terça-feira, 9 de abril de 2013

AUTORIZADO CONCURSO DA PRF - 1000 VAGAS

Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), nesta terça-feira, 9, a portaria do Ministério do Planejamento que autoriza a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realize concurso público visando à contratação de 1.000 novos policiais. A portaria esclarece que a responsabilidade pela realização do concurso será do Diretor-Geral do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, a quem caberá baixar as respectivas normas, mediante a publicação de editais, portarias ou outros atos administrativos. O Edital que deve ser publicado num prazo máximo de 6 meses. Além do ensino superior completo em qualquer área, o cargo de policial rodoviário federal tem como requisito a carteira de habilitação, na categoria B ou superior. As contratações são pelo regime estatutário, que proporciona estabilidade. O salário inicial é de R$ 6.479,81, além do auxílio-alimentação, no valor de R$ 373. O concurso da PRF será nacional e as vagas serão ocupadas prioritariamente nas regiões de fronteira. A lotação do futuro servidor irá depender da classificação do candidato no concurso.

domingo, 31 de março de 2013

REDAÇÃO PARA O BANCO DO BRASIL

CURSO DE REDAÇÃO PARA O BANCO DO BRASIL Turmas às terças-feiras, das 14h30min às 17h30min e aos domingos, das 9h às 12h, em quatro aulas com quatro redações corrigidas por mim. Informações no CPC, na avenida Farrapos, n. 235, bairro Floresta, ou pelo saite www.cpcrs.com.br. Garanta sua vaga, pois há limite de alunos em cada uma das duas turmas. Prof. Menegotto.

sábado, 30 de março de 2013

BANCO DO BRASIL - ESTUDE PELO EDITAL

Atenção, candidatos ao Banco do Brasil: estudem pelo programa do edital. Tenho recebido dezenas de e-mails sobre questões de fonética, ortografia e acentuação gráfica. Isso só ocorre porque os candidatos não leram o edital. A FCC, em primeiro lugar, nunca incluiu fonética em seus programas de Língua Portuguesa; em segundo lugar, no edital do concurso para o RS (Edital n. 1/2013/001-BB-FCC), a FCC não elencou ORTOGRAFIA e ACENTUAÇÃO GRÁFICA. Portanto não perca tempo! Veja o programa de Língua Portuguesa do concurso do Banco do Brasil cujas provas ocorrerão em 26 de maio próximo: Edital publicado no Diário Oficial da União, Seção 3, páginas 81 a 88, em 28/02/2013 - BANCO DO BRASIL S.A. - SELEÇÃO EXTERNA 2013/001 - EDITAL Nº 1 – 2013/001 – BB, DE 28.02.2013 -CARREIRA ADMINISTRATIVA – CARGO ESCRITURÁRIO Morfologia e sintaxe. Concordância nominal e verbal. Regência nominal e verbal. Compreensão e interpretação de textos. Intertextualidade. Significado das palavras. denotação e conotação. Pontuação. Redação (reconhecimento de frases corretas e incorretas). Portanto estude pelo programa. Prof. Menegotto.

domingo, 3 de março de 2013

CONCURSOS DEVEM MUDAR SISTEMAS

Concursos precisam de mudanças Fraudes em testes do Enem e suspeitas em concursos fazem aumentar pressão para reformular as provas DIÁRIO DA MANHÃ WELLITON CARLOS A polêmica em torno do concurso público para as carreiras da Polícia Civil em Goiás é apenas o estopim para uma grande mudança na legislação brasileira de concursos. Uma série de modificações está sendo proposta pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), como o fim da prova objetiva – que gerou a polêmica em Goiás. Conforme a Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), os concursos movimentam mais de R$ 30 bilhões no Brasil. As provas quase sempre envolvem todas as famílias do País, tamanha a procura por concorrências que selecionam servidores públicos. Não é novidade especulações em torno de supostas irregularidades nas provas. A Ordem dos Advogados (OAB), volta e meia, tem provas questionadas no Brasil. No ano passado, por exemplo, o teste do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) gerou novamente uma série de questionamentos. Em 2009 foi descoberto o vazamento de uma das provas. O teste chegou a ser furtado diretamente na gráfica. Na época, o Ministério da Educação agiu após a imprensa notificar o ocorrido. Da mesma forma, os testes para delegado foram suspensos na UEG, onde nada ainda se provou contra a lisura da aplicação. Conforme o estudo da FGV Direito Rio e da Universidade Federal Fluminense (UFF), é necessário, acima de tudo, acabar com a ideia de que o concurso seja um processo de seleção cuja finalidade seja ele mesmo. Ou seja, muitas provas acontecem para beneficiar um grupo específico de empresários e governos que vivem disso. caso UEG A pesquisa divulgada pela FGV propõe o fim das provas objetivas, chamadas de múltipla escolha, e a realização das provas por meio de um órgão. “Seria melhor que um órgão apenas executasse as provas, pois facilitaria o controle”, diz Luís César Olinto, advogado especializado em Direito Público e concorrências. “Fraudes sempre existirão. Não sei se é o caso da UEG, pois ainda nada se comprovou. No entanto, é natural que ocorram suspeitas e casos graves, como do Enem”, diz o especialista. A pesquisa demonstra que 97% das provas aplicadas em 698 seleções, nos últimos nove anos, apresentam uma etapa objetiva – que facilita fraudes. A FGV sugere que provas escritas discursivas tomem espaço das objetivas. O processo de recrutamento para o serviço público também sofreria outras mudanças, caso da proibição do candidato se candidatar mais de três vezes ao cargo. “É um modelo semelhante ao exame da ordem dos advogados nos Estados Unidos”, diz. Fernando Fontainha, que coordenou a pesquisa, afirma que o estágio probatório não é usado corretamente no Brasil. Ele acusa os concursos de movimentar um mercado milionário e ao mesmo tempo não atender aos interesses do Estado. No caso do estágio, é o momento para a administração pública avaliar se o candidato aprovado deve ou não continuar e adquirir a estabilidade. Conforme a pesquisa, o primeiro ano dos três anos de estágio probatório deve ser utilizado para capacitar o servidor. Além disso, sugere-se que seja recrutado apenas quem tenha no mínimo cinco anos de experiência. Bons currículos ficam de fora O Núcleo de Seleção da UEG suspendeu todas as provas a serem realizadas pela instituição. Conforme o reitor da UEG, Haroldo Reimer, a universidade teria a competência técnica para aplicação, mas ele entende que as denúncias repercutiram negativamente. No último domingo, após observação dos gabaritos divulgados pela imprensa, candidatos denunciaram que existiam padrões suspeitos de gabarito. A Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) analisou os indícios de irregularidades e determinou o cancelamento das etapas da prova. Ainda não foram agendadas novas datas para o certame. Conforme Reimer, não é possível abrir mão da transparência e da licitude nos processos seletivos em andamento – daí o afastamento da diretora da UEG responsável pelas provas e demais ações para zelar pela concorrência. O caso da UEG só foi divulgado imediatamente por conta da centralidade das causações e responsabilidades. Como é o órgão que realizava diversos certames, todos acabaram controlados para que não haja prejuízo dos participantes. Legislação federal Luís César Olinto, especializado em concorrências, destaca que qualquer modificação mais severa na aplicação das provas deveria ser proposta por uma legislação federal. “Existem muito mais problemas do que podemos imaginar. Nas concorrências públicas que já chegam batizadas, por exemplo. Experimente participar de seleções a partir de currículos realizadas por nos ministérios, em Brasília. Veremos que a escolha é subjetiva e leva em conta, em sua grande maioria, a amizade com os selecionadores. Bons currículos ficam de fora”, diz. saiba mais l Questões objetivas Elas não atendem ao princípio de que deve selecionar os melhores. Existe possibilidade de fraudes e mesmo ‘sorte’. Afinal, se alguém acerta a Mega-Sena, é possível também acertar muitas das questões no chute. lUm órgão só Centralizar em um órgão apenas é a melhor solução. Em Goiás, os concursos já estão concentrados na UEG – daí a facilidade de controlar mais a aplicação das provas. O fato foi suscitado e imediatamente começou a apuração para saber se existe ilícito. l Estágio probatório Hoje quem passa em concurso não é avaliado, ficando no cargo para sempre. Com a aplicação do estágio probatório, é possível que o servidor que não tenha aptidão seja afastado. O poder público utilizaria um desses anos para preparar o servidor selecionado. l Fim do concurso perpétuo O concurso deveria ser realizado de tempos em tempos, sendo obrigado o servidor a se atualizar e realizar provas para se manter no cargo. Com isso, o cargo seria mais dinâmico e o servidor atuaria tendo em vista não a estabilidade apenas, que se manteria, mas ao serviço prestado. l Experiência A proposta da FGV sugere que os candidatos selecionados tenham mais experiência do que o habitual. Neste sentido, experiência e títulos seriam melhor avaliados do que na atualidade. É comum a seleção de pessoas sem experiência. Na carreira da magistratura foi corrigido tal equívoco, mas não em outras profissões.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

CONCURSOS NÃO APROVAM OS MELHORES CANDIDATOS

Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) Direito Rio e da Universidade Federal Fluminense (UFF) aponta problemas nos concursos públicos federais. Entre eles, provas que não avaliam as experiências e conhecimento do candidato e má gestão. As duas instituições propõem mudanças no processo de recrutamento para o serviço público. A mostra é que o concurso tem perdido a principal finalidade para o qual foi criado, que é selecionar um profissional adequado para cargo na administração pública. "O concurso no Brasil tem cada vez mais se tornado um fim em si mesmo. Seleciona as pessoas que tem mais aptidão para fazer prova de concurso. Temos uma ineficiência de fiscalização de competências reais. E além disso, apesar de existirem mecanismos que possibilitam a demissão, como o estágio probatório, eles quase não são utilizados. Os concursos hoje alimentam um mercado milionário", avalia o coordenador da pesquisa e professor da FGV Direito Rio, Fernando Fontainha, que divulgou ontem (22) o levantamento. Os dados vão além e apontam que os salários ofertados são estipulados conforme a complexidade do certame, e não com base no nível acadêmico ou competência do candidato. Quanto mais difícil e maior o número de provas, maiores as remunerações. Para reverter esse cenário, o estudo propõe medidas, como o fim das provas objetivas (múltipla escolha). De acordo com o levantamento, cerca de 97% das provas aplicadas em 698 seleções, entre 2001 e 2010, seguiam o modelo. A proposta é o uso de questões escritas discursivas que abordem situações reais a serem vivenciadas pelos futuros contratados. Além disso, defende a aplicação de prova prática nos casos em que a discursiva for insuficiente para avaliar a qualificação do candidato. Outra proposta é impedir o candidato de se inscrever para o mesmo concurso mais de três vezes. O estudo constatou que acima de um terço dos inscritos não comparece ao certame. "A realização das provas é algo caro. A intenção é que o candidato se inscreva quando tiver condições de passar [aprovado]", explica Fontainha. Os pesquisadores defendem três processos distintos de seleção dos servidores públicos. O primeiro, chamado recrutamento acadêmico, propõe a busca por jovens recém-formados, com o objetivo de que sejam capacitados para o exercício da futura função. As provas aplicadas a esses candidatos devem abordar os conhecimentos universitários e escolares, e a formação inicial será obrigatória. O segundo, o recrutamento burocrático, visa a admissão de profissionais já inseridos na administração pública. Para participar, o candidato deve ter ao menos cinco anos de experiência. As provas serão sobre o ambiente do serviço público. Já o terceiro, o profissional, irá avaliar quem atua no mercado e tenha experiência mínima de dez anos. Neste caso, o candidato é avaliado sobre conhecimentos de mercado e da administração pública. Em relação às provas, a sugestão é criar uma empresa pública para gerir os concursos e elaborar os exames. O levantamento detectou a presença majoritária de sete institutos e centros responsáveis pela elaboração das provas, entre eles o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos Universidade de Brasília (UnB), que detém a maior fatia do mercado. A Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac) estima movimento de mais de R$ 30 bilhões no setor. "É uma questão que tem que ser debatida. Devemos analisar se é mesmo necessária a criação de uma empresa pública ou se é necessário apenas regular o mercado de uma forma diferente", disse o coordenador de Negócios do Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan), Bruno Campos. O instituto também organiza seleções. Para os pesquisadores, os três anos estabelecidos pela lei para o estágio probatório devem ser destinados rigorosamente para capacitação, sendo no primeiro ano, com aulas presenciais, e nos demais, início do exercício do cargo com acompanhamento de um servidor experiente. De acordo com a Nayara Teixeira Magalhães, consultora acadêmica do projeto Pensando o Direito - parceria entre o Ministério da Justiça e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o ministério e os demais 20 parceiros da pesquisa irão analisar as propostas. Uma versão final do relatório deve sair até o dia 15 de abril.

sábado, 26 de janeiro de 2013

CONCURSO DO DETRAN-RS

Detran/RS abre novo concurso com 216 vagas imediatas e CR 23/01/2013 13:42 Lorena Pacheco - Do CorreioWeb Quem possui formação de nível médio, técnico e superior pode se candidatar no novo concurso público lançado pelo Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS). Foram abertas 216 oportunidades imediatas, e formação de banco reserva de aprovados. Segundo o documento de abertura do certame, os vencimentos básicos variam de R$ 1.578,22 a R$ 4.456,93. Os cargos em disputa são: assistente administrativo e operacional, auxiliar técnico, e técnico superior. Pode participar quem tem nível técnico em informática, redes de computadores e mecânica. Assim como os graduados em administração, análise de sistemas, engenharia civil, engenharia mecânica, estatística, medicina e secretariado executivo. Apenas para o cargo de técnico superior, podem concorrer pessoas com qualquer curso superior. É exigido de todos os candidatos carteira de habilitação para dirigir. As inscrições já estão abertas pelo site www.fundatec.org.br, e poderão ser feitas até o dia 18 de fevereiro. As taxas vão de R$ 56,88 a R$ 129,69. Haverá prova objetiva no dia 7 de abril, apenas na capital Porto Alegre, além de prova de títulos.

sábado, 19 de janeiro de 2013

ACORDO ORTOGRÁFICO. É UMA BOA IDÉIA? OU É UMA BOA IDEIA?

Janeiro de 2013 já chegou. E a obrigatoriedade de seguir as regras do novo Acordo Ortográfico, que entraria em vigor no primeiro dia do ano, foi adiada para o início de 2016. Tudo por conta do decreto 7.875, assinado pela presidente Dilma Rousseff e publicado no Diário Oficial da União de 28 de dezembro de 2012, determinando que as duas formas de escrita coexistirão até 31 de dezembro de 2015, período ampliado de transição, onde serão consideradas corretas as grafias 'assembléia' e 'assembleia', por exemplo. Mas, nesse contexto, como ficam os concurseiros? Segundo especialistas entrevistados pela FOLHA DIRIGIDA, a resposta é simples. Não há controvérsia. As bancas examinadoras dos concursos públicos continuarão a aceitar as duas regras ortográficas, bem como os demais setores da Educação, como nas correções de provas escolares, de vestibulares e do Enem. As organizadoras dos certames que, antes da publicação do decreto, divulgaram seus editais já cobrando o novo Acordo nas avaliações que serão aplicadas nos próximos meses terão de retificar os documentos. Foi exatamente o que fez o Cespe/UnB. Na última semana, a organizadora de Brasília publicou edital comunicando aos candidatos do concurso do Ibama que serão aceitas as duas formas ortográficas na prova discursiva. O Centro de Seleção tomou este cuidado extra - na verdade, uma demonstração de respeito aos candidatos. Mas, a bem da verdade, sequer é preciso retificar o documento, se a cobrança prevista no edital indicar a Ortografia Oficial. É o que explica o professor Romulo Bolívar, dos cursos PLA, Sem Dúvidas e Degrau Cultural. “Acordo Ortográfico não é conteúdo, por isso, apesar de algumas bancas o assinalarem, ele não precisa ser explicitado em edital. Se a examinadora simplesmente indicar a Ortografia Oficial, em tempos de uso facultativo, ambas as regras podem ser cobradas. Valerá o tipo de pergunta, por exemplo: 'De acordo com as novas regras de acentuação, está correta a opção:...' Em geral, as organizadoras indicam a Ortografia Oficial entre os itens do edital; redigem todas as questões e seus textos, de acordo com a nova reforma; não fazem perguntas polêmicas sobre o tema, justamente para evitar problemas. E, na hora da redação, permitem ao candidato usar a regra que bem entender, contanto que não erre nas duas maneiras. Acredite, há quem consiga esta proeza”, revela Romulo. O professor de Português para concursos, Márcio Coelho, concorda que as bancas organizadoras têm dado liberdade ao candidato de empregar a teoria tradicional ou o novo Acordo. Mas adverte para um cuidado que os concurseiros devem tomar. “Não se admite, coerentemente, que se empreguem os dois casos ao mesmo tempo. Na prova objetiva é que notamos algumas diferenças: existem bancas que já estão cobrando o novo Acordo, e bancas que ainda não aderiram a ele estão se esquivando dos casos em que houve alteração; vemos, assim, que está prevalecendo o bom-senso”. Novo acordo adiado, mais tempo para estudar. Será? O concurseiro ainda pode estar se perguntando se é melhor adiar o estudo da nova ortografia e focar na tradicional, mais inserida nas atividades do cotidiano. Conforme os especialistas, não há tempo a perder no aprendizado das novas regras, já que elas podem ser cobradas nas provas objetivas. Essa é a orientação da professora de Língua Portuguesa e Redação, Lilian Furtado. “As duas ortografias são oficiais e o candidato deve saber as duas, caso no edital venha apenas Ortografia Oficial. Algumas bancas, como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), já cobraram em questões objetivas as novas regras. Dentre as grafias que mais geram dúvidas está o uso do hífen, que para uma prova objetiva pode complicar se o candidato não conhecer bem as mudanças. Nas provas de redação isso não tem sido um problema quando o candidato opta por seguir apenas uma regra”. O professor Márcio Coelho também considera importante o estudo do acento gráfico. Segundo ele, os candidatos devem ter atenção especial às palavras mais usuais que apresentaram mudanças. “É preciso cuidado, por exemplo, com ideia, joia, voo, porque instintivamente, na hora da prova, é normal colocar acento em todas elas”. Um Acordo em desacordo, que ainda gera dúvidas O novo Acordo substitui apenas 0,5% de termos e grafias usados no Brasil, a fim de unificar as normas da Língua Portuguesa entre os países que a utilizam: Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A idéia é facilitar o intercâmbio entre estes países e fortalecer o idioma perante as demais nações. Apenas Moçambique e Angola ainda não ratificaram o documento. No Brasil, apesar de ser utilizado desde 2008 pelos setores público e privado, com a devida adequação dos livros didáticos em 2009, o acordo já estava fadado a causar polêmica devido a alguns setores da política nacional discordarem do prazo de adaptação às novas regras. Além disso, são propostas audiências com professores e embaixadores dos países de língua portuguesa, e uma discussão mais ampla sobre as novas regras. A decisão pelo adiamento da obrigatoriedade de adoção do Acordo envolveu técnicos do Ministério da Educação, da Casa Civil e do Ministério de Relações Exteriores (MRE), que acharam por bem estender este prazo, seguindo o exemplo de alguns países, como Portugal, que concedeu seis anos para estabelecer o novo Acordo Ortográfico. Para Romulo Bolívar, durante a história da Língua Portuguesa, várias foram as motivações para os acordos que existiram, como a de reconstituir a escrita da época clássica, ou de aproximá-la da fala: “Especialistas têm feito críticas pertinentes ao Acordo, mas a maioria das pessoas que quer derrubá-lo não sabe o que diz. Muitos, por exemplo, já não sabiam usar o hífen antes. E agora, com o Acordo, se depararam com a necessidade de aprender as regras, por isso se desesperam”. O adiamento para 2016 pode abrir precedentes para que novas normas sejam propostas e ainda as atuais excluídas, já que diversos setores não foram ouvidos na discussão da nova ortografia. Segundo o professor Márcio o novo acordo ortográfico tem sido mal compreendido por pessoas que não estão acostumadas a dar aulas. “Alguns até falam em reforma da Língua Portuguesa. O que houve, na verdade, foi apenas um acordo entre os países lusófonos na tentativa de unificar as regras ortográficas. É claro que poderiam ter modificado muito mais, no entanto, para começar, está bom. Um dos casos mais polêmicos é o emprego do hífen, mas só fala mal do acordo quem nunca ensinou, por exemplo, as regras do hífen. Antes, para apenas um dos casos, tínhamos de decorar mais ou menos 100 prefixos; hoje, com cinco regras, resolvem-se todos os casos relativos ao tema”, explica. E para você, leitor? Adiar a adoção do Acordo Ortográfico foi uma boa idéia? Hum... Ou seria ideia?