domingo, 15 de janeiro de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 786



Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e Caixa Econômica Federal – CEF.

AS POSTAGENS 776 A 790 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE AGENTE ADMINISTRATIVO DA ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – AGU, EM CONCURSO DE NÍVEL MÉDIO ELABORADO PELO CESPE.


É uma grande ilusão imaginar que o Brasil estará entre as cinco maiores economias do mundo na década atual se não realizar investimentos pesados em um novo padrão de energia, independente da utilização de petróleo. Apesar do abandono do planejamento estratégico e de nossa fraca vocação para pensarmos a longo prazo, a verdade é que mantemos algumas características de país altamente inovador. Temos realizado avanços extraordinários no desenvolvimento de processos e na pesquisa em energias alternativas, em razão da antiga (e, felizmente, superada) dependência das importações de petróleo. Não atendemos, porém, às necessidades de financiamento na medida exigida pela continuidade das pesquisas.

O rápido crescimento da economia chinesa tem atraído a atenção geral, mas devíamos orientar o nosso interesse em acompanhar, prioritariamente, as inovações que se estão processando nos Estados Unidos da América (EUA), na Alemanha e nos países nórdicos. A China, por enquanto, continua sendo uma economia que copia muito mais que investe em inovação. Os norte-americanos, com todos os problemas de suas finanças, mantêm a dianteira nos investimentos em desenvolvimento tecnológico: no governo Obama, decidiram recuperar a autonomia energética, investindo pesadamente no desenvolvimento de novas modalidades de energia. De seu lado, alemães e escandinavos estão ampliando os investimentos em energia alternativa e já colhem resultados expressivos da utilização de energia eólica.

Em termos imediatos, o que acontece de importante nos EUA e na China é a ênfase total dos investimentos públicos na expansão e modernização da infraestrutura dos transportes e comunicações de modo geral.

O caminho brasileiro não deve ser diferente: temos de acelerar os investimentos na infraestrutura dos transportes para eliminar, o mais rápido possível, os gargalos que encarecem a circulação interna e as exportações da produção agrícola e industrial.

Não é preciso repetir que o Brasil é um país inovador. O que nos falta é o suporte do crédito, de forma contínua, para sustentar as inovações, é claro que com algumas notáveis exceções: alcançamos o estado da arte na produção de combustíveis para transporte, e a EMBRAPA fez, em 30 anos, uma revolução na produtividade de nossa agricultura e pecuária, dando um enorme retorno aos parcos recursos de investimentos que recebeu.

Para que o Brasil se transforme, efetivamente, em protagonista importante da revolução que vai mudar, profundamente, os processos de produção industrial e agropastoril em todo o mundo, os próximos governos terão de dar prioridade absoluta aos investimentos em inovação e ao desenvolvimento tecnológico.

A fórmula do crescimento é inovação mais crédito. Sua aplicação foi fundamental para a construção da mais poderosa economia global no século passado. Não há razão alguma para ignorá-la.

Acerca dos aspectos semânticos e gramaticais do texto apresentado, julgue o seguinte item.

786. (CESPE – AGU – Agente Administrativo - 2010) Na construção “... o Brasil se transforme, efetivamente, em protagonista importante da revolução que vai mudar, profundamente, os processos de produção industrial e agropastoril em todo o mundo, os próximos governos terão de dar prioridade absoluta aos investimentos em inovação e ao desenvolvimento tecnológico” (6º parágrafo), o pronome “que” introduz uma oração de sentido explicativo.

Comentários.

Questão sobre orações.

Na construção “... em protagonista importante da revolução que vai mudar...”, o pronome “que” introduz uma oração de sentido restritivo, pois não está virgulado. Se houvesse vírgula antes do “que”, a oração teria sentido explicativo.

Errada a afirmativa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário