domingo, 10 de novembro de 2013

COMENTÁRIOS À PROVA DO MPRS - AGENTE ADMINISTRATIVO

Comentários e respostas às questões da prova de Língua Portuguesa do concurso do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul – MPRS – Banca do próprio MPRS – Concurso ocorrido no dia 3 de novembro de 2013 QUESTÃO 1 – Ortografia. As lacunas das linhas 8, 12 e 17 devem ser preenchidas, respectivamente, por “cidadãos” (que é a forma plural de “cidadão”), “ensejar” ( = oportunizar, permitir, e deve ser escrito com “s” porque tem origem em “ensediǣre”, do latim) e “distorção” (cuja raiz é “torção”, com “ç”). RESPOSTA: C. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 2 – Interpretação de texto. Está correta a afirmação contida na afirmação (A), o que se pode observar no trecho “Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos bem como sua inteligibilidade são requisitos do próprio Estado de direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.” O trecho transcrito está entre as linhas 1 a 9, no 1º parágrafo. No texto, não há referência ao princípio da publicidade, portanto está errada a assertiva (B). No caso da opção (C), está errada a afirmação, pois o texto não identifica pessoalidade na linguagem ao uso de expressões pomposas para persuasão. Quanto à afirmação expressa na assertiva (D), o trecho contido no texto entre as linhas 10 e 20 (“Acrescente-se que a identificação das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases”) revela exatamente o contrário. Portanto está errada a afirmação da opção (D). Não há, no texto, referência à imparcialidade, portanto está errada a assertiva (E). RESPOSTA: A. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 3 – Semântica. Os vocábulos “obscura” (l. 3), “arcaicas” (l. 20) e “infensa” (l. 22) têm como sinônimos, respectivamente, “confusa”, “antigas” e “contrária”. O adjetivo “obscura” pode ser substituído, no caso, por “sombria” e “confusa”, mas não tem significado de “rebuscada”, que significa “aprimorada”, “requintada”, “feita com esmero”. Quanto ao adjetivo “arcaicas”, não se pode substituí-lo por “rudimentares”, que significa “elementares”, “básicas”, “fundamentais”, mas poderia ser substituído por “anacrônicas”, que revela o contrário do que é moderno, que está em desacordo com a atualidade; por fim, em relação ao adjetivo “infensa”, não há equivalência com “nociva”, que significa “perniciosa”, “prejudicial”, “danosa”, nem por “hostil”, que revela “inimizade”, “agressividade”. RESPOSTA: D. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 4 – Pontuação. No trecho “A transparência do sentido dos atos normativos bem como sua inteligibilidade são requisitos do próprio Estado de direito...” (l. 4-6), o segmento “bem como sua inteligibilidade” é parte integrante do sujeito da oração, o que se pode observar pela flexão do verbo “ser”, na forma “são”. Se é parte do sujeito, porque contém um dos núcleos do sujeito (“sua inteligibilidade”), não poderá ser isolado por vírgulas. Errada, portanto, a opção (A). Os dois-pontos registrados na linha 6 introduzem uma explicação à oração anterior. Ponto-e-vírgula separa orações coordenadas opostas entre si, por isso não se podem substituir os dois-pontos por ponto-e-vírgula. Errada a assertiva (B). No trecho “... o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem administrativa...” (l. 12-15), os travessões efetivamente estão destacando reflexão complementar à afirmação anterior. Correta a alternativa (C). No segmento “A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução...” (l. 21-22), as vírgulas estão isolando a conjunção coordenativa conclusiva “portanto”. Em razão disso, as vírgulas estão associadas uma à outra, não podendo a primeira vírgula (nem a segunda) ser substituída por ponto-e-vírgula. Errada a sugestão contida na assertiva (D). Os travessões presentes nas linhas 23 e 34 destacam aposto em relação ao segmento anterior, portanto não estão indicando mudança de interlocutor, até porque, no texto, não há diálogo. Errada a opção (E). RESPOSTA: C. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 5 – Diversos aspectos semânticos e sintáticos. No trecho “A transparência do sentido dos atos normativos bem como sua inteligibilidade são requisitos do próprio Estado de direito...” (l. 4-6), a palavra “Estado” aparece com inicial maiúscula em virtude de ser substantivo próprio, que designa segurança jurídica. Não está empregado em referência à divisão territorial e política. Errada a assertiva I. Quanto ao segmento “... o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês...” (l. 15-16), há dois advérbios terminados em “-mente”. Pode-se suprimir o sufixo “-mente” do primeiro, já que o segundo assegurará, por extensão interpretativa, o significado do primeiro. Logo o trecho poderia ser escrito “o que coloquial e pejorativamente se chama burocratês”, sem acarretar erro gramatical ou alteração do significado. Correta a afirmação II. O termo “burocratês”, no trecho “... o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês...” (l. 15-16), é neologismo, mas não foi criado pelos autores do texto. Errada a assertiva III. RESPOSTA: B. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 6 – Estrutura e formação de palavras e acentuação gráfica. Em “inaceitável” (l. 7) e “impessoalidade” (l. 24), o prefixo é igual e revela negação. O primeiro é escrito com “n” porque a palavra inicia por vogal; o segundo é contém “m” porque a palavra a que se soma é iniciada por “p”. Verdadeira a primeira afirmação. O sufixo “-dade” é formador de substantivos abstratos derivados de adjetivos. Portanto “publicidade” (l. 8) é substantivo abstrato derivado de “público”, que é adjetivo. O sufixo “-mente”, por sua vez, é formador do substantivo derivado de verbo. No caso, “entendimento” (l. 12) é substantivo derivado do verbo “entender”. É falsa a segunda afirmação. Com relação à terceira afirmação, tanto “características” (l. 11) quanto “árida” (l. 22) levam acento por serem proparoxítonas. Verdadeira a terceira afirmação. As palavras “burocratês” e “clichês” levam acento por serem oxítonas terminadas em “es”. Verdadeira a quarta afirmação. RESPOSTA: B. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 7 – Diversos aspectos gramaticais e sintáticos. Há erro de paralelismo nas construções de quatro alternativas. Observem-se os erros em cada uma: (A) Através de um memorando, recomendou-se aos servidores evitar problemas de ambiguidade nos textos oficiais e que estudassem com afinco as normas gramaticais. Há, na frase, erro de paralelismo verbal. O verbo “evitar” foi empregado no infinitivo, em complemento à forma verbal “recomendou-se”. Isso exige que a forma verbal “estudassem” também apareça no infinitivo. O trecho, corrigido, terá a seguinte redação: “Através de um memorando, recomendou-se aos servidores evitar problemas de ambiguidade nos textos oficiais e estudar com afinco as normas gramaticais”. (B) No tempo em que vigia seu estágio probatório, o servidor apresentou pontualidade, assiduidade, ser rápido e ter ambição. Nesta construção, o erro de paralelismo é nominal se deve ao uso dos substantivos “pontualidade” e “assiduidade”, como complementos verbais de “apresentou” e o emprego de duas formas verbais (“ser” e “ter”). Ao se preferir o emprego de substantivos como complementos verbais, deve-se manter o paralelismo em todos eles. Corrigida, a construção terá a seguinte redação: “No tempo em que vigia seu estágio probatório, o servidor apresentou pontualidade, assiduidade, rapidez e ambição.” (C) A peça processual tem mais de quinhentas folhas e várias complicações. Nessa construção, o erro de paralelismo consiste no emprego do verbo “ter” para dois complementos distintos: “quinhentas folhas” e “várias complicações”. O verbo “ter” pode ser empregado para “quinhentas folhas”, mas, para o outro complemento, deve ser empregado o verbo “apresentar” (ou “conter”). Observe-se o trecho corrigido: “A peça processual tem mais de quinhentas folhas e apresenta várias complicações”. (D) O chefe da repartição tem obrigação não só de averiguar supostas irregularidades, como também de instaurar inquérito administrativo, se for o caso. Preservou-se o paralelismo nessa cosntrução com o emprego das formas “não só” e “como também”, que dão ideia de adição. Embora esteja correta a construção, duas observações podem ser feitas: 1. aconselha-se o emprego de “mas também” em lugar de “como também”; 2. nesses casos, a construção poderia evitar o emprego das referidas formas e, de forma mais objetiva, construir as orações com o emprego da conjunção coordenativa aditiva “e”. Por exemplo: “O chefe da repartição tem obrigação de averiguar supostas irregularidades e de instaurar inquérito administrativo, se for o caso.” (E) O novo Promotor de Justiça é profissional de muita experiência, e que tem reputação ilibada. O erro de paralelismo consiste no emprego de “que”, observando-se que não há termo que o exija. A construção, corrigida, terá a seguinte redação: “O novo Promotor de Justiça é profissional de muita experiência e reputação ilibada.” RESPOSTA: D. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 8 – Diversos aspectos gramaticais, sintáticos e semânticos. Há dois erros na construção da alternativa (A): 1. pleonasmo na presença de “Há”, que já indica tempo passado, e “atrás”; 2. ambiguidade com o emprego de “ele” e de “suas”, porque tanto pode dizer respeito ao “Promotor de Justiça” quanto a “seu subordinado”, ou seja, “quem seria destituído?”. Na construção da opção (B), há erro de ambiguidade, pois, no emprego de “ele”, não se especifica se se trata do “servidor público” ou do “colega”. Registra-se ambiguidade na referência de “Sendo inassídua”, pois não se especifica se tal qualidade se atribui à “Senhora Diretora” ou à “funcionária”. Errada a assertiva (C). O emprego de “sua”, na opção (D), produz erro de ambiguidade, pois o pronome possessivo pode ser referente ao “exame das provas fornecidas” ou ao “servidor público”. Correta a cosntrução da alternativa (E). RESPOSTA: E. _______________________________________________________________________ QUESTÃO 9 – Parônimos. Na lacuna da frase 1, deve aparecer “aparte”, que é substantivo e significa comentário, intervenção em discurso alheio. Na frase 2, a lacuna deve ser preenchida pela forma “taxou”, que significa avaliar, estimar. A lacuna da frase 3 deve receber “ratificaram”, que significa confirmar. Na última lacuna, deve aparecer “sessão”, que significa tempo ou período de reunião, assembleia, espetáculo... RESPOSTA: B. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 10 – Regência verbal e emprego de pronomes. Na frase 1, quem traz traz alguma coisa a alguém, exigindo objeto direto e indireto. Na lacuna, deve aparecer o objeto indireto, portanto deve ser o pronome “lhe”. O pronome “consigo” gera ideia de reflexão em relação à pessoa verbal. Na lacuna da frase 2, deve aparecer, portanto, “consigo”. Na lacuna da frase 3, deve aparecer “Sua”, porque se está fazendo referência a “Sua Excelência” e não se dirigindo a palavra diretamente a ele. RESPOSTA: A. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 11 – Concordância verbal. O verbo “fazer”, empregado no sentido de tempo decorrido, passado, é impessoal, devendo ficar no singular. Na lacuna da frase 1, deve aparecer “Faz”. Na lacuna da frase 2, o verbo “dever”, que aparece no caso como auxiliar numa locução verbal, fica impessoal em relação ao verbo principal, que é “haver”. O verbo “haver”, portanto, impessoaliza o verbo “dever”, flexionando-se em “Deve”, no singular. No caso da frase 3, o sujeito de “alugar” é “estes escritórios”, que está no plural. Logo deve aparecer na lacuna “Alugam-se”. A presença do pronome “tu” seguido de “que” leva o verbo “ir” a concordar com a segunda pessoa do singular (tu). A forma é “vais”. RESPOSTA: A. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 12 – Regência verbal e emprego de “porquês”. Na lacuna da linha 8, deve ser registrado “porque”, pois se trata de justificativa. Na construção “Esse processo orgânico, indissociável das consequências emocionais, ________ preparou para duas reações possíveis: lutar ou fugir” (l. 13-16), a lacuna deve receber pronome “os”, porque está representando o objeto direto (“nossos antepassados”), já que o verbo “preparar” já apresenta objeto indireto em “para duas reações possíveis”. Nas linhas 44 e 51, deve aparecer “por que”, uma vez que se trata de perguntas, nos dois casos. RESPOSTA: E. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 13 – Interpretação de texto. Segundo o texto, o estresse existiu entre nossos antepassados e continua existindo frente a situações de pressão e risco. Mas não há, no texto, informação de que o estresse tenha surgido de uma reação emocional exagerada de nossos antepassados. Errada a opção (A). Correta a afirmação contida na alternativa (B), porque o autor relaciona a nossa existência hoje, portanto a sobrevivência da espécie humana à reação frente a situações de risco de nossos antepassados. Não há registro, no texto, de que os agentes que produzem estresse estejam sob controle, até porque eles estão presentes (linhas 24-27). Errada a opção (C). No último parágrafo do texto, fica clara a ideia de que, mesmo que se esforce em mudar seu estilo de vida, o indivíduo continua sob os sintomas do estresse. Errada a alternativa (D). Segundo o texto, o estresse está vinculado ao enfrentamento de desafios conhecidos, como o trânsito, divergências entre pessoas, pressões profissionais e contas a pagar, e não novos desafios. Errada a assertiva (E). RESPOSTA: B. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 14 – Regência verbal. No trecho “O estresse já se incorporou ao cotidiano da maioria das pessoas, em especial nas grandes cidades” (linha 1-3), a substituição de “se incorporou” por “se integrou” não acarretaria alteração na frase, porque ambos os verbos estão empregados como transitivos indiretos, exigindo igualmente a preposição “a”, em “ao”. Observe-se o trecho com a alteração sugerida: “O estresse já se integrou ao cotidiano da maioria das pessoas, em especial nas grandes cidades”. Correta a afirmação I. A substituição de “deu ordem” por “exigiu”, no trecho “... o cérebro de nossos antepassados deu ordem para que fosse descarregada na corrente sanguínea uma considerável carga de hormônios” (l. 10-13), exigirá a supressão de “para”, portanto acarretaria outra alteração na frase. Observe-se o trecho com as alterações (a sugerida e a decorrente): “o cérebro de nossos antepassados exigiu que fosse descarregada na corrente sanguínea uma considerável carga de hormônios”. Correta a afirmação II. A substituição sugerida na afirmação III não causa alteração na frase. Observe-se: “... tendemos a reagir aos agentes estressores” (l. 24) por “... temos tendência a reagir aos agentes estressores”. Ambas as expressões regem preposição “a”. Correta a afirmação III. RESPOSTA: E. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 15 – Equivalência de estruturas. (QUESTÃO RECORRÍVEL) Errada a reconstrução 1, porque o advérbio “necessariamente”, que no trecho original está empregado em relação ao adjetivo “ruim”, foi utilizado para modificar a forma verbal “tivesse se transformado”, alterando a mensagem do texto. Além disso, no trecho original o segmento “a serem resolvidos” está relacionado a “problemas”, enquanto, na reconstrução, está relacionado à “irritação”, frustração” e “problemas”. O trecho, entretanto, não apresenta erro gramatical. Com relação à sugestão 2, o advérbio “necessariamente” está modificando o sentido de “serem resolvidos”, quando no trecho original está modificando o adjetivo “ruim”. Não há manutenção do sentido. Não há, porém, erro gramatical. A sugestão 3 mantém o sentido original e não apresenta erro gramatical. O enunciado indaga do candidato “Quais propostas são reescritas gramaticalmente corretas do trecho acima?”. Acredita-se que a banca tenha pretendido propor ao candidato qual (ou quais) propostas de reescrita mantém (ou mantêm) o sentido original. Como não há erro gramatical nas propostas 1 e 2, a questão merece ser anulada, por erro de solicitação. QUESTÃO SUJEITA A RECURSO E À ANULAÇÃO. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 16 – Pontuação. No trecho “Pelo contrário: se hoje estamos aqui é porque, em momentos de risco à preservação da própria vida (como encontrar um predador pela frente), o cérebro de nossos antepassados deu ordem para que fosse descarregada na corrente sanguínea uma considerável carga de hormônios” (l. 7-13), os dois-pontos introduzem uma explicação à afirmação anterior, não uma síntese. Falsa a primeira afirmação. Quanto ao segmento “Esse processo orgânico, indissociável das consequências emocionais, os preparou para duas reações possíveis: lutar ou fugir” (l. 13-16), os dois-pontos estão sendo empregados para introduzir uma revelação em relação ao que se afirmou antes. Verdadeira a segunda afirmação. Os dois-pontos da linha 23, no trecho “O problema dessa história são os resquícios que carregamos desse funcionamento: tendemos a reagir aos agentes estressores – principalmente os do dia a dia, como trânsito, divergências com parceiros ou colegas, pressões profissionais e contas a pagar – como se fossem predadores que ameaçassem nossa vida” (l. 22-29), têm como função introduzir esclarecimento ou revelação dos resquícios que carregamos. Verdadeira a terceira afirmação. No trecho “Um exemplo banal: o trânsito provoca cansaço, mau humor” (l.42-43), os dois-pontos introduzem enumeração ou aposto enumerativo, não discurso direto, porque não há diálogo no texto. Falsa a última afirmação. RESPOSTA: C. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 17 – Crase. No trecho “em momentos de risco à preservação da própria vida” (l. 8-9), a substituição de “risco” por “ameaça” manteria o sinal indicativo de crase, porque esse substantivo, no contexto, exige preposição “a” e a palavra “preservação” é feminina. Errada a assertiva I. O segmento “... e nos levam à exaustão mental e emocional” (l. 34) apresenta crase porque o verbo “levar”, na construção, exige preposição “a” e a palavra “exaustão” é feminina. A substituição de “exaustão” por “esgotamento” exigiria a substituição de “à” por “a” ou por “ao”. Observe-se: “... e nos levam a esgotamento (ou ao esgotamento) mental e emocional”. Correta a afirmação II. A substituição de “ao que oprime”, no trecho “A luta ganha conotação mais ampla quando nos antepomos ao que oprime e buscamos saídas por meio de uma reflexão crítica” (l. 38-40), por “opressão” exigiria a indicação de crase, haja vista que a forma verbal “antepomos” exige preposição “a” e a palavra “opressão” é feminina. A construção resultaria em “A luta ganha conotação mais ampla quando nos antepomos à opressão e buscamos saídas por meio de uma reflexão crítica”. Correta a afirmação III. RESPOSTA: D. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 18 – Semântica e interpretação de texto. No segmento “... na corrente sanguínea uma considerável carga de hormônios” (l. 12-13), a expressão “de hormônios” pode ser substituída por “hormonal”, sem acarretar erro gramatical ou alteração de sentido. Observe-se o trecho com a alteração: “... na corrente sanguínea uma considerável carga hormonal”. É verdadeira a primeira afirmação. A expressão “dia a dia”, no trecho “... principalmente os do dia a dia” (l. 25), equivale ao adjetivo “cotidiano”, podendo substituir “dia a dia”, sem acarretar erro gramatical ou alteração de sentido. Observe-se o trecho com a alteração: “... principalmente os do cotidiano”. É verdadeira a segunda afirmação. No trecho “Não raro, nos sentimos tão tomados pelos problemas e pela sobrecarga a ponto de adoecer” (l. 29-31), o segmento “a ponto de” pode ser substituído por “chegando até a”, sem acarretar erro gramatical ou alteração de sentido. Observe-se o trecho com a alteração: “Não raro, nos sentimos tão tomados pelos problemas e pela sobrecarga chegando até a adoecer”. É verdadeira a terceira afirmação. Na construção “É possível alterar o horário de sair de casa, o trajeto que optamos por percorrer, até mesmo a cidade que escolhemos para viver” (l. 46-49), a expressão “até mesmo”, que tem valor semântico de inclusão, não tem igual sentido que “ademais”, cujo significado é “além disso”. Falsa a quarta afirmação. RESPOSTA: D. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 19 – Semântica e interpretação de texto. O advérbio “inexoravelmente”, no trecho “... ficar e ser inexoravelmente devorado pela fera” (l. 17-18) equivale semanticamente a “de maneira implacável”, porque este é o significado daquele termo. A substituição sugerida em 1 manteria o sentido original do texto. Quanto à sugestão 2, a expressão “Não raro”, no trecho “Não raro, nos sentimos tão tomados pelos problemas e pela sobrecarga a ponto de adoecer” (l. 29-31), significa “frequentemente”, portanto se fosse substituída por “De vez em quando” não manteria o sentido original da mensagem. Na sugestão 3, a substituição de “nem sempre”, no trecho “e nos esquecemos de que nem sempre é preciso suportar passivamente o peso das sobrecargas” (l. 31-33) por “ocasionalmente” alteraria o sentido original da mensagem. RESPOSTA: A. _____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 19 – Regência e crase. No trecho “e nos esquecemos de que nem sempre é preciso suportar passivamente o peso das sobrecargas” (l. 31-33), o segmento “nos esquecemos” pode ser substituído por “não nos lembramos”, sem causar alteração na construção frasal. A presença de o pronome “nos” no original e na sugestão exigem a preposição “de”. Observe-se: “e não nos lembramos de que nem sempre é preciso suportar passivamente o peso das sobrecargas. Errada a assertiva I. Quanto à afirmação II, se o verbo “levar” na construção “... e nos levam à exaustão mental e emocional” (l. 34), for substituído pelo verbo “conduzir”, na forma “conduzem”, a frase não sofrerá qualquer alteração. Observe-se a frase já com a alteração sugerida: “... e nos conduzem à exaustão mental e emocional”. Errada. Na construção “Nesse caso, recorro a um pouco de liberdade” (l. 35), se a forma verbal “recorro” fosse substituída por “sirvo-me”, haveria necessidade de trocar a preposição “a” por “de”, porque quem se serve se serve “de”. Observe-se a construção já alterada: “Nesse caso, sirvo-me de um pouco de liberdade”. Correta a assertiva III. RESPOSTA: C. _______________________________________________________________________ Este material está disponível no saite do CPC, no blog professormenegotto.blogspot.com e na loja Copystar (Xerox do CPC). Proibida a reprodução parcial ou total sem a anuência do autor.