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segunda-feira, 2 de setembro de 2013
COMENTÁRIOS À PROVA DE PORTUGUÊS DO IPERGS - NÍVEL MÉDIO
Comentários e respostas às questões da prova de Língua Portuguesa do concurso do IPERGS – Cargo de Assistente em Previdência e Saúde (Nível Médio) – pela FUNDAÇÃO LA SALLE. Concurso ocorrido no dia 01 de setembro de 2013
QUESTÃO 1 – Ortografia.
As lacunas da linha 18 devem ser preenchidas com as palavras “preconizado”, “urbanizado” e “polarizado”. Observe-se que, na raiz das palavras, não há S: PRECON (=anunciar, publicar...), URBAN e POLAR, logo devem receber a terminação IZAR, com Z. RESPOSTA B.
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QUESTÃO 2 – Interpretação de texto.
Está errada a opção “A”, porque, segundo o texto, em seu fragmento “A relatividade da noção, que em última instância remete ao plano individual, tem pelo menos três fóruns de referência...”(linhas 8 e seguintes), a relatividade da noção de qualidade de vida não remete à noção que cada indivíduo possui do que é viver de forma digna. Outros elementos fazem parte de tal relatividade, como ensina o texto.
Errada a assertiva “B”, porque o texto indica que somente nas sociedades em que as desigualdades e heterogeneidades são muito acentuadas a ideia de qualidade de vida está relacionada ao bem-estar das camadas superiores da sociedade (linhas 13-16). No geral, portanto, a ideia de qualidade de vida, segundo o texto, é ampla e diz respeito a todas as camadas sociais.
Correta a opção “C”, uma vez que o termo qualidade de vida está relacionado a diferentes significados e a diversas épocas, espaços e histórias (linhas 8-13).
Errada a alternativa “D”, haja vista que, segundo o texto, a medição de qualidade de vida passa por diversos aspectos (“conforto, prazer, boa mesa, moda, utilidades domésticas, viagens, carro, televisão, telefone...” - linhas 20-21), não se resumindo apenas à noção de saúde.
Errada a opção “E”, porque não é apenas cada indivíduo e cada nação que definem qualidade de vida, mas vários outros aspectos (linhas 8-21). RESPOSTA C.
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QUESTÃO 3 – Crase.
Na lacuna da linha 2, deve haver crase, porque a regência de “tem sido aproximada” (linha 1) exige preposição “a” e a expressão “própria estética existencial” é feminina, exigindo artigo “a”. Logo a redação ficará “... que tem sido aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética existencial” (linhas 1-2).
No espaço da linha 5, deve aparecer apenas preposição “a”, porque a palavra imediatamente seguinte é pronome pessoal reto, que não aceita artigo. Logo a redação ficará “... que a ele se reportam em variadas épocas...” (linhas 5-6).
Quanto à lacuna da linha 12, deve haver crase, porque a construção verbal “se refere” exige preposição “a”, e a palavra seguinte é feminina (“estratificações”). Logo a redação ficará “O terceiro aspecto se refere às estratificações ou classes sociais...” (linhas 12-13). RESPOSTA D.
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QUESTÃO 4 – Interpretação de texto.
Errada a assertiva “A”, porque no texto não há referência à extinção da noção polissêmica de qualidade de vida. Ao contrário, o texto reconhece a necessidade de ser polissêmica.
Segundo o texto, a relatividade da noção de qualidade de vida tem estreita associação com o plano individual também. Errada a opção “B”.
Não há, no texto, referência ao fato de a obra de Engels, A situação da classe trabalhadora na Inglaterra tenha sido a primeira obra a referenciar a relação entre qualidade de vida, saúde e condições dignas de trabalho. Errada a assertiva “C”.
Os valores como conforto, prazer, boa mesa, moda, entre outros, não estão restritos a uma visão ocidental e ultrapassada de felicidade. Ao contrário, segundo o texto estão a um passo de adquirir significado em âmbito mundial. Portanto está errada a assertiva “D” e correta a “E”. RESPOSTA E.
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QUESTÃO 5 – Tipologia textual e interpretação de texto.
Errada a assertiva I, porque não é direcionado a público altamente especializado.
Errada a assertiva II, uma vez que se trata de texto predominantemente dissertativo, na linguagem e na forma, não havendo trechos narrativos. A linguagem, porém, tem intenção persuasiva.
Correta a assertiva III, porque o trecho inicial, entre as linhas 1-2, revela a noção de qualidade sintetizada, complementada por outras informações ao longo do 1º parágrafo. RESPOSTA C.
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QUESTÃO 6 – Equivalência de estruturas (reescritura de trecho).
A redação original indica a utilização da conjunção “embora”, que é subordinada adverbial concessiva, oferecendo ideia de oposição.
Correta a assertiva “A”, porque o nexo “ainda que” expressa ideia de concessão, mesmo que tenha sido construído sem o verbo, numa oração semirreduzida, porque apresenta conjunção, mas não verbo.
Errada a opção “B”, porque o nexo “porquanto” expressa ideia de causa, não de concessão conforme o original.
Errada a alternativa “C”, porque não existe a forma verbal “seje”, devendo ser “seja”, conforme a frase original.
Errada a opção “D”, porque a oração subordinada iniciada por “embora”, que é conjunção subordinativa adverbial concessiva, exige verbo no subjuntivo (“seja”), não no indicativo (“é”).
Errada a opção “E”, porque a forma verbal “fora” está empregada no pretérito mais-que-perfeito, diferentemente da mensagem original, que apresenta verbo no presente do subjuntivo (“seja”). RESPOSTA A.
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QUESTÃO 7 – Classes gramaticais (pronome relativo).
O “que”, no trecho da assertiva “A”, é pronome relativo porque retoma a expressão “noção eminentemente humana”.
Na alternativa “B”, o “que” é pronome relativo, porque retoma a expressão “A relatividade da noção”.
Quanto à opção “C”, o que funciona como pronome relativo, porque retoma “Os estudiosos”.
O “que” presente no trecho da assertiva “D” funciona como conjunção subordinativa integrante, porque está colocado depois de verbo, introduzindo oração subordinada. Observe-se: “Os estudiosos (...) mostram que os padrões e as concepções de bem-estar são também estratificados...”.
Na alternativa “E”, o “que” é pronome relativo, porque retoma a expressão “uso de tecnologias”. RESPOSTA D.
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QUESTÃO 8 – Acentuação gráfica.
Correta a assertiva “A”, porque PRÓ-PRIA, IN-DI-VÍ-DUOS e RE-FE-RÊN-CIA são paroxítonas acentuadas por terminarem em ditongo crescente, pertencentes, portanto, à mesma regra de acentuação gráfica.
Errada a opção “B”, porque PRÓPRIA é acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo crescente, enquanto HISTÓRICA é acentuada por ser proparoxítona e SAÚDE é acentuada porque apresenta “U” tônico, precedido de vogal e formando sílaba sozinho.
As palavras PRÓPRIA e HISTÓRIA são acentuadas por ser paroxítonas terminadas em ditongo crescente; FÓRUNS é acentuada por ser paroxítona terminada em “UNS”, como ÁLBUNS. Errada a alternativa “C”.
Errada a opção “D”, porque PLANETÁRIO é acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo crescente, enquanto DOMÉSTICAS é acentuada por ser proparoxítona e SAÚDE é acentuada porque apresenta “U” tônico, precedido de vogal e formando sílaba sozinho.
A forma verbal ESTÁ é acentuada por ser oxítona terminada em “A”; PLANETÁRIO é acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo crescente, enquanto HEGEMÔNICO é acentuada por ser proparoxítona. Errada a assertiva “E”. RESPOSTA A.
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QUESTÃO 9 – Semântica.
“Hegemônico” (linha 17) significa supremo ou superior, preponderante, soberano. Na sequência “O relativismo cultural, no entanto, não nos impede de perceber que um modelo hegemônico está a um passo de adquirir significado planetário...” (linhas 17-18), “hegemônico” pode ser substituído por “preponderante”. RESPOSTA A.
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QUESTÃO 10 – Emprego de conjunções.
No trecho “O primeiro é histórico. Ou seja, em determinado tempo de seu desenvolvimento econômico, social e tecnológico, uma sociedade específica tem um parâmetro...” (linhas 9-10), a expressão “Ou seja” está empregada para ratificar a afirmação anterior, reforçando-a. Errada a assertiva I.
A locução conjuntiva “no entanto”, na linha 17, é coordenativa adversativa, sendo substituída por sinônimos como “todavia”, ‘contudo”, “porém”... Corretas, portanto, as assertiva II e III. RESPOSTA E.
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QUESTÃO 11 – Pontuação.
No trecho “A relatividade da noção, que em última instância remete ao plano individual, tem pelo menos...” (linha 8), o segmento “em última instância” é adjunto adverbial de modo, podendo ficar isolado por vírgulas. A redação será a seguinte: “A relatividade da noção, que, em última instância, remete ao plano individual, tem pelo menos...”. Correta a assertiva I.
Quanto ao trecho “No campo da saúde, o discurso da relação entre saúde e qualidade de vida, embora seja bastante inespecífico e generalizante, existe desde o nascimento da medicina social, nos séculos XVIII e XIX...” (linhas 22-23), a oração subordinada adverbial concessiva “embora seja bastante inespecífico e generalizante” está entre vírgulas, podendo substituir as vírgulas por travessões, sem alteração de sentido ou prejuízo à correção gramatical. A redação ficará assim: “No campo da saúde, o discurso da relação entre saúde e qualidade de vida – embora seja bastante inespecífico e generalizante –, existe desde o nascimento da medicina social, nos séculos XVIII e XIX...” Correta a assertiva II.
No trecho “A situação da classe trabalhadora na Inglaterra, de Engels, ou Mortalidade diferencial na Franca, de Villermé, são exemplos...”, as sequências “de Engels” e “de Villermé” não são orações, porque não têm verbo. A rigor, são apostos explicativos, indicativos da autoria das obras mencionadas. Errada a assertiva III. RESPOSTA D.
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QUESTÃO 12 – Pontuação.
Errada a construção da alternativa “A”, porque a vírgula ali empregada separa o sujeito (“A noção de qualidade de vida nos moldes atuais” de seu verbo (“pressupõe”).
Correta a construção presente na alternativa “B”.
Errada a construção da opção “C”, porque a sequência “nos moldes atuais”, que é adjunto adverbial de tempo e está deslocado, poderá ficar entre duas vírgulas, ou nenhuma, nunca uma só.
Errada a cosntrução da opção “D”, porque a sequência “nos moldes atuais”, que é adjunto adverbial de tempo e está deslocado, poderá ficar entre duas vírgulas incluindo-se “atuais”, que parte integrante da expressão (qualifica “moldes”).
Errada a construção da opção “E”, porque os dois-pontos estão separando o sujeito (“A noção de qualidade de vida nos moldes atuais”) de seu verbo (“pressupõe”). RESPOSTA B.
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QUESTÃO 13 – Grafia dos Porquês.
Na construção “A noção de qualidade de vida é polissêmica porque está relacionada a múltiplas variáveis socioculturais, bem como a diferentes períodos históricos”, a palavra “porque deve ser grafada junto e sem acento, porque se trata de explicação.
As demais grafias, nas outras opções, apresentam, portanto, erro. RESPOSTA B.
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QUESTÃO 14 – Formação de palavras.
As palavras “conhecimentos”, “histórico” e “sociedade” não apresentam prefixos; apresentam apenas sufixos (respectivamente “-mentos”, “-ico” e “-dade”).
A palavra “experiências” não apresenta prefixo, mas possui sufixo, que é –ÊNCIA (= estado de), além de desinência de número (“s”).
A palavra “desigualdades” apresenta prefixo “-des” e sufixo “-dade”. RESPOSTA E.
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QUESTÃO 15 – Concordância.
Errada a construção da opção “A”, porque o núcleo do sujeito de “existir”, em “Existe”, é “estudiosos”, logo deve ser “Existem estudiosos que analisam...”.
Errada a construção da alternativa “B”, porque o verbo “haver”, em “haverão”, está empregado no sentido de “existir” ou “ocorrer”, portanto é impessoal, não podendo flexionar. Corrigida, a construção ficará “Sempre haverá pesquisas sobre as concepções...”.
Correta a assertiva “C”, porque a expressão “qualidade de vida”, segundo o texto, abrange significados distintos, que refletem conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e coletividades. Observe-se, por oportuno, que tal assertiva, cuja construção está correta sob o prisma da concordância verbal e nominal, pertence ao campo da interpretação de texto, da referenciação, não da sintaxe de concordância.
Errada a construção da opção “D”, porque a locução verbal “devem serem realizados” apresenta imperfeição quanto à flexão do segundo verbo auxiliar (“ser”, em “serem”), que deve ficar na forma de infinitivo impessoal (“ser”). A frase, corrigida, ficará “Estudos sempre devem ser realizados para que se tenha uma noção...”.
Errada a construção constante na alternativa “E”, cujo verbo “haver”, em “hajam”, está empregado de forma impessoal, significando “existir” ou “ocorrer”, não podendo ser flexionado. A frase, corrigida, ficará “Para que haja noções claras sobre o significado polissêmico...”. RESPOSTA C.
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NÃO HÁ QUESTÃO COM RESPOSTA RECORRÍVEL.
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Muito obrigado pelas ótimas video aulas.
ResponderExcluirAcertei 14 de 15!!!