terça-feira, 12 de maio de 2015

COMENTÁRIOS E RESPOSTAS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS PARA NÍVEL SUPERIOR – FUNDAÇÃO LA SALLE – CERTAME REALIZADO EM 10 DE MAIO DE 2015

Questão 01 – Crase A lacuna de linha 04 deve ser preenchida com a contração da preposição “a” com o artigo definido feminino singular “a”, gerando “à”. O substantivo “proteção” exige preposição “a”, e a palavra “saúde” é feminina, exigindo artigo “a”. A expressão “fazer inveja” exige preposição “a” (quem faz inveja faz inveja “a”), e a palavra “máfia” é feminina, exigindo artigo “a”. Portanto a lacuna de linha 06 deve ser preenchida com a contração da preposição “a” com o artigo definido feminino singular “a”, gerando “à”. Na lacuna da linha 12, deve aparecer apenas o artigo definido feminino plural “as”, porque o verbo “provocar” é transitivo direto (quem provoca provoca algo ou alguém). Quem exige o referido artigo é a expressão “mesmas doenças”. A lacuna de linha 16 deve ser preenchida com a contração da preposição “a” com o artigo definido feminino singular “a”, gerando “à”. O adjetivo “associada” exige preposição “a”, e a palavra “dependência” é feminina, exigindo artigo “a”. RESPOSTA: B. _____________________________________________________________________________ Questão 02 – Ortografia As palavras que devem preencher as lacunas das linhas 13, 22 e 24 são “mal” (advérbio, porque vem antes de “intencionado”, que é adjetivo), “abstinência” e “aflige”, do verbo “afligir”. RESPOSTA: E. _____________________________________________________________________________ Questão 03 – Acentuação Gráfica Quanto à assertiva I, a forma verbal “proíbe” (pro-í-be) é paroxítona quanto à tonicidade, mas é acentuada pela regra dos hiatos (regra do I e U), porque o I é tônico, precedido de vogal e forma sílaba sozinho. Errada a primeira assertiva. O adjetivo “incrível” (in-crí-vel) é acentuada por se tratar de paroxítona terminada em “L”. Correta a assertiva II. Como já se observou, a forma verbal “proíbe” (pro-í-be) é acentuada pela regra dos hiatos (regra do I e U). Igual razão de acentuação está presente em “Paraíba” (Pa-ra-í-ba). Nos dois casos, o I é tônico, precedido de vogal e forma sílaba sozinho. Certa a terceira assertiva. RESPOSTA: D. _____________________________________________________________________________ Questão 04 – Funções Sintáticas Na construção “Haveria mais lógica se defendessem o direito do usuário de cocaína aspirá-la em restaurantes, igrejas, escritórios ou aviões...” (linhas 39-40), o pronome sublinhado em “aspirá-la” retoma “cocaína”. Como o verbo “aspirar” está sendo empregado como “puxar o ar, inalar...”, funciona como transitivo direto. Portanto o pronome “la” funciona como objeto direto. RESPOSTA: B. _____________________________________________________________________________ Questão 05 – Semântica e Interpretação de Texto No trecho “Qualquer medida ou lei que tenha como objetivo reduzir a prevalência do fumo na população e assim diminuir o sofrimento humano e o número de mortes causadas por ele, viaja na contramão dos interesses empresariais” (linhas 45-47), a forma verbal “viaja” (destacada na transcrição) • está empregada em sentido conotativo, isto é, comparativo, não denotativo (que é real). Portanto é falsa a primeira afirmação. • está conjugada no presente do indicativo (eu viajo, tu viajas, ele viaja...), portanto indica um fato atual. Verdadeira a segunda afirmação. • não indica um fato hipotético, porque, no trecho, embora a referência seja genérica, o que se observa pelo uso do verbo “ter” no presente do subjuntivo (“tenha”), há referência concreta ou específica a uma determinada medida com o objetivo de reduzir a prevalência do fumo na população. Falsa a terceira afirmação. RESPOSTA: A. _____________________________________________________________________________ Questão 06 – Interpretação de Texto Com relação à pergunta “Qual a razão para a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes tentar revogar a lei antifumo?”, a resposta se encontra no texto, entre as linhas 31 a 33. Observe-se: “Em entrevista para o jornal O Estado de São Paulo, Paulo Solmucci, presidente-executivo da Associação, explicou que a lei: ‘cria um rigor inimaginável, impedindo os direitos individuais do cidadão de consumir um produto que é lícito’”. Portanto a pergunta contida na assertiva I encontra resposta no texto. Observe-se a pergunta da assertiva II: “Em média, quantos anos de vida um dependente de cigarro perde?”. Entre as linhas 02 e 03, lê-se: “Não bastasse comercializar um produto que causa dependência química e rouba, em média, 12 anos da vida de um homem e 11 anos da vida de uma mulher...”. Isso assegura que a pergunta contida na assertiva II encontra resposta no texto. Quanto à pergunta “Quantos maços de cigarro uma pessoa fuma por dia?”, contida na assertiva II, não há resposta plausível no texto. Observe-se que, entre as linhas 42 e 44, o trecho “Não sejamos ingênuos, o intuito de empresas como Philip Morris e Souza Cruz é viciar o maior número possível de crianças e adolescentes, com o objetivo claro de fazê-los cair na mão do fornecedor ao ritmo de uma maço por dia, pela vida inteira” faz nítida referência a uma quantidade de consumo diário de cigarros, mas isso é apenas uma afirmação do autor do texto, que não responde à indagação dessa terceira assertiva. RESPOSTA: C. _____________________________________________________________________________ Questão 07 – Interpretação de Texto e Semântica A expressão “Além desse impacto psicológico” (linha 20) estabelece a coesão entre o parágrafo anterior e o que se afirmará no parágrafo iniciado pela expressão referida. Observe-se que o “impacto psicológico” de que trata a expressão deve ser entendido pela proibição de fumar em ambientes fechados que ajuda o fumante a superar as crises de abstinência, sendo obrigado a sair do lugar em que se encontra para fumar e, principalmente, porque, segundo afirma o autor, nessa hora cai por terra o mito de que fumar é um hábito, revelando-se como um vício escravizante. A tudo isso se refere o segmento “Além desse impacto psicológico” (linha 20). Correta a primeira assertiva. A palavra “incautos” (linha 38) significa sem cautela, descuidado. Não possui, portanto, relação com “incultos”. Não pode, portanto, haver substituição de “incautos” por “incultos” sem que haja alteração de sentido no texto. Errada a segunda assertiva. O substantivo “intuito” (linha 4) é sinônimo de “propósito”, “intenção”, “objetivo”. Portanto “intuito” pode ser substituído, sem alteração de sentido no texto, por “propósito”. Correta a terceira assertiva. RESPOSTA: D. _____________________________________________________________________________ Questão 08 – Interpretação de Texto Errada a opção (A), porque, segundo o texto, a lei antifumo beneficia os fumantes e os não fumantes (trecho das linhas 11 e 12; trecho das linhas 34 e 35 (até “... por ele”) e trecho das linhas 37 a 39). Correta a alternativa (B), que pode ser sustentada pelo seguinte trecho do texto: “Em entrevista para o jornal O Estado de São Paulo, Paulo Solmucci, presidente-executivo da Associação, explicou que a lei: ‘cria um rigor inimaginável, impedindo os direitos individuais do cidadão de consumir um produto que é lícito’” (linha 31-33). Errada a alternativa (C), porque não há, no texto, afirmação que sustenta que toda a população vê na lei antifumo um avanço na área da saúde. Pode-se observar que há os que a criticam. Errada a opção (D), porque, entre as linhas 48 e 50 do texto, vê-se a indústria do cigarro financia campanhas de políticos inescrupulosos. Errada a opção (E), porque não foi um cidadão não identificado que afirmou que a lei proíbe a pessoa de fumar cigarro, tirando-lhe a liberdade: segundo o texto, foi Paulo Solmucci, presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (linhas 29 a 33). RESPOSTA: B. _____________________________________________________________________________ Questão 09 – Interpretação de Texto O texto, no trecho compreendido entre as linhas 06 a 09, informa que foi aprovada, em 2011 a lei antifumo, que proíbe fumar em ambientes fechados em todo o território nacional. Tal legislação, porém, só foi regulamentada mais tarde, entrando em vigência somente em 3 de dezembro de 2014. No trecho compreendido entre as linhas 27 a 29, existe informação de que “Leis estaduais já haviam adotado a proibição em...”. A afirmação da assertiva I interpreta que “a lei antifumo demorou três anos para entrar em vigor, paralelamente a isso, alguns Estados criaram leis estaduais, incluindo um da região Sul”. O advérbio “paralelamente” está empregado com sentido de simultaneidade, podendo ser entendido como “simultaneamente”. No texto, porém, não há informação de que alguns estados tenham criado legislação antifumo simultaneamente à aprovação da lei que vale para todo o território nacional. Errada a assertiva I. Correta a assertiva II, pois encontra sustentação no trecho compreendido entre as linhas 11 a 12 e 37 a 39. Correta a assertiva III, porque encontra sustentação no texto, em especial no trecho entre as linhas 48 a 50. RESPOSTA: D. QUESTÃO RECORRÍVEL A BANCA INDICOU COMO GABARITO A OPÇÃO (E), ASSEGURANDO ESTAREM AS TRÊS AFIRMAÇÕES CORRETAS. PELA EXPLICAÇÃO EXPENDIDA RELATIVAMENTE À ASSERTIVA I, A QUESTÃO É RECORRÍVEL, PORQUE NÃO RETRATA AFIRMAÇÃO PRESENTE NO TEXTO, COMO ESTÁ EXPOSTO NO COMENTÁRIO ACIMA. ____________________________________________________________________________ Questão 10 – Fonética A forma verbal “bastasse” apresenta o dígrafo oral “ss”; não há ditongo nesta forma verbal. Já no pronome relativo “que”, o dígrafo, também oral, é “qu”; não há, em “que”, duas semivogais, porque, sendo dígrafo “qu”, ouve-se apenas o “e”, que é vogal, não semivogal; não há hiato na palavra “que”. RESPOSTA: A. _____________________________________________________________________________ HÁ QUESTÃO RECORRÍVEL. VER COMENTÁRIOS SOBRE A QUESTÃO 9. Publicado no saite WWW.cpcrs.com.br, no blog professormenegotto.blogspot.com e no Facebook, na página Menegotto. PROIBIDA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, SEM A ANUÊNCIA DO AUTOR. Direitos autorais reservados a Prof. Menegotto® e a CPC Concursos.

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