Questões de concursos comentadas e respondidas. Um blog a serviço da Língua Portuguesa e dos candidatos a concursos públicos em todo o Brasil. "Nulla dies sine linea".
sábado, 29 de outubro de 2011
SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 719
Está sendo postada, diariamente, desde 10 de janeiro de 2011, uma questão do CESPE, visando aos concursos da Polícia Federal e INSS.
AS POSTAGENS 711 A 735 CONTÊM QUESTÕES DA PROVA REALIZADA EM 2010 PARA PROVIMENTO DE CARGO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - MPU, EM CONCURSO DE NÍVEL SUPERIOR ELABORADO PELO CESPE.
Nós, seres humanos, somos seres sociais: vivemos nosso cotidiano em contínua imbricação com o ser de outros. Isso, em geral, admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis. Isso admitimos como algo indubitável. Ser social e ser individual parecem condições contraditórias da existência. De fato, boa parte da história política, econômica e cultural da humanidade, particularmente durante os últimos duzentos anos no ocidente, tem a ver com esse dilema. Assim, distintas teorias políticas e econômicas, fundadas em diferentes ideologias do humano, enfatizam um aspecto ou outro dessa dualidade, seja reclamando uma subordinação dos interesses individuais aos interesses sociais, ou, ao contrário, afastando o ser humano da unidade de sua experiência cotidiana. Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual do humano. Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).
A respeito da organização das estruturas linguísticas e das ideias do texto, julgue o item a seguir.
719. (CESPE – MPU – Analista Administrativo-2010) No trecho “Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis”, o sinal de dois-pontos tem a função de introduzir uma explicação para as orações anteriores; por isso, em seu lugar, poderia ser escrito “porque”, sem prejuízo para a correção gramatical do texto ou para sua coerência.
Comentários.
Questão sobre pontuação.
No trecho “Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis”, o sinal de dois-pontos introduz oração explicativa em relação à oração anterior.
Pode-se perceber a explicação ao se substituir o dois-pontos por “porque”, precedido de vírgula. Observe-se:
“Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos, porque vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis...”.
Correta a afirmação.
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