra “espectadores”, com “s”, porque se trata de agente que vivencia, assiste, presencia, acompanha. Na linha 20, deve aparecer a palavra “espectro”, que significa campo de visão, campo de observação. Já na linha 25, deve aparecer a forma verbal “aferir”, que significa examinar a exatidão dos instrumentos que servem para medir, pesar, afilar, afinar...
RESPOSTA: B.
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Questão 02 – Crase
No trecho “... primeiros ___ ouvir...” (l. 08), a lacuna deve ser preenchida com a preposição “a”, porque não há crase antes de verbo. Na lacuna do trecho “... desde as estátuas da Suméria ______ de Elefanta...” (l. 13), deve aparecer “àquelas”, com sinal indicativo de crase, porque ali está presente a ideia de “desde a ... até a ...”. Na lacuna da linha 26, deve aparecer “à”, porque o verbo “dar”, em “dão origem”, exige preposição “a” e a expressão “própria narrativa”, por ser feminina, exige o artigo “a”.
RESPOSTA: A.
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Questão 03 – Interpretação de texto
De acordo com o texto, há variadas formas de se fazer leitura de imagens. Logo a forma de leitura não pode ser julgada de forma irretorquível. Errada a assertiva “A”.
As demais opções contêm claramente ideias presente no texto quanto a leitura de imagens.
RESPOSTA: A.
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Questão 04 – Interpretação de texto
Correta a assertiva I, porque se pode observar nas passagens das linhas 05 a 17 (em que o autor aborda as ideias de André Malraux) e 35 a 37 (em que o autor aborda as impressões de Michael Baxandall).
Na primeira frase (l. 05-10), o autor utiliza “tão ativamente” (l. 05) e “com lucidez” (06), que são adjuntos adverbiais de modo, escolhidos para revelar informações sobre André Malraux. Na segunda frase (l. 35-37), o autor utiliza “com sagacidade”, que é adjunto adverbial de modo, utilizado para revelar informações sobre Michael Bandaxall. Correta a assertiva II.
As formas verbais “participou” (l. 05), “argumentou” (l. 06), “chamou” (l. 08) e “comentou” (l. 36) estão conjugadas no pretérito perfeito do indicativo. Portanto as formas verbais utilizadas pelo autor do texto para atribuir informações aos outros estudiosos referem-se a um tempo passado. Correta a assertiva III.
RESPOSTA: E.
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Questão 05 – Termos referentes e referidos
O adjetivo “gótica”, no trecho “... de uma igreja gótica” (l. 11), está se referindo ao estilo da construção. Por sua vez, o adjetivo “fortuitas”, que significa não planejado, casual, está relacionado à casualidade, no trecho “... circunstâncias... fortuitas...” (l. 20-21). Por fim, “engenho” (l. 24) está relacionado à engenhosidade, capacidade, talento.
RESPOSTA: D.
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Questão 06 – Pronomes
O pronome possessivo “sua” (l. 38) tem como referente possuidor “arte”, no trecho “... a obra de arte permanece sempre fora do âmbito de sua apreciação crítica” (l. 38). Está errada a relação constante na alternativa “E”. As demais referências estão corretas.
RESPOSTA: E.
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Questão 07 – Formação de palavras
As palavras “imutável” (l. 04), “infinita” (l. 04), “inesgotável” (l. 05) e “incontáveis” (l. 12) apresentam o prefixo “in-”, e em todas elas a ideia é de negação.
Na palavra “iconografia” (l. 19) é formado pelo radical “ícon(e)”, que significa emblema, sinal, acrescido de “grafia”. Portanto não há prefixo na palavra.
RESPOSTA: E.
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Questão 08 – Morfologia
Os adjetivos “temporal” (l. 02) e “contemporâneos” (l. 29) apresentam o radical “temp”, que significa “tempo”. O vocábulo “cronologia” tem como radical “crono” (grego), que também significa tempo, mas não tem forma igual ao constante nas palavras “temporal” e “contemporâneo”. Errada a assertiva I.
Os substantivos “lucidez” (l. 06), ingenuidade” (l. 23) e “sagacidade” (l. 36) são derivados, respectivamente, dos adjetivos “lúcido”, “ingênuo” e “sagaz”. Correta a assertiva II.
O prefixo “des-“ constante na forma verbal “desentranhar” (l. 19), que indica negação, poderá formar formas verbais com “aprendemos” (l. 30) e “acompanham” (34): “desaprendemos” e “desacompanham”. Correta a assertiva III.
RESPOSTA: D.
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Questão 09 – Reescritura de trechos
No trecho “Ampliamos o que é limitado...” (l. 02-03), a palavra “o” funciona como pronome demonstrativo, podendo ser substituído por “aquilo”, sem prejuízo da manutenção do significado original da frase. Observe-se o trecho já com a alteração sugerida: “Ampliamos aquilo que é limitado...”. Correta a assertiva I.
No trecho “... da ingenuidade, da compaixão...” (l. 23-24), as expressões poderiam ser reordenadas, sem prejuízo da manutenção do significado original da frase. Observe-se o trecho já com a alteração sugerida: “da compaixão, da ingenuidade”. Correta a assertiva II.
A troca de “a”, no trecho “a obra de arte permanece sempre fora do âmbito de sua apreciação crítica” (l. 38), por “o mundo da” alteraria o sentido da mensagem original, porque quem permanece sempre fora do âmbito de sua apreciação crítica é a “obra de arte”, e não “o mundo da arte”. Errada a assertiva III.
RESPOSTA: C.
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Questão 10 – Classes gramaticais (advérbio)
Na linha 03, no trecho “... para um antes ...”, a presença do artigo indefinido “um” transformou o termo “antes” em substantivo. A palavra “só”, no trecho “... só poderia...” (l. 11) funciona como advérbio, modificando o sentido do verbo “poder”. Errada a assertiva “A”.
A palavra “depois”, no trecho “ ... para um antes e um depois...” (l. 03), está sendo empregada como substantivo, em virtude da presença do artigo indefinido “um”. O vocábulo “algum” (l. 27) é pronome indefinido. Errada a opção “B”.
As palavras “ativamente” (l. 05) e “só” (l. 11, como se viu na explicação referente à opção “A”) são advérbios. Correta a alternativa “C”.
A palavra “só” (l. 11, como se viu na explicação referente à opção “A”) está sendo empregada como advérbio. Já o termo “meio”, no trecho “... por meio de ecos...” (l. 21), está sendo empregada como substantivo, equivalendo a “caminhos”. Errada a alternativa “D”.
A palavra “meio” (l. 11), como se viu na explicação à opção “D”, está sendo empregada como substantivo. Já no trecho “... permanece sempre fora ...” (l. 37), a palavra “sempre” funciona como advérbio. Errada a assertiva “E”.
RESPOSTA: C.
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Questão 11 – Conjunções
Os nexos “segundo” (l. 25) e “se” (l. 32) estão sendo empregados, nos trechos em que se encontram, como conjunções conformativa e condicional, respectivamente. O nexo “mas”, que é conjunção coordenativa adversativa, revela ideia de oposição. Portanto a resposta está em “conformidade”, “hipótese” e “oposição”.
RESPOSTA: B.
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Questão 12 – Acentuação gráfica
As palavras “caráter” (l. 02) e “imutável” (l. 04) são acentuadas por serem paroxítonas, respectivamente terminadas em “R” e “L”. Correta a assertiva “A”.
O adjetivo “inesgotável” (l. 05) é acentuado por ser paroxítona terminada em “L”. O substantivo “mármore” (l. 14) é acentuado por ser proparoxítona. Errada a assertiva “B”.
A palavra “diálogo” (l. 09) é acentuada por ser proparoxítona. A forma verbal “está” é acentuada por ser oxítona terminada em “a”. Errada a assertiva “C”.
O adjetivo “gótico” (l. 15) é acentuado por ser proparoxítono. A forma verbal “pôs” (28) é acentuada por ser monossílaba terminada em “a”. Errada a assertiva “D”.
O advérbio “também” (l. 20) é acentuado pela regra das oxítonas terminadas em “EM”. A palavra “técnico” (l. 22) é acentuada por ser proparoxítona. Errada a alternativa “E”.
RESPOSTA: A.
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Questão 13 – Concordância nominal
Na alternativa “B”, a forma verbal “trava” (l. 09) (do verbo “travar”) não está apenas sendo verbo do sujeito “o diálogo, mas também com a expressão “ou uma escultura”. Portanto está errada a associação.
As demais alternativas contêm associações corretas entre a primeira e a segunda palavra.
RESPOSTA: B.
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Questão 14 – Pontuação
No trecho “André Malraux, que participou tão ativamente da vida cultural e da vida política francesa do século XX, argumentou ...” (l. 05-06), as vírgulas isolam oração subordinada adjetiva explicativa. Oração, porque há verbo; subordinada, porque está dependente da principal (“André Malraux ... argumentou...”); adjetiva, porque no contexto se atribui informação qualificativa a André Malraux; explicativa, porque só diz respeito a André Malraux e está isolada por vírgula.
RESPOSTA: C.
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Questão 15 – Regência nominal
No trecho “... atribuímos a elas o caráter ...” (l. 02), a preposição sublinhada é exigida pela regência do verbo “atribuir”.
A contração da preposição “de” com o artigo “a”, sublinhada no trecho “que participou tão ativamente da vida cultural...” (l. 05), é exigida pela regência do verbo “participar”.
A preposição “de”, destacada no trecho “... que ele chamou de...” (l. 08), é exigida pela regência do verbo “chamar”.
A preposição “com”, destacada no trecho “... trava com outras pinturas...” (l. 09), é exigida pela regência de “travar”.
A preposição “a”, na combinação com o artigo “o”, destacada no trecho “... nossa reação ao portal gótico...” (l. 15), é exigida pelo substantivo “reação”.
RESPOSTA: E.
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NÃO HÁ QUESTÃO RECORRÍVEL.
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terça-feira, 23 de setembro de 2014
NEM SÓ O LULA ERRA ... SUA PUPILA TAMBÉM...
Por que a violência contra a tragédia sintático-gramatical somente contra o Lula? A Dilma tem, na sua carreira, verdadeiras chacinas contra o léxico e contra a lógica. Ela, em seus discursos, apresenta gramática confusa, invertida, com anacolutos (= termos ou expressões absolutamente deslocados e sem nenhuma razão existencial aparente)... Enfim um horror. Como o "mestre" nem sempre consegue transmitir tudo o que "sabe" para seus pupilos, as frases de Dilma são apenas ridículas Para lembrar algumas dessas construções, selecionei frases publicadas na Internet, cujas fontes são os anais de discursos proferidos por Dilma em diversas datas e ocasiões, vários deles disponíveis no saite do Palácio do Planalto. Observem-se:
“Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante.” “Os bodes, eu não lembro qual é o nome, mas teve um prefeito… teve o prefeito de Tejuçuoca e me disse assim: ‘eu sou o prefeito da região produtora da terra do bode’. Então, é para que o bode sobreviva que nós vamos ter de fazer também um Plano Safra que atenda os bodes que são importantíssimos e fazem parte de toda tradição produtiva de muitas das regiões dos pequenos municípios aqui do estado. “Um grande varejista uma vez disse o seguinte, disse uma coisa muito simples e de fácil entendimento, que é muito difícil para o conjunto da população ou para muitas camadas da população, comprar à vista, mas que quando se compra a prazo, tudo fica mais viável.” “Aqui no estado do Ceará. Não, no estado do Pará. Desculpa, gente. É que fui pro Ceará, tá? Ontem eu tava no Ceará. Aqui eu não falei uma coisa. Ah, não, falei sim, né?” “Todos nós aqui sabemos que cada um de nós escolhe ─ a vida faz a gente escolher ─ alguma das datas em que a gente nunca vai esquecer dessa data.” “Eu estou muito feliz de estar aqui em Bauru. O prefeito me disse que eu sou, entre os presidentes, nos últimos tempos, uma das presidentes, ou presidentes, que esteve aqui em Bauru.” “O meio ambiente é uma ameaça para o desenvolvimento sustentável.” “Aprovamos o Plano Real e, mais do que isso, levamos à frente e o utilizamos de forma adequada.” “A Zona Franca de Manaus, ela está numa região, ela é o centro dela (da Floresta Amazônica) porque é a capital da Amazônia (…). Portanto, ela tem um objetivo, ela evita o desmatamento, que é altamente lucrativo – derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo (…)”.Vê-se, pois, que a presidente-candidata-a-presidente Dilma não desmerece o seu partido político, que é a agremiação dos intelectuais que não pensam e dos trabalhadores que não trabalham. Eu não pensei que poderia ver isso, pelo menos nesta existência. Realmente, está na hora de parar. Prof. Menegotto.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
HISTÓRICO DA QUESTÃO 23 DA PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO PARA TÉCNICO TRIBUTÁRIO DA RECEITA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL – BANCA DA FUNDATEC - 2014
HISTÓRICO DA QUESTÃO 23 DA PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO PARA TÉCNICO TRIBUTÁRIO DA RECEITA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL – BANCA DA FUNDATEC - 2014
A QUESTÃO NA ÍNTEGRA
QUESTÃO 23 – Considere as assertivas que seguem sobre formação de palavras.
I. ‘amadurecimento’ (l.03) e ‘aperfeiçoados’ (l.05) são formadas por derivação parassintética.
II. Em ‘favoráveis’ (l.07), tem-se um caso de derivação sufixal.
I. A palavra ‘extremamente’ (l.10) é formada por composição por justaposição.
IV. ‘convergência’ (l.26) é derivada do verbo convergir mais o sufixo –ência.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas IV.
C) Apenas Ie I.
D) Apenas I e IV.
E) Apenas I, I e I.
GABARITO OFICIAL PRELIMINAR : ALTERNATIVA B.
AS RAZÕES OFERECIDAS CONTRA GABARITO DA BANCA: ALTERNATIVA B.
Quanto à assertiva II, o vocábulo “favoráveis” (l. 07) é formado por derivação sufixal, em que “favor” recebe o sufixo “-(á)vel(is)”, formador de adjetivos. Correta a assertiva II.
QUESTÃO RECORRÍVEL
A banca da FUNDATEC indicou, como gabarito preliminar para essa questão, a alternativa “B”, considerando como correta apenas a afirmação contida na assertiva IV. A rigor, está correta também a assertiva II, porque FAVORÁVEIS é adjetivo formado por derivação sufixal, em que o substantivo “FAVOR” recebe o sufixo “-(Á)VEL”, formador de adjetivos. Nas respostas oferecidas, não há alternativa que considere como corretas as assertivas II e IV, logo a questão carece de resposta correta, devendo ser anulada, como medida de justiça. (Prof. Alberto Menegotto)
JUSTIFICATIVA DA BANCA MANTENDO O GABARITO
QUESTÃO: 23 - MANTIDA alternativa 'B'.
[...]
II. Em “favoráveis” (l.07), tem-se um caso de derivação sufixal. Segundo o dicionário Aurélio, a palavra “favoráveis” se origina do latim “favorabile”, portanto não caracteriza uma derivação sufixal, mas apenas e tão somente um caso de flexão de número.
RÉPLICA À ARGUMENTAÇÃO DA BANCA
Preliminarmente, deve-se observar que a respeitável Banca Revisora da Fundatec se limitou a argumentar pela manutenção da afirmação contida na assertiva II como errada apenas invocando uma simples consulta ao dicionário Aurélio. Isso é, no mínimo, uma atitude primária que revela desconhecimento e, sem dúvida, falta de prática em relação à formação de palavras. Seria desnecessário relembrar que dicionários registram tanto palavras primitivas quanto derivadas. O fato da existência do termo latino “favorabile” é inegável; os dicionários Aurélio e Houaiss, como outros, registram os verbetes “favor” e “favorável”; no dicionário Houaiss, que além de ortográfico, prosódico, semântico e etimológico, ainda consta a datação, exata ou aproximada, do aparecimento do vocábulo em Língua Portuguesa. Com relação ao substantivo “favor”, afirma o dicionário Houaiss que seu aparecimento data do séc. XIV; já com relação ao adjetivo “favorável”, sua data de surgimento remonta ao séc. XV, ou seja, “favor” é nitidamente termo anterior a “favorável”, que surge no século seguinte. Além disso, ambos os dicionários referidos tratam do termo “favorável” etimologicamente oriundo (= derivado) de “favor”, assim como se pode observar da lição que Antônio Houaiss nos dá: “1. Que favorece ou auxilia; 2. Que é propício ou conveniente; 3. Que é a favor de algo ou de alguém”. Observe-se que, na revelação semântica do verbete, aparece seu termo primitivo “favor”. Mas Houaiss vai adiante em sua lição quanto à etimologia: “lat. favorabilis – que obtém favor, querido, amado; ver “favor-”. Observe-se que o ensinamento refere “favor-” com um traço logo após, símbolo que, na formação de palavras, indica a possibilidade de receber sufixo ou terminação. A palavra “favorável”, portanto, é derivada da palavra “favor”; o sufixo “-vel” ocorre na formação de diversos adjetivos em Língua Portuguesa como, por exemplos, “sofrível”, “amável”, “tratável”... Logo “favor” recebe, por derivação sufixal, o sufixo formador de adjetivos “-vel”, compondo o vocábulo “favorável”. A Respeitável Banca da Fundatec deve, por medida de justiça, rever a justificativa na qual se estribou para manter a resposta à questão 23 do certame já identificado, aceitando a argumentação expendida e, por consequência, anulando a questão, haja vista não ter resposta que se adéque ao enunciado.
(Prof. Menegotto)
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
COMENTÁRIOS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL – CONCURSO REALIZADO NOS DIAS 9 E 10 DE AGOSTO DE 2014 – BANCA FUNDATEC
COMENTÁRIOS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL – CONCURSO REALIZADO NOS DIAS 9 E 10 DE AGOSTO DE 2014 – BANCA FUNDATEC
Questão 1 – Interpretação de texto
No trecho “Manter essas estruturas é pesado, exige investimentos constantes na manutenção, e os valores das autuações não compensam os custos”, opina. Desde o início da década passada, os diversos governos que se alternaram no Estado vêm fechando postos fiscais, e nem por isso a arrecadação caiu; pelo contrário, vem aumentando consideravelmente. Em contrapartida, a tecnologia, o manifesto eletrônico de cargas e a visão computacional resultam em custos menores...” (l. 19-24), observam-se dois trechos (destacados) em que não se pode afirmar que a manutenção de estruturas de fiscalização não é, de maneira alguma, onerosa para o Estado. Portanto há erro de contradição, com ideias contrárias às do texto.
Com relação ao trecho “Criado através de um acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Ciência e Tecnologia, a Receita Federal e Secretarias de Fazenda de vários Estados, o sistema visa padronizar, unificar, interagir, integrar, simplificar, desburocratizar e acelerar o processo de produção, logística e fiscalização de mercadorias pelo país” (l. 40-43), verifica-se que não há, entre os objetivos do sistema Brasil-ID, destacados na transcrição, funções de especificar, analisar, projetar, dimensionar e desenvolver softwares básicos de gestão nacional e centralizada de dados e transações, o que enseja ampliação, ou extrapolação, que consiste no acréscimo de ideias ausentes no texto.
No trecho “’Da mesma forma que, através de um chip no sistema Sinal Verde, no qual o usuário coloca um pequeno circuito eletrônico no seu carro e passa por cancelas de pedágios sem se preocupar com os tickets e dinheiro, a fiscalização colocará esse equipamento em caminhões e produtos e poderá acompanhar a saída da carga da distribuidora, a sua chegada no ponto de venda e tudo o que estiver relacionado com essa atividade econômica que interesse à fiscalização’, visualiza o auditor-fiscal” (l. 45-49), verifica-se que a fiscalização de pedágios pelo sistema Sinal Verde é muito mais ampla do que se afirma na terceira assertiva. Portanto há erro de redução, em que se valorizou apenas um aspecto do texto em detrimento do conjunto de ideias expressas.
RESPOSTA: E.
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Questão 2 – Acentuação gráfica
Quanto à assertiva I, se fosse retirado o acento gráfico de “trânsito”, obter-se-ia a forma “transito”, com sílaba tônica em “si”: tranSIto. Portanto se transformaria em forma verbal, conjugada na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo: eu transito, tu transitas, ele(a) transita... Já o adjetivo “específicos”, se perdesse o acento gráfico, deixaria de existir, pois não existe a forma verbal “específicos”, e sim “especifico”. Errada, portanto a assertiva I.
A palavra “vários” é acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo crescente; já em “país”, o acento é registrado porque o “i” é tônico, precedido de vogal e forma sílaba com “s”. As regras que determinam o acento gráfico em “vários” e “país”, portanto, não são as mesma. Correta a assertiva II.
Quanto à assertiva III, a palavra “daí” apresenta hiato: “da-í, não ditongo. Errada, por essa razão, a assertiva III.
O acento na forma verbal “vêm” ocorre em razão da flexão numérica. Observe-se: “os diversos governos que se alternaram no Estado vêm fechando...” (l. 21-22), em que o núcleo do sujeito é “governos”, portanto no plural. Está correta a assertiva IV.
RESPOSTA: B.
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Questão 3 – Formação de palavras
Está errada a assertiva I, porque “massivos” (l. 01) é formada por derivação prefixal, já que vem de “massa”, que recebe o sufixo “-ivo”.
Errada a assertiva II, haja vista que a forma “impensada” (l. 32) é resultado da soma do prefixo “-im” à palavra “pensada” (particípio usado como adjetivo). Logo é formada por derivação prefixal.
Em “planificadas” (l. 34), houve a soma da forma verbal “planificar” ao sufixo “-ada”, Correta a assertiva III.
Errada a assertiva IV, porque “desburocratizar” (l. 42) é formada por derivação prefixal, em que o prefixo “-des” é somado à forma verbal “burocratizar”.
RESPOSTA: C.
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Questão 4 – Pontuação
No trecho “Identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias, controles massivos dos mercados e...” (l. 01), as duas vírgulas separam elementos de igual função sintática, ou palavras justapostas.
No trecho “O processamento eletrônico, destaca, veio para ficar...” (l. 13), as vírgulas separam uma oração intercalada, utilizada para identificar que é fala do supervisor do Posto Fiscal Virtual.
Quanto ao trecho “O processamento eletrônico, destaca, veio para ficar, e isso está ocorrendo em todo o mundo” (l. 13-14), a terceira vírgula separa orações coordenadas aditivas de sujeitos diferentes. Observe-se que o primeiro sujeito é “O processamento eletrônico”, e o segundo, depois do “e”, é “isso”.
No trecho “Outro ponto relevante merece destaque quando se fala em fiscalização via monitoramento eletrônico do contribuinte: a segurança da operação” (l. 30-31), os dois-pontos introduzem, ou separam aposto, que é a expressão “a segurança da operação”. Observe-se que a função dessa expressão é explicar “o outro ponto relevante que merece destaque”, portanto sua função é apositiva.
No trecho “Segundo o auditor-fiscal, “a tecnologia está em todo lugar. Temos que utilizá-la” (l. 35), as aspas no segmento destacado foram empregadas em razão de citação, porque se trata de reprodução fiel da fala de alguém.
A ordem, portanto, é 4-2-5-3-1.
RESPOSTA: A.
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Questão 5 – Semântica e interpretação de texto
No trecho “... ativado no final de 2012, utiliza ao máximo a tecnologia disponível hoje no mercado” (l. 04-05), a supressão da expressão adverbial “ao máximo” (destacada na transcrição) alteraria o sentido da mensagem, porque a notícia alerta justamente pela intensidade da utilização. Portanto a sugestão da assertiva I altera o sentido do texto.
A supressão de “crescente”, destacada no trecho “Aqui temos a Nota Fiscal Eletrônica, um sucesso crescente, que quase todos os Estados do país já adotam...” (l. 14-15), altera o sentido original da mensagem, que não se prende somente à notícia do “sucesso”, mas da progressão do “sucesso”. Portanto a sugestão da assertiva II altera o sentido do texto.
Se fosse inserido o adjetivo “muitas” imediatamente antes de “tecnologias”, destacada no trecho “Uma das tecnologias que impacta a fiscalização de trânsito de mercadorias no momento...” (l. 36), passando-se para “Uma das muitas tecnologias que impacta a fiscalização de trânsito de mercadorias no momento...”, o sentido do texto seria obviamente alterado. Portanto a sugestão da assertiva III altera o sentido do texto.
Na linha 46, a substituição de “coloca” por “instala”, no trecho “no qual o usuário coloca um pequeno circuito eletrônico no seu carro e passa por cancelas de pedágios...”, não alteraria o sentido original do texto. Observe-se o segmento com a alteração sugerida: “no qual o usuário instala um pequeno circuito eletrônico no seu carro e passa por cancelas de pedágios...”. Portanto a sugestão da assertiva IV não altera o sentido do texto.
RESPOSTA: C.
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Questão 6 – Diversos aspectos sintáticos
Considerando-se o trecho “[...] desencadear ações planificadas permite um gerenciamento com custos reduzidos e com segurança jurídica para o Estado e para o contribuinte. (l. 33-35), deve-se observar que o sujeito, que é “desencadear ações planificadas”, vem em forma de oração, seguida de verbo utilizado como transitivo direto (“permite”) e objeto direto (“um gerenciamento”) e de adjuntos adverbiais (“com custos reduzidos e com segurança jurídica para o Estado e para o contribuinte”).
Na frase “a fiscalização colocará esse equipamento em caminhões e produtos” (l. 47), o sujeito é um substantivo (“fiscalização”), razão por que a oração exposta no enunciado não possui igual estrutura sintática que a frase apresentada na assertiva I. Incorreta, portanto, a assertiva I.
Pela análise feita no início do comentário, a forma verbal “permite” está sendo empregada como verbo transitivo direto, em que seu objeto direto é “um gerenciamento”. Os segmentos “com custos reduzidos e com segurança jurídica para o Estado e para o contribuinte” são adjuntos adverbiais. Portanto está errada a assertiva II.
O sujeito do segmento “desencadear ações planificadas permite um gerenciamento com custos reduzidos e com segurança jurídica para o Estado e para o contribuinte”, conforme já se observou na explicação inicial deste comentário, é a oração “desencadear ações planificadas”. O segmento “um gerenciamento” é objeto direto. Errada, portanto a assertiva III.
RESPOSTA: E.
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Questão 7 – Diversos aspectos sintáticos
Nas frases “a tecnologia substitui a ação humana” (l. 11-12), “Outro ponto relevante merece destaque” (l.30) e “representa o futuro da fiscalização de trânsito” (l.44-45), os verbos “substituir”, “merecer” e “representar”, respectivamente, estão empregados como transitivos diretos, portanto todos aceitam a transposição para a voz passiva. Erradas, dessa forma, as assertivas I e II.
Em todas as frases, o sujeito é determinado. Os sujeitos são, respectivamente, “a tecnologia”, “a percepção de risco”, “outro ponto relevante” e “O Brasil-ID”. Este último não foi transposto na questão, mas é sujeito de “representar”, em “representa o futuro da fiscalização de trânsito”. Está errada, portanto, a assertiva III.
Somente na frase “A percepção de risco está mantida” há predicativo, que é “mantida”, sendo seu verbo de ligação “estar” (na forma “está”). O predicativo, porém, é do sujeito, que é “a percepção de risco”. Errada, portanto, a assertiva IV.
RESPOSTA: E.
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Questão 8 – Interpretação de texto
No trecho “Identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias, controles massivos dos mercados e contribuintes. Termos até há pouco vivenciados apenas no mundo dos filmes e no sonho de muitos auditores-fiscais da Receita Estadual, já são rotina no dia a dia da Secretaria da Fazenda do RS” (l. 01-03), o fato de o autor ter-se referido a ‘termos como identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias eram itens presentes apenas em filmes’ significa que a Receita Estadual do RS não possuía acesso a isso muito recentemente. Não há, portanto, o estabelecimento de argumento histórico distinguindo os séculos no Rio Grande do Sul. Errada a assertiva I.
Quanto ao depoimento do supervisor do Posto Fiscal Virtual sobre a Nota Fiscal Eletrônica, presente no trecho “Entusiasta do sistema, o supervisor do Posto Fiscal Virtual, em Porto Alegre define o processo como seletivo, econômico e inteligente. ’Esse é o futuro. No mundo, cada vez mais, a tecnologia substitui a ação humana, que, por mais atuante que possa ser, tem limitações de tempo, esforço e capacidade pessoal’, afirma o auditor-fiscal. O processamento eletrônico, destaca, veio para ficar, e isso está ocorrendo em todo o mundo. ‘No Chile, temos a fatura eletrônica, que é muito bem-sucedida. Aqui temos a Nota Fiscal Eletrônica, um sucesso crescente, que quase todos os Estados do país já adotam. É um rumo sem volta. Este é o caminho’” (l. 10-16), deve-se observar que inicia por “Entusiasta”, o que significa que o supervisor é um entusiasmado pelo sistema, o que não configura o depoimento como argumento de autoridade. Errada, portanto, a assertiva II.
No trecho “Deve-se lembrar, ainda, que a fiscalização direta, física, no trânsito, sempre foi forte no Nordeste e em alguns pontos do país. Na atualidade, entretanto, o Rio de Janeiro já cortou os postos pela metade. No Espírito Santo, no Pará, em Santa Catarina e em São Paulo, eles foram fechados. ‘Manter essas estruturas é pesado, exige investimentos constantes na manutenção, e os valores das autuações não compensam os custos’, opina” (l. 17-21), há elementos de comparação na citação de casos de outros estados brasileiros em que a fiscalização direta não foi bem sucedida. Correta a assertiva III.
RESPOSTA: C.
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Questão 9 – Interpretação de texto
Observe-se que, no trecho “Por todo o exposto, o “Estado Regulador” (que, na ótica esposada, disciplina, na esfera administrativa, os serviços públicos delegados e as atividades econômicas de relevante interesse coletivo) possuem o dever de cabal observância da rede de princípios, objetivos e direitos fundamentais...” (l. 14-16), a expressão “Por todo o exposto” (destacada na transcrição) retoma tudo o que foi tratado no parágrafo anterior mas, na continuidade, não estabelece ideia de comparação, e sim de confirmação e exemplificação. Errada a assertiva I.
Quanto ao trecho “De fato, a regulação é indeclinável função tipicamente estatal que, acima de tudo, precisa cultuar a sustentabilidade, a eficácia, a eficiência e a probidade no âmbito do setor regulado, incorporando, em definitivo, a cultura do pleno respeito ao imperativo do desenvolvimento sustentável, que reclama o resoluto combate à falta de equidade intertemporal” (l. 24-27), a expressão “De fato” (destacada na transcrição) está sendo utilizada para enfatizar declaração já registrada, confirmando afirmação anterior, contida no trecho compreendido entre as linhas 14 e 23. Certa a assertiva II.
A expressão “em suma”, presente e destacada na transcrição do trecho “Eis, em suma, as propostas vocacionadas a renovar o modelo brasileiro de regulação...” (l. 28), indica que se resumirá ideia apresentadas anteriormente. Correta a assertiva III.
Quanto à palavra “sim”, destacada no trecho “Uma regulação para as presentes e futuras gerações. Sim, regulação intertemporal, que rompa os grilhões e os gargalos burocráticos...” (l. 32-33), deve-se observar que foi utilizada de maneira argumentativa, realçando afirmação anterior. Correta a assertiva IV.
RESPOSTA: D.
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Questão 10 – Semântica
Quanto à assertiva I, a palavra “facciosismo” significa “parcialidade”, ou ato realizado com parcialidade. Portanto, no trecho “Cumpre-lhes, pois, evitar o equívoco comum do facciosismo ou do unilateralismo...” (l. 09), o termo sublinhado pode ser substituído, sem alteração semântica, por “parcialidade”. Observe-se o trecho já com a substituição: “Cumpre-lhes, pois, evitar o equívoco comum da parcialidade ou do unilateralismo...”. A sugestão contida na assertiva I, portanto, não causa alteração de sentido no trecho em que se encontra.
O substantivo “discricionariedade”, que significa livre de condições, pode ser substituído por “arbitrariedade” no trecho “Cumpre-lhes, pois, evitar o equívoco comum do facciosismo ou do unilateralismo, no exercício da discricionariedade administrativa” (l. 10-11), sem causar alteração de sentido. Observe-se o trecho com a substituição sugerida: “Cumpre-lhes, pois, evitar o equívoco comum do facciosismo ou do unilateralismo, no exercício da arbitrariedade administrativa”. A sugestão contida na assertiva II, portanto, não causa alteração de sentido no trecho em que se encontra.
O termo “precípua” significa mais importante, principal, essencial. Por essa razão, não pode ser substituído por “secundária” no trecho “Assim, a função mediadora e solvedora de conflitos assume feição precípua e inerentemente regulatória” (l. 12-13). A sugestão contida na assertiva III, portanto, causa considerável alteração de sentido no trecho em que se encontra.
A palavra “jaez” foi empregada no trecho “Com efeito, a regulação promotora do desenvolvimento sustentável, em suas várias dimensões, tem de incorporar parâmetros desse jaez - algo que acontece de maneira incipiente...” (l. 21-22) com sentido de natureza ou qualidade fundamental, tipo específico, conjunto de traços ou características. Já a palavra “estofo” significa garra, fibra, energia, portanto “jaez” e “estofo” não são semanticamente equivalentes. A sugestão contida na assertiva IV, portanto, causa considerável alteração de sentido no trecho em que se encontra.
O adjetivo “consentâneo”, que qualifica aquilo que cabe bem a determinado caso ou situação, que é apropriado, adequado, conveniente, pode ser substituído por “adequado” no trecho “Eis, em suma, as propostas vocacionadas a renovar o modelo brasileiro de regulação, de maneira a fazê-lo consentâneo com a consolidação do novo paradigma de Direito Administrativo...” (l. 28-29). Observe-se o segmento já com a substituição: “Eis, em suma, as propostas vocacionadas a renovar o modelo brasileiro de regulação, de maneira a fazê-lo adequado com a consolidação do novo paradigma de Direito Administrativo...”. A sugestão contida na assertiva V, portanto, não causa alteração de sentido no trecho em que se encontra.
RESPOSTA: C.
Questão 11 – Interpretação de texto
No trecho “Não há função mais significativa [...] senão a de defender” (l. 06-07), a ideia é de que outras funções existem, mas a mais significativa é a de defender. Portanto está correta a pressuposição contida na assertiva I.
Em “a preponderância dos princípios, objetivos e direitos fundamentais...” (l. 07-08), deve-se entender que preponderam – ou seja, são mais importantes – os princípios, objetivos e direitos fundamentais, o que enseja a pressuposição de que existem outros elementos que não preponderam, ou seja, que não possuem igual importância. Portanto está correta a pressuposição contida na assertiva II.
No contexto “as autarquias reguladoras precisam, vez por todas, começar a atuar como guardiãs sistemáticas” (l.19-20), o entendimento é de que as autarquias reguladoras devem, definitivamente, começar a atuar como guardiãs sistemáticas, o que não ocorreu ainda. Portanto não se pode pressupor que as autarquias reguladoras sempre atuaram como guardiãs sistemáticas. Dessa forma, está incorreta a pressuposição contida na assertiva III.
RESPOSTA: D.
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Questão 12 – Classes gramaticais
QUESTÃO RECORRÍVEL
No trecho “a regulação é indeclinável função tipicamente estatal” (l. 24), “indeclinável” e “estatal”, destacados na transcrição, são classificados como adjetivos e ambos qualificam o substantivo “função. Observe-se: quem é indeclinável? Quem é “estatal”? Ambos estão relacionados ao substantivo “função”. Correta a assertiva I.
No trecho “a cultura do pleno respeito ao imperativo do desenvolvimento sustentável” (l.26), o termo “respeito” (destacado na transcrição) é substantivo de sentido incompleto, exigindo complemento nominal, que é “ao imperativo do desenvolvimento sustentável”. Não há complemento nominal direto ou indireto. Tais características pertencem a objetos. Errada a assertiva II.
Para se identificar a função do “que” no segmento transcrito na assertiva III, é preciso observar o trecho anterior ao “que”. Na construção “a cultura do pleno respeito ao imperativo do desenvolvimento sustentável, que reclama o resoluto combate à falta de equidade intertemporal” (l. 26-27), a palavra “que” exerce a função de pronome relativo, que retoma “desenvolvimento sustentável”. A palavra “resoluto” está empregada como adjetivo. A primeira afirmação, porém, está errada. Errada a assertiva III.
QUESTÃO RECORRÍVEL, PORQUE A BANCA DA FUNDATEC INDICOU, COMO GABARITO PROVISÓRIO, A ALTERNATIVA B, EM QUE FIGURA APENAS A ASSERTIVA II COMO ERRADA. A III, PELAS RAZÕES EXPOSTAS NO COMENTÁRIO ACIMA, TAMBÉM ESTÁ ERRADA. A INEXISTÊNCIA DE GABARITO QUE APONTE COMO INCORRETAS AS ASSERTIVAS II E III IMPÕE QUE A QUESTÃO 12 SEJA ANULADA.
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Questão 13 – Diversos aspectos sintáticos
No trecho “Ao se dar conta do seu papel sistêmico, resolverá com maior facilidade os potenciais conflitos e os custos associados...” (l. 10-11), a vírgula antes da forma verbal “resolverá” está correta, porque isola oração subordinada temporal reduzida de infinitivo (= Quando se der conta do seu papel sistêmico) e está deslocada. Portanto a primeira observação não indica erro gramtical.
Na linha 15, a conjugação do verbo “possuir”, flexionado na 3ª pessoa do plural, no trecho “Por todo o exposto, o “Estado Regulador ... possuem...”, está errada, haja vista que o sujeito é “Estado Regulador”, portanto o verbo deve ficar na 3ª pessoa do singular: “possui”. A segunda referência indica, portanto, erro gramatical.
A colocação pronominal no trecho “de maneira a fazê-lo consentâneo com a consolidação do novo paradigma de Direito Administrativo” (l. 28-29), na forma enclítica “fazê-lo”, está correta, portanto a terceira observação não indica erro gramatical.
Na linha 33, no trecho “que rompa os grilhões e os gargalos burocráticos, as redundâncias excessivas e as omissões...”, os artigos destacados na transcrição estão corretos, porque se pode registrar apenas antes do primeiro termo (“grilhões”), ou de todos, como foi feito. Portanto a quarta observação não indica erro gramatical.
RESPOSTA: E.
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Questão 14 – Coordenação e subordinação (orações)
Com relação ao trecho “O certo é que nada se apresenta mais crucial, no curso da presente crise ético-jurídica mundial, do que redefinir material e formalmente, o modelo regulatório, sem o desatino ingênuo das mudanças abruptas, todavia sempre com o efetivo compromisso ético com a eficácia crescente do direito fundamental à boa administração pública” (l.35-38), pode-se afirmar que é composto por três orações, a saber: 1ª)“O certo é”; 2ª) “que nada se apresenta mais crucial”; 3ª “do que redefinir... o modelo regulatório”. O restante são adjuntos adverbiais. Portanto está errada a assertiva I.
A oração principal é a primeira: “O certo é”. Correta, por isso, a assertiva II.
O segmento iniciado por “todavia” não possui verbo, razão por que não é oração. Errada, por essa razão, a assertiva III.
A oração “... que redefinir... o modelo...” é reduzida de infinitivo. Correta a assertiva IV.
RESPOSTA: D.
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Questão 15 – Verbos (formas nominais e conjugação verbal)
O verbo “poder”, destacado no trecho “As autarquias reguladoras são – ou deveriam ser, interdependentes e, a despeito de não poderem efetuar a definição da política setorial, podem corrigir falhas de mercado e de governo na execução ou conformação sistemática dessas políticas...” (l. 04-06), aparece conjugado no infinitivo pessoal porque está regido de preposição, procedendo o verbo da oração principal, que é “corrigir”, na locução “podem corrigir”.
O verbo “romper”, no trecho “Sim, regulação intertemporal, que rompa os grilhões e os gargalos burocráticos” (l. 32-33), está conjugado na terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo. Observe-se a conjugação de “romper” no presente do subjuntivo:
que eu rompa que nós rompamos
que tu rompas que vós rompais
que ele(a) rompa que eles(as) rompam
RESPOSTA: A.
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Questão 16 – Reescritura de trechos
A frase “Não se trata de impor limites exacerbados à inovação ou à sofisticação dos mercados, mas de coibir a fraude, a desinformação e as manipulações espúrias” (l.34-35) está reescrita com manutenção do sentido original na assertiva I, porque “Não se trata” apresenta equivalência de sentido com “Não se refere” e os demais trechos.
Na reconstrução apresentada na II assertiva, não há equivalência de sentido com o segmento original, porque a expressão “limites exacerbados”, que significa “limites exagerados”, não encontra identidade com “importantes limites”. Além disso, “coibir a fraude, a desinformação e as manipulações espúrias” não se traduz por “diminuir a fraude...”. “Coibir” é proibir, combater, diferente, portanto, de “diminuir”.
A reescritura presente na assertiva III não possui identidade de sentido com a construção original, porque inverteu as relações e as diferenciou do trecho base.
RRESPOSTA: A.
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Questão 17 – Regência e crase
No trecho “mas que atingem ___ reputação ou ___ marca de uma empresa, podem ter efeito” (l. 24-25), as duas lacunas devem ser preenchidas apenas pelo artigo “a”, porque o verbo “atingir” é transitivo direto, não exigindo preposição. Logo o trecho, com as lacunas preenchidas, terá a seguinte redação: “mas que atingem a reputação ou a marca de uma empresa, podem ter efeito”. Errada, portanto, a assertiva I.
No trecho “De fato, existem argumentos _____ medidas punitivas eventuais, como multas elevadas, podem até encorajar o contribuinte...” (l. 19-20), a lacuna deve ser preenchida por “de que”, porque o termo “argumentos” exige “de”. Observe-se o trecho já com a lacuna preenchida: “De fato, existem argumentos de que medidas punitivas eventuais, como multas elevadas, podem até encorajar o contribuinte...”. Já a lacuna do segmento “O nível da atividade econômica, seja de uma maneira geral ou do segmento específico ______ pertence uma empresa/contribuinte...” (l. 26-27) deve ser preenchida por “a que”, porque o verbo “pertencer” exige a preposição “a”. Observe-se o segmento com a lacuna já preenchida: “O nível da atividade econômica, seja de uma maneira geral ou do segmento específico a que pertence uma empresa/contribuinte...” A construção “a que” é exigida por um verbo. Errada, portanto a assertiva II.
Quanto à lacuna do trecho “... podem até encorajar o contribuinte ____ não cumprimento em anos subsequentes...” (l. 20-21), deve receber a combinação da preposição “a” com o artigo “o”, formando “ao” e atendendo à regência do verbo “encorajar” (que exige preposição “a”) e ao gênero de “cumprimento” (masculino). O trecho, já com a lacuna preenchida, terá a seguinte redação: ““... podem até encorajar o contribuinte ao não cumprimento em anos subsequentes...”. Correta, pois, a assertiva III.
A lacuna da linha 25, no trecho “marca de uma empresa, podem ter efeito muito mais significativo _______ o custo pecuniário”, pode ser preenchida com “de que”, “do que” ou apenas “que”. A afirmação “... dever-se-ia preencher...”, portanto, traduz obrigação, quando, em verdade, há três opções de preenchimento. Errada, dessa forma, a assertiva IV.
RESPOSTA: B.
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Questão 18 – Pronomes
O trecho “A ideia de mudar, ou pelo menos, influenciar significativamente o comportamento do contribuinte” (l.05) não pode ser substituído pelo pronome demonstrativo “Essa”, porque o trecho anterior, compreendido entre as linhas 01 e 04 do texto, não faz referência a elemento feminino. A substituição poderia ser por “Isso”, evidenciando-se referência a todo o trecho do 1º parágrafo. Observe-se:
“Todos os órgãos ou agências tributárias têm a obrigação de assegurar o maior nível possível de cumprimento das diferentes leis e regulamentos dentro de sua área de atuação, pois isso é um elemento essencial para maximizar a arrecadação. Para assegurar o máximo cumprimento, a entidade arrecadadora deve buscar influenciar o comportamento do contribuinte. Isso não é novo para as administrações tributárias”.
Errada, portanto, a assertiva I.
No trecho “Por último, mas não menos importante, alguns estudos acadêmicos, a prática e a história nos mostram que a equidade praticada pelo Fisco em representação do Estado tem papel fundamental no comportamento do contribuinte...” (l. 43-45), a substituição da expressão “do contribuinte” (destacada na transcrição) pela contração da preposição “de” com o pronome “ele”, em “dele”, causaria alterações sintáticas e semânticas, haja vista que não há referente anterior que sustente a utilização da contração. Errada a assertiva II.
No segmento “A percepção de justiça por parte do contribuinte, seja na forma de pagar o tributo, seja na maneira como ele se relaciona com a administração tributária, é um elemento importante na aceitação do tributo e, portanto, na sua disposição de cumprir com a obrigação de pagá-lo” (l. 45-47), o pronome possessivo “sua” (destacado na transcrição) tem nítida referência a “contribuinte”, que é o possuidor, enquanto “tributo” é o elemento possuído, pois a disposição para pagar o “tributo” é do “contribuinte”. Está errada, dessa forma, a assertiva III.
RESPOSTA: E.
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Questão 19 – Concordância verbal
Se, da construção “Todos os órgãos ou agências tributárias têm a obrigação de assegurar o maior nível possível de cumprimento das diferentes leis e regulamentos dentro de sua área de atuação, pois isso é um elemento essencial para maximizar a arrecadação” (l. 01-03), fosse suprimida a expressão “ou agências tributárias” (destacada na transcrição), a forma verbal “têm” (também destacada na transcrição) não sofreria alteração, pois o sujeito continuaria na terceira pessoa do plural representado pela sequência “Todos os órgãos”. Verdadeira a primeira assertiva.
Na construção “A dissuasão, resultante de auditorias, multas, risco de prisão e outras formas mais ou menos severas de punição, constitui a primeira resposta quando se fala em maneiras de obrigar um contribuinte a pagar seus impostos” (l. 16-18) está corretamente flexionado no singular porque o núcleo o sujeito é “dissuasão”. A sequência “resultante de auditorias, multas, risco de prisão e outras formas mais ou menos severas de punição” exerce função sintática de aposto, que qualifica o sujeito “A dissuasão”. Falsa a segunda afirmação.
No trecho “De fato, existem argumentos _____ medidas punitivas eventuais, como multas elevadas, podem até encorajar o contribuinte ____ não cumprimento em anos subsequentes” (l. 19-21), se a expressão “multas elevadas” fosse singularizada, não haveria alteração na estrutura restante da construção, porque o sujeito da forma verbal “podem” é “argumentos”. Observe-se a construção com a alteração sugerida: “De fato, existem argumentos _____ medidas punitivas eventuais, como multa elevada, podem até encorajar o contribuinte ____ não cumprimento em anos subsequentes”. Falsa a terceira afirmação.
Se no trecho “... mas, na realidade, existem também muitos contribuintes...” (l. 37) o sujeito da forma verbal “existem”, que é “muitos contribuintes”, fosse passado para o singular, tomando a forma “muito contribuinte”, o verbo “existir”, na forma verbal “existem”, destacada na transcrição, passaria para o singular: “existe”, para concordar com “contribuinte”. Observe-se a construção já com a alteração: ““... mas, na realidade, existe também muito contribuinte...”. Verdadeira, portanto, a quarta assertiva.
RESPOSTA: A.
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Questão 20 – Funções do SE e verbos
Considerando-se as frases
• “a maneira como se administravam os tributos” (l.11)
• “quando se fala em maneiras de obrigar” (l.17)
• “Não se deve matar as ‘galinhas dos ovos de ouro’” (l.31)
• “deve se esmerar em limitar as oportunidades” (l.33-34),
pode-se afirmar que, na primeira e na terceira frases, o “se” exerce a função de partícula apassivadora, já que os verbos “administrar” e “matar” são transitivos diretos; já na segunda e na quarta frases, o “se” funciona como índice de indeterminação de sujeito, haja vista que os verbos “falar” e “esmerar” estão sendo empregados como transitivos indiretos. Portanto em nenhuma das quatro frases o “se” funciona como pronome reflexivo. Está errada, por isso, a assertiva I.
Em nenhuma das quatro frases, o verbo que aparece destacado é pronominal, porque são verbos que aparecem com pronome “se” em razão da natureza semântica da mensagem. Portanto está errada a assertiva II.
A primeira frase está na passiva sintética. A forma “... como se administravam...” equivale, na passiva analítica, a “como eram administrados”. As demais frases estão na voz ativa. Correta a assertiva III.
Na terceira e quarta frases, há locuções verbais: “deve matar” e esmerar em limitar”. Correta a assertiva IV.
RESPOSTA: D.
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Questão 21 – Parônimos e acentuação gráfica
Com relação às palavras
• são (l.13)
• cumprimento (l.14)
• influencia (l.27)
• intenção (l.39),
pode-se afirmar que “são” é forma verbal de “ser”, conjugado na 3ª pessoa do plural do presente o indicativo, conforme se vê abaixo:
eu sou nós somos
tu és vós sois
ele(a) é eles(as) são
Além disso, a palavra “são também pode ser empregada como adjetivo, significando “sadio”. Portanto possui homônima. As demais palavras não possuem homônimas. Correta a assertiva I.
As palavras “cumprimento” é parônima de “comprimento”; a forma verbal “influencia” é parônima do substantivo “influência”. No vocábulo “são”, as duas formas já referidas neste comentário são homônimas. Correta, portanto, a assertiva II.
No vocábulo “influencia”, pode-se registrar acento circunflexo, gerando o substantivo “influência”. Nos demais vocábulos, não é possível inserir acento circunflexo que possa gerar outra palavra existente em Língua Portuguesa. Correta, pois, a assertiva III.
RESPOSTA: E.
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Questão 22 – Semântica e interpretação de texto
A expressão “dito popular”, presente na linha 33, não é uma pleonasmo, porque se poderia referir apenas a “dito” (de alguém), sem ser “popular”. Não há, dessa forma, redundância. Está errada, por isso, a assertiva I.
Em “Não se deve matar as ‘galinhas dos ovos de ouro’” (l. 31), a expressão, no contexto da ocorrência, significa, efetivamente, que uma das fontes de ganhos da receita não pode ser destruída. Observe-se que a frase vem imediatamente após o trecho “Endurecer com empresas em clara dificuldade financeira dificilmente resultará em maior arrecadação, e a visão de longo prazo deve prevalecer, não apenas o que ocorre em um exercício em particular” (l. 29-31). No segmento, nota-se a especificação argumentativa em relação às empresas, não ao particular em geral, o que configura uma das fontes da receita. Correta a assertiva II.
No trecho “Facilitar o cumprimento das obrigações tributárias é tão importante como ‘fechar o cerco’ para evitar possibilidades de evasão” (l. 41-42), a expressão popular “fechar o cerco” significa “cercar”, “fiscalizar com mais intensidade”, não podendo, portanto, ser substituída por “fechar o circo”, que seria impedir a diversão, a arte. Errada a assertiva III.
RESPOSTA: D.
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Questão 23 – Interpretação de texto
QUESTÃO RECORRÍVEL
Está errada a assertiva I, porque os três primeiros parágrafos do texto (l. 01-15) são dependentes e consequentes entre si. O primeiro aborda a obrigação de os órgãos ou agências tributárias assegurarem o cumprimento de leis dentro da sua área de atuação; o segundo parágrafo, por sua vez, aborda o trabalho dos órgãos e das agências no sentido de entender o que motivo o contribuinte a cumprir sua obrigação, além de buscar conhecer o comportamento do contribuinte; já no terceiro parágrafo, aborda-se, entre outros assuntos, a forma como se administra o fisco. Errada, portanto, a assertiva I.
Com relação à assertiva II, nenhum dos parágrafos do texto base, em que se inspiram as questões 17 a 24, inicia por travessão, desfazendo-se, por completo, a possibilidade de responder à proposta. Acredita-se que tenha sido ausência de revisão da banca da Fundatec. Por essa razão, essa questão 23 deve sofrer anulação.
Na assertiva III, o texto possui inúmeros elementos de articulação, a exemplo de “pois isso” (l. 02), “Para” (l. 03), “Mas” (l. 07), “pois” (l. 08), “No entanto” (l. 18), entre tantos outros, além de apresentar nítida progressão temática, desenvolvida ao longo do artigo. Errada, portanto, a assertiva III.
QUESTÃO RECORRÍVEL EM RAZÃO DE, NA ASSERTIVA II, HAVER REFERÊNCIA A PARÁGRAFOS INICIADOS POR TRAVESSÃO. NO TEXTO, NENHUM DOS PARÁGRAFOS INICIA POR TRAVESSÃO, O QUE ENSEJA A ANULAÇÃO DA QUESTÃO.
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Questão 24 – Interpretação de texto
É falsa a primeira afirmação relativa ao texto, porque, segundo o artigo, a administração dos tributos envolve todos os tipos de relação tributária, sejam eles eficazes ou não, tanto no processo de pagamentos de tributos, quanto no recebimento dos impostos.
O texto deixa claro, em especial no 2º parágrafo, que é preciso garantir que os contribuintes compreendam a legislação tributária. Verdadeira a segunda afirmação.
Em relação à terceira afirmação, observa-se que, no trecho “A percepção de justiça por parte do contribuinte, seja na forma de pagar o tributo, seja na maneira como ele se relaciona com a administração tributária, é um elemento importante na aceitação do tributo e, portanto, na sua disposição de cumprir com a obrigação de pagá-lo. A percepção de justiça ou equidade é, sem dúvida, importante, mas não é o único elemento desejável, seja de um tributo ou da relação entre a administração tributária e o contribuinte” (l. 45-49), pode-se afirmar é preciso que o contribuinte compreenda que o Fisco trabalha sob o preceito de que todos são iguais e de que há justiça na cobrança dos tributos. Verdadeira, portanto, a terceira afirmação.
RESPOSTA: C.
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AS QUESTÕES 12 E 23 SÃO RECORRÍVEIS, CONFORME AS EXPLICAÇÕES PRESENTES NESTES COMENTÁRIOS.
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