sábado, 18 de junho de 2016

PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DE NÍVEL MÉDIO PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL - MPRS - CERTAME OCORRIDO EM 5 DE JUNHO DE 2016 - BANCA DO MPRS

COMENTÁRIOS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO MPRS – AGENTE ADMINISTRATIVO – PROVA REALIZADA EM 05 DE JUNHO DE 2016 QUESTÃO 1 Crase, conjugação verbal e concordância verbal. No trecho “O casal chegou ____ cidade...” (l. 01), a lacuna deve ser completada com “à”, porque “chegar” exige preposição “a” e a palavra “cidade” é feminina. No caso do segmento “Assim, da próxima vez que o senhor ____, talvez já possa lhe dar um quarto de primeira classe...” (l. 19-20), a lacuna deve ser preenchida pela forma verbal “vier”, forma da terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo. Na lacuna da linha 30, no trecho “No hotel seguinte, também não ____ vagas...”, na lacuna deve aparecer “havia”, no singular por se tratar de verbo impessoal, empregado no sentido de “existir”. RESPOSTA: A. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 2 Interpretação de texto. O trecho “Foram procurar um lugar para passar a noite” (l. 02) esclarece que o casal não foi àquela cidade porque a mulher estava grávida e precisava de um lugar para descansar, portanto está errada a alternativa (A). No segmento “No segundo, o encarregado da recepção olhou com desconfiança o casal e resolveu pedir documentos” (l. 05-06), pode-se observar que o encarregado do segundo hotel desconfiou do casal antes de lhe pedir documentos, portanto está errada a interpretação contida na opção (B). Quanto à alternativa (C), está errada a informação de que o dono da hospedaria alegou que não havia vagas porque a reforma não estava pronta, o que se observa no trecho “No quarto – que era mais uma modesta hospedaria – havia, mas o dono também desconfiou e resolveu dizer que o estabelecimento estava lotado, dando uma desculpa: “O senhor vê, se o governo nos desse incentivos, como dão para os grandes hotéis, eu já teria feito uma reforma”. Verifica-se, portanto, que não havia reforma. Está correta a alternativa (D), pelo que se pode confirmar no trecho compreendido entre as linhas 22 a 29. Errada a opção (E), porque não havia vagas, e o gerente (“metido a engraçadinho”, l. 30-31) sugeriu que se hospedassem numa manjedoura perto dali. RESPOSTA: D. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 3 Interpretação de texto. O fato de o encarregado da recepção do segundo hotel ter pedido documentos ao casal não revela qualquer evidência de que se trate de José e Maria, pais de Jesus. Errada a 1. O fato referido em 2 pode indicar que se trata da história de José e Maria, pais de Jesus, em razão de se ter citado “manjedoura”. O fato de os três Reis aparecerem na cidade à procura de um casal pode levar a acreditar que se trata de José e Maria, pais de Jesus. RESPOSTA: E. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 4 Interpretação de texto. Os fatos do texto trazidos nas alternativas (A), (B), (D) e (E) não promovem novo significado ao texto. A resposta dada pelo homem do casal, afirmando que talvez conhecesse “alguém nas altas esferas” empresta novo significado ao texto, porque se tratava de pessoas comuns, mal vestidas, sem documentos. RESPOSTA: C. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 5 Equivalência de estruturas. No trecho “ela, grávida, não se sentia bem” (l. 01-02), a alteração de “se sentia” por “estava se sentindo” está correta quanto aos tempos verbais, porque “sentia” e “estava” estão conjugados no pretérito imperfeito do indicativo. Correta a assertiva I. A alteração de “esquecera-os”, no trecho “na pressa da viagem esquecera-os” (l. 07), por “esqueceu-os” muda o tempo verbal do pretérito mais-que-perfeito do indicativo para o pretérito perfeito do indicativo, não havendo, portanto, equivalência, embora o sentido da mensagem seja mantido. Errada a assertiva II. Alterando-se o tempo verbal “tinha perdido” (l. 35) por “perdera”, mantém-se o tempo verbal no pretérito mais-que-perfeito do indicativo, sendo a primeira forma composta e a segunda, simples. Correta a assertiva III. RESPOSTA: C. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 6 Referenciação. No trecho “O gerente estava esperando um casal de conhecidos artistas, que viajavam incógnitos. Quando o homem e a mulher apareceram, pensou que fossem eles e disse que sim...” (l. 23-24), o pronome “eles” retoma “um casal de conhecidos artistas”, não o homem e a mulher que procuravam hospedagem. Está errada a associação presente na letra (D). As demais referências estão corretas. RESPOSTA: D. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 7 Concordância verbal. No trecho “O senhor vê, se o governo nos desse incentivos, como dão para os grandes hotéis, eu já teria feito uma reforma” (l. 13-14), a forma verbal “dão” (destacada na transcrição) aparece no plural expressando concordância ideológica com “governo” (também destacada na transcrição), que aparece no singular. A alternativa (B) responde ao enunciado. Nas demais, observa-se que a forma verbal “descobriram” (l. 04) tem como sujeito “eles”, ambos no plural, portanto não pode ser considerada a alternativa (A). Quanto à forma verbal “viajavam” (l. 23), seu referente sujeito é “conhecidos artistas”, ambos no plural. Com relação à opção (D), a forma verbal “fossem” tem como sujeito “eles” (l. 24), ambos no plural. Na opção (E), o sujeito da forma verbal “apareceram” é “três Reis”, ambos no plural. RESPOSTA: B. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 8 Discursos direto e indireto. A assertiva I está correta na transposição do discurso indireto para direto, porque a forma verbal “conhecesse”, que está conjugada no pretérito imperfeito do subjuntivo, passa, para o discurso direto, a “conheça”. Errada a assertiva II, porque a forma verbal “está”, conjugada no presente do indicativo, deve ser alterada para “estava”, no pretérito imperfeito do indicativo, não “estaria”. Além disso, o pronome demonstrativo “aquele”, que aparece no discurso indireto, não possui correspondência a qualquer pronome no discurso direto, o que configura erro. Errada a assertiva III, porque a construção “ele já foi ocupado”, no discurso direto, deve ser transposta para “ele já fora (ou tinha/havia sido) ocupado”, em que o pretérito perfeito do indicativo (“foi”) se transforma no pretérito mais-que-perfeito do indicativo (“fora”, na forma simples, ou “tinha/havia sido”). RESPOSTA: A. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 9 Concordância, regência, crase e paralelismo. Está errada a alternativa (A) por erro de concordância verbal: o sujeito de “entra” é “as cláusulas de reajuste para o período 2014-2015”, sendo seu núcleo “cláusulas”, portanto o verbo deveria estar na terceira pessoa do plural: “entram”. Há erro de regência verbal na construção da alternativa (B), porque o verbo “dispor”, empregado como “estabelece”, “determina”, é transitivo direto, não havendo, portanto, possibilidade de ser empregada a preposição “de” em “de que deverão...”. Deve ser corrigida a construção para “A lei dispõe [...] que deverão atender...”. Além disso, outro erro de regência no emprego do verbo “atender”, que é transitivo indireto: deve ser corrigida a construção para “deverão atender a suas...”, ou “deverão atender às suas exigências”. Está errada a alternativa (C) quanto ao paralelismo em relação ao registro de “que”, e sua consequente oração, pois a forma verbal “revelou” não exigiu “que” na primeira oração. A construção deve ser corrigida para “A sindicância revelou vários delitos e envio de recursos para o exterior”. Há erro de regência verbal na construção da opção (D), porque a forma verbal “se utilizar” exige preposição “de”. A frase deve ser corrigida para “Para atualizar o banco de dados, será necessário recorrer a todos os meios de que o Ministério Público possa se utilizar”. Está correta a construção presente na opção (E). RESPOSTA: E. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 10 Pronomes e tratamento. Na frase 1, a lacuna deve ser preenchida pela forma verbal “deve”, porque o pronome de tratamento “Vossa” (Senhoria, Excelência, Magnificência...) leva o verbo para a terceira pessoal do singular. Na frase 2, deve ser registrado “recuperado”, concordando com o gênero de “Senador” (masculino). Quanto à terceira frase, prevalece o tratamento na terceira pessoa, devendo constar na lacuna “recebê-lo”. RESPOSTA: A. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 11 Parônimos, crase, pontuação, emprego de maiúsculas e minúsculas. Está errada a proposta da 1, porque “sessão” significa tempo ou período em que uma assembleia, um congresso, um corpo deliberativo ou consultivo se mantém em reunião, estudando, discutindo, resolvendo ou deliberando acerca de fatos ou questões, podendo ser, também, essa própria reunião ou assembleia, além de espaço de tempo em que se realiza determinada atividade ou parte dela, de apresentação de origem cinematográfica, teatral etc. Além disso, pode designar cada encontro terapêutico do cliente com o analista. Já “secção” designa o ato ou efeito de seccionar(-se), cortar(-se), podendo representar, também, espaço destinado a determinada matéria ou assunto em jornais, revistas ou periódicos em geral. Correta a proposta de correção presente na 2, pois o verbo “dar” exige preposição “a” e a palavra “área” é feminina. Errada a proposta de correção contida em 3, porque não deve ser registrada vírgula depois de “par. único” e de “caput”, segundo o Manual de Redação da Presidência da República. Trata-e de adjunto adnominal, que não vai separado por vírgula do nome principal. Correta a proposta contida na sugestão 4, porque se trata de nome de diploma legal, devendo ser grafada com iniciais maiúsculas: “Constituição Federal”. RESPOSTA: B. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 12 Regência verbal e colocação pronominal. Na frase 1, a lacuna deverá ser preenchida com “informar-lhe”, porque “lhe” funciona como objeto indireto (= a ele), enquanto a oração iniciada por “que” funciona como objeto direto. Na frase 2, as formas “a justificaria” (em próclise) ou “justificá-la-ia” (em mesóclise) estariam corretas. Na frase 3, na construção “... eles não...” há advérbio de negação (“não”), que atrai para si o pronome oblíquo “a”, devendo ser obrigatoriamente registrado em próclise: “... eles não a revogam”. Na combinação, está correta a opção (B). RESPOSTA: B. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 13 Emprego de verbo preposição “a” e “haver”, emprego de “porquês” e concordância verbal. Na lacuna da linha 03, deve aparecer a preposição “a”, porque se trata de indicação de distância. Já na lacuna da linha 19, deve-se registrar “por que”, separado e sem acento, por se tratar de preposição (“por”) e pronome interrogativo (“que”), já que está inserido em pergunta, sendo dela a parte central. Quanto à lacuna da linha 32, deve aparecer “ocorrem”, flexionado na terceira pessoa do plural, atendendo ao referente sujeito que é “os embates evolutivos”. RESPOSTA: E. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 14 Interpretação de texto. Errada a assertiva I, porque o texto declara que as plantas são “escandalosamente liberais” porque possuem diversidade sexual, não por distinguirem claramente macho e fêmea. Correta a assertiva II, porque a “seleção sexual” refere-se à vantagem de certos indivíduos sobre outros de mesmo sexo e espécie em capacidade produtiva. Isso se pode observar em alguns trechos do texto, em especial entre as linhas 18 a 23. Correta a assertiva III, pois, segundo o texto, a ecóloga Mary Willson argumenta que a diversidade de flores resulta da competição entre machos e da escolha destes pelas plantas fêmeas, o que se comprova com o trecho entre as linhas 24 a 27. RESPOSTA: D. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 15 Interpretação de texto. O primeiro aspecto (diferença de tamanho entre leões e leoas, e de plumagem entre avestruzes machos e fêmeas) está ligado às características sexuais secundárias, portanto número 2 No segundo aspecto (aparelhos reprodutores exagerados e coloridos, bem como minúsculos ou ocultos), há associação com a diversidade sexual das plantas, o que se pode observar entre as linhas 08 e 10, portanto número 1. O terceiro aspecto (diferenças físicas entre fêmeas e machos de uma espécie não relacionados a seus aparelhos reprodutores) está associado às características sexuais secundárias, que se podem observar no trecho entre as linhas 18 a 23. RESPOSTA: B. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 16 Interpretação de texto. A alternativa que melhor resume o texto é (A). Na (B), Darwin é apenas uma das informações, mas não o centro do texto. A associação feita na alternativa (C) é secundária no texto, não principal. Na (D), a informação está equivocada. Na (E), há apenas uma passagem secundária do texto. RESPOSTA: A. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 17 Equivalência de estruturas. A construção “Em algumas espécies é possível distinguir claramente machos e fêmeas, mas na maioria os indivíduos exercem tanto o papel feminino quanto o masculino” (l. 04-06) pode ser reescrito “Embora em algumas espécies seja possível distinguir claramente machos e fêmeas, na maioria os indivíduos exercem tanto o papel feminino quanto o masculino”, sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto. Está correta a sugestão de alteração presente na assertiva I. Quanto à assertiva II, está errada a sugestão da substituição de “por outro lado” (l 09), que significa “ao contrário”, por “do mesmo modo”, em que não há ideia de alteração ou oposição. Correta a sugestão de alteração contida na assertiva III, pois “além de” (l. 15) pode ser substituído por “não só”, alterando-se também “apresentarem” (l. 16) por “apresentam” e inserindo “mas” antes de “também”, estabelecendo ideia aditiva (“não só ... mas também”). RESPOSTA: C. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 18 Acentuação gráfica. O advérbio “só” (l. 02), as formas verbais “é” (l. 04) e “há” (l. 08) são acentuadas pela regra das monossílabas tônicas, portanto seguem a mesma regra de acentuação gráfica. O adjetivo “vários” (l. 02) e os substantivos “espécies” (l. 04) e “indivíduos” (l. 05) levam acento porque são paroxítonas terminadas em ditongo crescente, portanto seguem a mesma regra de acentuação gráfica. Os adjetivos “teórica” (l. 15) e “ecológica” (l. 32), bom como o substantivo “ecóloga” (l. 24) são acentuadas pela regra das proparoxítonas, portanto seguem a mesma regra de acentuação gráfica. RESPOSTA: E. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 19 Regência verbal. No trecho “A evolução dessa grande diversidade reprodutiva deve-se a intensas disputas sexuais...” (l. 11-12), a substituição de “deve-se”, que exige preposição “a”, por “resulta” implicaria, obrigatoriamente, a troca de preposição, devendo aparecer “de”: “A evolução dessa grande diversidade reprodutiva resulta de intensas disputas sexuais...”. Está errada, portanto, a assertiva I. Quanto ao trecho “... quando adquirem traços que salientam sua capacidade reprodutiva” (l. 22-23), a substituição de “salientam” por “se manifesta” produziria a alteração de “que” (l. 22) para “em que”, pois “sua capacidade reprodutiva” (l. 23) passaria a ser sujeito: “...quando adquirem traços em que se manifesta sua capacidade reprodutiva”. Correta a assertiva II. A substituição de “procurou mostrar”, no trecho “... procurou mostrar que tanto a competição entre machos...” (l. 25), por “apresentou evidências” produziria alteração na construção, pois “evidências” exige preposição “de”. O resultado será: “... apresentou evidências de que tanto a competição entre machos...”. Errada, portanto, a assertiva III. RESPOSTA: B. __________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 20 Equivalência de estruturas. Estão corretas as propostas de reescrita presentes nas assertivas I e II, porque mantêm o sentido original do texto. Está errada a proposta de reescrita da assertiva III, porque altera o sentido do texto. No texto original, informa-se que as plantas são escandalosamente liberais porque muitas só mantêm relações sexuais consigo mesmas, e outras o fazem com vários vizinhos simultaneamente (l. 01-03), enquanto na proposta se estabelece causa entre algumas plantas manterem relações sexuais consigo mesmas e outras manterem relações simultaneamente com vários vizinhos, o que é estranho ao texto original. RESPOSTA: C. __________________________________________________________________________________________ GABARITO PARA CONSULTA RÁPIDA 1A 2D 3E 4C 5C 6D 7B 8A 9E 10A 11B 12B 13E 14D 15B 16A 17C 18E 19B 20C Prof. Menegotto® Proibida a reprodução deste material, ainda que parcial, sem anuência de CPC Concursos ou do autor. www.cpcrs.com.br blogcpc menegotto@cpcrs.com.br

PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DE NÍVEL MÉDIO PARA TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO DO INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL - INSS - MAIO DE 2016

COMENTÁRIOS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO PARA O INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL INSS – CERTAME OCORRIDO DIA 15 DE MAIO DE 2016 (CADERNO CUBO) QUESTÃO 1 No trecho “Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota de encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de hesitação. Mas foi só um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mário é 228, o meu, que fica quase em frente, deve ser 227...” (l. 13-17), o momento de hesitação, vivido pelo narrador, deveu-se ao fato de ele não ter certeza do número do prédio, e não porque estaria informando o endereço a um desconhecido. ERRADA. __________________________________________________ QUESTÃO 2 No segmento ““Se o prédio do Mário é 228, o meu, que fica quase em frente, deve ser 227...” (l. 16-17), o verbo dever (destacado na transcrição) foi, efetivamente, utilizado no sentido de provável. Como o narrador não tinha certeza do número do prédio era provável que fosse o 227. CERTA. __________________________________________________ QUESTÃO 3 Quanto ao trecho “- A estante é muito grande, dá muito trabalho... Digamos, três semanas” (l. 27-28), o segmento “dá muito trabalho” constitui, efetivamente, uma referência do seu Joaquim à trabalhosa confecção da estante. CERTA. __________________________________________________ QUESTÃO 4 A presença do registro “... e seu Joaquim desenhou o endereço na nota...” (l. 21-22) não permite inferir que seu Joaquim fosse analfabeto, porque a informação é de que “desenhou o endereço”, o que pode ser entendido como escreveu de forma dificultosa, ou que simplesmente escreveu. E, se escreveu, não poderia ser analfabeto. ERRADA. __________________________________________________ QUESTÃO 5 No trecho “Não era um cômodo grande, mas dava para ali armar minha tenda de reflexões e leitura...” (l. 3), o segmento “armar ali a minha tenda” está sendo empregado em linguagem figurada, pois o narrador não “armaria tenda alguma” e sim montaria seu escritório. CERTA. __________________________________________________ QUESTÃO 6 Observa-se, no trecho “... entre a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro, hoje Vinícius de Moraes” (l 11-12), que o narrador se refere à rua Vinícius de Moraes, não que Vinicius de Moraes viesse a morar no apartamento onde antes morava Mário Pedrosa. ERRADA. __________________________________________________ QUESTÃO 7 O verbo “lembrar”, a exemplos de “esquecer”, pode ser empregado com pronome ou sem pronome. No caso da utilização do verbo “lembrar” no trecho “Mas lembrei-me de que...” (l. 17-18) foi registrado com o pronome “me”, o que provocou o aparecimento de objeto indireto (“de que...”). Se lhe for retirado o pronome, o verbo passa a ser transitivo direto, portanto sem o “de”. Dessa forma, a cosntrução “lembrei-me de que” pode ser reescrito “lembrei que”. CERTA. __________________________________________________ QUESTÃO 8 No trecho “Naquele novo apartamento na rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um escritório para trabalhar” (l. 1-2), a forma verbal “teria” (destacada na transcrição) tem como referente sujeito o narrador, não o “apartamento”. ERRADA. __________________________________________________ QUESTÃO 9 Quanto ao segmento “... a grande e sonhada estante onde caberiam todos os meus livros” (l. 5-6), a palavra “onde” poderia ser substituída pela expressão “em que caberiam”, não por “que caberia”. Primeiro porque é necessário que haja preposição, porque os livros caberiam “na” estante, não “a” estante; segundo porque o referente sujeito de “caberiam” é “todos os meus livros”, logo o verbo deve estar no plural. ERRADA. __________________________________________________ QUESTÃO 10 No período “Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota de encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de hesitação” (l. 13-15), as vírgulas isolam duas orações subordinadas adverbiais temporais deslocadas: 1. quando seu Joaquim perguntou-me onde seria entregue a estante” 2. ao preencher a nota de encomenda. CERTA. __________________________________________________ QUESTÃO 11 Observa-se que, no trecho compreendido entre as linhas 5 a 8, “Os monarcas portugueses, após o terremoto que dizimou Lisboa, se orgulhavam de, a despeito dos destroços, terem erguido uma grande biblioteca...”, a Real Livraria foi erguida depois dos destroços e a despeito deles, não com os destroços. ERRADA. __________________________________________________ QUESTÃO 12 A expressão “essas coleções”, no trecho “Afinal dotes de princesas foram negociados tendo livros como objeto de barganha; tratados diplomáticos versaram sobre essas coleções” (l. 3-5), retoma “livros” (destacado na transcrição). ERRADA. __________________________________________________ QUESTÃO 13 No trecho “... terem erguido uma grande biblioteca: a Real Livraria” (l. 7-8), o sinal de dois-pontos introduz um aposto, que explica a “grande biblioteca”. CERTA. __________________________________________________ QUESTÃO 14 O trecho “Afinal dotes de princesas foram negociados tendo livros como objeto de barganha; tratados diplomáticos versaram sobre essas coleções” (l. 3-5) não informa que “princesas” eram valoradas, mas os “dotes de princesas”. Além disso, não há informação sobre “diplomatas” serem valorados; o que o texto registra é que “tratados diplomáticos versaram sobre essas coleções”. ERRADA. __________________________________________________ QUESTÃO 15 O trecho trazido pela prova pode ser empregado num ofício, não em memorando. Memorando, via de regra, é utilizado como documento multidirecionado, ou seja, enviado de um setor a outro setor de um mesmo órgão, não com destinatário individual. ERRADA. __________________________________________________