sábado, 31 de março de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 803


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 803


De quem são os meninos de rua?

Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora. Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide. Menino De Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão.
Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, uns nascendo De Família, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não uma família, não um pai e uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe os tivesse gerado, sendo eles filhos diretos dos paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das outras crianças, e excluídos das preocupações que temos com elas.
É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem--vestida chorando sozinha num “shopping Center” ou num supermercado, logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida, ou precisando de alguma coisa. Mas, se vemos uma criança maltrapilha chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão, engrenamos a primeira no carro e nos afastamos pensando vagamente no seu abandono.
Na verdade, não existem meninos DE rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim como são postos no mundo, durante muitos anos também são postos onde quer que estejam. Resta ver quem os põe na rua. E por quê.
[...]
Quem leva nossas crianças ao abandono? Quando dizemos “crianças abandonadas”, subentendemos que foram abandonadas pela família, pelos pais. E, embora penalizados, circunscrevemos o problema ao âmbito familiar, de uma família gigantesca e generalizada, à qual não pertencemos e com a qual não queremos nos meter. Apaziguamos assim nossa consciência, enquanto tratamos, isso sim, de cuidar
amorosamente de nossos próprios filhos, aqueles que “nos pertencem”.
Mas, embora uma criança possa ser abandonada pelos pais, ou duas ou dez crianças possam ser abandonadas pela família, 7 milhões de crianças só podem ser abandonadas pela coletividade. Até recentemente, tínhamos o direito de atribuir esse abandono ao governo, e responsabilizá-lo. Mas, em tempos de Nova República*, quando queremos que os cidadãos sejam o governo, já não podemos apenas passar adiante a responsabilidade. COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002. Adaptado.

* Nova República: termo usado à época em que a crônica foi escrita (1986) para designar o Brasil no período após o fim do regime militar.
803. (CASA DA MOEDA – Assistente Téc. Admin. – Programador de Computador-2012) Em um texto, as frases relacionam-se umas com as outras, estabelecendo entre si relações que contribuem para a construção do sentido do texto. Essas relações podem não ser explicitadas por meio do uso de um conectivo, como é o caso das duas frases do fragmento abaixo.

“Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava.” (2º e 3º períodos do 1º parágrafo)

A relação construída entre essas duas frases pode ser expressa, sem alteração de sentido, pelo seguinte conectivo:

(A) onde
(B) como
(C) contudo
(D) portanto
(E) conforme

Comentários.

Questão sobre emprego de nexos oracionais (conjunções).

Nas frases “Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava”, há oposição, pois a autora, na primeira frase, acredita que o menino pediria dinheiro, e na segunda frase informa que não pediu.

Ente os nexos (conjunções) oferecidas nas alternativas, a única que traduz ideia de oposição é “contudo”.

Na letra (A), “onde” é pronome relativo que relaciona algo a lugar, o que não é o caso das frases.

“Como”, na letra (B), poderia indicar causa, conformidade ou comparação, e nenhuma das três ideias é compatível com a oposição existente entre as frases.

A conjunção “portanto”, na letra (D), gera ideia de conclusão.

Na letra (E), “conforme” indica conformidade entre os pensamentos, o que é estranho entre as frases.

Resposta: C.

sexta-feira, 30 de março de 2012

"SITE", "SÍTIO" ou "SAITE"?


A expressão inglesa "site", que significa local na Internet identificado por um nome de domínio, constituído por uma ou mais páginas de hipertexto, que podem conter textos, gráficos e informações em multimídia. A palavra "site" pode ser empregada livremente, desde que destacada (italizada, ou negritada, ou sublinhada, ou entre aspas ou em fonte diferenciada do restante do texto), porque não pertence à Língua Portuguesa, devendo ser tratada como estrangeirismo. Os modernos manuais de redação e o dicionário Houaiss, porém, aconselham o emprego de "sítio", que é o equivalente a "site" em Português, ou "saite", que é a palavra site grafada conforme sua pronúncia inglesa e dicionarizada há pelo menos dez anos.
Seja bem brasileiro: utilize SAITE, porque, além de correto, pertence à nossa Língua.

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 802


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 802


De quem são os meninos de rua?

Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora. Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide. Menino De Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão.
Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, uns nascendo De Família, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não uma família, não um pai e uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe os tivesse gerado, sendo eles filhos diretos dos paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das outras crianças, e excluídos das preocupações que temos com elas.
É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem--vestida chorando sozinha num “shopping Center” ou num supermercado, logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida, ou precisando de alguma coisa. Mas, se vemos uma criança maltrapilha chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão, engrenamos a primeira no carro e nos afastamos pensando vagamente no seu abandono.
Na verdade, não existem meninos DE rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim como são postos no mundo, durante muitos anos também são postos onde quer que estejam. Resta ver quem os põe na rua. E por quê.
[...]
Quem leva nossas crianças ao abandono? Quando dizemos “crianças abandonadas”, subentendemos que foram abandonadas pela família, pelos pais. E, embora penalizados, circunscrevemos o problema ao âmbito familiar, de uma família gigantesca e generalizada, à qual não pertencemos e com a qual não queremos nos meter. Apaziguamos assim nossa consciência, enquanto tratamos, isso sim, de cuidar
amorosamente de nossos próprios filhos, aqueles que “nos pertencem”.
Mas, embora uma criança possa ser abandonada pelos pais, ou duas ou dez crianças possam ser abandonadas pela família, 7 milhões de crianças só podem ser abandonadas pela coletividade. Até recentemente, tínhamos o direito de atribuir esse abandono ao governo, e responsabilizá-lo. Mas, em tempos de Nova República*, quando queremos que os cidadãos sejam o governo, já não podemos apenas passar adiante a responsabilidade. COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002. Adaptado.

* Nova República: termo usado à época em que a crônica foi escrita (1986) para designar o Brasil no período após o fim do regime militar.
802. (CASA DA MOEDA – Assistente Téc. Admin. – Programador de Computador-2012) O fragmento abaixo apresenta um ponto de vista que é justificado por um argumento apresentado no texto.

“Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua.” (5º período do 1º parágrafo)

A passagem do texto que justifica esse ponto de vista é:

(A) “certa de que ele estava pedindo dinheiro.” (2º período do 1º parágrafo)
(B) “Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão.” (último período do 1º parágrafo)
(C) “Na verdade, não existem meninos DE rua. Existem meninos NA rua.” (1º período do 4º parágrafo)
(D) “Os meninos não vão sozinhos aos lugares.” (2º período do 4º parágrafo)
(E) “7 milhões de crianças só podem ser abandonadas pela coletividade.” (1º período do último parágrafo)

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto.

Nas assertivas (A) e (B) há apenas impressões da autora que não justificam o ponto de vista do enunciado.

A construção da alternativa (C) justifica plenamente a afirmativa contida no enunciado.

As informações contidas nas opções (D) e (E) não justificam a frase do enunciado, mas o abandono a que estão relegados.

Resposta: C.

quinta-feira, 29 de março de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 801


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 801


De quem são os meninos de rua?

Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora. Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide. Menino De Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão.
Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, uns nascendo De Família, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não uma família, não um pai e uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe os tivesse gerado, sendo eles filhos diretos dos paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das outras crianças, e excluídos das preocupações que temos com elas.
É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem--vestida chorando sozinha num “shopping Center” ou num supermercado, logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida, ou precisando de alguma coisa. Mas, se vemos uma criança maltrapilha chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão, engrenamos a primeira no carro e nos afastamos pensando vagamente no seu abandono.
Na verdade, não existem meninos DE rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim como são postos no mundo, durante muitos anos também são postos onde quer que estejam. Resta ver quem os põe na rua. E por quê.
[...]
Quem leva nossas crianças ao abandono? Quando dizemos “crianças abandonadas”, subentendemos que foram abandonadas pela família, pelos pais. E, embora penalizados, circunscrevemos o problema ao âmbito familiar, de uma família gigantesca e generalizada, à qual não pertencemos e com a qual não queremos nos meter. Apaziguamos assim nossa consciência, enquanto tratamos, isso sim, de cuidar
amorosamente de nossos próprios filhos, aqueles que “nos pertencem”.
Mas, embora uma criança possa ser abandonada pelos pais, ou duas ou dez crianças possam ser abandonadas pela família, 7 milhões de crianças só podem ser abandonadas pela coletividade. Até recentemente, tínhamos o direito de atribuir esse abandono ao governo, e responsabilizá-lo. Mas, em tempos de Nova República*, quando queremos que os cidadãos sejam o governo, já não podemos apenas passar adiante a responsabilidade. COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002. Adaptado.

* Nova República: termo usado à época em que a crônica foi escrita (1986) para designar o Brasil no período após o fim do regime militar.
801. (CASA DA MOEDA – Assistente Téc. Admin. – Programador de Computador-2012) Com base na leitura do texto, conclui-se que o principal objetivo da autora é

(A) resolver o problema das crianças abandonadas.
(B) comparar meninos de rua com meninos de família.
(C) narrar a história do menino que a interpelou na rua.
(D) convencer o leitor de que não existem meninos na rua.
(E) discutir a responsabilidade pela existência de crianças nas ruas.

Comentários.

Questão sobre interpretação de texto.

Pela litura atenciosa do texto, verifica-se que o objetivo da autora não é apenas resolver o problema das crianças abandonadas, muito menos comparar meninos de rua com meninos de família, pois essa visão é secundária no texto. Portanto estão incorretas as assertivas (A) e (B).

A fase narrativa inicial é somente um recurso de que a autora se utilizou para discutir o problema, mas sua intenção não é a de narrar a história do menino que a interpelou na rua. Errada, desta forma, a opção (C).

As comparações de que a autora se vale para comparar as características de meninos de rua com meninos de família não têm intenção de convencer o leitor de que não existem meninos de rua, até porque ela reconhece a existência de meninos abandonados. Errada a alternativa (D).

Correta a assertiva (E), porquanto contém a intenção da autora do texto, que é discutir a responsabilidade pela existência de crianças nas ruas.

Resposta: E.

quarta-feira, 28 de março de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 800


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 800



Setor de Informações

I

O rapazinho que seguia à minha frente na Visconde de Pirajá abordou um velho que vinha em sentido contrário:

– O senhor pode me informar onde é a Rua Gomes Carneiro?

O velho ficou calado um instante, compenetrado:
– Você vai seguindo por aqui - falou afinal, apontando com o braço: - Ali adiante, depois de passar a praça, dobra à direita. Segue mais dois quarteirões.
Chegando na Lagoa...

Não resisti e me meti no meio:
– Me desculpe, mas Gomes Carneiro é logo ali. Mostrei a esquina, na direção oposta.
– Ah, é aquela ali? – o velho não se abalou: – Pois eu estava certo de que era lá para os lados da Lagoa.

E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?

Realmente, não há explicação para esta estranha compulsão que a gente sente de dar informação, mesmo que não saiba informar.

II

Pois ali estava eu agora na esquina das Ruas Bulhões de Carvalho e Gomes Carneiro (a tal que o rapazinho procurava), quando fui abordado pelo motorista de um carro à espera do sinal.

– Moço, o senhor pode me mostrar onde fica a casa do sogro do doutor Adolfo?
Seu pedido de informação era tão surpreendente que não resisti e perguntei, para ganhar tempo:
– A casa do sogro do doutor Adolfo?

Ele deixou escapar um suspiro de cansaço:
– O doutor Adolfo me mandou trazer o Dodge dele de Pedro Leopoldo até a casa do sogro, aqui no Rio de Janeiro. O carro está velho, penei como o diabo para trazer até aqui. Perdi o endereço, só sei que é em Copacabana.

O Dodge do doutor Adolfo. O doutor Adolfo de Pedro Leopoldo. Aquilo me soava um tanto familiar:
– Como é o nome do sogro do doutor Adolfo?

Ele coçou a cabeça, encafifado:
– O senhor sabe que não me lembro? Um nome esquisito...
Esse doutor Adolfo de Pedro Leopoldo mora hoje em Belo Horizonte?
– Mora sim senhor.
– Tem um irmão chamado Oswaldo?
– Tem sim senhor.
– Por acaso o nome dele é Adolfo Gusmão?
– Isso mesmo. O senhor sabe onde é que é a casa do sogro dele?

Respirei fundo, mal podendo acreditar:
– Sei. O sogro dele mora na Rua Souza Lima. É aqui pertinho. Você entra por ali, vira aquela esquina, torna a virar a primeira à esquerda...

Ele agradeceu com a maior naturalidade, como se achasse perfeitamente normal que a primeira pessoa abordada numa cidade de alguns milhões de habitantes soubesse onde mora o sogro do doutor Adolfo, de Pedro Leopoldo.

Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da morada de Deus. SABINO, Fernando. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 34-39. Adaptado.


800. (PETROBRAS – Téc. Admin. Controle Júnior-2012) Em que frase o segundo verbo está empregado de acordo com a norma-padrão?

(A) Você quer que eu chego mais cedo?
(B) Você quer que eu revejo o documento?
(C) Você quer que eu venha imediatamente?
(D) Você quer que eu esteje lá amanhã?
(E) Você quer que eu faço o relatório?

Comentários.

Questão sobre tempos e modos verbais.

Nas assertivas (A), (B), (D) e (E), a conjunção “que”, presente em todas as frases, exigirá que o verbo seja conjugado no presente do subjuntivo, devendo apresentar respectivamente as formas “chegue”, “reveja”, “esteja” e “faça”.
As formas verbais “chego”, na opção (A), “revejo”, na opção (B) e “faço”, na alternativa (E), estão conjugados no presente do indicativo. Já a forma verbal “esteje” não existe.
A forma correta está na assertiva (C): “venha”, que está conjugado no presente do subjuntivo, como exige a conjunção “que”.

Resposta: C.

terça-feira, 27 de março de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 799


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 799



Setor de Informações

I

O rapazinho que seguia à minha frente na Visconde de Pirajá abordou um velho que vinha em sentido contrário:

– O senhor pode me informar onde é a Rua Gomes Carneiro?

O velho ficou calado um instante, compenetrado:
– Você vai seguindo por aqui - falou afinal, apontando com o braço: - Ali adiante, depois de passar a praça, dobra à direita. Segue mais dois quarteirões.
Chegando na Lagoa...

Não resisti e me meti no meio:
– Me desculpe, mas Gomes Carneiro é logo ali. Mostrei a esquina, na direção oposta.
– Ah, é aquela ali? – o velho não se abalou: – Pois eu estava certo de que era lá para os lados da Lagoa.

E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?

Realmente, não há explicação para esta estranha compulsão que a gente sente de dar informação, mesmo que não saiba informar.

II

Pois ali estava eu agora na esquina das Ruas Bulhões de Carvalho e Gomes Carneiro (a tal que o rapazinho procurava), quando fui abordado pelo motorista de um carro à espera do sinal.

– Moço, o senhor pode me mostrar onde fica a casa do sogro do doutor Adolfo?
Seu pedido de informação era tão surpreendente que não resisti e perguntei, para ganhar tempo:
– A casa do sogro do doutor Adolfo?

Ele deixou escapar um suspiro de cansaço:
– O doutor Adolfo me mandou trazer o Dodge dele de Pedro Leopoldo até a casa do sogro, aqui no Rio de Janeiro. O carro está velho, penei como o diabo para trazer até aqui. Perdi o endereço, só sei que é em Copacabana.

O Dodge do doutor Adolfo. O doutor Adolfo de Pedro Leopoldo. Aquilo me soava um tanto familiar:
– Como é o nome do sogro do doutor Adolfo?

Ele coçou a cabeça, encafifado:
– O senhor sabe que não me lembro? Um nome esquisito...
Esse doutor Adolfo de Pedro Leopoldo mora hoje em Belo Horizonte?
– Mora sim senhor.
– Tem um irmão chamado Oswaldo?
– Tem sim senhor.
– Por acaso o nome dele é Adolfo Gusmão?
– Isso mesmo. O senhor sabe onde é que é a casa do sogro dele?

Respirei fundo, mal podendo acreditar:
– Sei. O sogro dele mora na Rua Souza Lima. É aqui pertinho. Você entra por ali, vira aquela esquina, torna a virar a primeira à esquerda...

Ele agradeceu com a maior naturalidade, como se achasse perfeitamente normal que a primeira pessoa abordada numa cidade de alguns milhões de habitantes soubesse onde mora o sogro do doutor Adolfo, de Pedro Leopoldo.

Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da morada de Deus. SABINO, Fernando. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 34-39. Adaptado.


799. (PETROBRAS – Téc. Admin. Controle Júnior-2012) O acento grave indicativo de crase está empregado de acordo com a norma-padrão em:

(A) O velho deu à informação errada.
(B) O rapaz disse à todos que sabia o endereço.
(C) O senhor trouxe o carro à Copacabana.
(D) O açougue fica à direita da farmácia.
(E) O motorista seguiu à sinalização das ruas.

Comentários.

Questão sobre crase.

Errada a assertiva (A), porque “a informação” é objeto direto, devendo ser precedida apenas por artigo.

Errada a opção (B), porque não existe crase antes de palavra masculina, muito menos antes de pronome indefinido (todos).

Errada a alternativa (C), porque “Copacabana”! é nome neutro (quem vai a Copacabana volta DE Copacabana. Nesse caso, só há artigo antes de “Copacabana”, o que representa a inexistência de crase.

Correta a assertiva (D), pois a expressão “à direita” é uma locução adverbial feminina, e todas as locuções adverbiais femininas levam crase (ente à esquerda, siga à frente...).

Errada a assertiva (E), porque o verbo “seguir” é transitivo direto (quem segue segue alguma coisa ou alguém), não exigindo, nem aceitando preposição “a”.

Resposta: D.

segunda-feira, 26 de março de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 798


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 798



Setor de Informações

I

O rapazinho que seguia à minha frente na Visconde de Pirajá abordou um velho que vinha em sentido contrário:

– O senhor pode me informar onde é a Rua Gomes Carneiro?

O velho ficou calado um instante, compenetrado:
– Você vai seguindo por aqui - falou afinal, apontando com o braço: - Ali adiante, depois de passar a praça, dobra à direita. Segue mais dois quarteirões.
Chegando na Lagoa...

Não resisti e me meti no meio:
– Me desculpe, mas Gomes Carneiro é logo ali. Mostrei a esquina, na direção oposta.
– Ah, é aquela ali? – o velho não se abalou: – Pois eu estava certo de que era lá para os lados da Lagoa.

E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?

Realmente, não há explicação para esta estranha compulsão que a gente sente de dar informação, mesmo que não saiba informar.

II

Pois ali estava eu agora na esquina das Ruas Bulhões de Carvalho e Gomes Carneiro (a tal que o rapazinho procurava), quando fui abordado pelo motorista de um carro à espera do sinal.

– Moço, o senhor pode me mostrar onde fica a casa do sogro do doutor Adolfo?
Seu pedido de informação era tão surpreendente que não resisti e perguntei, para ganhar tempo:
– A casa do sogro do doutor Adolfo?

Ele deixou escapar um suspiro de cansaço:
– O doutor Adolfo me mandou trazer o Dodge dele de Pedro Leopoldo até a casa do sogro, aqui no Rio de Janeiro. O carro está velho, penei como o diabo para trazer até aqui. Perdi o endereço, só sei que é em Copacabana.

O Dodge do doutor Adolfo. O doutor Adolfo de Pedro Leopoldo. Aquilo me soava um tanto familiar:
– Como é o nome do sogro do doutor Adolfo?

Ele coçou a cabeça, encafifado:
– O senhor sabe que não me lembro? Um nome esquisito...
Esse doutor Adolfo de Pedro Leopoldo mora hoje em Belo Horizonte?
– Mora sim senhor.
– Tem um irmão chamado Oswaldo?
– Tem sim senhor.
– Por acaso o nome dele é Adolfo Gusmão?
– Isso mesmo. O senhor sabe onde é que é a casa do sogro dele?

Respirei fundo, mal podendo acreditar:
– Sei. O sogro dele mora na Rua Souza Lima. É aqui pertinho. Você entra por ali, vira aquela esquina, torna a virar a primeira à esquerda...

Ele agradeceu com a maior naturalidade, como se achasse perfeitamente normal que a primeira pessoa abordada numa cidade de alguns milhões de habitantes soubesse onde mora o sogro do doutor Adolfo, de Pedro Leopoldo.

Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da morada de Deus. SABINO, Fernando. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 34-39. Adaptado.


798. (PETROBRAS – Téc. Admin. Controle Júnior-2012) A substituição da vírgula por ponto pode ser feita, mantendo dois períodos bem-formados sintaticamente, em:

(A) Ela nasceu em Salvador, capital do estado da Bahia.
(B) O rapaz andava com passos rápidos, estava com pressa.
(C) Pedi informação a um senhor, que parecia saber o caminho.
(D) Se você não souber o caminho, procure a informação no mapa.
(E) Todas as ruas, avenidas e praças de Copacabana estão sinalizadas.

Comentários.

Questão sobre pontuação.

Na construção da opção (A), não é possível substituir a vírgula por ponto, porque o trecho isolado por vírgula é aposto, que qualifica “Salvador”. Separar com ponto deixaria o aposto sem sentido.
Na construção (B), é possível trocar a vírgula por ponto, pois se trata de duas orações coordenadas assindéticas. Observe-se: “O rapaz andava com passos rápidos. Estava com pressa.”

Quanto à construção contida na alternativa (C), não é possível trocar a vírgula por ponto, pois o termo isolado é uma oração subordinada adjetiva explicativa. O ponto desassociaria as orações, prejudicando o sentido e a sintaxe do período.

Não se pode substituir a virgula por ponto na cosntrução da opção (D), porque a vírgula está isolando oração subordinada adverbial condicional deslocada da sua oração principal. O ponto no lugar da vírgula deixaria a subordinada sem sentido.

Já com relação à opção (E), não se pode substituir a vírgula por ponto, porque ali há apenas separação de elementos de igual função sintática, ou itens de uma série. A colocação de ponto no lugar da vírgula isolaria a expressão inicial, que ficaria sem sentido.

Resposta: B.

domingo, 25 de março de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 797


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 797



Setor de Informações

I

O rapazinho que seguia à minha frente na Visconde de Pirajá abordou um velho que vinha em sentido contrário:

– O senhor pode me informar onde é a Rua Gomes Carneiro?

O velho ficou calado um instante, compenetrado:
– Você vai seguindo por aqui - falou afinal, apontando com o braço: - Ali adiante, depois de passar a praça, dobra à direita. Segue mais dois quarteirões.
Chegando na Lagoa...

Não resisti e me meti no meio:
– Me desculpe, mas Gomes Carneiro é logo ali. Mostrei a esquina, na direção oposta.
– Ah, é aquela ali? – o velho não se abalou: – Pois eu estava certo de que era lá para os lados da Lagoa.

E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?

Realmente, não há explicação para esta estranha compulsão que a gente sente de dar informação, mesmo que não saiba informar.

II

Pois ali estava eu agora na esquina das Ruas Bulhões de Carvalho e Gomes Carneiro (a tal que o rapazinho procurava), quando fui abordado pelo motorista de um carro à espera do sinal.

– Moço, o senhor pode me mostrar onde fica a casa do sogro do doutor Adolfo?
Seu pedido de informação era tão surpreendente que não resisti e perguntei, para ganhar tempo:
– A casa do sogro do doutor Adolfo?

Ele deixou escapar um suspiro de cansaço:
– O doutor Adolfo me mandou trazer o Dodge dele de Pedro Leopoldo até a casa do sogro, aqui no Rio de Janeiro. O carro está velho, penei como o diabo para trazer até aqui. Perdi o endereço, só sei que é em Copacabana.

O Dodge do doutor Adolfo. O doutor Adolfo de Pedro Leopoldo. Aquilo me soava um tanto familiar:
– Como é o nome do sogro do doutor Adolfo?

Ele coçou a cabeça, encafifado:
– O senhor sabe que não me lembro? Um nome esquisito...
Esse doutor Adolfo de Pedro Leopoldo mora hoje em Belo Horizonte?
– Mora sim senhor.
– Tem um irmão chamado Oswaldo?
– Tem sim senhor.
– Por acaso o nome dele é Adolfo Gusmão?
– Isso mesmo. O senhor sabe onde é que é a casa do sogro dele?

Respirei fundo, mal podendo acreditar:
– Sei. O sogro dele mora na Rua Souza Lima. É aqui pertinho. Você entra por ali, vira aquela esquina, torna a virar a primeira à esquerda...

Ele agradeceu com a maior naturalidade, como se achasse perfeitamente normal que a primeira pessoa abordada numa cidade de alguns milhões de habitantes soubesse onde mora o sogro do doutor Adolfo, de Pedro Leopoldo.

Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da morada de Deus. SABINO, Fernando. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 34-39. Adaptado.


797. (PETROBRAS – Téc. Admin. Controle Júnior-2012) A análise do texto leva a concluir que são características pessoais do narrador o fato de ele ser

(A) natural de Minas Gerais, desconfiado e religioso
(B) solidário, observador e bem-humorado
(C) natural de Minas Gerais, preconceituoso e bem-humorado
(D) bem situado, intrometido e crente
(E) observador, inconveniente e crédulo

Questão sobre interpretação de texto.

A leitura atenciosa do texto leva o leitor a concluir que o narrador é solidário, porque prestou informações nos dois casos (Partes I e II) do texto, além de ser observador, pois prestou atenção, na Parte I, à informação equivocada prestada pelo velho ao rapazinho e, na Parte II era sabedor da informação desejada pelo motorista. Além disso, percebe-se que o narrador é bem-humorado, especialmente pela parte final do texto (“Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da morada de Deus”).

Estão erradas as assertivas (A) e (C), porque não há, no texto, referência ao fato de o narrador ser de Minas Gerais.

Está errada a opção (D), pois não há, no texto, referência ao fato de o narrador ser intrometido. O fato de ter-se oferecido para corrigir uma informação errada, na Parte I, não o faz intrometido.

De igual forma, está errada a assertiva (E), pois não há, no texto, referência que suporte a afirmação de que o narrador seja inconveniente e crédulo.

Resposta: B.

sábado, 24 de março de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 796


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 796



Setor de Informações

I

O rapazinho que seguia à minha frente na Visconde de Pirajá abordou um velho que vinha em sentido contrário:

– O senhor pode me informar onde é a Rua Gomes Carneiro?

O velho ficou calado um instante, compenetrado:
– Você vai seguindo por aqui - falou afinal, apontando com o braço: - Ali adiante, depois de passar a praça, dobra à direita. Segue mais dois quarteirões.
Chegando na Lagoa...

Não resisti e me meti no meio:
– Me desculpe, mas Gomes Carneiro é logo ali. Mostrei a esquina, na direção oposta.
– Ah, é aquela ali? – o velho não se abalou: – Pois eu estava certo de que era lá para os lados da Lagoa.

E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?

Realmente, não há explicação para esta estranha compulsão que a gente sente de dar informação, mesmo que não saiba informar.

II

Pois ali estava eu agora na esquina das Ruas Bulhões de Carvalho e Gomes Carneiro (a tal que o rapazinho procurava), quando fui abordado pelo motorista de um carro à espera do sinal.

– Moço, o senhor pode me mostrar onde fica a casa do sogro do doutor Adolfo?
Seu pedido de informação era tão surpreendente que não resisti e perguntei, para ganhar tempo:
– A casa do sogro do doutor Adolfo?

Ele deixou escapar um suspiro de cansaço:
– O doutor Adolfo me mandou trazer o Dodge dele de Pedro Leopoldo até a casa do sogro, aqui no Rio de Janeiro. O carro está velho, penei como o diabo para trazer até aqui. Perdi o endereço, só sei que é em Copacabana.

O Dodge do doutor Adolfo. O doutor Adolfo de Pedro Leopoldo. Aquilo me soava um tanto familiar:
– Como é o nome do sogro do doutor Adolfo?

Ele coçou a cabeça, encafifado:
– O senhor sabe que não me lembro? Um nome esquisito...
Esse doutor Adolfo de Pedro Leopoldo mora hoje em Belo Horizonte?
– Mora sim senhor.
– Tem um irmão chamado Oswaldo?
– Tem sim senhor.
– Por acaso o nome dele é Adolfo Gusmão?
– Isso mesmo. O senhor sabe onde é que é a casa do sogro dele?

Respirei fundo, mal podendo acreditar:
– Sei. O sogro dele mora na Rua Souza Lima. É aqui pertinho. Você entra por ali, vira aquela esquina, torna a virar a primeira à esquerda...

Ele agradeceu com a maior naturalidade, como se achasse perfeitamente normal que a primeira pessoa abordada numa cidade de alguns milhões de habitantes soubesse onde mora o sogro do doutor Adolfo, de Pedro Leopoldo.

Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da morada de Deus. SABINO, Fernando. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 34-39. Adaptado.


796. (PETROBRAS – Téc. Admin. Controle Júnior-2012) A análise da abordagem temática das passagens I e II do texto permite concluir que ambas

(A) relatam fatos acontecidos na rua.
(B) recriminam a irresponsabilidade de algumas pessoas.
(C) denunciam a falta de sinalização na cidade.
(D) registram cenas típicas de cidades do interior.
(E) revelam a irritação do narrador com pessoas desnorteadas.

Questão sobre interpretação de texto.

A abordagem temática das passagens I e II do texto permite concluir que ambas relatam fatos acontecidos na rua, portanto está correta a assertiva (A).

Está errada a opção (B), porque recriminação da irresponsabilidade de algumas pessoas só ocorre na passagem I do texto.
Não se pode inferir do texto que se faça nele denúncia da falta de sinalização na cidade, pois não há referência a isso. Errada, portanto, a assertiva (C).

As duas cenas se passam no Rio de Janeiro, pelas referências à Lagoa e às ruas, e mais ainda, pela referência a milhões de pessoas, o que revela não se tratarem de cenas típicas de cidade do interior. Errada, dessa forma, a opção (D).

A irritação do narrador com pessoas desnorteadas ocorre apenas na passagem I, por isso está errada a assertiva (E).

Resposta: A.

sexta-feira, 23 de março de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 795


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 795



Setor de Informações

I

O rapazinho que seguia à minha frente na Visconde de Pirajá abordou um velho que vinha em sentido contrário:

– O senhor pode me informar onde é a Rua Gomes Carneiro?

O velho ficou calado um instante, compenetrado:
– Você vai seguindo por aqui - falou afinal, apontando com o braço: - Ali adiante, depois de passar a praça, dobra à direita. Segue mais dois quarteirões.
Chegando na Lagoa...

Não resisti e me meti no meio:
– Me desculpe, mas Gomes Carneiro é logo ali. Mostrei a esquina, na direção oposta.
– Ah, é aquela ali? – o velho não se abalou: – Pois eu estava certo de que era lá para os lados da Lagoa.

E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?

Realmente, não há explicação para esta estranha compulsão que a gente sente de dar informação, mesmo que não saiba informar.

II

Pois ali estava eu agora na esquina das Ruas Bulhões de Carvalho e Gomes Carneiro (a tal que o rapazinho procurava), quando fui abordado pelo motorista de um carro à espera do sinal.

– Moço, o senhor pode me mostrar onde fica a casa do sogro do doutor Adolfo?
Seu pedido de informação era tão surpreendente que não resisti e perguntei, para ganhar tempo:
– A casa do sogro do doutor Adolfo?

Ele deixou escapar um suspiro de cansaço:
– O doutor Adolfo me mandou trazer o Dodge dele de Pedro Leopoldo até a casa do sogro, aqui no Rio de Janeiro. O carro está velho, penei como o diabo para trazer até aqui. Perdi o endereço, só sei que é em Copacabana.

O Dodge do doutor Adolfo. O doutor Adolfo de Pedro Leopoldo. Aquilo me soava um tanto familiar:
– Como é o nome do sogro do doutor Adolfo?

Ele coçou a cabeça, encafifado:
– O senhor sabe que não me lembro? Um nome esquisito...
Esse doutor Adolfo de Pedro Leopoldo mora hoje em Belo Horizonte?
– Mora sim senhor.
– Tem um irmão chamado Oswaldo?
– Tem sim senhor.
– Por acaso o nome dele é Adolfo Gusmão?
– Isso mesmo. O senhor sabe onde é que é a casa do sogro dele?

Respirei fundo, mal podendo acreditar:
– Sei. O sogro dele mora na Rua Souza Lima. É aqui pertinho. Você entra por ali, vira aquela esquina, torna a virar a primeira à esquerda...

Ele agradeceu com a maior naturalidade, como se achasse perfeitamente normal que a primeira pessoa abordada numa cidade de alguns milhões de habitantes soubesse onde mora o sogro do doutor Adolfo, de Pedro Leopoldo.

Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da morada de Deus. SABINO, Fernando. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 34-39. Adaptado.


795. (PETROBRAS – Téc. Admin. Controle Júnior-2012) No último parágrafo, fica claro que o motorista logo encontrou, dentre milhões de habitantes de uma cidade, uma pessoa que sabia a resposta exata à sua dúvida.

Assim, no último período, a reflexão do narrador indica que este

(A) se considerava bastante religioso.
(B) queria pedir uma informação divina.
(C) achava o motorista um homem de muita sorte.
(D) gostaria de conversar mais com o motorista.
(E) estava com pressa e precisava ir-se embora.

Questão sobre interpretação de texto.

No trecho “Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da morada de Deus”, a reflexão do narrador traduz sua crença de que o motorista que lhe pediu informação era um homem de muita sorte, porque fora perguntar para alguém que sabia exatamente a resposta, entre milhões de habitantes de uma cidade. As opções (A), (B), (D) e (E) justificam equivocadamente a reflexão do narrador.

Resposta: C.

quinta-feira, 22 de março de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 794


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 794



Setor de Informações

I

O rapazinho que seguia à minha frente na Visconde de Pirajá abordou um velho que vinha em sentido contrário:

– O senhor pode me informar onde é a Rua Gomes Carneiro?

O velho ficou calado um instante, compenetrado:
– Você vai seguindo por aqui - falou afinal, apontando com o braço: - Ali adiante, depois de passar a praça, dobra à direita. Segue mais dois quarteirões.
Chegando na Lagoa...

Não resisti e me meti no meio:
– Me desculpe, mas Gomes Carneiro é logo ali. Mostrei a esquina, na direção oposta.
– Ah, é aquela ali? – o velho não se abalou: – Pois eu estava certo de que era lá para os lados da Lagoa.

E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?

Realmente, não há explicação para esta estranha compulsão que a gente sente de dar informação, mesmo que não saiba informar.

II

Pois ali estava eu agora na esquina das Ruas Bulhões de Carvalho e Gomes Carneiro (a tal que o rapazinho procurava), quando fui abordado pelo motorista de um carro à espera do sinal.

– Moço, o senhor pode me mostrar onde fica a casa do sogro do doutor Adolfo?
Seu pedido de informação era tão surpreendente que não resisti e perguntei, para ganhar tempo:
– A casa do sogro do doutor Adolfo?

Ele deixou escapar um suspiro de cansaço:
– O doutor Adolfo me mandou trazer o Dodge dele de Pedro Leopoldo até a casa do sogro, aqui no Rio de Janeiro. O carro está velho, penei como o diabo para trazer até aqui. Perdi o endereço, só sei que é em Copacabana.

O Dodge do doutor Adolfo. O doutor Adolfo de Pedro Leopoldo. Aquilo me soava um tanto familiar:
– Como é o nome do sogro do doutor Adolfo?

Ele coçou a cabeça, encafifado:
– O senhor sabe que não me lembro? Um nome esquisito...
Esse doutor Adolfo de Pedro Leopoldo mora hoje em Belo Horizonte?
– Mora sim senhor.
– Tem um irmão chamado Oswaldo?
– Tem sim senhor.
– Por acaso o nome dele é Adolfo Gusmão?
– Isso mesmo. O senhor sabe onde é que é a casa do sogro dele?

Respirei fundo, mal podendo acreditar:
– Sei. O sogro dele mora na Rua Souza Lima. É aqui pertinho. Você entra por ali, vira aquela esquina, torna a virar a primeira à esquerda...

Ele agradeceu com a maior naturalidade, como se achasse perfeitamente normal que a primeira pessoa abordada numa cidade de alguns milhões de habitantes soubesse onde mora o sogro do doutor Adolfo, de Pedro Leopoldo.

Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da morada de Deus. SABINO, Fernando. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 34-39. Adaptado.


794. (PETROBRAS – Téc. Admin. Controle Júnior-2012) Observe o emprego da palavra mal no período abaixo.

“Respirei fundo, mal podendo acreditar.” (Parte II – 6º parágrafo) Essa palavra é empregada com o mesmo sentido em:

(A) O cantor toca piano muito mal.
(B) A inveja é um mal que deve ser evitado.
(C) O menino não quebrou a vidraça por mal.
(D) Qual é o mal que acomete aquele doente?
(E) O perdedor mal conseguiu esconder sua decepção.

Questão sobre emprego de palavras e classes gramaticais.

No trecho “Respirei fundo, mal podendo acreditar” (Parte II – 6º parágrafo), a palavra “mal” está empregada como advérbio de intensidade, modificando o sentido do verbo “acreditar”, na locução verbal “podendo acreditar”, e pode ser substituída por “pouco” ou “quase não”

Na opção (A), “mal” está empregado como advérbio de modo, mas de forma diferente do emprego na frase do enunciado, pois não traduz “pouco”, e sim “precariamente”.

Na alternativa (B), “mal” está sendo empregado como substantivo, como o oposto de “bem”, portanto de forma diferente à do emprego da frase do enunciado.

Na assertiva (C), “mal” está empregado como “intenção”, “vontade”, diversamente do emprego de “mal” como “pouco”.

Quanto à opção (D), “mal” está empregado como o foi na alternativa “B”, ou seja, como substantivo.

Correta a identidade do vocábulo “mal” na construção da letra (E), porquanto está empregado com igual sentido ao da frase do enunciado, podendo, também, ser substituído por “pouco”.

Resposta: E.

quarta-feira, 21 de março de 2012

PROVA DA EPTC - COMENTÁRIOS E RESPOSTAS


COMENTÁRIOS E RESPOSTAS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO PARA AGENTE FISCAL DE TRÂNSITO E TRANSPORTE DA EMPRESA PÚBLICA DE TRANSPORTE E CIRCULAÇÃO – EPTC – Prova aplicada no dia 18 de março de 2012

QUESTÃO 1 – Regência verbal e colocação pronominal

As lacunas do texto devem ser preenchidas pelas formas verbais “capacitá-los” e “compreendê-las”. Na primeira lacuna, o verbo “capacitar”, por ser transitivo direto, exigirá como objeto direto o pronome “os”, que receberá a letra “l”, em razão de o verbo terminar em “R”. Logo “capacitar+os=capacitá-los”. Na segunda lacuna, “compreender” também é transitivo direto, devendo ser acrescido do pronome “as”, que representa “regras”. Dessa forma, “compreender+as=compreendê-las”.
Resposta: D.
_________________________________________________________

QUESTÃO 2 – Interpretação de texto

Errada a primeira assertiva, porque as ações educativas de trânsito, segundo o primeiro parágrafo do texto, em seu 2º período, têm como objetivo capacitar as crianças e adolescentes como pedestres e ciclistas, não apenas como pedestres.
Errada a segunda assertiva, pois, segundo o texto, em especial no 1º período do 2º parágrafo, observa-se que pouquíssimos programas educativos adotam a cidadania.
Correta a terceira afirmativa, porque, segundo o texto, no 2º período do 3º parágrafo, vê-se que “A grande maioria das ações educativas atuais ... colabora para a dominação da máquina sobre o homem”.
Por consequência, está errada, também, a quarta afirmação, porque, no contexto do 3º parágrafo, é possível observar que as ações educativas deverão contribuir para a formação de motoristas, desde que possam eles vivenciar os valores éticos.
Resposta: C.
_____________________________________________________________

QUESTÃO 3 – Classes de palavras

Na construção “Exceto por pouquíssimos programas educativos que adotam a cidadania como referência...”, a palavra destacada é pronome relativo, tendo como referente “programas educativos”. Observe-se que pode ser substituído por “OS QUAIS”. Na frase em que se encontra, é um recurso coesivo, utilizado para não repetir “programas educativos”. A classificação de “anafórico” deve-se ao fato de a anáfora ser processo pelo qual um termo gramatical (um pronome ou um advérbio de lugar, por exemplo) retoma a referência de um sintagma (=palavra ou expressão) anteriormente usado na mesma frase, o que é o caso do “QUE” representando “programas educativos”.
Resposta: C.
______________________________________________________________

QUESTÃO 4 – Funções do SE

Na construção I, o SE é uma conjunção subordinativa condicional, podendo ser substituída por “caso”.
Na cosntrução II, o SE funciona como partícula apassivadora, ou pronome apassivador. Observe-se que o trecho “ensina-se a educação” poderá ser transformado na voz passiva analítica “a educação é ensinada”, o que confere ao SE a função de pronome apassivador.
Resposta: A.
__________________________________________________________

QUESTÃO 5 – Concordância verbal (verbos impessoais)

Na frase “Basta de tanto falta de educação!” (I), o verbo “bastar” está empregado como impessoal.
Na frase “Nos dias atuais, deve haver maior educação no trânsito” (II), o verbo “haver” está empregado como “existir”, portanto é impessoal, impessoalizando seu auxiliar “dever” em “deve”, no singular.
Na frase “Havíamos combinado de buscar nosso carro detido no DETRAN” (III), o verbo “combinar” é o principal na locução verbal “Havíamos combinado”. Como “combinar” é verbo pessoal, o seu auxiliar (“haver”) também é pessoal, tanto que está conjugado na 1ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo.
Na frase “Hoje faz cinco anos que tirei minha carteira de habilitação”, o verbo “fazer” está indicando tempo decorrido, passado, portanto é impessoal.
Resposta: B.
__________________________________________________

QUESTÃO 6 – Regência verbal

Está correta, quanto à regência verbal, a frase I. Em “Chamei-lhe de inteligente”, o LHE é objeto indireto, sendo “de inteligente” o predicativo. A frase equivale a “chamei-lhe e ele é inteligente”.
Errada a frase II. O verbo “lembrar”, em “Lembro-me o dia em que te conheci”, está acompanhado de pronome “me”, o que o transforma em transitivo indireto, exigindo preposição “de”, em “do”. A frase correta é “Lembro-me do dia em que te conheci”.
Errada a frase III, porque “implicar”, no sentido de “acarretar”, é transitivo direto, não podendo ser construído com a preposição “em”. A frase deve ser corrigida para “Trânsito implica educação”.
Correta a frase IV. O verbo perdoar é transitivo indireto, pois quem perdoa perdoa a alguém. Como transitivo indireto, deve ser empregado com “lhe”.
Resposta: D.
_____________________________________________________

QUESTÃO 7 – Crase

Está correta a frase presente na opção “a”, porque a indicação de crase antes de “que” ocorreu porque se encontra uma palavra feminina subentendida entre o “a” e o “que”, que é “campanha”. Observe-se: “Esta campanha é similar à (campanha) que foi transmitida no ano passado”.
Errada a frase da alternativa “b”, porque não há crase antes de pronome relativo.
Errada a frase da opção “c”, porque o nome “Florianópolis” é neutro, pois quem vai a Florianópolis volta DE Florianópolis. Por tal razão, não há artigo antes de “Florianópolis”, o que desfaz a ideia de existência de crase. Antes de “Florianópolis”, deve haver, na frase em foco, apenas preposição “a”. Ressalte-se que o primeiro sinal indicativo de crase na frase da assertiva “c” está correta, pois trata-se de indicação de hora ou partes do dia.
Errada a frase da alternativa “d”, porque, no segmento “após as 19h46min”, não há crase, em razão da preposição “após”. Observe-se, portanto, que não há crase depois de preposição. Ressalte-se que o primeiro sinal indicativo de crase, em “Estive à procura...”, está correto, porque se trata de locução adverbial feminina.
Resposta: A.
___________________________________________________________

QUESTÃO 8 – Verbos

Na opção “a”, somente o verbo “concluir” possui duas formas de particípio”: “concluso” e “concluído”. “Pagar”, na Linguagem Culta Padrão, possui apenas a forma “pago”. E “cheirar” tem como particípio único “cheirado”. Errada a opção “a”.
Os verbos “acender”, “omitir’ e “submergir” possuem duas formas de particípio cada um, a saber: “aceso” e “acendido”, “omisso” e “omitido” e “submerso” e “submergido”. Correta a opção “b”.
Na alternativa “c”, os verbos “sentar” e “expor” têm uma forma de particípio válida cada um: “sentado” e “exposto”. Já o verbo “isentar” apresenta duas formas válidas, que são “isento” e “isentado”. Errada.
Na opção “d”, somente o verbo “soltar” possui duas formas válidas de particípio: “solto” e “soltado”. Os verbos “escrever” e “ter” apresentam, respectivamente, as formas “escrito” e “tido”, somente. Errada.
Resposta: B.
___________________________________________________

QUESTÃO 9 – Concordância verbal e nominal

Está errada a frase I, porque o sujeito de “Viva” é “os melhores pilotos”, logo deve ser “Vivam os melhores pilotos!”.
Correta a frase da assertiva II, porque o sujeito de “Esteve” é composto (“o motorista e o policial”), podendo o verbo, de acordo com a regra gramatical, concordar com o mais próximo, que é “o motorista”, ou com os dois, “o motorista” e “o policial”. Em síntese, devem ser consideradas como corretas as construções “Esteve comigo, esta tarde, o motorista e o policial”, concordando com o núcleo mais próximo do sujeito, que é “motorista”, ou “Estiveram comigo, esta tarde, o motorista e o policial”, concordando com o plural.
Correta a concordância de “boa” com “sopa”, na assertiva III, porque este termo está precedido de artigo e, nesse caso, o adjetivo “bom” concorda em número (singular) e gênero (feminino) com o substantivo “sopa”, flexionando-se em “boa”.
Correta a assertiva IV, porque a expressão “haja vista” é invariável.
Sem resposta.
Questão passível de recurso em razão da inexistência de opção que contemple como corretas as frases das assertivas II, III e IV. As razões estão contidas na explicação referente à assertiva II.
____________________________________________

Questão 10 – Vozes verbais

A passagem correta da voz ativa “Estavam ensinando os códigos de trânsito” é “Os códigos de trânsito estavam sendo ensinados”.
Observe-se que o segmento “os códigos de trânsito” funciona como objeto direto de “ensinando” e passará a ser o sujeito da passiva analítica; o verbo “ensinar” receberá um verbo “ser” auxiliar na forma “sendo. Logo “os códigos de trânsito estavam sendo ensinados”.
Resposta: D.

Prof. Menegotto®

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 793


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 793



Setor de Informações

I

O rapazinho que seguia à minha frente na Visconde de Pirajá abordou um velho que vinha em sentido contrário:

– O senhor pode me informar onde é a Rua Gomes Carneiro?

O velho ficou calado um instante, compenetrado:
– Você vai seguindo por aqui - falou afinal, apontando com o braço: - Ali adiante, depois de passar a praça, dobra à direita. Segue mais dois quarteirões.
Chegando na Lagoa...

Não resisti e me meti no meio:
– Me desculpe, mas Gomes Carneiro é logo ali. Mostrei a esquina, na direção oposta.
– Ah, é aquela ali? – o velho não se abalou: – Pois eu estava certo de que era lá para os lados da Lagoa.

E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?

Realmente, não há explicação para esta estranha compulsão que a gente sente de dar informação, mesmo que não saiba informar.

II

Pois ali estava eu agora na esquina das Ruas Bulhões de Carvalho e Gomes Carneiro (a tal que o rapazinho procurava), quando fui abordado pelo motorista de um carro à espera do sinal.

– Moço, o senhor pode me mostrar onde fica a casa do sogro do doutor Adolfo?
Seu pedido de informação era tão surpreendente que não resisti e perguntei, para ganhar tempo:
– A casa do sogro do doutor Adolfo?

Ele deixou escapar um suspiro de cansaço:
– O doutor Adolfo me mandou trazer o Dodge dele de Pedro Leopoldo até a casa do sogro, aqui no Rio de Janeiro. O carro está velho, penei como o diabo para trazer até aqui. Perdi o endereço, só sei que é em Copacabana.

O Dodge do doutor Adolfo. O doutor Adolfo de Pedro Leopoldo. Aquilo me soava um tanto familiar:
– Como é o nome do sogro do doutor Adolfo?

Ele coçou a cabeça, encafifado:
– O senhor sabe que não me lembro? Um nome esquisito...
Esse doutor Adolfo de Pedro Leopoldo mora hoje em Belo Horizonte?
– Mora sim senhor.
– Tem um irmão chamado Oswaldo?
– Tem sim senhor.
– Por acaso o nome dele é Adolfo Gusmão?
– Isso mesmo. O senhor sabe onde é que é a casa do sogro dele?

Respirei fundo, mal podendo acreditar:
– Sei. O sogro dele mora na Rua Souza Lima. É aqui pertinho. Você entra por ali, vira aquela esquina, torna a virar a primeira à esquerda...

Ele agradeceu com a maior naturalidade, como se achasse perfeitamente normal que a primeira pessoa abordada numa cidade de alguns milhões de habitantes soubesse onde mora o sogro do doutor Adolfo, de Pedro Leopoldo.

Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da morada de Deus. SABINO, Fernando. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 34-39. Adaptado.


793. (PETROBRAS – Téc. Admin. Controle Júnior-2012) No 5º parágrafo do texto, afirma-se que o rapazinho resmungou. Isso aconteceu porque

(A) estava mal-humorado.
(B) esta era a sua forma de agradecer.
(C) não recebeu a informação que queria.
(D) a rua que ele procurava ficava na direção oposta.
(E) o velho lhe dera a informação, mesmo sem saber informar.

Questão sobre interpretação de texto.

No trecho “E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?”

o resmungo do rapazinho não se deve ao fato de se deve ao fato de ter sido mal informado pelo velho. Estar mal-humorado, nem à sua forma de agradecer, muito menos ao fato de não ter recebido a informação que queria, pois a recebeu, mas de outra do autor do texto, não do velho. Também não se deve ao fato de a rua que procurava ficar na direção oposta. Seu resmungo se deve ao fato de o velho tê-lo informado sem saber informar.

Resposta: E.

terça-feira, 20 de março de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 792


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 792



Setor de Informações

I

O rapazinho que seguia à minha frente na Visconde de Pirajá abordou um velho que vinha em sentido contrário:

– O senhor pode me informar onde é a Rua Gomes Carneiro?

O velho ficou calado um instante, compenetrado:
– Você vai seguindo por aqui - falou afinal, apontando com o braço: - Ali adiante, depois de passar a praça, dobra à direita. Segue mais dois quarteirões.
Chegando na Lagoa...

Não resisti e me meti no meio:
– Me desculpe, mas Gomes Carneiro é logo ali. Mostrei a esquina, na direção oposta.
– Ah, é aquela ali? – o velho não se abalou: – Pois eu estava certo de que era lá para os lados da Lagoa.

E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?

Realmente, não há explicação para esta estranha compulsão que a gente sente de dar informação, mesmo que não saiba informar.

II

Pois ali estava eu agora na esquina das Ruas Bulhões de Carvalho e Gomes Carneiro (a tal que o rapazinho procurava), quando fui abordado pelo motorista de um carro à espera do sinal.

– Moço, o senhor pode me mostrar onde fica a casa do sogro do doutor Adolfo?
Seu pedido de informação era tão surpreendente que não resisti e perguntei, para ganhar tempo:
– A casa do sogro do doutor Adolfo?

Ele deixou escapar um suspiro de cansaço:
– O doutor Adolfo me mandou trazer o Dodge dele de Pedro Leopoldo até a casa do sogro, aqui no Rio de Janeiro. O carro está velho, penei como o diabo para trazer até aqui. Perdi o endereço, só sei que é em Copacabana.

O Dodge do doutor Adolfo. O doutor Adolfo de Pedro Leopoldo. Aquilo me soava um tanto familiar:
– Como é o nome do sogro do doutor Adolfo?

Ele coçou a cabeça, encafifado:
– O senhor sabe que não me lembro? Um nome esquisito...
Esse doutor Adolfo de Pedro Leopoldo mora hoje em Belo Horizonte?
– Mora sim senhor.
– Tem um irmão chamado Oswaldo?
– Tem sim senhor.
– Por acaso o nome dele é Adolfo Gusmão?
– Isso mesmo. O senhor sabe onde é que é a casa do sogro dele?

Respirei fundo, mal podendo acreditar:
– Sei. O sogro dele mora na Rua Souza Lima. É aqui pertinho. Você entra por ali, vira aquela esquina, torna a virar a primeira à esquerda...

Ele agradeceu com a maior naturalidade, como se achasse perfeitamente normal que a primeira pessoa abordada numa cidade de alguns milhões de habitantes soubesse onde mora o sogro do doutor Adolfo, de Pedro Leopoldo.

Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da morada de Deus. SABINO, Fernando. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 34-39. Adaptado.


792. (PETROBRAS – Téc. Admin. Controle Júnior-2012) Ao usar a palavra “digno”, na frase “E foi-se embora, muito “digno”.” (Parte I – 5º parágrafo), o narrador

(A) ironiza o descompromisso do velho em dar a informação errada.
(B) elogia a extrema paciência do velho em escutar a explicação dele.
(C) ressalta a modéstia do velho ao reconhecer que estava, de fato, errado.
(D) critica a falta de educação do velho ao atender a uma pessoa desconhecida.
(E) valoriza o caráter conciliador do velho, que não se exalta ao defender sua opinião.

Questão sobre semântica e interpretação de texto.

No trecho

“Não resisti e me meti no meio:
– Me desculpe, mas Gomes Carneiro é logo ali. Mostrei a esquina, na direção oposta.
– Ah, é aquela ali? – o velho não se abalou: – Pois eu estava certo de que era lá para os lados da Lagoa.

E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?”,

a palavra “digno” (última parte do excerto acima), o narrador traduz o sentimento do rapazinho que ironiza a falta de compromisso do velho em informar corretamente, especialmente pela fala final do excerto acima, em que manifesta sua indignação com o velho (“– Se não sabe informar, por que informa?”).

Observe-se que o rapazinho, segundo o texto, não elogia a paciência do velho – e ela nem é extrema –, nem ressalta a modéstia do velho ao reconhecer que se enganou. Também não há, no texto, crítica à falta de educação do velho, pois este foi educado, embora estivesse errado. Por fim, não há valorização do caráter conciliador do velho, nem mesmo em defender sua opinião, pois reconheceu a informação equivocada que prestou. Portanto estão erradas as opções (B), (C), (D) e (E).

Resposta: A.

segunda-feira, 19 de março de 2012

SÉRIE QUESTÕES COMENTADAS E RESPONDIDAS 791


A PARTIR DE 19 DE MARÇO DE 2012 E ATÉ 21 DE ABRIL DE 2012, SERÁ POSTADA DIARIAMENTE UMA QUESTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DE CONCURSO ELABORADO PELA CESGRANRIO, EM NÍVEL MÉDIO, COM VISTAS AO CONCURSO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

O texto abaixo é base para a questão 791



Setor de Informações

I

O rapazinho que seguia à minha frente na Visconde de Pirajá abordou um velho que vinha em sentido contrário:

– O senhor pode me informar onde é a Rua Gomes Carneiro?

O velho ficou calado um instante, compenetrado:
– Você vai seguindo por aqui - falou afinal, apontando com o braço: - Ali adiante, depois de passar a praça, dobra à direita. Segue mais dois quarteirões.
Chegando na Lagoa...

Não resisti e me meti no meio:
– Me desculpe, mas Gomes Carneiro é logo ali. Mostrei a esquina, na direção oposta.
– Ah, é aquela ali? – o velho não se abalou: – Pois eu estava certo de que era lá para os lados da Lagoa.

E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?

Realmente, não há explicação para esta estranha compulsão que a gente sente de dar informação, mesmo que não saiba informar.

II

Pois ali estava eu agora na esquina das Ruas Bulhões de Carvalho e Gomes Carneiro (a tal que o rapazinho procurava), quando fui abordado pelo motorista de um carro à espera do sinal.

– Moço, o senhor pode me mostrar onde fica a casa do sogro do doutor Adolfo?
Seu pedido de informação era tão surpreendente que não resisti e perguntei, para ganhar tempo:
– A casa do sogro do doutor Adolfo?

Ele deixou escapar um suspiro de cansaço:
– O doutor Adolfo me mandou trazer o Dodge dele de Pedro Leopoldo até a casa do sogro, aqui no Rio de Janeiro. O carro está velho, penei como o diabo para trazer até aqui. Perdi o endereço, só sei que é em Copacabana.

O Dodge do doutor Adolfo. O doutor Adolfo de Pedro Leopoldo. Aquilo me soava um tanto familiar:
– Como é o nome do sogro do doutor Adolfo?

Ele coçou a cabeça, encafifado:
– O senhor sabe que não me lembro? Um nome esquisito...
Esse doutor Adolfo de Pedro Leopoldo mora hoje em Belo Horizonte?
– Mora sim senhor.
– Tem um irmão chamado Oswaldo?
– Tem sim senhor.
– Por acaso o nome dele é Adolfo Gusmão?
– Isso mesmo. O senhor sabe onde é que é a casa do sogro dele?

Respirei fundo, mal podendo acreditar:
– Sei. O sogro dele mora na Rua Souza Lima. É aqui pertinho. Você entra por ali, vira aquela esquina, torna a virar a primeira à esquerda...

Ele agradeceu com a maior naturalidade, como se achasse perfeitamente normal que a primeira pessoa abordada numa cidade de alguns milhões de habitantes soubesse onde mora o sogro do doutor Adolfo, de Pedro Leopoldo.

Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da morada de Deus. SABINO, Fernando. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 34-39. Adaptado.


791. (PETROBRAS – Téc. Admin. Controle Júnior-2012) A frase em que o sentido do termo entre parênteses corresponde ao da palavra entre aspas é:

(A) “O rapazinho que seguia à minha frente na Rua Visconde de Pirajá “abordou” um velho” (Parte I, primeiro parágrafo) - (assustou)
(B) “O velho ficou calado um instante, “compenetrado”.” (Parte I – 3º parágrafo) - (convencido)
(C) “Realmente, não há explicação para esta estranha “compulsão”” (Parte I – último parágrafo) (impulsão)
(D) “Seu pedido de informação era tão “surpreendente”” (Parte II – 2º parágrafo) (inesperado)
(E) “Ele coçou a cabeça “encafifado”” (Parte II – 5º parágrafo) (interessado)

Questão sobre semântica.

Na letra (A), o sentido de “abordou”, segundo o texto, significa “interromper para perguntar”, não “assustar”. Errada.
A opção (B) oferece a palavra “convencida” para substituir “compenetrado”, mas “convencido” se diz daquele que se convenceu, diferentemente de “compenetrado”, que significa “concentrado”. Errada.

Correta a alternativa (C), em que “compulsão” pode ser substituída por “impulsão”.

Na assertiva (D), “surpreendente” é qualidade de “surpreso”, não sendo substituível por “inesperado”, que é qualidade do que não é esperado. Errada.

Na alternativa (E), “encafifado” significa “envergonhado” ou “aborrecido”, apesar de ter sido empregado, modernamente, como “desconfiado” ou “confuso”. Em qualquer das hipóteses, não pode ser substituído por “interessado”, que é qualidade de quem tem interesse em algo.

Resposta: C.

quinta-feira, 15 de março de 2012

SAIU O EDITAL DO CONCURSO DA POLÍCIA FEDERAL


Divulgados os editais do concurso para a Polícia Federal

Os esperados editais dos concursos para agente e papiloscopista da Polícia Federal foram publicados nesta quinta-feira (15/03) no Diário Oficial da União. São ofertadas 500 e 100 vagas, respectivamente. Os cargos exigem nível superior completo em qualquer área e carteira de habilitação categoria B ou superior. O salário inicial é de R$ 7.818, incluindo auxílio-alimentação de R$ 304. A carga de trabalho é de 40h semanais.

A taxa de inscrição para ambas as carreiras é de R$ 125. As inscrições serão recebidas somente via internet, na página do Cespe/UnB, organizadora do concurso, até o dia 3 de abril.

O comprovante de inscrição do candidato estará disponível no endereço, após a aceitação da inscrição, sendo de responsabilidade exclusiva do candidato a obtenção desse documento.

A primeira etapa dos concursos públicos da PF será composta de exame de habilidades e de conhecimentos (prova objetiva e prova discursiva, marcadas inicialmente para 6 de maio), de exame de aptidão física, de exame médico e de avaliação psicológica.

A segunda fase compreende o curso de formação profissional. As seleções terão o prazo de validade de 30 dias, prorrogáveis uma única vez por igual período, contados a partir da data de publicação da Portaria de homologação do resultado final do Curso de Formação.

Os locais e os horários de realização da prova objetiva e da prova discursiva serão publicados, em edital, no Diário Oficial da União e divulgados na Internet, na data provável de 30 de abril de 2012. São de responsabilidade exclusiva do candidato a identificação correta de seu local de realização das provas e o comparecimento no horário determinado.

O candidato aprovado na primeira etapa do concurso público, e não eliminado na investigação social, será convocado para a entrega dos documentos necessários à matrícula no Curso de Formação Profissional, segundo a ordem de classificação e dentro do número de vagas previsto no edital.

Somente serão admitidos para matrícula no Curso de Formação Profissional os candidatos que tiverem a idade mínima de 18 anos completos, estiverem capacitados física e mentalmente para o exercício das atribuições do cargo, bem como apresentarem a documentação. O Curso de Formação Profissional tem caráter eliminatório, e será realizado pela Academia Nacional de Polícia, em Brasília-DF, em regime de internato, exigindo-se do aluno tempo integral com frequência obrigatória e dedicação exclusiva, no período provável de 6 de agosto a 21 de dezembro de 2012.

Serviço

POLÍCIA FEDERAL – AGENTE
Inscrições: 16 de março a 03 de abril de 2012
Taxa: R$ 125,00
Vagas: 500
Remuneração: R$ 7.514,33
Fases: prova objetiva, prova discursiva, exame de aptidão física, exame médico e avaliação psicológica
Edital: WWW.cespe.unb.br
Requisitos: Superior em qualquer área + carteira de habilitação categoria B


POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA
Inscrições: 16 de março a 03 de abril de 2012
Taxa: R$ 125,00
Vagas: 100
Remuneração: R$ 7.514,33
Fases: prova objetiva, prova discursiva, exame de aptidão física, exame médico e avaliação psicológica
Edital: WWW.cespe.unb.br
Requisitos: Superior em qualquer área + carteira de habilitação categoria B

Prova objetiva: 06/05/2012
Fonte: Folhadirigida

quarta-feira, 14 de março de 2012

CONCURSO DA BRIGADA MILITAR – PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - COMENTÁRIOS E RESPOSTAS ÀS QUESTÕES




Questão 01. Ortografia e semântica.

As palavras que preenchem correta e respectivamente as lacunas das linhas 28, 36 e 38 do texto são CONTRAGOSTO (que se escreva junto), TAMPOUCO (advérbio que significa E TAMBÉM NÃO) e ACRÍTICA (adjetivo que significa ausência de crítica).
Resposta: A.
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Questão 02. Emprego de QUE e PORQUE.

As palavras que preenchem correta e respectivamente as lacunas das linhas 10, 28 e 30 do texto são QUÊ (que deve ser acentuado quando empregado no final de frase), PORQUE (pois não se trata de indagação, mas de uma justificativa inserida na pergunta) e POR QUE (pois se trata de uma pergunta).
Resposta: E.
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Questão 03. Interpretação de texto.

Um recurso não utilizado pela autora foi a utilização de um provérbio popular, confirmando sua veracidade. Os demais foram utilizados pela autora.
Resposta: E.
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Questão 04. Interpretação e texto.

De acordo com a autora, “precisar” e “querer” demandam alvos diversos, com tempos e possibilidades de substituição também distintos.
As demais observações estão erradas.
Resposta: D.
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Questão 05. Conjunções e preposições.

“Diante dos”, na linha 29, poderia ser substituído, sem alteração de sentido, por PERANTE OS. A preposição DIANTE equivale, no trecho, a PERANTE. Em MALGRADO OS, falta pluralizar MALGRADOS, para concordar com o substantivo a que se refere. POR CAUSA DOS traduz ideia de causa, diferente da ideia do texto. CONFORME OS indica conformidade, diferente da ideia do texto. APESAR DOS traduz ideia de oposição, diferente da relação do texto.
Resposta: B.
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Questão 06. Crase.

Na letra A, a substituição de VERBOS “QUERER” E “PRECISAR”, na linha 04, por EXPRESSÕES “QUERER” E “PRECISAR” resultará em crase: “... eu me refiro aos verbos “querer” e “precisar”... – “... eu me refiro às expressões “querer” e “precisar”.
Na letra B, INTENÇÃO e VONTADE (linha 12) são ambas femininas, portanto nada se altera. Na letra C, a troca de QUE por QUAL não provocará crase, porque o referente é PROBLEMA, palavra masculina, devendo ser ... AO QUAL, com AO, mas não com crase. Na letra D, ISSO por ESSA SUGESTÃO não produz crase, porque não há crase antes de pronome demonstrativo. Na letra E, SUGERE e IMPINGE são verbos, e não há crase em razão de nenhum deles pois ambos são transitivos diretos.
Resposta: A.
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Questão 07. Identificação de advérbio e sua classificação.

O único advérbio de modo presente entre as alternativas é URGENTEMENTE, que traduz circunstância de tempo (de modo urgente). SEMPRE, na alternativa A¸ está empregado na linha 08 como advérbio de modo. Nas linhas 17, 30 e 33, os advérbios MUITO, TÃO e MAIS estão empregados indicando intensidade.
Resposta: C.
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Questão 08. Semântica.

São sinônimas de ABDICAR, empregado na linha 34, as formas verbais DESISTIR, RENUNCIAR e ABRIR MÃO. SUBLIMAR significa ENALTECER, ENGRANDECER.
Resposta: C.
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Questão 09. Pontuação.

A função das vírgulas no trecho “VOCÊ REPAROU, CARO LEITOR, NA CONFUSÃO...” (linha 01) é isolar um vocativo, ou seja, pessoa com quem se fala.
Resposta: D.

Questão 10. Identificação de nexos oracionais (conjunções).

O nexo COMO, no trecho E, COMO DÁ PARA PERCEBER... (linha 08), traduz ideia de CONFORMIDADE, podendo ser substituído por CONFORME. O nexo PARA QUE, no trecho ...PODE TROCAR O OBJETO DO QUERER PARA QUE SE TORNE ... (linha 33) introduz ideia de finalidade, podendo ser substituído por A FIM DE.
Resposta: C.
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Não há questões passíveis de recurso de acordo com o gabarito oficial divulgado no dia 13 de março de 2012.
Prof. Menegotto.

sábado, 3 de março de 2012

DÚVIDAS E ESCLARECIMENTOS SOBRE O CONCURSO DA CAIXA


A Caixa Econômica Federal divulgou um tira-dúvidas sobre os concursos que estão com inscrições abertas. As duas seleções são para formação de cadastro de reserva para os cargos de técnico bancário novo, advogado, arquiteto e engenheiro agrônomo, civil, elétrico e mecânico. Trata-se de um dos concursos mais esperados do ano e deverá ser bastante concorrido para técnico bancário, de nível médio - o último concurso para o cargo, em 2010, teve 700,2 mil inscritos.

Quantas vagas os novos concursos vão abrir?

Os concursos públicos da Caixa Econômica Federal destinam-se à formação de cadastro de reserva, conforme publicado nos editais, para os cargos efetivos de nível médio (técnico bancário novo) e de nível superior (advogados, engenheiros e arquitetos).


Já existe a previsão de quais estados vão ter candidatos contratados e quantos por estado?

Como os concursos se destinam à formação de cadastro de reserva, a convocação dos candidatos aprovados se dá conforme a disponibilização de vagas, resultantes da reposição de empregados desligados, abertura de novas agências e outras necessidades estratégicas da Caixa.

Quando será realizada a convocação dos candidatos?

Se dará de acordo com as necessidades estratégicas da empresa, para reposição de empregados desligados, abertura de novas agências e outras demandas estratégicas da Caixa, durante a vigência dos concursos.

Ainda há concursos em validade, até junho de 2012. As admissões dos candidatos classificados estão asseguradas?

Conforme o item 1.3.3, do Edital nº 1/2012/NM - de 16 de fevereiro de 2012, ficam asseguradas as admissões, conforme necessidade de provimento, dos candidatos classificados nos concursos públicos de 2010 para o cargo de técnico bancário novo e cargos profissionais até o término de suas vigências ou até o esgotamento do cadastro de reserva no polo/macropolo de opção, prevalecendo o que ocorrer primeiro.
As datas de validade dos referidos concursos são:
Técnico Bancário Novo RJ e SP: Prazo de validade inicial 13/06/2011 – Prorrogação até 13/06/2012.
Técnico Bancário Novo Nacional (exceto RJ e SP): Prazo de validade inicial 28/06/2010 – Prorrogação até 28/06/2012.
Profissionais – Advogado, Arquiteto e Engenheiro: Prazo de validade inicial 29/06/2011 – Prorrogação até 29/06/2012.

Quais são os salários e as jornadas de trabalho para os cargos de nível médio e nível superior?

Conforme os editais, o salário inicial da carreira profissional de nível superior com jornada de 8 horas diárias – advogado, arquiteto e engenheiro – é de R$ 7.734,00. Já a remuneração inicial do técnico bancário novo, de nível médio, com jornada de 6 horas diárias, é de R$ 1.744,00.

Que outras vantagens a Caixa oferece aos empregados?

Como exemplos desses benefícios, a Caixa oferece participação nos lucros e nos resultados (PLR), nos termos da legislação pertinente e do acordo coletivo vigente; participação em Plano de Saúde de Autogestão, o Saúde Caixa, em Plano de Previdência Complementar e auxílio cesta/alimentação – conforme o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). O auxílio-alimentação/refeição e o auxílio cesta-alimentação correspondem, respectivamente, a R$ 435,16 e R$ 339,08.

Para quem trabalha na Caixa, há possibilidade de ascensão profissional dentro do banco? Isso se dá de que forma?

Sim. De duas formas: ascensão no cargo efetivo (Plano de Cargos e Salários) e acesso às funções gratificadas (Plano de Funções Gratificadas).

Ao ser admitido, o empregado passa a ocupar o cargo efetivo, de caráter permanente, para o qual prestou o concurso, que pode ser da carreira administrativa: técnico bancário novo (TBN) – referências salariais 201 a 248 – ou da carreira profissional (advogado, arquiteto, engenheiro) – referências salariais 801 a 836. O empregado pode ascender no cargo efetivo, alcançando novas referências, por duas formas: por antiguidade, a cada dois anos de efetivo exercício na Caixa, e por Promoção por Mérito, realizada anualmente com a participação de todos os empregados. O acesso às funções gratificadas é por meio de Processo Seletivo Interno (PSI).
Em 2011, foram realizados 8.657 PSI, com a oferta de 9.882 vagas, 157.159 inscrições e a seleção de 9.777 empregados para ocupar funções gratificadas na Caixa.

Qual a validade do novo concurso?

O concurso público da Caixa terá prazo de validade de 1 ano, prorrogável por igual período, a critério da Caixa. As informações são do G1.