
Questões de concursos comentadas e respondidas. Um blog a serviço da Língua Portuguesa e dos candidatos a concursos públicos em todo o Brasil. "Nulla dies sine linea".
terça-feira, 9 de abril de 2013
AUTORIZADO CONCURSO DA PRF - 1000 VAGAS

domingo, 31 de março de 2013
REDAÇÃO PARA O BANCO DO BRASIL


sábado, 30 de março de 2013
BANCO DO BRASIL - ESTUDE PELO EDITAL

domingo, 3 de março de 2013
CONCURSOS DEVEM MUDAR SISTEMAS

domingo, 24 de fevereiro de 2013
CONCURSOS NÃO APROVAM OS MELHORES CANDIDATOS
Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) Direito Rio e da Universidade Federal Fluminense (UFF) aponta problemas nos concursos públicos federais. Entre eles, provas que não avaliam as experiências e conhecimento do candidato e má gestão. As duas instituições propõem mudanças no processo de recrutamento para o serviço público.
A mostra é que o concurso tem perdido a principal finalidade para o qual foi criado, que é selecionar um profissional adequado para cargo na administração pública. "O concurso no Brasil tem cada vez mais se tornado um fim em si mesmo. Seleciona as pessoas que tem mais aptidão para fazer prova de concurso. Temos uma ineficiência de fiscalização de competências reais. E além disso, apesar de existirem mecanismos que possibilitam a demissão, como o estágio probatório, eles quase não são utilizados. Os concursos hoje alimentam um mercado milionário", avalia o coordenador da pesquisa e professor da FGV Direito Rio, Fernando Fontainha, que divulgou ontem (22) o levantamento.
Os dados vão além e apontam que os salários ofertados são estipulados conforme a complexidade do certame, e não com base no nível acadêmico ou competência do candidato. Quanto mais difícil e maior o número de provas, maiores as remunerações.
Para reverter esse cenário, o estudo propõe medidas, como o fim das provas objetivas (múltipla escolha). De acordo com o levantamento, cerca de 97% das provas aplicadas em 698 seleções, entre 2001 e 2010, seguiam o modelo. A proposta é o uso de questões escritas discursivas que abordem situações reais a serem vivenciadas pelos futuros contratados. Além disso, defende a aplicação de prova prática nos casos em que a discursiva for insuficiente para avaliar a qualificação do candidato.
Outra proposta é impedir o candidato de se inscrever para o mesmo concurso mais de três vezes. O estudo constatou que acima de um terço dos inscritos não comparece ao certame. "A realização das provas é algo caro. A intenção é que o candidato se inscreva quando tiver condições de passar [aprovado]", explica Fontainha.
Os pesquisadores defendem três processos distintos de seleção dos servidores públicos. O primeiro, chamado recrutamento acadêmico, propõe a busca por jovens recém-formados, com o objetivo de que sejam capacitados para o exercício da futura função. As provas aplicadas a esses candidatos devem abordar os conhecimentos universitários e escolares, e a formação inicial será obrigatória.
O segundo, o recrutamento burocrático, visa a admissão de profissionais já inseridos na administração pública. Para participar, o candidato deve ter ao menos cinco anos de experiência. As provas serão sobre o ambiente do serviço público. Já o terceiro, o profissional, irá avaliar quem atua no mercado e tenha experiência mínima de dez anos. Neste caso, o candidato é avaliado sobre conhecimentos de mercado e da administração pública.
Em relação às provas, a sugestão é criar uma empresa pública para gerir os concursos e elaborar os exames. O levantamento detectou a presença majoritária de sete institutos e centros responsáveis pela elaboração das provas, entre eles o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos Universidade de Brasília (UnB), que detém a maior fatia do mercado.
A Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac) estima movimento de mais de R$ 30 bilhões no setor. "É uma questão que tem que ser debatida. Devemos analisar se é mesmo necessária a criação de uma empresa pública ou se é necessário apenas regular o mercado de uma forma diferente", disse o coordenador de Negócios do Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan), Bruno Campos. O instituto também organiza seleções.
Para os pesquisadores, os três anos estabelecidos pela lei para o estágio probatório devem ser destinados rigorosamente para capacitação, sendo no primeiro ano, com aulas presenciais, e nos demais, início do exercício do cargo com acompanhamento de um servidor experiente.
De acordo com a Nayara Teixeira Magalhães, consultora acadêmica do projeto Pensando o Direito - parceria entre o Ministério da Justiça e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o ministério e os demais 20 parceiros da pesquisa irão analisar as propostas. Uma versão final do relatório deve sair até o dia 15 de abril.
sábado, 26 de janeiro de 2013
CONCURSO DO DETRAN-RS
Detran/RS abre novo concurso com 216 vagas imediatas e CR
23/01/2013 13:42
Lorena Pacheco - Do CorreioWeb
Quem possui formação de nível médio, técnico e superior pode se candidatar no novo concurso público lançado pelo Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS). Foram abertas 216 oportunidades imediatas, e formação de banco reserva de aprovados. Segundo o documento de abertura do certame, os vencimentos básicos variam de R$ 1.578,22 a R$ 4.456,93.
Os cargos em disputa são: assistente administrativo e operacional, auxiliar técnico, e técnico superior. Pode participar quem tem nível técnico em informática, redes de computadores e mecânica. Assim como os graduados em administração, análise de sistemas, engenharia civil, engenharia mecânica, estatística, medicina e secretariado executivo. Apenas para o cargo de técnico superior, podem concorrer pessoas com qualquer curso superior. É exigido de todos os candidatos carteira de habilitação para dirigir.
As inscrições já estão abertas pelo site www.fundatec.org.br, e poderão ser feitas até o dia 18 de fevereiro. As taxas vão de R$ 56,88 a R$ 129,69. Haverá prova objetiva no dia 7 de abril, apenas na capital Porto Alegre, além de prova de títulos.
sábado, 19 de janeiro de 2013
ACORDO ORTOGRÁFICO. É UMA BOA IDÉIA? OU É UMA BOA IDEIA?
Janeiro de 2013 já chegou. E a obrigatoriedade de seguir as regras do novo Acordo Ortográfico, que entraria em vigor no primeiro dia do ano, foi adiada para o início de 2016. Tudo por conta do decreto 7.875, assinado pela presidente Dilma Rousseff e publicado no Diário Oficial da União de 28 de dezembro de 2012, determinando que as duas formas de escrita coexistirão até 31 de dezembro de 2015, período ampliado de transição, onde serão consideradas corretas as grafias 'assembléia' e 'assembleia', por exemplo. Mas, nesse contexto, como ficam os concurseiros?
Segundo especialistas entrevistados pela FOLHA DIRIGIDA, a resposta é simples. Não há controvérsia. As bancas examinadoras dos concursos públicos continuarão a aceitar as duas regras ortográficas, bem como os demais setores da Educação, como nas correções de provas escolares, de vestibulares e do Enem. As organizadoras dos certames que, antes da publicação do decreto, divulgaram seus editais já cobrando o novo Acordo nas avaliações que serão aplicadas nos próximos meses terão de retificar os documentos.
Foi exatamente o que fez o Cespe/UnB. Na última semana, a organizadora de Brasília publicou edital comunicando aos candidatos do concurso do Ibama que serão aceitas as duas formas ortográficas na prova discursiva. O Centro de Seleção tomou este cuidado extra - na verdade, uma demonstração de respeito aos candidatos. Mas, a bem da verdade, sequer é preciso retificar o documento, se a cobrança prevista no edital indicar a Ortografia Oficial. É o que explica o professor Romulo Bolívar, dos cursos PLA, Sem Dúvidas e Degrau Cultural.
“Acordo Ortográfico não é conteúdo, por isso, apesar de algumas bancas o assinalarem, ele não precisa ser explicitado em edital. Se a examinadora simplesmente indicar a Ortografia Oficial, em tempos de uso facultativo, ambas as regras podem ser cobradas. Valerá o tipo de pergunta, por exemplo: 'De acordo com as novas regras de acentuação, está correta a opção:...' Em geral, as organizadoras indicam a Ortografia Oficial entre os itens do edital; redigem todas as questões e seus textos, de acordo com a nova reforma; não fazem perguntas polêmicas sobre o tema, justamente para evitar problemas. E, na hora da redação, permitem ao candidato usar a regra que bem entender, contanto que não erre nas duas maneiras. Acredite, há quem consiga esta proeza”, revela Romulo.
O professor de Português para concursos, Márcio Coelho, concorda que as bancas organizadoras têm dado liberdade ao candidato de empregar a teoria tradicional ou o novo Acordo. Mas adverte para um cuidado que os concurseiros devem tomar. “Não se admite, coerentemente, que se empreguem os dois casos ao mesmo tempo. Na prova objetiva é que notamos algumas diferenças: existem bancas que já estão cobrando o novo Acordo, e bancas que ainda não aderiram a ele estão se esquivando dos casos em que houve alteração; vemos, assim, que está prevalecendo o bom-senso”.
Novo acordo adiado, mais tempo para estudar. Será?
O concurseiro ainda pode estar se perguntando se é melhor adiar o estudo da nova ortografia e focar na tradicional, mais inserida nas atividades do cotidiano. Conforme os especialistas, não há tempo a perder no aprendizado das novas regras, já que elas podem ser cobradas nas provas objetivas. Essa é a orientação da professora de Língua Portuguesa e Redação, Lilian Furtado.
“As duas ortografias são oficiais e o candidato deve saber as duas, caso no edital venha apenas Ortografia Oficial. Algumas bancas, como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), já cobraram em questões objetivas as novas regras. Dentre as grafias que mais geram dúvidas está o uso do hífen, que para uma prova objetiva pode complicar se o candidato não conhecer bem as mudanças. Nas provas de redação isso não tem sido um problema quando o candidato opta por seguir apenas uma regra”.
O professor Márcio Coelho também considera importante o estudo do acento gráfico. Segundo ele, os candidatos devem ter atenção especial às palavras mais usuais que apresentaram mudanças. “É preciso cuidado, por exemplo, com ideia, joia, voo, porque instintivamente, na hora da prova, é normal colocar acento em todas elas”.
Um Acordo em desacordo, que ainda gera dúvidas
O novo Acordo substitui apenas 0,5% de termos e grafias usados no Brasil, a fim de unificar as normas da Língua Portuguesa entre os países que a utilizam: Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A idéia é facilitar o intercâmbio entre estes países e fortalecer o idioma perante as demais nações. Apenas Moçambique e Angola ainda não ratificaram o documento.
No Brasil, apesar de ser utilizado desde 2008 pelos setores público e privado, com a devida adequação dos livros didáticos em 2009, o acordo já estava fadado a causar polêmica devido a alguns setores da política nacional discordarem do prazo de adaptação às novas regras. Além disso, são propostas audiências com professores e embaixadores dos países de língua portuguesa, e uma discussão mais ampla sobre as novas regras.
A decisão pelo adiamento da obrigatoriedade de adoção do Acordo envolveu técnicos do Ministério da Educação, da Casa Civil e do Ministério de Relações Exteriores (MRE), que acharam por bem estender este prazo, seguindo o exemplo de alguns países, como Portugal, que concedeu seis anos para estabelecer o novo Acordo Ortográfico. Para Romulo Bolívar, durante a história da Língua Portuguesa, várias foram as motivações para os acordos que existiram, como a de reconstituir a escrita da época clássica, ou de aproximá-la da fala:
“Especialistas têm feito críticas pertinentes ao Acordo, mas a maioria das pessoas que quer derrubá-lo não sabe o que diz. Muitos, por exemplo, já não sabiam usar o hífen antes. E agora, com o Acordo, se depararam com a necessidade de aprender as regras, por isso se desesperam”. O adiamento para 2016 pode abrir precedentes para que novas normas sejam propostas e ainda as atuais excluídas, já que diversos setores não foram ouvidos na discussão da nova ortografia. Segundo o professor Márcio o novo acordo ortográfico tem sido mal compreendido por pessoas que não estão acostumadas a dar aulas.
“Alguns até falam em reforma da Língua Portuguesa. O que houve, na verdade, foi apenas um acordo entre os países lusófonos na tentativa de unificar as regras ortográficas. É claro que poderiam ter modificado muito mais, no entanto, para começar, está bom. Um dos casos mais polêmicos é o emprego do hífen, mas só fala mal do acordo quem nunca ensinou, por exemplo, as regras do hífen. Antes, para apenas um dos casos, tínhamos de decorar mais ou menos 100 prefixos; hoje, com cinco regras, resolvem-se todos os casos relativos ao tema”, explica.
E para você, leitor? Adiar a adoção do Acordo Ortográfico foi uma boa idéia? Hum... Ou seria ideia?
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